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Estratégia de produto: aplicação e contexto Estratégia de Produto: Aplicação e Contexto Após entender o produto em função de sua concepção, hierarquia, classificação e possibilidades de diferenciação, o próximo passo é compreender produtos/serviços em função de suas relações com as marcas. Sendo assim, a primeira etapa desse processo passa pelo conhecimento da hierarquia de produto e seus conceitos decorrentes: família de necessidade, família de produtos, classe de produtos, linhas de produtos, tipo de produto e item. Isso é fundamental para entender o conceito de portfólio de produto, composto de produto ou mix de produtos, que pode ser definido como o conjunto de itens e linhas de produtos que uma empresa oferta para o mercado. O portfólio de produtos é composto por itens, que não mais é do que a versão final de um produto. Os itens podem ser agrupados em linhas de produto por meio do critério que a empresa mais julgar conveniente: categoria, grupos de categorias, marcas, dentre outros. A quantidade total de itens de um portfólio se dá o nome de extensão. À quantidade total de linhas, abrangência. O conceito de profundidade é determinado em função da quantidade de itens por linha. A consistência refere-se ao grau de relação entre itens e linhas de produto em relação a fabricação, distribuição, uso final ou qualquer outro critério. Essas quatro dimensões são as ferramentas que fazem com que a empresa desenvolva sua estratégia de produto. As várias linhas de produtos que compõem o mix de produtos têm de ser periodicamente avaliadas em termos de potencial de crescimento e lucratividade. As melhores linhas devem receber mais investimentos, as mais fracas devem ser reduzidas ou descontinuadas e as novas devem ser introduzidas para preencher as lacunas de lucros. O gerente de linha de produto deve estudar a contribuição que cada item da linha acrescenta às vendas e aos lucros e como cada um se posiciona em relação aos concorrentes. Essa análise fornece informações que ajudarão nas decisões de linha de produtos. A extensão da linha envolve questões sobre se uma linha particular deve ser ampliada mercado abaixo, mercado acima ou nos dois sentidos (ampliação dupla). A ampliação mercado abaixo corre em função de três razões: a identificação de oportunidades de crescimento no segmento de mercado mais abaixo, a intenção de bloquear concorrentes que atendem o segmento de mercado com preços mais baixos para que não tenham a intenção de atuar mercado acima ou por julgar que a demanda do mercado atendido atualmente está estagnada ou entrando em declínio. A ampliação mercado acima, geralmente, visa obter maior crescimento ou maiores margens de lucro, ou buscar um posicionamento como fabricante de linha de produtos completa. A ampliação dupla, geralmente, ocorre quando uma empresa que atende um segmento de mercado “médio” decide ampliar sua linha de produtos nos dois sentidos. A complementação da linha de produtos ocorre por meio da inclusão de itens extras com vistas a atender o segmento de mercado atual. A modernização de linha coloca em pauta a discussão sobre a renovação da linha de produtos e se essa renovação deve ser feita de forma gradualmente ou abrupta. A promoção da linha busca definir quais itens devem ser mais, ou menos, intensamente promovidos. A redução da linha trata da questão de como detectar e da forma de remover itens de fraco desempenho. A estratégia de produto também considera a lógica de determinação de preços para itens que pertencem a um portfólio. O objetivo principal passa por estabelecer o preço de cada item buscando a maximização do lucro portfólio como um todo, o que se torna um desafio, levando- se em conta que itens podem ter custos e demandas diferentes. Seis são as principais situações de decisão de preço para itens de um mix de produto: preço para linha de produtos, preço para características opcionais, preço para produtos cativos, preço composto, preço para subprodutos e preço para pacote de produtos. O mesmo princípio de raciocínio que envolve política de preços e portfólio de produtos serve para gestão de marcas e portfólio de produtos. Empresas devem se preocupar em desenvolver uma política de marca para os itens e linhas de produtos de seu portfólio. Trata-se de decidir se itens devem ter ou não marca, se devem usar marcas individuais de famílias de produtos, se devem usar a marca de um fabricante ou de um distribuidor. Passa também por estabelecer uma política para extensão de marca em novos produtos, criação de multimarcas e adoção de reposicionamento. Um caso típico disso é a existência de produtos de empresas diferentes associados por meio de marcas combinadas, também denominadas marcas duplas ou co-branding. Isso ocorre quando duas ou mais marcas conhecidas são combinadas em uma única oferta. A marca de ingrediente é uma forma especial de combinação de marcas que envolve a criação de uma identidade individual para materiais, componentes, ingredientes ou peças que necessariamente entram em produtos finais de outras marcas. Por fim, produtos físicos requerem decisões quanto à embalagem, visto que isso impacta diretamente nos benefícios de proteção, economia, conveniência e promoção. É fundamental o desenvolvimento de um conceito de embalagem que seja funcional e agradável psicologicamente, que colabore com a busca dos objetivos desejados e seja compatível com a política de relações públicas da empresa. Produtos físicos também necessitam de rotulagem para fins de identificação e possível classificação, descrição e promoção do produto. Atividade extra Nome da atividade: assistir o filme “Jogada de gênio”. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129507/ Referência Bibliográfica KANAANE, Roberto; RODRIGUES, Carlos Eduardo, Curso de Marketing - Cenários, Estratégias e Ferramentas. Rio de Janeiro: Atlas, 2016. LAS CASAS, Alexandre Luzzi, Marketing - Conceitos, Exercícios, Casos, 9ª edição. Rio de Janeiro: Atlas, 2017. GREWAL, Dhruv; Marketing. Porto Alegre: AMGH, 2017. AAKER, D. A. Marcas Brand Equity Gerenciando o Valor da Marca. São Paulo: Negócio, 1998. KELLER, K.L.; MACHADO, M. Gestão estratégica de marcas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129507/ KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing, 14ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.