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Herpes e Varicela: Causas, Sintomas e Tratamentos

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1 
DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
HERPES SIMPLES 
 
INTRODUÇÃO 
• É uma infecção universal pelo vírus: HSV-1 (mucosa oral) e HSV-2 (genital) 
 
TRANSMISSÃO: contato pessoal por penetração em mucosas ou lesões de pele 
• A transmissão do HSV-2 é geralmente por contato sexual → 15 a 45% da população é portadora do HSV-2 
• Cerca de 90% dos adultos têm sorologia positiva para HSV-1 
 
• PRIMOINFECÇÃO: geralmente é discreta ou assintomática, e o indivíduo torna-se portador do vírus sem 
apresentar sintomas 
 
• FASE CRÔNICA (após primoinfecção) = vírus latente nos gânglios dos nervos cranianos ou espinhais por 
toda a vida. 
• Quadro clínico depende do estado imunológico do paciente. 
PATOGENIA 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
 
DERMATOLOGIA - ANA LUÍZA ALVES PAIVA – 7° PERÍODO 
 
2 
DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA: 
• Mais comum em crianças (6 meses a 5 anos) 
• Incubação de 3 a 10 dias 
• Duração de 5 dias a 2 semanas. 
• Varia de algumas lesões erosivas com quadro subfebril até quadros graves com erupção vesiculosa, febre 
alta e adenopatias 
• Pode atingir faringe 
• É subclínica em 90% dos casos 
 
 
PRIMOINFECÇÃO HERPÉTICA GENITAL: 
• Pode ser assintomática, até sintomas gerais: febre, mal-estar, cefaleia 
• MULHER: vesículas no vestíbulo vaginal e no introito, evoluindo com exulcerações dolorosas. 
• Pode ter edema na mucosa vaginal. 
• Eventualmente, disúria, secreção vaginal e uretral. 
• HOMEM: vesículas na glande, prepúcio, corpo do pênis e, às vezes, no escroto, coxas e nádegas. 
• Duração de 15 dias. 
• Eliminação viral, mesmo em paciente assintomática ou após a cura clínica, por 12 dias. 
 
 
HERPES RECIDIVANTE: 
• Após entrar no organismo, permanece inativado nos gânglios sensoriais da raiz posterior dos nervos na região 
da primoinfecção → Quando reativado, surgem recidivas. 
• É precedido por sensações parestésicas e dolorosas na área 
• Nunca ocorrem sintomas sistêmicos, e a intensidade menor comparado a primoinfecção. 
• Ocorre mais em adultos. Acomete qualquer área, e é mais frequente nos lábios. 
• A recorrência dura cerca de 3 a 7 dias. 
• FATORES DESENCADEANTES: sol, febre, ansiedade, trauma, imunodepressão, IVAS, dermabrasão, cirurgias 
neurológicas e odontológicas e período pré-menstrual 
 
 
 
 
 
3 
DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
COMPLICAÇÕES 
• Herpes simples neonatal (pacientes infectadas é indicado parto cesárea) 
• Meningoencefalite 
• Imunossuprimidos 
• Eritema polimorfo herpético 
DIAGNÓSTICO 
• SOROLOGIA: títulos de IgG variam. Para confirmar uma infecção recente, deve elevar em duas amostras 
feita com 15 dias de intervalo (como 80% dos pacientes já possuem sorologia positiva é necessário duas 
amostras: amostra dia 1 título de IgG baixo, amostra dia 15 com aumento dos títulos de IgG = infecção 
recente. Amostra dia 15 sem aumento importante dos títulos de IgG = paciente já tinha um herpes anterior) 
 
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Método de Tzanck → fixação em lâmina de raspado da base das vesico-
bolhas 
TRATAMENTO: 
• Aciclovir: Inibir a DNA-polimerase viral, interrompendo a replicação 
- VO, 200 mg 4-4h = 5X/dia (exceto madrugada). 2x a dose em imunodeprimidos. 
- EV, 5 mg/kg de 8/8h em formas graves 
• PRIMOINFECÇÃO: 10 dias. 
• RECORRÊNCIAS: 5 dias 
• Opções: Valaciclovir e famciclovir 
• RECORRÊNCIAS: Iniciar imediatamente após os primeiros sintomas. 
• RECIDIVAS COM MUITA FREQUÊNCIA (3 a 5 vezes por ano) = terapia supressora por 6 a 12 meses 
• Aciclovir 200 mg 3-4x/dia inicialmente, buscando-se progressivamente a menor dose eficaz 
• Também pode ser feita com: Valaciclovir (500 mg/dia) ou Famciclovir (250 mg a cada 12h) até o 
desaparecimento das recidivas e no mínimo por 6 meses. 
 
