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APOSTILA 9 LP- 2 CORTE (1)

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LÍNGUA PORTUGUESA
	AULA 6
	Objetos de conhecimento: Gênero textual: Anúncio publicitário. Diferentes peças publicitárias e criticidade em relação às abordagens; recursos linguístico-discursivos. 
	Habilidades: (EF69LP02-A) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, banner, jingle, vídeos etc.). (EF69LP02-B) Perceber a articulação entre peças publicitárias em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha. (EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos.(EF69LP04-B) Relacionar as estratégias de persuasão e apelo ao consumo, em textos publicitários, com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes, formação de consumidores críticos, reflexão sobre consumismo, entre outros.(EF69LP17-A) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários. (EF69LP17-B) Perceber e analisar as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários). 
TEXTO PUBLICITÁRIO
Basta sairmos pelas ruas que tão logo nos deparamos com uma infinidade de faixas, cartazes, anúncios, outdoors... Todos envoltos por um único objetivo: o de atrair a atenção do leitor mediante o ato comunicativo.
O discurso apresenta-se de forma variada – divulgando um determinado evento, como, por exemplo, um show, uma feira cultural, de moda, anunciando uma promoção referente ao comércio e lucratividade, anunciando um produto que acabara de ser lançado no mercado. Enfim, vários são os objetivos traçados por parte do emissor, tentando persuadi-lo de alguma forma.
Diante de tal finalidade discursiva, a linguagem, necessariamente, precisa não somente ser clara e objetiva, mas bastante atrativa. Para tanto, torna-se indispensável o predomínio de uma linguagem não-verbal, uma vez que imagens tendem a ser mais chamativas e, consequentemente, contribuem para a concretização dos objetivos propostos. Ademais, falando sobre linguagem, é essencial que saibamos sobre um aspecto bastante peculiar – a presença de alguns recursos estilísticos voltados para a conotação, ou seja, passíveis de múltiplas interpretações. Assim, metáforas, comparações, hipérboles, dentre outras, são indispensáveis. Analisemos, pois, um caso representativo:
 “Você pode ser algum super-herói”
Disponível em: https://www.agenciacriativamente.com.br/blog/10-pecas-publicitarias-criativas-que-vao-te-inspirar-hoje/ Acesso em 23 de mar.de 2022. 
Observa-se a associação da imagem de um herói àquele que doa sangue, pois é uma forma de salvar vidas. Assim, observamos que o poder de persuasão é apresentado através da imagem do braço forte do herói bem como da parte verbal. 
Um texto publicitário pode ser composto por elementos que constituem o gênero em pauta, destacamos:
Título – Compõe-se de frases concisas, porém atrativas.
Imagem – Representa um elemento de fundamental importância para o discurso, dado o seu caráter persuasivo.
Corpo do texto – Trata-se do desenvolvimento da ideia em si, proporcionando uma interação entre os interlocutores por meio de um vocabulário sugestivo e adequado ao público-alvo.
Identificação do produto ou marca – Constitui-se de uma assinatura do próprio anunciante, podendo também haver um slogan – uma frase curta que defina o produto anunciado. No exemplo acima podemos perfeitamente constatar este fato.
Disponível em: https://www.portugues.com.br/redacao/o-anuncio-publicitario---uma-analise-linguistica-.html. Acesso em 23 de mar. de 2022.
Figuras de Linguagem
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação. 
Algumas figuras de palavras e de pensamento
1. Metáfora: representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
2. Comparação: chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.
3. Metonímia: é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
4. Catacrese: representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.
5. Sinestesia: acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplo: Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
A frieza está associada ao tato e não à visão.
Figuras de Pensamento
1. Hipérbole: corresponde ao exagero intencional na expressão.
Exemplo: Quase morri de estudar
2. Eufemismo: é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplo: Entregou a alma a Deus.
Acima, a frase informa a morte de alguém.
3. Ironia: é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.
4. Personificação: ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais.
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
5. Antítese: é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
6. Paradoxo: representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.
Como é possível alguém estar cego e ver?
7. Onomatopeia: é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/.Acesso em 12 de mar. de 2021.
ATIVIDADES: 
1. (ENEM) Os meios de comunicação podem contribuir para a resolução de problemas sociais, entre os quais o da violência sexual infantil. Nesse sentido, a propaganda usa a metáfora do pesadelo para
a) ( ) informar crianças vítimas de violência sexual sobre os perigos dessa prática, contribuindo para erradicá-la.
b) ( ) denunciar ocorrências de abuso sexual contra meninas, com o objetivo de colocar criminosos na cadeia.
c) ( ) dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, enfatizando a importância da denúncia.
d) ( ) destacar que a violência sexual infantil predomina durante a noite, o que requer maior cuidado dos responsáveis nesse período.
Imagem disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-propaganda-persuasao.htm. /Acesso em: 23 de mar. de 2022.
2. Observe a imagem abaixo, o texto verbal e não-verbal deste outdoor, e assinale a figura de linguagem que melhor o caracteriza:
a) ( ) A ironia, tendo em vista o enunciado fazer um comentário cômico com a ornamentação de um velório de quem morrer de acidente de trânsito. 
b) ( ) A hipérbole, pois é um exagero de expressão afirmar que uma vítima de trânsito fique “lindo” após o acidente.
c) ( ) A catacrese, visto que na expressão “coroa de flores” por falta de uma nomeação específica, utiliza-se um termo emprestado no léxico (coroa) para suprir esta necessidade. 
d) ( ) A metáfora, porque há uma comparação subjetiva entre a vítima morrer e ficar igual a uma coroa de flores.Disponível em: https://4.bp.blogspot.com/-MUqrpyeOb00/Ws0mZ-muyzI/. Acesso em 23 de março de 2022.
3. Argumente sobre a expressão “É música pra todas as estações durante toda uma estação”, apresentando os sentidos que a palavra estação exerce no contexto da propaganda.
Disponível em: encurtador.com.br/nEN37/ Acesso em 23 de mar. 2022.
4. Quais
os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos foram usados pelo publicitário para compor o anúncio acima? Com que objetivo? 
Imperativo Verbal – Definição, Formação e Exemplos
Observe o uso do verbo tomar, no modo imperativo, no anúncio a seguir.
O verbo no imperativo apresenta uma atitude de interferência do comunicante sobre o interlocutor, estabelecendo ordem, mando, solicitação, convite ou conselho. Esses verbos podem exprimir diversas atitudes do comunicante em relação ao interlocutor, sendo que, para diferenciá-las, é necessário observar a entoação da frase e a ideia pretendida.
Características dos verbos no imperativo
De forma geral, esse modo verbal é empregado nas orações absolutas, coordenadas e principais. Pelo fato de nesses verbos o comunicante sempre se dirigir a um interlocutor, este pode referir-se às segundas e terceiras pessoas e primeira pessoa do plural. Outra característica das frases imperativas é que muitas vezes elas vêm acompanhadas do ponto de exclamação (!), o que indica o tom de ordem, mando, solicitação, convite ou conselho.
Disponível em: https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/imperativo/ Acesso em 24 de março de 2022.
Outros exemplos do uso do modo imperativo:
Passe-me o sal, por favor. (Exprime um pedido, uma solicitação)
· Não deixe o carro na rua, guarde-o na garagem! (Pode exprimir uma ordem ou um conselho, depende do contexto e da pontuação empregados).
· Fale baixo, por gentileza! (Exprime um pedido)
· Fuja daqui! (Exprime ordem ou conselho)
· Devolva-me os quadros! (Exprime ordem ou conselho)
Nos exemplos fornecidos, os verbos podem exprimir ordem, mando, solicitação, convite ou conselho dependendo do contexto que eles estão empregados.
