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Antonio Henrique Riquelme Aula 6 – infecção em cirurgia INFECCÇÃO EM CIRURGIA Infecção relacionada diretamente ao ato cirúrgico ou as medidas a ele relacionadas. Frequentemente só se manifesta após a alta sendo necessário o conhecimento do tipo e seu período de incubação para a correta identificação. TIPO DE INFECÇÃO Infecção eleva a morbimortalidade, os custos e prolonga a permanência hospitalar Em pacientes cirúrgicos, há maior incidência é ferida operatória. - No hospital: urinária -> respiratória -> feridas cirúrgicas -> septicemia -> infecção cutânea. INFECÇÃO DE FERIDA Classificação de acordo com o grau de contaminação 1) limpas: trato gastrointestinal, urinário ou respiratório que não foram lesados; feridas não traumáticas, sem processo inflamatório em que não houve a quebra dos princípios de assepsia técnica cirúrgica. Exemplos. Artoplastia de quadril, cirurgia cardíaca, herniorrafia de todos os tipos, neurocirurgia, procedimentos cirúrgicos ortopédicos eletivos, anastomose portocava, esplenorenal e outros, mastoplastia e mastectomia parcial e radical, cirurgia de ovários, enxertos cutâneas, esplenectomia , vagotomia supereletiva (sem drenagem) e cirurgia vascular. 2) Potencialmente contaminadas: os tratos GI, urinários ou respiratório foram penetrados, no entanto, a contaminação não foi significativa; feridas em que houve pequenas infrações da técnica cirúrgica ou aquelas em áreas de difícil antissepsia. Exemplos: histerectomia abdominal, cirurgia do intestino delgado (eletiva), cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodeno em pacientes normo ou hiperclorídricos, feridas traumáticas limpa ação cirúrgica até dez horas após traumatismo, colecistectomia + colangiografia, vagotomia + operação drenagem, cirurgias cardíaca prolongadas com circulação extracorpórea. 3) Contaminas: Feridas com que houve contaminação do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório, feridas traumáticas com pelo menos de 6 horas , presença de processos inflamatórios sem a presença de pus ou grandes infrações nas técnicas de antissepsia Exemplos: Cirurgia de cólon, desbridamento de queimaduras, cirurgias das vias biliares em presença de obstrução biliar, cirurgia intranasal, cirurgia bucal e dental, fraturas expostas com atendimento após dez horas, feridas traumáticas com atendimentos após 10hora de ocorrido o traumatismo, Cirurgia de orofaringe, cirurgia de megaesôfago avançado, coledocostomia, anastomose biliodigestiva, cirurgia gástrica em pacientes hipocloridricos (câncer, ulcera gástrica), cirurgia duodenal por obstrução duodenal 4) Infectadas: Há a presença de pús, vísceras perfuradas ou feridas traumáticas com mais de seis horas de evolução. Exemplos: cirurgia do reto a anus com pus, cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon, nefrectomia com infecção, presença de vísceras perfuradas, colecistectomia por Colecistite aguda com empiema, exploração das vias biliares em colangite supurativa. INFECÇÃO URINÁRIA: presença mais de 100.000 UFC/ml associado a sintomas urinários ** - E.Coli, Proteus mirabilis, Staphylococcus coagulase negativa, Streptococcus faecalis, leibsiella sp. Pseudomonas sp e Acinetobacter > 10.000 = Positivo. - Estreita relação com a duração da SVD. - 5 a 8% ITU; dia e 50%/10dias. INFECÇÕES RESPITARÓRIAS 1) Infecções altas: bronquites, traqueobronquites, e bronquiolites - tosse produtiva, febre, broncoespasmo, roncos e sibilos ausculta. ( não deve haver evidência clínica ou radiológica de pneumonia). 2) Pneumonia: terceira causa mais comum de infecção hospitalar PO - tosse produtiva, febre e alterações radiológicas. Incidentes em 1,5 a 3%. 