VARICELA 
INTRODUÇÃO 
• Causa pelo vírus varicela zoster (VZV) ou HHV-3 
• Altamente contagiosa. 
• Disseminação pelo ar, através da inalação de fômites. 
• Tempo de incubação: 2 semanas. A erupção ocorre em surtos sucessivos. 
• Lesões em diferentes estágios evolutivos. Pruriginosas. Lesões nas mucosas são frequentes. 
• Efeitos sistêmicos em crianças são leves e nos adultos mais severos. 
• COMPLICAÇÕES: pneumonite, meningite, encefalite, mielite. 
QUADRO CLÍNICO 
 
 
4 
DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
TRATAMENTO 
• ORIENTAÇÕES: isolamento “social” até todas as lesões em crosta 
• NÃO COMPLICADA: Sintomático (prurido e infecção 2ª) 
• FORMAS MAIS INTENSAS EM CRIANÇAS (pneumonite, meningite, encefalite, mielite): Aciclovir VO, 20 
mg/kg/dose 4x/dia por 5 dias 
• TODOS OS ADULTOS (ACIMA DE 14 ANOS): 800 mg VO 5x/dia por 7 dias (iniciar em 24 horas) 
• EM CRIANÇAS IMUNOSSUPRIMIDOS E ADULTOS COM FORMAS GRAVES: Aciclovir EV, 10 mg/kg de 8/8h, por 7 
a 14 dias. 
PROFILAXIA E VACINA 
• Imunoglobulina administrada até 96 horas após a exposição confere proteção em torno de 3 semanas. 
• INDICADA EM: 
-Gestantes com exposição; 
-Imunodeprimidos; 
-Neonatos com mães infectadas pouco ates do nascimento. 
 
• Vacina (vírus vivos atenuados) é altamente eficiente: prevenção da doença entre 70-90%. Impede a 
ocorrência de formas mais graves. 
• Deve ser ministrada a todas as crianças entre 12 e 18 meses e repetida entre os 4 a 6 anos de idade. 
HERPES ZOSTER 
INTRODUÇÃO 
• O VZV geralmente infecta o ser humano na infância e pode ficar latente nos gânglios nervosos por toda a 
vida; 
• Por estímulos variados por retornar a pele, onde provoca o herpes zoster, geralmente em adultos. 
• Imunodeficientes podem ter herpes zoster generalizado 
• Adulto até 50 anos – investigar doenças imunodepressoras 
QUADRO CLÍNICO 
• Em 20% dos pacientes pode ocorrer nevralgia intensa, sendo mais comum em idosos e pacientes debilitados 
(nevralgia pós-herpética por meses, anos ou por toda a vida) – importância do diagnóstico precoce. 
• Acometimento do facial pode levar a paralisia de Bell. 
• Acometimento ocular por ocorrer, podendo levar a cegueira. 
 
 
 
5 
DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Isolamento “social” até todas as lesões estarem em crosta (pode passar para um paciente que não teve 
varicela e ele adquirir a doença) 
• Aciclovir 800 mg, 5x/dia, 7 dias, iniciada precocemente – preferencialmente em 24 h, e até em 72h. OU 
• Famciclovir, 1g a cada 12 horas, igualmente por 7 dias (Não tem no posto, ↑custo) 
• FORMAS GRAVES: Aciclovir EV, 10 mg/kg de 8/8h 
• VACINA: é composta pelo vírus atenuado, o mesmo imunizante utilizado contra a catapora, mas com uma 
quantidade maior de antígenos. (Indicado para todo paciente acima de 60 anos, não é ofertada pelo SUS 
e tem ↑ custo) 
 
• NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA: 
• Carbamazepina, 100-200 mg, duas vezes ao dia 
• Amitriptilina, 10-25 mg/dia, até 75 mg/dia 
• Gabapentina 300-400 mg, duas vezes ao dia 
• Infiltrações com triancinolona-lidocaína. Aplicação semanal, dosagem por aplicação até 20 mg de 
triancinolona. 
• Lidocaína tópica, creme a 4% na área comprometida 
• Creme de capsaicina (0,025-0,075%) na área comprometida. 
 
HPV 
INTRODUÇÃO 
TRANSMISSÃO: contato íntimo com alguém infectado ou por meio de queratinócitos descamados. 
• Pequenas soluções de continuidade na pele são necessárias (verrugas em áreas de trauma e o fenômeno 
de Kõebner) 
• A autoinoculação é possível (não “cutucar” a verruga) 
• Período de incubação varia de 1 a 6 meses para verruga vulgar e de 1 a 20 meses para verrugas genitais 
• Quando mais antiga a lesão genital, menos contagiosa é. 
 