A formação dos verbos imperativos pode ser realizada no afirmativo e no negativo. 
A – As segundas pessoas (tu e vós) derivam das formas do presente do indicativo, retirando-se delas a letra S;
B – As demais pessoas são idênticas às do presente do subjuntivo.
	Presente do indicativo
	Imperativo afirmativo
	Presente do subjuntivo
	canto
	–
	cante
	cantas
	canta tu
	cantes
	canta
	cante você
	cante
	cantamos
	cantemos nós
	cantemos
	cantais
	cantai vós
	canteis
	cantam
	cantem vocês
	cantem
Observação:
Os verbos trazer, dizer e fazer e os verbos terminados em –uzir (produzir, conduzir, aduzir etc.) permitem duas formas na segunda pessoa do singular, conforme exemplo:
· 
2
· produz / produze
· diz / dize
· conduz / conduze
· faz / faze
· traz / traze
Forma negativa
O imperativo negativo é derivado do presente do subjuntivo. Suas formas são idênticas, bastando acrescentar o advérbio de negação e excluir a primeira pessoa do singular. Vejamos o exemplo:
	Presente do subjuntivo
	Imperativo negativo
	cante
	–
	cantes
	não cante tu
	cante
	não cante você
	cantemos
	não cantemos nós
	canteis
	não canteis vós
	cantem
	não cantem vocês
Obs.: A tabela acima apresentada não é aplicada ao verbo ser. No modo imperativo negativo, esse verbo fica da seguinte forma:
	afirmativo
	negativo
	sê tu
	não sejas tu
	seja você
	não seja você
	sejamos nós
	não sejamos nós
	sede vós
	não sejais vós
	sejam vocês
	não sejam vocês
Disponível em: https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/imperativo/ Acesso em 24 de mar. de 2022.(Adaptado)
ATIVIDADES
5. Nas frases a seguir, aponte a que está de acordo com a norma culta da língua portuguesa, escrita:
a) ( ) Em situação de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.
b) ( ) Confira as receitas surpreendentes feitas para você. Clica aqui!
c) ( ) Mostra que você tem bom coração. Ajude a campanha do agasalho!
d) ( ) Não subestime o cliente. Venda itens de boa procedência.
Disponível em: https://www.figuradelinguagem.com/gramatica/imperativo/ Acesso em 24 de mar. de 2022.(Adaptado)
Agora, observe o anúncio a seguir e responda às atividades 6 a 8.
6. Esse anúncio usou, como recurso linguístico, um verbo no imperativo, qual? Com que intencionalidade? 
7. Que outros recursos foram usados para chamar a atenção do interloctor nesse anúnio? Em sua opinião, cumpriu o objetivo esperado?
 
8.Você acha que a bolacha é considerada pelos nutricionistas um alimento saudável? Justifique. 
Disponível em: encurtador.com.br/frvFT/ Acesso em 24 de mar. de 2022.
Observe o anúncio a seguir e responda às atividades propostas:
Disponível em: https://www.marketeria.com.br/a-publicidade-e-as-regras-ortograficas/Acesso: 25 de mar. de 2022.
9. Você observou algo no texto verbal que está em desacordo com a norma culta? O quê? Reescreva o texto verbal corrigindo-o.
10. Jingle: Palavra inglesa que significa “tinido”. O jingle é uma mensagem publicitária em forma musical. Precisa ser curta, simples, cativante e fácil de memorizar. Os jingles são bastantes utilizadas em propagandas de televisão, jornal e internet. Elas também fazem parte do universo da publicidade. Sobre o trecho do jingle, responda:
“Dá danoninho dá. 
Me dá danoninho, danoninho já.
Danoninho dá, danoninho dá.
Toda proteína que eu vou precisar já,já.
Me dá, me dá, me dá.
Me dá Danoninho, Danoninho já.
Me dá Danoninho, Danoninho dá.
Cálcio e vitamina pra gente brincar.
Me dá ! (...)”
Disponível em: https://www.letras.com.br/jingles/danoninho. Acesso em 23 de mar. de 2022.
a) Que produto a propaganda pretende vender?
b) Essa propaganda pode ser considerada apelativa e enganosa? Explique.
c) Existe rima no texto? Para que serve a rima nesse texto?
d) Alguma palavra é repetida várias vezes? Qual? Por quê?  
11. Agora que já reconhece as principais características do jingle, você pode iniciar o processo de produção de um texto desse gênero. Nessa propaganda, uma música que fez sucesso é utilizada para divulgar um determinado produto. Pense em algum produto que você consome e gosta bastante. Se preferir, escreva e depois grave o seu jingle. 
Respostas Aula 6 
1. Alternativa c. O objetivo é dar a devida dimensão do que é abuso sexual para uma criança, enfatizando a importância da denúncia. Espera-se que os estudantes observem o recurso utilizado para persuasão que é a metáfora, como é destacado no enunciado da atividade. O objetivo é que relacionem o desenho de um monstro à mensagem “para algumas crianças o pesadelo chega antes do sono”, o autor da campanha de conscientização usa a ideia de pesadelo, algo que é sempre ruim, para fazer referência ao perigo de um abuso.
2. Alternativa A. Espera-se que os estudantes percebam que a figura de linguagem existente na campanha é a ironia, tendo em vista o enunciado fazer um comentário cômico com a ornamentação de um velório de quem morrer de acidente de trânsito.
3. Espera-se que os estudantes determinem o sentido de estação sobre os estilos musicais do aplicativo e o segundo sentido de estação associado ao tempo de um período climático.
4. Espera-se que o estudante perceba que os recursos estilísticos e semióticos utilizados foram as cores fortes e chamativas, letras em variadas dimensões e formatos, os verbos no modo imperativo: aproveite, baixe. Todos os recursos foram utilizados intencionando chamar a atenção e o interesse do interlocutor pelo produto.
5. Alternativa D. Não subestime o cliente. Venda itens de boa procedência. Espera-se que o estudante identifique a alternativa correta quanto ao uso do verbo no imperativo.
6. Encha. Espera-se que o estudante reconheça, no texto, o verbo no imperativo. A intenção é fazer com que o interlocutor sinta a necessidade de comprar o produto. O efeito de sentido é de ordem. Utilizam-se os recursos disponíveis para convencer o leitor a consumir grandes quantidades do produto. O uso do imperativo é um recurso linguístico utilizado pelos publicitários como estratégia de persuasão e apelo ao consumo.
7. Além dos recursos linguísticos, foram utilizados recursos estlísticos e semióticos como: cores, imagens das bolachas, letras grandes e chamativas. Espera-se que o estudante perceba os recursos publicitários utilizados e dê a sua opião acerca do anúncio.
8. Resposta pessoal. Mas espera-se
que o estudante dê a sua opinião e, na justificativa, apareçam elementos como: excesso de açúcar, o uso de farinha de trigo branca e refinada, uso de conservantes; todos ingredientes utilizados na fabricação de bolachas. 
9. “...você sonha, nós construímos.” Espera-se que o estudante observe a ausência da vírgula e do acento agudo no “i” (hiato) da palavra construímos. Segundo o novo acordo ortográfico, as vogais tónicas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte (excetuando o caso de s). Exemplos:
Suíça (o i não forma ditongo com o u nem sílaba com ç), peúga (o u não forma ditongo com o e nem sílaba com g).
É importante também esclarecer ao estudante que os publicitários, às vezes, suprimem a pontuação para dar mais fluidez ao texto. 