3) Abscesso pulmonar ou empiema: coleção purulenta no pulmão ou na cavidade pleural - quadros graves e de elevada mortalidade . SEPCEMIA Presença de mais de 2 picos febris em um período de 24 horas, acompanhados de potenciação e oligúria. ABCESSO ABDOMINAL E PERITONITE São coleções purulentas intrabdominais bem definidas ou difusas, geralmente decorrentes de processos inflamatórios de órgãos abdominais. ETIOLOGIA Bactérias que convivem na pele, orofaringe e trato gastrointestinal. - Staphylococcus áureos e Streptococcus pyogenes habitam a pele e a nasofaringe. REPOTA ORGANICA A INFECÇÃO A INFECÇÃO - Infecção é produto de três componentes 1) Microoganismo infectantes (antibioticoretapia). 2) Meio através do qual a infecção se desenvolverá (assepsia e atissepsia). 3) Mecanismo de defesa do paciente. MECANIMOS DE DEFESA DO PACIENTE - Aumento da hiperemia, exsudação e influxo de células fagocitárias - Ativação dos mecanismo de defesa celular e humor (macrófagos, neutrófilos, mastóocitos, TND, complemento) – opsonização e fegocitose. - Localização da infecção: depósito de fibrina que leva ao isolamento da bactéria. TIPOS DE BARREIRA A INFECÇÃO - Barreira mecanica: meio básico que separa o microoganismo do corpo estéril. - Imunidade humoral: anticorpos e ativação do sistema complemento. - Imunidade celular: atuação dos macrófagos, linfócitos e neutrófilos. - Ativação das citocinas: TNF, IL-1, 6, 8, e gama interferon. FATORES DE RISCOS: - idade, sexo, duração da cirurgia, cirurgia abdominal, infecção prévia, imunosupressão, grau de contaminação e baixos níveis de albumina (desnutrição) FATORES PREDISPONENTES: - Bactéria: virulencia e numero de bactérias. - Hospedeiro: condições de defesa – diabetes, falta de higiene, falta de preparo pré-operatório, desnutrição, icterícia, idosos, leucopenia, corticoidoterapia, cateterização vesical ou de veia central e quimioterapia. DIAGNÓSTICO: - Enimentemente clínico. - Anorexia, temperatua, nauses, vomito, taquicardia, batimentos de asa nasal, distensão abdominal e oligúria. - Leucocitose, plaquetopenia, anemia, elevação do lactato e da glicemia, queda da albumina. - Isolamento da bactéria, (sf, urina, ferida, biomateria ou secreções). ** Sinais slínicos e sintomas + hemograma _ Isolamento da bactéria seja do hospedero ou dos materias que entraram em contato com o paciente ** PROFILÁXIA Antibiótivos> Cirurgias limpas (5%) ou potencilamente contaminas (10%) – Não há indicações de uso, exeto: - Esplenonectomia. - Hemioplastia incisional. - Potadores de: doenças valvares reumáticas, DM descompensada, obesidade mórbida, hérnias multirrecidivas, > mais que 3 diagnósticos. Cirurgias contaminas (20%) ou infectadas (40%): há indicação de uso, exceto: - Cirurgias proctológicas orificiais. - Estáveis submetidos a drenagem de abscessos localizados. AMTIBIÓTICOS PROFILÁTICO - O espectro deve estar relacionado com a flora bacteriada do local onde há suspeita. - Toxicidade: menor. - Baixo risco de alterar a flora - Farmacocinética: meia vida , metabolização, vias de excreção, dose inicial. - Duração não deve excerder 24-28h, deendo cobrir apenas o período do procedimento cirúrgico; ineficaz quando utilizados 3 horas após o início da cirurgia. -Custo: menor com eficiencia similar. PREVENÇÃO: - Redução do período pré-operatório. - Adoção do banho pré-operatório (cabeça e região operada). - Tricotomia mínima e 1h antes da cirurgia. - EF em busca de infecções comunitárias. - Rigor na indicação de sondas e drenos. - Cuidados nos manuseios dos curativos. - Controle rigoroso na utilização de antibióticos. INFECÇÃO DE FERIDA – TRATAMENTO - Staphylococcus é o mais frequente - Deve-se retirar os pontos da pele e ressecar todo o tecido necrosado; desvitalizado. - Soluções antissépticas: · Ácido acético a 1% · Hipoclorito de sódio a 0,25% · Permanganato de potássio 1:10000 · Açúcar - ATP: sepse, IMOS, Dm descompensado e portadores de infecção à distância.
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