 
 
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DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
TIPOS CLÍNICOS 
VERRUGA VULGAR: 
• Causadas pelos HPVS 1, 2, 4, 7, 26 e 29 
• Raramente os tipos 6 e 11 são encontrados e crianças 
• Isoladas ou em grupos. Em qualquer parte do corpo (dorsoda mãos, dedos e joelhos de crianças) 
• Persistem por meses a anos e regridem espontaneamente particularmente em crianças 
• Quadro clínico: pápulas ceratóticas grosseiras, podendo se apresentar como corno cutâneo. 
 
 
 
 
VERRUGAS PLANTARES (OLHO DE PEIXE, MIRMECIA) 
• Ocorre na sola dos pés ou palma das mãos 
• Causadas pelo HPV 1 
• Causam dor por pressão. Quando endofítica e profunda, denomina-se mimércia. 
• Quadro clínico: lesão com superfície ceratótica grosseira, com pontos negros representando capilares 
trombosados. Na periferia a pele é espessada. 
 
 
 
 
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DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
VERRUGAS GENITAIS (CONDILOMAS ACUMINADOS) 
• Causado pelos HPV 2, 6, 11, 16, 18, 30-33, 35, 39, 41-45, 51-56 e 59 
• O condiloma acuminado é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente 
• HPV 6 e 11 em 90% dos casos 
• Período de incubação é variável (2 a 3 meses provavelmente). 
• Lesões podem ser hiperplásicas em couve flor, pápulas sesséis ou tipo verruga vulgar 
• TIPO HIPERPLÁSICO: frouxas, róseo-avermelhadas, encontradas em áreas úmidas. Tendem a se tornar 
grandes e exofíticas, além de poderem ser friáveis. 
• PÁPULAS SESSEIS E LESÕES CERATÓTICAS: rafe peniana. Tendem a se manter pequenas 
• Há infecções assintomáticas. 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Destruição ou remoção das lesões visíveis (sem traumas importantes para não causar o fenômeno de 
Kõebner), ou indução de citotoxidade contra as células infectadas: 
• Podofilotoxina em creme a 0,5%, aplicada 2x/dia por 3 dias/sem, por até 4 semanas 
• Imiquimode creme a 5%, 3x/sem até o máximo de 16 semanas 
• ATA (ácido tricloroacético) 30 – 70% 
• Crioterapia, cirurgia (devem ser evitadas pelo trauma causado), eletrocirurgia, efurix 
• Verrux e Duofilm 
 
VACINA 
• Quadrivalente (HPV-6,11 – cepas mais frequentes; 16 e 18 – cepas mais oncogênicas), para uso intramuscular 
em três doses (0,2 e 6 meses) 
• A indicação atual é para meninas a partir dos 9 anos, preferencialmente antes do início da vida sexual. 
Mulheres até os 26 anos. Em meninos de 11 a 15 anos. 
• É bem tolerada, podendo haver manifestações locais e sistêmicas 
• Bivalente (HPV-16 e 18) 
• Ambas as vacinas demonstram proteção em torno de 90% 
 
MOLUSCO CONTAGIOSO 
INTRODUÇÃO 
• Causado pelo vírus: molluscipoxvirus 
• Em crianças as lesões predominam nas áreas expostas e nos adultos nas áreas genitais (transmissão sexual). 
• Contamina-se por contato direto ou inalação através de fômites. 
• Palmas e solas geralmente não são afetados. Mais importante em atópicos. 
• Imunossupressão leva a maiores lesões e mais disseminadas 
• Período de incubação: 2 a 7 semanas 
 
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DERMATOLOGIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Pequenas pápulas hemisféricas, lisas, translúcidas, brancas, ceróides ou róseas, com umbilicação central. 
Por expressão há saída de massa esbranquiçada e consistente. 
• Geralmente múltiplas e assintomáticas, cada lesão persiste por 2 meses. Paciente pode ter lesões em vários 
estágios. 
 
 
TRATAMENTO 
• Cureta (cortar o local) → logo após aplicar tintura de iodo – tratamento com recomendação acadêmica 
• Paciente pode receber uma anestesia tópica prévia > 1,5 hora antes da exérese (lidocaína em creme) 
• Na falta da cureta: agulha com bisel voltado para cima, vai na base da lesão e corta, espreme a massinha 
e coloca a tintura de iodo. 
• Ácidos: ATA < 30%, ácido lático e ácido salicílico (pode ser benéfica para queimar o local, ativação do 
sistema imune e cura espontânea) 
• Crioterapia 
• Geralmente necessário repetir o tratamento 
 
REFERÊNCIAS 
1. RIVITTI, Evandro A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti/ Evandro A. Rivitti - 4.ed. São Paulo: Artes Médicas, 
2018. xii, 1636p. 
2. AZULAY, Rubem David; AZULAY, David Rubem.; AZULAY-ABULAFIA, Luna. Dermatologia. 7.ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.1184p.

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