10. a) O produto que pretende vender é Danoninho.
b) Sim, pode ser considerada apelativa e enganosa, porque diz que o produto tem toda vitamina que uma criança precisa, assim como cálcio e outros nutrientes.
c) As rimas são: dá, já, precisar, brincar. As rimas dão o efeito da sonoridade e musicalidade, facilitando a memorização. 
d) O nome do produto é repetido várias vezes. O objetivo é, através do jingle e da repetição, promover o produto para que seja consumido.
11. Na produção do jingle, espera-se que o estudante reconheça as característica e finalidade do gênero em estudo. Alguns critérios podem ser apresentados para que eles verifiquem se o trabalho foi feito de maneira adequada, tais como: adequação do texto ao produto que se quer vender ou divulgar, uso adequado das palavras, entonação usada, ritmo, destaque do produto a ser vendido, entre outros. Essa avaliação, além de ajudar o professor a perceber se os alunos compreenderam o gênero que se quer estudar, auxilia os estudantes na avaliação da sua própria produção e pode permitir que eles criem textos orais adequados a sua finalidade.
	AULA 7
	Objeto de conhecimento: Quadros sinóptico, resenhas. Pistas linguísticas; Estratégias e procedimentos de leitura; Coesão.
	Habilidade: (EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos. (EF69LP34-B) Possibilitar uma maior compreensão do texto e a sistematização de conteúdos e informações. (EF69LP32-A) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes. (EF69LP38-A) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas.(EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais).
QUADRO SINÓPTICO
Estrutura de quadro sinóptico 
Assim se chama a exposição em formato gráfico que, através de símbolos, simplifica a visualização de determinadas informações. Portanto, os quadros sinópticos combinam palavras, frases e símbolos para estruturar os dados de maneira lógica e para facilitar sua leitura e memorização.
Disponível em: https://images.app.goo.gl/JrM74EdmV6XcTyfW6. Acesso em 03 de abr. de 2022.
Estrutura e linguagem de resenhas
Resenha é um gênero textual cujo objetivo é o de fazer levantamentos críticos ou comentários a respeito de um livro, de um filme, de uma peça teatral etc. Como se trata de um texto que aborda outro texto, são necessários alguns procedimentos a fim de que as vozes dos autores (da resenha e da obra resenhada) não se misturem.
Veja um exemplo:
“O livro de Álvaro Marchesi é instigador em vários sentidos, a começar pelo título. Trata-se de uma obra que retoma os problemas de aprendizagem em suas múltiplas perspectivas, mostrando que é possível estabelecer políticas efetivas para enfrentar o problema do fracasso escolar. [...]
É sempre instigador pensarmos que, apesar de haver enorme quantidade de pesquisas sobre o tema do fracasso escolar, tão pouco tenha mudado nas últimas décadas. Álvaro Marchesi ajuda-nos a entender a razão desse fato. [...]”
Note que o autor propicia ao leitor da resenha informações básicas sobre a obra resenhada, como seu tipo, suas problematizações e seus objetivos. Note também que o resenhista dá ênfase ao seu discurso em relação ao discurso do autor.
Resenha de livros: precisa-se apresentar autor, título da obra, editora, enfim, informações que localizem o leitor quanto à bibliografia que foi objeto de resenha.
Filme: após apresentar o nome e o diretor da obra cinematográfica, faça levantamentos do tema abordado sem narrar os acontecimentos. Lembre-se: você pode ou não inserir um posicionamento crítico em seu texto, partindo do pressuposto da resenha descritiva ou resenha crítica.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-resenhauma-forma-recriacao-textual.htm. Acesso em 03 de abr. de 2022.
CONHEÇA ARTICULADORES DE IDEIAS QUE DÃO COESÃO E COERÊNCIA:
Para uma boa construção textual é necessário que tenha o uso correto da coesão e da coerência, pois são fundamentais para a eficácia da transmissão da mensagem, de modo que tenha sentido e harmonia durante a leitura.
O uso correto da coesão textual é possível por meio da organização correta das palavras e dos conectivos, de modo que elas se ligam entre si e entre as frases, períodos e parágrafos de um texto.
 Alguns exemplos de como usar a coesão são:
1. Evite repetições de palavras, substituindo-as por outras que transmitam a mesma mensagem.
2. Utilização de referências pessoais, demonstrativas e comparativas.
3. Omissão de algum verbo, frase ou nome por meio da elipse.
4. Utilização de conjunções para ligar e criar relações com as orações.
5. Utilização de palavras do mesmo campo lexical, como sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos.
Disponível em: https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-de-coesao-e-coerencia/. Acesso em 03 de abr. de 2022.
Leia a resenha de uma obra.
Uma história verídica que emociona
‘O Diário de Anne Frank’, publicado originalmente em 1947, se tornou um dos relatos mais impressionantes das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A força da narrativa desta adolescente — que mesmo com sua pouca experiência de vida foi capaz de escrever um testemunho de humanidade e de tolerância — a tornaria uma das figuras mais conhecidas do século XX. Agora, seis décadas após ter sido escrito, o diário é finalmente publicado na íntegra. A nova edição traz um caderno de fotos, além de vários trechos inéditos.
Acresce também que o livro reconstrói os tensos anos em que a família Frank viveu em Frankfurt, em clima de total antissemitismo, a fuga da Alemanha e a vida no esconderijo, em Amsterdam. Com fotos e cartas inéditas obtidas junto a parentes e amigos, esta edição finalmente revela mais sobre a jovem Anne Frank, sobre sua família, o ambiente social em que ela cresceu, sua vida antes e depois da fuga e sobre seus últimos setes meses de vida — depois de ter sido traída, capturada pelos nazistas e enviada a um campo de concentração.
Conhecido em todo o mundo através do teatro, adaptações para televisão e traduções, ‘O Diário de Anne Frank’, incrível documento humano, continua a chocar e a emocionar. Ele assinala passagens de uma vida insólita, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a nobreza fora do comum de um espírito amadurecido no sofrimento.
Portanto, ‘O Diário de Anne Frank’ é um retrato da menina por trás do mito. Um livro que aprofunda e aumenta nossa compreensão da vida e da personalidade de um dos fortes símbolos da luta contra a opressão e a injustiça. Uma obra que deve ser lida por
todos, para evitar que barbaridades dessa natureza voltem a acontecer neste mundo.
Disponível em: http://www.livrarianobel.com.br/index.php/resenha-o-diario-de-anne-frank. Acesso em 03 de abr. de 2021.
ATIVIDADES
1. O texto é considerado uma resenha porque
(A) apresenta apenas alguns trechos da obra sem nenhuma avaliação do resenhista
(B) apresenta autor, título da obra, editora, enfim, informações que localizem o leitor quanto à bibliografia que foi objeto de resenha
(C) apresenta o resumo completo da obra
(D) apresenta diferente desfecho e comparações com outras obras.
2. Por que a obra resenhada foi de grande relevância social? 
3. Explique o motivo pelo qual o livro reconstrói os tensos anos em que a família Frank viveu em Frankfurt?
4. O seguinte trecho apresenta uma avaliação positiva ou negativa da obra resenhada?
“(....) incrível documento humano, continua a chocar e a emocionar.”
5. As expressões destacadas funcionam como elementos coesivos e expressam qual ideia?
“Agora, seis décadas após ter sido escrito, o diário é finalmente publicado na íntegra.”
6. As anotações/relatos de Ane em seu diário também foram consideradas documentos históricos importantes? Explique.
7. O trecho abaixo pode ser relacionado com os cenários de isolamento social que os adolescentes vivem?
“A força da narrativa desta adolescente — que mesmo com sua pouca experiência de vida foi capaz de escrever um testemunho de humanidade e tolerância — a tornaria uma das figuras mais conhecidas do século XX.”
