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Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
O planejamento é essencial para a prática pedagógica. Planejar 
implica reconhecer as necessidades e os contextos, estabelecer 
objetivos e metas de acordo com o currículo, destinar recursos 
adequadamente etc. Dessa forma, é possível antecipar obstáculos e 
antever ações com o foco no desenvolvimento de experiências de 
aprendizagem significativas e na consolidação de aprendizagens.
Durante o curso, vocês têm desenvolvido uma série de atividades 
relacionadas ao planejamento de um projeto educacional em ECG. 
Entretanto, neste tópico, vamos dar enfoque ao planejamento de ati-
vidades, incluindo aulas, com uso da metodologia de planejamento 
reverso. Tal metodologia auxiliará na construção de atividades com 
ricas experiências de aprendizagem, com foco na consolidação de 
objetivos de aprendizagem. 
O artigo “Planejamento reverso: o que é e como aplicar” traz algumas 
definições e exemplos da pesquisadora do Centro de Referências 
em Educação Integral, Julia Andrade. 
Segundo ela, 
o planejamento reverso é uma metodologia que enfatiza as per-
guntas por meio das quais a sociedade construiu conhecimentos. 
Então, transforma o que precisa ser ensinado aos estudantes em 
propósitos de por que ensiná-los e em competências para a vida, 
e não apenas conteúdos para aprender na escola (CENTRO DE 
REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL, 2019). 
Na prática, o professor deve partir dos objetivos que quer alcançar, 
para depois pensar em como alcançá-los.
PLANEJAMENTO DA PRÁTICA 
PEDAGÓGICA EM ECG
https://educacaointegral.org.br/metodologias/planejamento-reverso-o-que-e-e-como-aplicar/
Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
A pesquisadora ainda cita um exemplo:
se um professor deseja ensinar sobre nutrição, alimentação balanceada 
e a pirâmide alimentar, a pergunta a ser feita para os estudantes não é: 
“como fazer para ter uma dieta equilibrada?”, e sim: “o que acontece com 
os alimentos quando eles entram no corpo humano? É verdade que o 
que não mata, engorda? Por que gostamos de junk food?”.
As perguntas essenciais visam transformar o conteúdo de ensino 
em investigação. Assim, se a pergunta essencial for “por que pode-
mos afirmar que nós somos o que comemos?” e os alunos con-
seguirem responder, eles terão uma compreensão profunda, ao 
invés de só saber reproduzir uma pirâmide alimentar (CENTRO DE 
REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL, 2019).
Segundo Lilian Bacich, em seu artigo online “Planejamento reverso 
e BNCC”, o planejamento reverso, também chamado de Backward 
Design, “tem como premissa [...] a ideia de começar pelo fim” 
(BACICH, 2019). Nessa proposta metodológica, a preparação de 
aula ocorre na contramão daquilo a que estamos habituados: pri-
meiro o objetivo, depois as evidências e, por fim, as experiências, 
ou pessoas, recursos, conteúdos e atividades pensadas para chegar 
ao objetivo final inicialmente considerado (LORENZONI, 2019).
No caso do Brasil, parte dos objetivos de aprendizagem são dados 
pelo currículo-base, ou seja, as habilidades, competências especí-
ficas e competências gerais da BNCC. Associada à ECG, a proposta 
de planejamento reverso torna-se um caminho muito vantajoso.
De maneira geral, a proposta de planejamento reverso envolve três 
principais etapas. Marcela Lorenzoni, no artigo “Comece pelo fim: 
os 3 passos da metodologia para planejamento de aulas mais signi-
ficativas” (LORENZONI, 2019), no Portal Geekie, sugere que: 
https://lilianbacich.com/2019/01/16/planejamento-reverso-e-bncc/
https://lilianbacich.com/2019/01/16/planejamento-reverso-e-bncc/
https://site.geekie.com.br/blog/planejamento-backward-design/
https://site.geekie.com.br/blog/planejamento-backward-design/
https://site.geekie.com.br/blog/planejamento-backward-design/
Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
Primeiro, defina objetivos de aprendizagem
Assim como vimos anteriormente, a definição dos objetivos traz um 
foco para o planejamento. O resultado que se quer obter com a 
aula é o objetivo; portanto, ele definirá como a aula será desenvol-
vida. O artigo sugere: “pergunte-se: o que quero que minha turma 
conheça, entenda e saiba fazer ao fim da proposta de experiência 
de aprendizagem?”. Alguns dos documentos que devem auxiliar na 
definição dos objetivos da aula são (LORENZONI, 2019):
• o Projeto Político Pedagógico (PPP) e as expectativas curriculares 
da escola;
• a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como diretrizes 
estaduais e municipais;
• os quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, Aprender 
a fazer, Aprender a viver juntos e Aprender a ser; e
• a abordagem da ECG. 
Os objetivos de aprendizagem da BNCC e da ECG dão excelentes 
exemplos de como construir bons objetivos de aprendizagem 
de uma aula. Apesar de dificilmente eles serem considerados 
um objetivo para uma única aula, pois são sempre complexos, a 
maneira como são construídos parte do mesmo pressuposto que 
estamos considerando. 
