Prévia do material em texto
ENSINO DA PESSOA COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO Claudiane Ramos Furtado Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a escola como constituidora de processos de inclusão e exclusão. Explicar as relações entre escola, currículo, diferenças e desigualdades. Identificar a importância de práticas pedagógicas para o ensino de pessoas com altas habilidades/superdotação. Introdução Neste capítulo, você vai estudar a necessidade de adequação do am- biente escolar para receber alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD). Normalmente, as mudanças envolvem desafios, o que implica a capacidade de construir e desconstruir aprendizagens com os sujeitos envolvidos no ambiente escolar. As escolas devem considerar a diversidade e ter responsabilidade social. Para isso, devem adotar novas ações e abordagens tanto internas quanto externas, para atender todos os alunos. Garante-se, desse modo, que não haja exclusão. O respeito às diferenças individuais é primordial. A articulação entre inclusão e exclusão, porém, não deve represen- tar uma problemática. Se o processo estiver bem entendido e a escola adaptada não só no espaço físico, mas também pedagogicamente para desenvolver seu trabalho de forma integrada com todos os alunos, o desenvolvimento global de todos estará garantido. Incluir as pessoas com AH/SD na rede escolar regular requer conhe- cimento, capacitação e, acima de tudo, compreender a necessidade de respeitar o tempo de aprendizagem de cada indivíduo, pois só assim a inclusão ocorrerá conforme o esperado. 1 Inclusão e exclusão na escola regular A escola é a instituição mais importante para a nossa constituição como sujeitos. Por isso, é importante reconhecermos esse espaço como formador de processos de inclusão e exclusão. Essa inclusão escolar, inclusive de sujeitos com AH/SD, vai além do âmbito legal. É necessário um investimento alto para garantir a eles a acessibilidade educacional, o que requer um trabalho coletivo de toda a equipe escolar. A inclusão das pessoas consideradas público-alvo da educação especial no ensino regular, do qual os alunos com AH/SD fazem parte, requer que as suas especificidades sejam atendidas. A não adequação a essas especificidades se configura como exclusão. Não basta matricular esses alunos na escola regular; é preciso criar possibilidades para que eles permaneçam na escola e que tenham aprendizagens significativas. Todos os espaços escolares precisam ser adaptados, porque a inclusão escolar não acontece somente na sala de aula, mas em todos os espaços em que os alunos circulam. No entanto, a inclusão vai além da construção de rampas, portas adaptadas e placas sinalizadoras. Embora a estrutura física de uma escola seja fundamental, a capacitação do corpo docente e da equipe multidisciplinar também deve ser considerada. Além disso, é importante observar os níveis de ensino e as mudanças necessárias para que os alunos estejam em uma nível condizente com suas capacidades. No caso específico dos sujeitos com AH/SD, o primeiro grande desafio é identificá-los. As pesquisas relacionadas a essa temática, ainda são pouco difundidas nas escolas, e poucos professores têm formação específica nessa área. Além disso, diferentemente dos sujeitos com deficiência ou com trans- tornos globais do desenvolvimento, os sujeitos com AH/SD muitas vezes não são reconhecidos como público-alvo da educação especial. De acordo com Delpretto e Zardo (2010, p. 19), “Historicamente, os alunos com AH/SD não encontraram obstáculos no acesso à escola comum, ingresso e matrícula. No entanto, muitos deles passavam despercebidos na escola comum”. Isso ocorre porque eles não possuem “a marca da deficiência” e, muitas vezes, não há laudo que justifique a sua condição. Essa questão é bastante preocupante, pois, ao não serem reconhecidos nas suas necessidades, esses sujeitos não têm acesso a um ensino de qualidade. É fundamental que a instituição escolar tenha no seu quadro professores capacitados e especializados para reconhecer as especificidades desses alunos e para encaminhá-los de maneira adequada ao atendimento educacional Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular2 especializado (AEE). A invisibilidade das pessoas com AH/SD no contexto escolar implica a exclusão. Alunos com AH/SD são aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, aca- dêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande cria- tividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (BRASIL, 2008). Em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu art. 55, afirma que é obrigação dos pais ou responsáveis “[…] matricular seus filhos na rede regular de ensino” e complementa, em seu art. 5º, que: […] nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negli- gência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais (BRASIL, 1990, documento on-line). Escola regular e o atendimento educacional especializado Para garantir a entrada, a permanência e a aprendizagem de alunos público-alvo da educação inclusiva nas escolas regulares, foi criado o AEE. O AEE objetiva orientar os sistemas de ensino para responder às necessidades e peculiaridades educacionais desses alunos, incluindo os com AH/SD. O AEE precisa contar com um professor especializado na área da educa- ção especial. Juntamente com o professor da sala de aula comum (professor capacitado), o professor especializado vai trabalhar nas especificidades desses estudantes. O trabalho será realizado com base em um currículo adaptado às necessidades e também um plano de desenvolvimento individual (PDI). Conforme a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008, p. 1), o AEE: […] tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes, considerando suas necessidades específicas. As atividades desen- volvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos estudantes com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. O direito à igualdade somente é alcançado no momento em que os pro- fessores reconhecem e respeitam as diferenças individuais dos alunos. Isso 3Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular passa por incorporar essas diferenças no seu planejamento diário fazendo modificações nas suas práticas pedagógicas e buscando diferentes modos de organização escolar, inovadores e comprometidos, como uma nova forma de pensar e fazer educação. O AEE ocorre em salas de recursos multifuncionais (SRM), no contra turno escolar. Embora muitas pessoas ainda associem as salas do AEE com salas de reforço, não se trata de reforço escolar. O trabalho do AEE é muito mais amplo e complexo, pois atende a todos os alunos-público alvo da educação especial nas suas necessidades educacionais especiais (NEE). Muitas vezes, esse atendimento é realizado com tecnologias assistivas (TA). Porém, quando a escola não possui SRM, o que acontece muito no Brasil, esses estudantes são encaminhados aos centros de AEE. Mitos sobre alunos com altas habilidades/superdotação A legislação voltada para atender e garantir a inclusão dos sujeitos com AH/ SD não é sufi ciente. Enfrentamos outros problemas no contexto escolar, princi- palmente por falta de conhecimento sobre as especifi cidades desses estudantes e também pela falta de pesquisas sobre a temática. Muitosmitos ainda prevalecem em relação às pessoas com AH/SD, os quais acabam gerando muitas expectativas e frustações tanto aos alunos quanto aos seus pais e professores. Na maioria das vezes, são considerados alunos que não necessitam de auxílio para desenvolver atividades educacionais do dia a dia, nem adaptações para melhor integração curricular. Em suas análises, Mantoan (2001, p. 53-54) constata que: Reconstruir os fundamentos e a estrutura organizacional das escolas na direção de uma educação de qualidade para todos remete, igualmente, a questões específicas, relacionadas ao conhecimento do objeto ensinado e ao sujeito que aprende. Trata-se de mais um desafio que implica a consideração da especificidade dos conteúdos acadêmicos e a subjetividade do aprendiz, ou seja, um sistema duplo de interpretação do ato de educar, referendado por pressupostos de natureza epistemológica e psicológica, e a concretização de propostas inovadoras que revertam o que tradicionalmente se pratica nas salas de aula. Portanto, ao identificar a existência de dificuldades nos processos de ensino, é necessário buscar alternativas que viabilizem essa demanda com o objetivo de superá-las para que não ocorra a exclusão. Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular4 2 Currículo e diferenças na escola regular Todo ser humano tem suas subjetividades e diferenças. Por isso, a diversidade não deveria causar tanta estranheza. Por questões políticas e econômicas, é imposto um padrão de normalidade para uma sociedade que não existe, pois não saímos de uma fôrma com todas as características iguais. Com tantas diferenças, principalmente no que tange às pessoas público-alvo da educação especial, os direitos devem ser respeitados. Esses direitos são garantidos em todos os setores da sociedade, e na área da educação não poderia ser diferente. Pessoas com AH/SD têm os mesmos direitos de frequentarem a escola regular como qualquer outra pessoa. A legislação é bastante clara nesse sentido. Conforme o art. 205 da nossa Cons- tituição Federal: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvi- mento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, documento on-line). Para que ocorra a implantação de um sistema escolar inclusivo, são neces- sárias algumas ações pontuais, como um minucioso mapeamento de todos os alunos que tenham NEE. Com esse primeiro movimento, é possível estruturar uma proposta de trabalho direcionada às necessidades educativas de cada educando, para que possam ser definidos quais serviços e recursos devem ser criados e mantidos para satisfazer tais necessidades. Todos nós somos diferentes e aprendemos em ritmos diferentes, mas as pessoas com AH/SD, em sua grande maioria, por aprenderem em um ritmo mais acelerado, acabam perdendo o interesse e a motivação. É papel do professor oportunizar ao aluno atividades que o envolvam e possibilitem o desenvolvi- mento de suas habilidades. É necessário que as escolas tenham professores capacitados e especializados na área da educação especial, para trabalhem de forma objetiva elaborando atividades que estimulem a criatividade desses alunos. Desse modo, conseguimos fazer com que eles não percam o interesse e o prazer em aprender. No entanto, o professor não trabalha sozinho. O trabalho deve ser feito de forma coletiva entre o professor da sala de aula comum, o professor do AEE, o mediador escolar (se houver) e a equipe pedagógica da instituição. Caso seja possível, é importante fazer