8. Qual conectivo introduz o último parágrafo? O que ele expressa no texto?
9. O segundo parágrafo é iniciado com uma expressão que funciona como conectivo? Qual sentido expressa?
10. Que outros tipos de objetos podem ser resenhados e quais são os veículos de divulgação/publicação?
11. Identifique os verbos e pronomes. Essa resenha foi escrita em qual pessoa gramatical? Por que o resenhista usou esse recurso linguístico?
PRODUÇÃO DE TEXTO
12. Veja o modelo de quadro sinóptico e construa uma resenha a partir de um livro lido por você. Apresente uma sequência de palavras ou expressões que representem a avaliação da obra com trechos, datas importantes, personagens, clímax e contexto histórico (muito importante nessa resenha).
Modelo feito por um estudante do Ensino Fundamental (9º ano) – O trabalho está exposto na íntegra.
Imagem disponível em: https://br.pinterest.com/pin/796855727795267194/. Acesso em 03 de abr. de 2022.
Respostas Aula 7
1. Alternativa B - Apresenta autor, título da obra, editora, enfim, informações que localizem o leitor quanto à bibliografia que foi objeto de resenha
2. O enredo central é a vida durante o isolamento da família de Anne Frank. Essa obra apresenta os relatos mais impressionantes das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
3. A obra reconstrói momentos de terror e perseguição vividos pela família e amigos de Anne. Relata a fuga da Alemanha e a vida no esconderijo, em Amsterdam. Descreve o ambiente social em que ela cresceu, sua vida antes e depois da fuga e sobre seus últimos setes meses de vida — depois de ter sido traída, capturada pelos nazistas e enviada a um campo de concentração.
4. No trecho, é possível notar uma avaliação positiva; pois a obra apresenta também momentos marcantes da perseguição de judeus. Mostra um cenário de intolerância, religiosa, política e racial.
5. A expressão agora expressa quando o fato ocorre. Finalmente é um termo que expressa o momento. Os dois termos são advérbios de tempo.
6. A obra resenhada pode ser considerada também um documento, porque apresenta fatos verídicos e históricos dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. 
7. Sim, é possível relacionar do ponto de vista do isolamento social e proibição de reuniões sociais. Todos os adolescentes da mesma idade da Anne já estão em isolamento há mais de um ano. Esse isolamento aconteceu por um motivo de pandemia, que também deixa uma marca na história do mundo. Os adolescentes estão isolados por outro motivo.
8. A conjunção/conectivo que introduz o último parágrafo é, PORTANTO. Ela expressa conclusão das ideias apresentadas na resenha.
9. O segundo parágrafo foi iniciado com a expressão “Acresce também”. Essa expressão tem o sentido de continuação das avaliações da obra resenhada.
10. Outros objetos que podem servir como tema de resenha são: filmes, obras de arte, artigos, peça teatral, séries... Geralmente são publicados em sites, blogs, jornais, revistas, rádio, televisão.
11. Essa resenha foi escrita na terceira pessoal, pois o resenhista faz a avaliação de uma obra e, ao mesmo tempo, menciona alguns trechos marcantes. Fatos que ocorreram com outras pessoas (retratados na obra).
12. Espera-se que o estudante compreenda e retire as principais informações do livro lido (resenha). É importante que o aluno apresente uma sequência de palavras ou expressões que representem a avaliação da obra, trechos, datas importantes, personagens, clímax e contexto histórico.
	AULA 8
	Objeto de conhecimento: Crônicas; estratégias de leitura; coesão sequencial
	Habilidades: (EF89LP33-A) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura (seleção, antecipação, inferência e verificação) adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – contos contemporâneos, romances juvenis, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poemas concretos, ciberpoemas, entre outros; (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais).
Crônica
O que é crônica? É um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e blogs. Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do cotidiano, ou seja, questões comuns do nosso dia a dia.
Quais as características da crônica?
Além da narração de situações banais, ela é caracterizada por:
- Textos curtos e de fácil compreensão
- Linguagem simples e descontraída
- Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias
- Análise crítica sobre contextos e circunstâncias 
- Humor crítico, irônico e sarcástico
- Linha cronológica estabelecida.
Para que serve uma crônica?
Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a finalidade exclusiva de informar. Seu objetivo é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.
Quais são os tipos de crônicas?
A crônica é um gênero textual que pode ser dividido em diferentes tipos, conheça as características de cada um deles:
· Crônica descritiva - é tipificada pela descrição dos elementos na narrativa. Ou seja, é um texto que expõe os detalhes de objetos, lugares, personagens e demais partes.
· Crônica narrativa - Esse tipo de crônica é marcado pela narração em primeira ou terceira pessoa do singular. Ele costuma conter humor, ação e crítica.
· Crônica dissertativa - pode ser escrita em primeira ou terceira pessoa do plural. Ela traz à tona o ponto de vista do autor sobre o assunto em foco.
· Crônica humorística - Humor, ironia e sarcasmo são os componentes da crônica humorística.
Diferentes abordagens e estratégias podem ser adotadas nesse tipo de texto para tratar dos temas que impactam a sociedade de forma cômica. 
· Crônica lírica - No gênero lírico, a expressão de emoções é predominante. A crônica lírica, portanto, evidencia o sentimentalismo.
· Crônica poética - esta utiliza versos poéticos em sua composição. Dessa forma, além de traços de poesia, também contém sentimentos e emoções. 
· Crônica narrativo-descritiva - Esse tipo de crônica combina a narrativa e a descritiva. 
· Crônica jornalística - tem um viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação de notícias e fatos. Dessa forma, busca abordar acontecimentos atuais,
do mesmo dia ou semana, por exemplo.
· Crônica histórica - Ao contrário da crônica jornalística, que destaca eventos recentes, a crônica histórica relembra episódios passados.
[...] Entre outras
Disponível em: https://ead.pucpr.br/blog/o-que-e-cronica Acesso: 10, abr. 2022.
Disponível em: https://www.uai.com.br/app/noticia/pensar/2013/10/12/noticias-pensar,147347/fernando-sabino-marcou-encontro-definitivo-com-a-literatura-brasileira.shtml Acesso em: 10 de abr. 2022.
O segredo
       [...]
Estava empenhado nisso, quando senti que havia alguém em pé atrás de mim. Uma voz de homem, que soou familiar aos meus ouvidos, perguntou:
- Que é que você está fazendo?
 Sem me voltar, tão entretido estava com as formigas, expliquei o que se passava. Logo consegui restabelecer o tráfego delas, recompondo a fila através da ponte. O homem se agachou a meu lado, dizendo que várias formigas seguiam por um caminho, uma na frente de duas, uma atrás de duas, uma no meio de duas. E perguntou:
- Quantas formigas eram?
Pensei um pouco, fazendo cálculos. Naquele tempo, eu achava que era bom em aritmética: uma na frente de duas faziam três; uma atrás de duas eram mais três; uma no meio de duas, mais três.
- Nove! Exclamei, triunfante.
Ele começou a rir e sacudiu a cabeça, dizendo que não: eram apenas três, pois formiga só anda em fila, uma atrás da outra. 
Então perguntei a ele o que é que cai em pé e corre deitado.
 - Cobra? – ele arriscou, enrugando a testa, intrigado. 
Foi a minha vez de achar graça:
- Que cobra que nada! É a chuva – e comecei a rir também.
- Você sabe o que é que caindo no chão não quebra e caindo n'água quebra?
- Sei: papel.
