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ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET124 -Conceitos: • Bioequivalência: dois medicamentos que mostram biodisponibilidade similar; • Farmoquímicos: todas as substâncias ativas ou inativas utilizadas na fabricação de medicamentos. Muitos possuem a escrita QSP junto, que significa “quantidade suficiente para”, dizendo que a quantidade de adjuvante e outras substância é suficiente para um volume x de medicamento; • Formulação farmacêutica: relação quantitativa dos farmacoquímicos que compõem um medicamento; • Medicamento de referência: produto inovador, registrado em órgão federal, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente. Teoricamente, não poderia haver diferença entre medicamentos de referência e seus genéricos respectivos. A ideia seria um tipo de medicamento genérico para baratear o valor para a população. • Medicamento genérico: é aquele que quando expira a patente da marca (10 anos), é comercializado sem o nome comercial anterior. Ex.: cefalexina, ranitidina e furosemida. • Medicamento tarjado: requer prescrição profissional. Vermelha ou preta de acordo com a necessidade do controle. -Siglas que se referem à frequência com que determinado tratamento deve ser feito: • Ad lib (ad libitum): à vontade; • SID (Semel in die): à cada 24 horas; • BID (bis in die): à cada 12 horas; • TID (ter in die): à cada 8 horas; • QID (quarter in die): à cada 6 horas; • PO (per os): via oral (VO); -Formação de novas células sanguíneas pela medula óssea. São produzidas as três principais linhagens: leucócitos, hemácias e plaquetas. Hemácias são produzidas com maior frequência porque tem a função de transportar oxigênio. Leucócitos vivem até no máximo 10 horas. -A medula óssea em um animal jovem se expande ao longo do comprimento do osso, enquanto a medula óssea de um organismo idoso retrai. -Estímulo glicoproteico: eritropoietina é um hormônio estimula a produção de hemácia. Esse hormônio é somente utilizado quando o quadro de anemia se deve pela não produção de hemácias. -É sintetizada nas células corticais renais (90%) e restante no fígado e cérebro. -Quando usar? • IRC -(insuficiência renal crônica): mais de 75% da massa renal funcional destruída; • Leucemias (eritrocitárias); • Mielodisplasias; • Anemia de doença inflamatória crônica; • Anemias associadas à imunodeficiência. -Administração: IV ou SC. Na via subcutânea, o pico plasmático 5 e 24 horas. -Meia vida de 10 horas aproximadamente; -3 aplicações por semana é o suficiente para ter uma resposta terapêutica adequada; -Suporte: suplementação com ferro, ácido fólico, vitaminas do complexo B e hemogramas periódicos; -Atualmente tem se utilizado a rHU- EPO, também usada ilegalmente para aumentar o desempenho de atletas e animais de esporte. -Efeitos colaterais: tromboembolismo, AVC, síndrome da hiperviscosidade. • Armazenado em dois compartimentos: • Funcional (Hb ou mioglobina) e não funcional (complexo ferritina); • 66% da composição da hemoglobina é ferro; • Ferro suplementado em aves, por exemplo, não é indicado porque esses animais não têm como estocar, podendo causar hemossiderose. • Ferritina: • Proteína de reserva do ferro; • Liga-se ao íon férrico (Fe+++); • Quando não ligado é denominada apoferritina; • Encontrada sob a forma de depósitos intracitoplasmáticos, inclusões lisossômicas ou aglomerados visíveis ao microscópio (hemossiderina); Compartimento funcional de armazenamento de ferro: hemoglobina. -A hemoglobina está ligada ao íon ferroso (Fe++), pois sua forma oxidada não é capaz de transportar O2. O oxigênio se liga de forma reversível ao íon ferroso para ser transportado. • Indicações nas desnutrições e anemias ferroprivas; • Monitoramento com hemograma; • VO: • Sais ferrosos x sais férricos; • Vitamina C: quando feita juntamente com a suplementação de ferro, aumenta em até 30% sua absorção; • Antiácidos e antibióticos como tetraciclina reduzem a absorção de ferro. No caso da erliquiose, o tratamento é feito com antibiótico a base de tetraciclina, especificamente doxiciclina. Porém, a erliquiose é uma doença hematológica. É muito frequente que haja prescrição dos dois componentes ao mesmo tempo e o tratamento acaba sendo ineficaz. • Indicações: em casos de doenças do trato gastrointestinal (TGI): administrar por via parenteral, mas via intramuscular é mais segura. IV tem maiores efeitos colaterais, como anafilaxia, nefrotoxicidade e depósitos teciduais. • Necessária para manutenção do núcleo e divisão celular; • Auxilia na síntese de RNA e DNA; • Deficiência atrapalha a maturação celular e em humanos pode resultar em anemia megaloblástica, onde a hemácia pula um estágio de maturação e vira uma hemácia adulta grande. Esse tipo de anemia não é existente na medicina veterinária. • Bem absorvida pelo TGI; • Deficiência pode estar relacionada com atrofia gástrica; • Inibidores