uma articulação com os profissionais da saúde que atendem esse aluno e também com a família. Essa articulação 5Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular é importante no momento de pensar práticas pedagógicas direcionadas para as necessidades desse estudante. Adaptações curriculares As adaptações curriculares para os alunos com AH/SD são de grande valia, desde que a nova proposta seja enriquecida de oportunidades, objetivando uma aprendizagem desafi adora e proporcionando, assim, seu desenvolvimento em todas as áreas. Um novo currículo não deve ter por intuito anular o currículo que já foi construído pela equipe pedagógica da escola. Na verdade, o que se busca é fazer adaptações necessárias em relação à fl exibilização dos objetivos, conteúdo, metodologia e formas de avaliação. Tanto o currículo quanto o projeto político pedagógico (PPP) da escola vão conduzir os processos de ensino e de aprendizagem da instituição. Isso significa que esses documentos precisam estar alinhados a uma proposta inclusiva. Portanto, é preciso construir um currículo dinâmico e flexível, para que se possa garantir a aprendizagem de todos os alunos, independentemente de terem ou não alguma deficiência. Segundo Lopes (2007, p. 13), o currículo escolar pode ser compreendido como: […] um campo de ações em permanente (des)construção. Ações que fogem a determinação prévia de conhecimentos e condições humanas para educação e aprendizagem, abarcando impensáveis relações entre sujeitos, saberes, estruturas e formas de ver e de narrar às diferenças. Justamente por isso o currículo deve ser dinâmico e flexível. A inclusão é dinâmica e está sempre em construção. Na escola, esses processos de in- clusão e exclusão acontecem de forma muito rápida. Como prever toda essa diversidade, onde todos sejam respeitados nas suas diferenças e necessidades? Principalmente quando: […] a diferença altera a serenidade ou a tranquilidade dos demais, nada há de tão perturbador como aquilo que a cada um lembra seus próprios defeitos, suas próprias limitações, suas próprias mortes; é por isso que as crianças e os jovens perturbam os adultos, as mulheres, os homens; os fracos, os fortes; os pobres, os ricos; os deficientes, os eficientes; os loucos, os cordados; os estranhos, os nativos […] e, talvez, vice-versa (FERRE, 2001, p. 198). Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular6 Nem todas as escolas estão preparadas para receber estudantes com AH/ SD. O que devemos ter em mente é que a inclusão não se faz de um dia para o outro e não pode ser um trabalho solitário. Os processos de inclusão precisam ser pensados de maneira coletiva. Ao construir o PPP e, posteriormente, o currículo escolar, a inclusão precisa estar na pauta do dia, e a escola precisa contar com professores capacitados e especializados. Desse modo, juntamente com os outros profissionais da educação e da comunidade escolar, a escola deve adequar seus documentos escolares para determinada realidade. Esses documentos representam a maneira como a escola enxerga seus alunos; por isso, é importante que contemplem toda diversidade de estudantes matriculados. O currículo escolar, ao abordar de forma equivocada essas questões, pode gerar processos de exclusão e aumentar o discurso da desigualdade. 3 Práticas pedagógicas A formação inicial de professores difi cilmente prevê a grande diversidade de alunos em uma mesma sala de aula. Essa é uma questão muito discutida no contexto escolar. Os professores relatam não estarem preparados para receber alunos público-alvo da educação especial ou alunos com alguma diferença. Na concepção da educação inclusiva, todos os alunos devem estar em um mesmo ambiente, com os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Sabemos que, com essa organização e com tantas variáveis, não é possível atingir todas as competências planejadas, sendo necessário sugerir novas propostas pedagógicas. Robbins (1998, p. 45) define aprendizagem como “[…] qualquer mudança relativamente permanente no comportamento que ocorre como resultado de experiência”. De acordo com Batista (2006), a proposta inclusiva pressupõe que o aluno deve ter papel ativo em sua aprendizagem, assimilando conhecimentos da maneira que conseguir, considerando suashabilidades, possibilidades e as experiências. Portanto, o ato de aprender está relacionado à cognição e à mudança de comportamento. Ensinar na diversidade é um desafio, pois as práticas pedagógicas inclu- sivas devem atender a todos os estudantes. No campo da educação, para que ocorra a aprendizagem, é necessário seguir alguns passos. Sobretudo, aluno, professor e objeto de conhecimento devem estar bem alinhados. Na educação inclusiva, a grande questão é encaixar todos estes fatores, para que o processo de aprendizagem esteja equilibrado. 7Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular O professor deve utilizar metodologias diferenciadas e encontrar situações em que consigam desenvolver as habilidades de seus alunos em conjunto com eles. Desse modo, podemos encontrar um espaço pedagogicamente adequado para o desenvolvimento global das pessoas com AH/SD. Coll, Marchesi e Palacios (2004, p. 38), explicam que: […] a atenção às diferenças individuais faz parte também de todas as estra- tégias educativas que se assentam no respeito à individualidade de cada um. Um respeito que, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, exige que se proporcione uma educação adaptada às suas possibilidades. É importante que a escola, ao construir o seu PPP e o seu currículo escolar, já tenha essas questões em mente. Esses documentos conduzem a forma com que os professores vão trabalhar com a inclusão. Esse é o primeiro passo para que tanto o corpo docente quanto a equipe multidisciplinar dessa escola possam ter um olhar diferenciado em relação a esses alunos, com o objetivo de identificar suas características, comportamento, atitudes, dificuldades, habilidades e as disciplinas com que mais se identificam. Além disso, a relação estreita com a família é fundamental, porque, muitas vezes, eles podem colaborar informando aos professores como esse aluno se comporta e o que ele gosta, apresentando um histórico até aquele momento. Essa parceria pode funcionar também para tranquilizar os pais, no sentido de mostrar que ações estão sendo realizadas para atender às necessidades do seu filho. Em relação às propostas pedagógicas adotadas pela escola para trabalhar com estudantes com AH/SD, algumas são as possibilidades. Um delas se baseia na teoria dos três anéis de Renzulli (modelo triádico de enriquecimento). Para o autor, pessoas com AH/SD apresentam três características fundamentais (RENZULLI, 2004): habilidades acima da média em alguma área do conhecimento; envolvimento com a tarefa; criatividade. A interação dessas três características representam o que ele chama de comportamento superdotado. Aqueles que apresentarem interseção de dois anéis podem ser caracterizados com uma inteligência acima da média, mas não altas habilidades. Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular8 A ideia dessa proposta é criar um novo espaço no cronograma para que o aluno tenha a oportunidade de participar de projetos e atividades de seu interesse. Os professores, por sua vez, independentemente da disciplina que lecionam, estão envolvidos, bem como os pais e a comunidade escolar. Renzulli (2004, p. 81) explica: A primeira finalidade é fornecer aos jovens oportunidades para um maior crescimento cognitivo e autorrealização, através do desenvolvimento e ex- pressão de uma área de desempenho ou uma combinação delas, nas quais o potencial superior pode estar presente. A segunda finalidade é aumentar a reserva social de pessoas que ajudarão a solucionar os problemas da sociedade contemporânea, tornando-se produtores de conhecimento e arte e não apenas consumidores das informações existentes. Dessa maneira, o aluno tem a possibilidade de desenvolver suas habilidades e utilizar o conhecimento para produzir algo, ter um produto final e se tornar o ator principal de seu conhecimento. Segundo o autor: A aprendizagem é mais significativa e prazerosa quando o conteúdo (ou seja, o conhecimento) e o processo (ou seja, as habilidades de pensamento, os métodos de investigação) são aprendidos no contexto de um problema real e atual (RENZULLI, 2004, p. 100). Quanto mais envolvimento o aluno tiver no desenvolvimento das ativida- des, mais produtiva ela será. O professor, portanto, é peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem. A elaboração e a preparação da proposta pedagógica pode e deve ser personalizada. Professor e aluno precisam descobrir metodologias que respondam às necessidades do estudante, para atingir os objetivos propostos da turma em que está inserido. A tarefa não é simples, pois requer sair da zona de conforto. 9Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular BATISTA, C. A. M. Educação inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. 2. ed. Brasília, DF: MEC, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov. br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao. htm. Acesso em: 16 mar. 2020. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF, 1990. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 8 abr. 2020. BRASIL. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politi- caeducespecial.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020. COLL, C.; MARCHESI, Á.; PALACIOS, J. (org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2004. v. 3. DELPRETTO, B. M. L.; ZARDO, S. P. Alunos com altas habilidades/superdotação no contexto da educação inclusiva. In: DELPRETTO, B. M. L.; GIFFONI, F. A.; ZARDO, S. P. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: altas habilidades/superdotação. Brasília, DF: MEC, 2010. p. 19-21. FERRE, N. P. L. Identidade, diferença e diversidade: manter viva a pergunta. In: LARROSA BONDÍA, J.; SKLIAR, C. B. (org.). Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 195-214. LOPES, M. C. Inclusão escolar, currículo, diferença e identidade. In: LOPES, M. C.; DAL’IGNA, M. C. (org.). In/exclusão: nas tramas da escola. Canoas: ULBRA, 2007. p. 11-33. MANTOAN, M. T. E. (org.). Pensando e fazendo educação de qualidade. São Paulo: Mo- derna, 2001. RENZULLI, J. S. O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Educação, v. 1, n. 52, p. 75-131, 2004. Dispo- nível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Extensao/papah/o-que-e-esta-coisa- -chamada-superdotacao.pdf. Acesso em: 30 mar. 2020. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: LTC, 1998. Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular10 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 11Alunos com altas habilidades/superdotação e a inclusão na escola regular