 Gostei daquele homem: ele sabia uma porção de coisas que eu também sabia. Ficamos conversando um tempão, sentados na beirada da caixa de areia, como dois amigos, embora ele fosse cinquenta anos mais velho do que eu, segundo me disse. Não parecia. Eu também lhe contei uma porção de coisas. Falei na minha galinha Fernanda, nos milagres que um dia andei fazendo, e de como aprendi a voar como os pássaros, e a minha ventura de escoteiro perdido na selva, as espionagens e investigações da sociedade secreta Olho de Gato, o sósia que retirei do espelho, o Birica, valentão da minha escola, o dia em que me sagrei campeão de futebol, o meu primeiro amor, o capitão Patifaria, a passarinhada que Mariana e eu soltamos. Pena que minha amiga não estivesse por ali, para que ele a conhecesse. Levei-o a ver o Godofredo em seu poleiro: 
- Fernando! – berrou o papagaio, imitando mamãe: – Vem pra dentro, menino! Olha o sereno! 
- Hindemburgo apareceu correndo, a agitar o rabo. Para surpresa minha, nem o homem ficou com medo do cachorrão, nem este o estranhou; parecia feliz, até lambeu-lhe a mão. Depois mostrei-lhe o Pastoff no fundo do quintal, mas o coelho não queria saber de nós, ocupado em roer uma folha de couve. 
O homem me disse que tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante: 
- Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto da sua vida? 
- Quero – respondi. 
O segredo se resumia em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos: 
- Pense nos outros. 
Na hora achei esse segredo meio sem graça. Só bem mais tarde vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir. Mas que sempre deu certo quando me lembrei de segui-lo, fazendo-me feliz como um menino. 
O homem se curvou para me beijar na testa, se despedindo: 
- Quem é você? – perguntei ainda. 
Ele se limitou a sorrir, depois disse adeus com um aceno e foi-se embora para sempre. 
Disponível em: SABINO, Fernando, O Menino no espelho. São Paulo, Record, 1984. p. 15-18.
Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 64-7. Acesso em 10 de abr. de 2022.
Atividades
1. Quem são as personagens do texto? Descreva cada uma delas.
2. Nem todas as características das personagens são claramente apontadas pelo autor: algumas são percebidas pelo leitor por meio de inferências que o texto sugere. A partir dos trechos abaixo, que inferência poderíamos fazer:
a) Sobre o garoto, em “Sem me voltar, tão entretido estava com as formigas, expliquei o que se passava. Logo consegui restabelecer o tráfego delas, recompondo a fila através da ponte”?
b) Sobre o adulto em “Ficamos conversando um tempão, sentados na beirada da caixa de areia [...] lhe contei uma porção de coisas [...] tinha de ir embora – antes queria me ensinar uma coisa muito importante”?
3. O menino revela simpatia pelo estranho, por reconhecer semelhanças entre eles. Indique o trecho em que isso ocorre.
4. Que segredos sobre sua própria vida o menino revela ao estranho?
5. Dessa série de acontecimentos que o menino conta ao estranho, todos lhe parecem verdadeiros? Faça um comentário a respeito.
6. Quando o menino entendeu o conselho do homem? Por quê?
7. Por que o menino deixou de seguir o conselho que o homem lhe dera?
Elementos Coesivos
Os elementos de coesão são aqueles os que ligam as frases ou palavras dentro de um texto. Podemos dizer que tais elementos são responsáveis pela organização das ideias no plano da linguagem textual. É o uso correto desses conectivos que dará ao texto a consistência necessária para a compreensão, isto é, para que o texto comunique alguma coisa.
Dentre esses elementos, citemos os pronomes relativos e as conjunções. Muitos professores aconselham, inclusive, que os alunos - além de compreenderem a "lógica" por trás de cada um - memorizem pelo menos uma parte desses elementos.
Com relação às conjunções, temos as coordenativas, que são:
· Adição: e, nem, mas também. 
Ex.: “Ele começou a rir e sacudiu a cabeça.”
· Adversidade (oposição): entretanto, mas, porém, contudo, todavia. 
Ex.: “Depois mostrei-lhe o Pastoff no fundo do quintal, mas o coelho não queria saber de nós...”
· Alternância: ora... ora, ou... ou, seja... seja, quer... quer. 
Ex.: Camila ora estuda, ora brinca.
· Conclusão: Portanto, pois (após o verbo), logo. 
Ex.: Penso, logo existo!
· Explicação: Porque, que, pois (antes do verbo). 
Ex.: “...eram apenas três, pois formiga só anda em fila.”
Já as conjunções subordinativas são:
· Causa: Já que, visto que, como, porque. 
Ex.: Já que faltou a aula, terá que copiar a matéria de um colega.
· Comparação: Assim como, mais... que, menos... que, tão/tanto... como. 
Ex.: Beatriz é mais esperta do que sua prima.
· Concessão: ainda que, mesmo que, conquanto, embora. 
Ex.: “Ficamos conversando um tempão, como dois amigos, embora ele fosse cinquenta anos mais velho.”
· Condição: Caso, desde que, a menos que, se, a não que. 
Ex.: Desde que voltou, está mais esperta.
· Conformidade: como, segundo, conforme. 
Ex.: Fizeram tudo conforme o combinado.
· Consequência: de modo que, tão/tanto... que. 
Ex.: Comeu tanto, que teve distúrbio intestinal.
· Finalidade: a fim de que, para que. 
Ex.: “Pena que minha amiga não estivesse por ali, para que ele a conhecesse.”
· Proporcionalidade: à proporção que, à medida que. 
Ex.: À medida que crescia, ficava mais bonita.
· Tempo: logo que, mal, enquanto, assim que, quando. 
Ex.: “Naquele tempo, eu achava que era bom em aritmética...”
Os pronomes relativos, por sua vez, são estes, principalmente:
· Que: usado em relação a coisas ou pessoas. 
Ex.: “...vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir.”
· Quem: refere-se apenas a pessoas e sempre vem preposicionado. 
Ex.: Esta é a garota a quem ele amava.
· Cujo: indica posse, vem entre dois substantivos e concorda com o mesmo. 
Ex.: Este é o escritor cuja obra eu li.
· Onde: equivale a em que ou no qual, é empregado para indicar local. 
Ex.: Onde eu estou morando é muito bonito.
· Quanto: vem precedido de um pronome indefinido: tudo, tanta, todo, todas. 
Ex.: Tenho tudo quanto preciso.
· Quando: é um pronome relativo quando o antecedente dá ideia de tempo. 
Ex.: Em janeiro, quando eu estava na casa da minha avó, eu cai da árvore.
As palavras “que” e “se”, além de
serem conjunções e pronomes também tem outras funções. Fique atento! A palavra “que” pode ser: conjunção, substantivo, preposição, partícula expletiva ou de realce, advérbio, pronome, interjeição.
A palavra “se” pode ser: parte integrante do verbo, conjunção, partícula expletiva ou de realce, partícula apassivadora, pronome reflexivo, índice de indeterminação do sujeito.
Disponível em: https://www.concursosnobrasil.com.br/escola/portugues/elementos-de-coesao.html#:~:text=Podemos%20dizer%20que%20tais%20elementos,o%20texto%20comunique%20alguma%20coisa. Acesso em: 10 de abr. 2022.
Texto 1
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado. 
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
8. Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
(A) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
(B) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
(C) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
(D) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”
Texto II
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.
9. As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que
(A) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.
(B) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
(C) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generalização.
(D) o termo “Também” exprime uma justificativa.
10. A partir da crônica “O Segredo” de Fernando Sabino, destaque e conceitue os elementos coesivos das orações a seguir: 
(A) “Estava empenhado nisso, quando senti que havia alguém em pé atrás de mim.”
(B) “Uma voz de homem, que soou familiar aos meus ouvidos, perguntou:...”
(C) “Ele começou a rir e sacudiu a cabeça...”
(D) “Para surpresa minha, nem o homem ficou com medo do cachorrão...”