da bomba de prótons e inibidores H2 reduzem a absorção de vitamina B12. • Administração é oral ou parenteral; • Para uso terapêutico, é utilizado somente na forma de ciano ou hidroxicobalamina, pois apenas estes dois derivados permanecem ativos após a sua estocagem no organismo. A toxicidade dessa vitamina é mínima. -Com a participação da vitamina B12 , o ácido fólico (ou folato ou vitamina B9) é primordial para a síntese de purinas e pirimidinas necessárias para a formação do RNA e DNA, essenciais na hematopoese normal -Tratamento dos distúrbios da hematopoese inclui identificação da causa e classificar a anemia (está sendo responsiva ou não à produção?), verificação da necessidade de resposição de hemocomponentes (o animal precisa de suplemento vitamínico ou transfusão de sangue?), tratamento de suporte e correção das deficiências de ferro e vitaminas. -Mecanismo geral da hemostasia: manutenção da fluidez do sangue no vaso sanguíneo. Coagulação aumentada afeta a hemostasia. -Hemostasia: 1. Primária (fase vascular): logo após algum rompimento, haverá uma vasoconstrição localizada para retardar a saída de sangue (durabilidade de cerca de 20 a 30 min). a. Primária (fase plaquetária): ocorrerá adesão de plaquetas juntamente com o processo de vasoconstrição localizada (início da agregação plaquetária). A agregação resulta na formação do plug hemostático primário (plaqueta + fibrinogênio). Esse plug é instável , porque é solúvel. 2. Secundária (fase de coagulação sanguínea): participação de diversos fatores de coagulação que irão converter o fibrinogênio em fibrina para formação da rede fibrinosa. a. Rede fibrinosa ou plug hemostático secundário é constituído de plaquetas + fibrina e é estável, porque é insolúvel. b. Fator de von Willebrand – promove agregação das plaquetas por interagir com colágeno. c. Cascata de ativação é dependente de fatores intrínsecos (parede do vaso), extrínsecos (proteínas circulantes) e via comum. Com tudo isso feito, haverá formação de fibrina estável. 3. Terciária (fase de fibrinólise): mecanismo que vai desfazer os coágulos e inibir a atuação dos fatores de coagulação pela enzima fibronilisina. -Para que a cascata funcione corretamente, é necessário cálcio e vitamina K. O cálcio tem a função de criar o sítio de ligação para vitamina K e, se ela não se liga, não ocorre a cascata de coagulação pela não formação da fibrina. -Vitamina K é reutilizada no organismo pela epóxi-transredutase. A droga anticoagulante oral geralmente utilizada é a varfarina, administrada como profilática e para tratamento de fenômenos tromboembólicos. A deficiência de vitamina K: • Distúrbios gastrointestinais crônicos (vitamina K3 pode serutilizada); • Administração prolongada de sulfanamida, antibiótico; • Falta de sais biliares prejudica a absorção de vitaminas lipossolúveis (colestase): característica importante da vitamina K. • Venenos para ratos e morcegos causam a morte desses animais pela introdução de substâncias antagonistas à vitamina K – os animais morrem por hemorragia extensa. -Em neonatos, o fígado é imaturo, que resulta em deficiência dos fatores vitamina K dependentes. Geralmente ocorre em bovinos, ovinos e equinos. -Há duas formas farmacológicas da vitamina K: 1. K1 – fitomenadiona. 2. K3 – menadiol/ menadiona. Não é indicado para casos de intoxicação, já que essa substância ainda precisa ser metabolizada e demoraria cerca de 72 horas para se transformar em fitomenadiona. É mais indicada mais casos de sangramentos mais crônicos. -A administração da K1 é subcutânea por serem lipossolúveis, evitando um evento trombótico pela liberação lenta. K3 pode ser feita subcutânea ou intravenosa. -Anticoagulantes: • Heparina, EDTA ( hemograma), oxalato de sódio, fluoreto de sódio, citrato de sódio (in vitro). Essas substâncias são quelantes de cálcio que, se utilizados em organismo vivo, quelaria o cálcio necessário na contração muscular. • Sistêmicos (in vivo): o Heparina sódica; o Inibição da trombina; o Usada em casos de tromboembolismo; o Associação com inibidores da agregação plaquetária. -A heparina sódica tem efeito anticoagulante e antitrombótico. Vai atuar inibindo a trombina, enzima que converte fibrinogênio em fibrina. Tetraciclinas e anti-histamínicos reduzem a sua ação terapêutica. Pode ser usada juntamente com anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), que são inibidores de agregação plaquetária por inibirem a formação de COX 1 e consequentemente tromboxano A2. -CID: acomete as três fases da hemostasia. -Inibidores de agregação plaquetária: • AINES (ácido acetilsalicílico); • Inibição da COX. -Agentes trombolíticos: responsáveis por ativar a conversão do plasminogênio a plasmina, enzima responsável pelo processo fibrinolítico. • Estreptoquinase (ativador indireto); o Proteína sem atividade enzimática que ativa o plasminogênio. • Uroquinase: o Enzima ativadora do plasminogênio.