Por exemplo, o objetivo de aprendizagem da ECG para o pré-pri-
mário/primeiro nível da educação primária (5 a 9 anos), do Tópico 
7, “Ações que podem ser tomadas individual e coletivamente”, 
é “explorar possíveis formas de tomar medidas para melhorar 
o mundo em que vivemos” (UNESCO, 2016, p. 31). (Vejam outros 
exemplos no Capítulo 6, “A abordagem da ECG”.)
Notem que o objetivo começa com um verbo, “explorar”, depois 
traz um objeto, “possíveis formas de tomar medidas para melhorar”, 
e um contexto, “o mundo em que vivemos”. 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000215631?posInSet=1&queryId=a7d12c13-65db-4ee8-a77d-a96590cbeede
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000244826?posInSet=5&queryId=852f2bf4-1382-43ff-871a-140d889116d9
Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
De modo geral, para a definição dos objetivos, são usados verbos. 
Isso porque o verbo reflete o processo cognitivo a ser dominado. 
Por exemplo, para uma aprendizagem de nível cognitivo superfi-
cial, verbos como “apontar”, “identificar” e “reconhecer” podem 
ser usados. Por isso é tão importante que o professor, ao realizar 
o planejamento, se pergunte: “o verbo e o contexto do objetivo 
realmente estão solicitando ou propondo o que está transcrito?”. 
Colocar-se no lugar do estudante pode ajudar nessa reflexão. 
O verbo sempre estará relacionado a um objeto e a um contexto ou 
especificação. O objeto, em geral, é o tema ou elemento do foco 
temático. Nas habilidades da BNCC, tais objetos são chamados de 
“objetos de conhecimento”. O contexto ou especificação é onde 
ou como aquele tema se desenvolve ou deve ser desenvolvido. 
No caso da BNCC, essa parte recebe o termo “modificador”. 
Por exemplo, a habilidade “demonstrar relações métricas do triângulo 
retângulo, entre elas, o teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a 
semelhança de triângulos” (BRASIL, 2018, p. 319), traz o verbo “demons-
trar” e um objeto – “relações métricas” – com alguns modificadores 
ou especificações – “do triângulo retângulo, entre elas, o teorema de 
Pitágoras, utilizando, inclusive, a semelhança de triângulos”. 
No Capítulo 6, discutiu-se como criar objetivos de aprendizagem 
para seus projetos em ECG de forma conectada com os próprios 
objetivos de aprendizagem propostos pela ECG, comparando estes 
objetivos com as propostas dos currículos utilizados nos seus siste-
mas educacionais, usando o modelo da Seção VI do Diário de Bordo 
para isso. Agora, vocês podem retornar para esta seção, caso queiram 
complementar os objetivos com as novas informações deste capítulo.
Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
Segundo passo: determinando evidências de aprendizagem
Uma vez que se tem o objetivo de aprendizagem, o planejamento 
reverso propõe que se pense em como os estudantes devem e/ou 
podem evidenciar que realmente alcançaram a aprendizagem pro-
posta no objetivo. O conceito de planejamentoreverso mostra que, 
ao se definir e/ou reconhecer quais são as evidências demonstradas 
pelos estudantes quando e se eles alcançarem os objetivos pro-
postos, o professor poderá determinar melhor as estratégias para 
que eles demonstrem tais evidências. Na prática, após a definição 
do objetivo, o professor já está pensando em como ele avaliará o 
alcance daquele objetivo. 
Evidência é uma prova, algo concreto, um elemento que demons-
tre que o estudante realmente aprendeu. Por exemplo, se vocês 
fizessem um bolo para uma pessoa, quais evidências apontariam 
que aquela pessoa gostou do bolo? Se ela o elogiar? Se ela comer 
tudo? Estes são dois exemplos de possíveis evidências. Enfim, pro-
vas claras de alcance dos objetivos são tidas como evidências. 
Terceiro passo: planejando a experiência de aprendizagem
Apenas após a definição dos objetivos e das evidências de aprendi-
zagem, o professor passará a desenvolver a experiência de aprendi-
zagem, que pode ser uma atividade, uma questão, um jogo, enfim, 
o que ele achar mais apropriado como estratégia pedagógica. Um 
ponto importante aqui é que, muitas vezes, não conseguimos defi-
nir todas as evidências de aprendizagem, até porque a aprendiza-
gem e a comunicação humanas são subjetivas. Entretanto, quando 
o professor define uma série de evidências, ele estará mais prepa-
rado para desenvolver as estratégias de aprendizagem. 
Esse é o momento de pensar nos conteúdos, habilidades, meto-
dologias, objetos, espaços, enfim, todos os recursos para o alcance 
dos objetivos e demonstração das evidências definidas. 
Unidade 3 Educação para a Cidadania Global (ECG)
É de extrema importância o entendimento do papel destas três 
etapas para o planejamento de suas práticas pedagógicas em ECG. 
Ao longo do curso, vocês terão a oportunidade de aplicá-las em 
seu projeto em ECG nas atividades Mãos à Obra.

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