Proposta de Produção de Texto
A produção de crônicas pode ser muito interessante para dar espaço ao olhar do aluno, ou seja, para ir além das descrições literais, das sequências de eventos etc. Esse gênero exige um exercício de encarar a subjetividade e autoria de cada um, por isso há muito espaço para as sensações, as emoções e as reflexões.
A partir da imagem e da legenda a seguir, elabore uma crônica. Imagine que seu texto será publicado no mesmo site onde a imagem foi veiculada. Nesta crônica, você deverá: 
a) Posicione-se em relação à imagem. Você é a pessoa na foto? É uma pessoa que observa a cena ao vivo? Um leitor do site que leu a notícia?
b) Narre e descreva a cena, uma pessoa que não viu a imagem deve conseguir compreender/ “visualizar” a cena.
c) Compartilhe os sentimentos e as reflexões levantadas a partir da imagem e de sua legenda. Por exemplo, como essa pessoa foi parar ali? O que ela está vivendo e sentindo? O que o espectador sente ao observá-la?
d) Formule um desfecho para o seu texto. Formulações como “tudo não passou de um sonho” não serão aceitas.
Disponível em: https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/pandemia-aumentar-moradores-rua-sp.html Acesso em: 10 abr. 2022.
Respostas Aula 8
1. As personagens do texto são um menino e um adulto. O primeiro é arteiro, alegre, comunicativo e mistura fantasia e realidade. O adulto é muito simpático, parece conviver bem com crianças.
2. a) É provavelmente um garoto sensível, imaginativo e bom observador, pois é capaz de dedicar-se a algo tão lento como a caminhada das formigas.
b) Sugestão: gostava de crianças, tinha facilidade de conversar com elas, despertava simpatia e confiança, tinha experiência de vida.
3. “Gostei daquele homem: ele sabia uma porção de coisas que eu também sabia”.
4. Falou da galinha Fernanda, dos milagres que andou fazendo, de como aprendeu a voar como os pássaros, das suas aventuras como detetive e escoteiro, do sósia que retirou do espelho, do valentão da escola, do dia em que foi campeão de futebol, do primeiro amor, do capitão Patifaria, da passarinhada que soltou junto com Mariana. Levou-o para ver o papagaio Godofredo.
5. Alguns são parte do mundo de fantasia que envolve seu universo de brincadeiras, como o sósia que retirou do espelho e o fato de ter aprendido a voar como os pássaros.
6. O menino entendeu o conselho do homem muito mais tarde. Faltava-lhe maturidade.
7. Provavelmente, porque na maioria das vezes estava preocupado consigo mesmo e não com os outros, como age tanta gente
8. Alternativa D) que exemplifica a coesão textual pela elipse do sujeito. A forma verbal “fizesse” tem seu sujeito oculto, fazendo referência ao vocábulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse reescrito com o sujeito explícito, teríamos: “Supõe-se que o vocábulo grippe fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”
9. Alternativa A) A expressão “Além disso” estabelece coesão, dando sequência às ideias ditas anteriormente.
10. a) QUANDO (Advérbio de Tempo)
b) QUE (Pronome Relativo)
c) E (Conjunção Coordenada Aditiva)
d) NEM (Conjunção Coordenada Aditiva)
	AULA 9
	Objetos de conhecimento: Gênero Crônica. Estratégias de leitura: Coesão: Coesão sequencial - Conjunções e articuladores textuais. Construção da textualidade: - Produção de textos narrativos.
	Habilidades: (EF89LP33-A) Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura (seleção, antecipação, inferência e verificação) adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – contos contemporâneos, romances juvenis, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poemas concretos, ciberpoemas, entre outros. (EF09LP11) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais). (EF89LP35-A) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, narrativas de ficção científica, entre outros, com temáticas próprias ao gênero.
Retomando o gênero textual crônica
Vamos relembrar?
A crônica é um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e blogs. O gênero se destaca por abordar aspectos do cotidiano, ou seja, questões comuns do nosso dia a dia. Voltados ao cotidiano das cidades e podem ser entendidos como um retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos. Os bons cronistas são aqueles que conseguem perceber, no dia a dia de suas vidas, impressões, ideias ou visões da realidade que não foram
percebidas por todos. 
O objetivo das crônicas é provocar uma reflexão sobre o assunto abordado. Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise. 
Características
A crônica mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos, argumentativos. A linguagem da crônica costuma ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro, cada cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a esse gênero são os mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero nascido na cidade, é comum que tudo que ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma de crônica.  
Tipos de crônica
Existem diversos tipos de crônicas, desde as apenas narrativas, passando pelas crônicas jornalísticas até chegar em crônicas poéticas, que flertam com o literário. Inclusive, alguns grandes escritores brasileiros, como Machado de Assis, Lima Barreto ou Clarice Lispector foram renomados cronistas em seus tempos.
Disponível em: https://www.portugues.com.br/literatura/a-cronica-.html Acesso: 30 obr. 2022. (Adaptado)
Agora vamos falar de articuladores textuais
Mas o que são esses articuladores textuais? 
Os conectores discursivos são responsáveis pela articulação e progressão textuais. A utilização adequada desses recursos possibilita a redação de um texto claro e eficiente. 
É fundamental que o autor de um texto exponha suas ideias de maneira clara e objetiva e construa parágrafos, períodos e orações muito bem articulados.
Essa articulação atribui a coesão textual, que é explicitada por meio de elementos de conexão são, normalmente, conjunções, advérbios e pronomes. A utilização adequada dos elementos de coesão promove o encadeamento das ideias e contribui para a progressão textual. 
Há inúmeros conectores discursivos para que você possa redigir um texto com excelente articulação de ideias, com orações completas e sintaticamente bem estruturadas, além da pontuação. Entretanto, se forem mal-empregados, reduzem a capacidade de compreensão da mensagem e comprometem o texto.
Consultem, na tabela, alguns dos principais conectores discursivos e os efeitos de sentido que agregam às orações, aos períodos e aos parágrafos. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/conectores-discursivos.htm Acesso: 30 abr. 2022. (Adaptado)
Tabela com alguns dos principais conectores discursivos:
	Adição
	E, pois, além disso, e ainda, mas também, por um lado … por outro
	Causa
	É evidente que, certamente, naturalmente, evidentemente, por
	Reafirmação
	Nesse sentido, nessa perspectiva, em outras palavras, ou seja, novamente, em suma, em resumo, dessa forma, outrossim, dessarte, destarte
	Semelhança
	Do mesmo modo, tal como, assim como, pela mesma razão
	Oposição/restrição
	Mas, apesar de, no entanto, entretanto, porém, contudo, todavia, tampouco, por outro lado
	Ligação temporal
	Atualmente, contemporaneamente, após a década de, antes de, em seguida, até que, quando
	Hipótese
	A menos que, supondo que, mesmo que, salvo se, exceto se
	Conclusão
	Portanto, logo, enfim, à guisa de conclusão, em suma, concluindo, para que
	Finalidade
	Para, para que, com o intuito de, com o objetivo de, a fim de
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/conectores-discursivos.htm Acesso: 30 abr. 2022. (Adaptado)
Você já deve ter ouvido a expressão “comeu com os olhos”. Já parou para pensar em seu significado? 
Essa expressão deve ter surgido, provavelmente, porque são as características sensoriais dos alimentos, como aparência, consistência, forma, aroma e sabor, que influenciam os sentidos e despertam em nós a vontade de comê-los. Mas, alguns alimentos que consumimos não têm uma aparência tão impressionante. Brincando com isso, o autor da crônica a seguir imaginou o que um extraterrestre sentiria ao ver pela primeira vez alguns de nossos alimentos. 
Leia a crônica e imagine-se no lugar do ET.
Eca!
Luis Fernando Verissimo
Um hipotético visitante extraterreno teria dificuldade em acompanhar uma refeição da nossa espécie sem ter ânsias de vômito. Sendo um ser hipoteticamente perfeito, que só se alimenta de um límpido líquido azul, nosso visitante não entenderia como os alemães conseguem comer repolhos azedos com tanta alegria e por que os americanos chamam o pepino estragado de “pickle” e o comem com tudo e os franceses esperam o peixe apodrecer antes de comê-lo, enquanto os japoneses nem esperam ele morrer. E todos se entusiasmam com um fungo de má aparência chamado “champignon” e entram em êxtase com outro ainda mais feio chamado “trufa”, que é encontrado embaixo da terra por porcas no cio. Aliás, nosso ET se engasgaria só de pensar em tudo que fazemos com os porcos, inclusive comê-los.
Mas, o que certamente faria nosso visitante correr para o banheiro seria descobrir que os terrenos espremem um líquido branco e gorduroso das glândulas mamárias de um animal chamado “vaca” – e o bebem! Depois de reanimado, o extraterreno talvez gostasse de ouvir, já que se espanta tanto com os nossos hábitos exóticos, que a vaca é um animal sagrado, e, portanto, intocável, na Índia, um país em que se morre de fome. E que não apenas a vaca é sagrada, na Índia, como suas pegadas são sagradas e, de acordo com a teologia hindu, 330 milhões de deuses vivem dentro de cada animal, e que, portanto, matar uma vaca significaria um verdadeiro teocídio. Mas que nada disto é tão estranho quanto parece: numa terra superpopulosa como a Índia, a criação de gado para corte e consumo humano é indefensável. Quando se come animais que são alimentados com grãos, nove de dez calorias e quatro de cinco gramas de proteínas são perdidas. O animal usa a maior parte dos nutrientes que poderiam ser destinados ao homem. No caso, um mito religioso está a serviço de uma racionalidade camuflada. 
Convencido de que somos uma raça, no mínimo, contraditória, o ET ainda terá algumas experiências nojentas pela frente. Verá pessoas destrinchando pequenos pássaros fritos com os dentes, pessoas comendo pernas de sapos e – o que contará com mais horror quando voltar para casa – pessoas usando alfinetes para catar o repugnante recheio de lesmas e levá-lo à boca. Lesmas!
VERISSIMO, Luis Fernando. Eca! Estadão.
Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,eca-imp-,1157921.Acesso em 30 de abr. de 2022.
Imagem disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZDj1JFzDSJo. Acesso em 30 de abr. de 2022.
A crônica argumentativa é de caráter contemporâneo e tem como objetivo apresentar ao leitor uma visão pessoal sobre determinado assunto. Apresenta acentuado teor crítico, com presença de humor, ironia e, algumas vezes, sarcasmo. Tem linguagem coloquial, simples e direta, é um texto relativamente curto e trata de temas cotidianos e polêmicos. É uma fusão dos estilos jornalístico e literário, pois é objetiva, assim como os gêneros que circulam nos jornais, e, ao mesmo tempo, literária, por apresentar narrativa de ficção, com poucos personagens (se houver) em tempo e espaço limitados.
De acordo com Javier Cudeiro, especialista em fisiologia, o prazer da comida começa na cabeça e não no estômago, como muitos pensam. Segundo ele, é indiferente se comemos uma barata frita – é isso mesmo que você leu BA-RA-TA frita, não batata frita – ou uma carne de costela. Quem vai despertar nosso paladar e as sensações de prazer, nojo ou satisfação é o cérebro.
Quando se pensa nos sentidos, é habitual recordar os receptores externos, como o olfato, o gosto ou a vista, mas é o cérebro que interpreta a informação e a transforma num ato criativo. (Javier Cudeiro)
COMIDA exótica. Superinteressante. São Paulo:Abril, n. 178, fev. 2013. Edição especial. Acesso em 30 de abr. de 2022. 
Portanto, como relata o cronista, cada cultura escolhe seu tipo de alimentação de acordo com o que racionaliza. O autor do texto que acabamos de ler apresenta esse tema, de maneira bem-humorada, em sua crônica argumentativa.
Vamos analisar quais outras
características desse gênero estão no texto lido? Verifique respondendo às questões a seguir.
1. Partindo de que hipótese a crônica de Luís Fernando Verissimo foi escrita?
2. Que opinião o autor apresenta a respeito da nossa alimentação?
3. Que ponto de vista o cronista sustenta ao mostrar as impressões do ET sobre a Índia?
4. Outro ponto de vista revelado pelo cronista é: “um mito religioso está a serviço de uma racionalidade camuflada”. Como se pode explicar essa afirmação?
5. Assinale a alternativa que explica a contradição que o cronista aponta na frase: “a vaca é um animal sagrado, e, portanto, intocável, na Índia, um país em que se morre de fome”.
(A) A vaca, apesar de ser sagrada e intocável, serve como alimento aos indianos. 
(B) A vaca, apesar de servir como alimento, não faz parte da alimentação dos indianos, pois eles a consideram sagrada.
(C) Os indianos não tocam na vaca antes de comê-la devido ao fato de ela ser sagrada.
6. O cronista apresenta possíveis estranhamentos que nossos hábitos alimentares causariam nos extraterrenos. Transcreva do texto alguns trechos que apresentam esses hábitos.
7. O que há de crítico e humorado na crônica?
8. A crônica lida pode ser considerada uma fusão entre o literário e o jornalístico? Justifique.
9. Considere a sentença: "...os americanos chamam o pepino estragado de “pickle” e o comem com tudo...” A conjunção “e”, destacada no trecho, dá a ideia de
(A) condição, pois o conectivo articula uma ideia de oposição em relação à ideia anterior.
(B) oposição, pois o conector articula uma relação de oposição à ideia expressa anteriormente no texto.
(C) adição, pois o conectivo serve para adicionar uma ideia à outra já existente no texto.
(D) conclusão, pois estabelece uma relação de conclusão em relação ao que foi dito antes.
10. Considere a sentença: “Aliás, nosso ET se engasgaria só de pensar em tudo que fazemos com os porcos, inclusive comê-los.", a palavra “los” (pronome oblíquo átono) foi usada para evitar repetições e refere-se a (à)
(A) porcos.
(B) nosso ET.
(C) tudo.
(D) engasgaria.
11. Releia o fragmento:
“Mas, o que certamente faria nosso visitante correr para o banheiro seria descobrir que os terrenos espremem um líquido branco e gorduroso das glândulas mamárias de um animal chamado “vaca”.
A conjunção em destaque, no fragmento acima, introduz a ideia de
(A) adição.
(B) oposição.
(C) explicação.
(D) adição.
Produção textual
O texto Eca!, de Luis Fernando Verissimo, é uma crônica bem-humorada sobre a suposta análise que um extraterrestre faria de nossos hábitos alimentares. Inspire-se no que foi lido e discutido nesta aula, e produza uma crônica argumentativa sobre o tema comidas exóticas, colocando-se no lugar de alguém que se depara com hábitos alimentares muito diferentes dos seus.
Por ser um texto breve, leve, informal e sem muito compromisso com a forma, a crônica comporta vários formatos. O objetivo é fazer um recorte do cotidiano e uma reflexão escrita sobre ele. Nesse caso, o que faz parte do cotidiano é a alimentação, e o diferencial da sua crônica será o “exótico”. Para escrever sua crônica, formule reflexões acerca do fato escolhido com base nos seguintes questionamentos.
· Sobre que comida ou pratos irá falar?
· Onde essa comida é encontrada?
· Qual fato ocorre com essa comida? O que é possível contar ou relacionar a esse fato?
· A maioria das pessoas gosta ou não dessa comida?
· O aspecto é atrativo, estranho etc.?
· Ao escrever, deixe seu ponto de vista e suas reflexões evidentes. Lembre-se de usar uma linguagem clara e informal – característica da crônica –, mas não descuide da norma-padrão.
· Utilize elementos coesivos para construir um texto objetivo e de fácil compreensão.
Lembre-se de que, para produzir sua crônica, é importante, antes de tudo, ser um bom observador dos detalhes, daquilo que te chama a atenção. A observação da realidade por uma perspectiva inusitada leva o cronista a desenvolver bem seus textos. Ademais, um texto de qualidade deve ser projetado, rascunhado e revisado.
Respostas Aula 9
1. Parte da hipótese de que se um extraterrestre entrasse em contato com a alimentação terrestre acharia estranhos alguns dos hábitos alimentares adotados neste planeta.
2. A opinião de que temos hábitos alimentares muito estranhos, contraditórios e nojentos.
3. Defende a ideia dos hábitos do planeta serem contraditórios, pois a Índia tem costumes diferentes em relação a outros lugares do planeta.
4. Os hindus não comem carne bovina por motivos religiosos, mas o texto diz que quando comemos animais que são alimentados com grãos, nove de dez calorias e quatro de cinco gramas de proteínas são perdidas. O animal usa a maior parte dos nutrientes que poderiam ser destinados ao homem. Ou seja, segundo o texto, do ponto de vista científico, também não é aconselhável comer carne de animais que se alimentam de grãos.
5. Alternativa B) A vaca, apesar de servir como alimento, não faz parte da alimentação dos indianos, pois eles a consideram sagrada.
6. “espremem um líquido branco e gorduroso das glândulas mamárias de um animal”; “os americanos chamam o pepino estragado de ‘pickle’”; “franceses esperam o peixe apodrecer antes de comê-lo, enquanto os japoneses nem esperam ele morrer”; “um fungo de má aparência”; “pessoas destrinchando pequenos pássaros fritos com os dentes, pessoas comendo pernas de sapos e [...] pessoas usando alfinetes para catar o repugnante recheio de lesmas e levá-lo à boca. Lesmas!”.
7. O fato de as culturas terem gostos diferentes em relação à alimentação, o que provavelmente não se deve ao paladar, mas à maneira de pensar. O cronista apresenta esse fato como sendo algo primitivo e, de maneira bem-humorada, ridiculariza a situação se vista por um extraterrestre.
8. Sim, pois defende seu ponto de vista em uma narrativa ficcional contando que um extraterrestre teria contato com comidas estranhas. Ao fazer isso, descreve fatos reais do cotidiano. O fato de ter sido publicada em um jornal de grande circulação também a aproxima do campo jornalístico.
9. Alternativa C) adição, pois o conectivo serve para adicionar uma ideia à outra já existente no texto. Espera-se que o estudante seja capaz de reconhecer o efeito de sentido marcado pela conjunção “e”.
10. Alternativa A) porcos. Espera-se que o estudante seja capaz de estabelecer relações entre partes de um texto, identificando substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
11. Alternativa B) oposição. Espera-se que o estudante seja capaz de compreender a relação de sentido ou a ideia expressa pela conjunção em destaque no trecho apresentado.
	AULA 10
	Objeto de conhecimento: Gênero Textual Publicidade e Propaganda. Apreciação e réplica: Análise de peças publicitárias; Construção composicional e estilo das peças publicitárias. Estratégia de leitura: Relação entre texto e imagem nos gêneros jornalístico-midiáticos. Estilo: Análise dos recursos persuasivos e linguístico-discursivos em textos publicitários.
	Habilidades: (EF69LP02-B) Perceber a articulação entre peças publicitárias em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha. (EF69LP02-C) Perceber a construção composicional e o estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos. (EF69LP03-A) Compreender a relação de sentido entre imagem e texto verbal (multimodalidade) nos variados gêneros, por meio de recursos linguísticos e semióticos. (EF69LP04-B) Relacionar as estratégias de persuasão e apelo ao consumo, em textos publicitários, com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes, formação de consumidores críticos, reflexão sobre consumismo, entre outros. (EF69LP17-B) Perceber e analisar as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as
formas de imperativo em gêneros publicitários).
Anúncio publicitário e propaganda
Os anúncios publicitários são constantes em diversos meios, como internet, redes sociais, jornais, revistas, outdoors, entre outros, e sempre com a intencionalidade de vender algo, seja um produto, uma ideia ou uma causa social. Diante dessa massificação, os principais vestibulares e o Enem incluem em suas provas questões de leitura e interpretação de anúncios publicitários, além de serem selecionados como textos motivadores para a redação. Observe, a seguir, um exemplo de questão sobre este gênero discursivo:
Disponível em: www.ccsp.com.br. Acesso em: 09 mai. 2022. Adaptado.
O texto é uma propaganda de um adoçante que tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A estratégia que o autor utiliza para o convencimento do leitor baseia-se no emprego de recursos expressivos, verbais e não verbais, com vistas a 
a) ridicularizar a forma física do possível cliente do produto anunciado, aconselhando-o a uma busca de mudanças estéticas.
b) enfatizar a tendência da sociedade contemporânea de buscar hábitos alimentares saudáveis, reforçando tal postura.
c) criticar o consumo excessivo de produtos industrializados por parte da população, propondo a redução desse consumo.
d) associar o vocábulo “açúcar” à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante.
e) relacionar a imagem do saco de açúcar a um corpo humano que não desenvolve atividades físicas, incentivando a prática esportiva.
Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2011/07_AZUL_GAB.pdf. Acesso em: 09 mai. 2022.
O gabarito oficial da prova aponta como correta a alternativa (D): associar o vocábulo “açúcar” à imagem do corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse produto pelo adoçante. Com base na questão e na resposta correta, busque analisar detalhadamente o anúncio por meio das perguntas abaixo:
1. Que elementos do texto permitem ao leitor perceber a intencionalidade do anúncio? Explique.
2. Essa propaganda induz o leitor a adquirir o produto? Justifique.
3. No texto há uma estrita relação entre o texto verbal e o não verbal. Explique o porquê dessa relação.
Caracterização do anúncio publicitário
Embora variem tanto na sua forma quanto no seu conteúdo, o objetivo é sempre o mesmo: persuadir o leitor por meio da publicidade.
A persuasão aparece quando, pelo uso da palavra, alguém procura convencer o outro a agir de determinado modo. Nesse momento, surgem as estruturas do texto persuasivo. Quando a intenção persuasiva passa a ser associada à divulgação de ideias ou produtos específicos, surgem então os textos publicitários.
Suportes de publicação
Os anúncios publicitários são frequentemente encontrados em revistas e jornais. Ademais, os outdoors são colocados em terrenos próximos a vias de grande circulação (avenidas, estradas e ruas). Os folhetos normalmente circulam em pontos nos quais há aglomeração de pessoas. 
As novas tecnologias auxiliaram a criação de novos contextos de circulação para os textos publicitários. Em sites da internet, redes sociais, entre outros, é comum a presença de banners que, ao serem clicados, direcionam o internauta à página na qual o produto está anunciado.
É importante evidenciar que a estrutura do texto publicitário deve estar adequada ao seu contexto de circulação e ao veículo no qual ele circulará. 
O título
Uma das principais marcas composicionais do texto publicitário é a presença de um título, ou seja, um texto mais curto, que aparece em destaque e deve atrair imediatamente a atenção do leitor, complementando a imagem quando ocorre a junção do texto verbal com o não verbal. 
No anúncio do Greenpeace, o título aparece à esquerda, um pouco centralizado, e indica de modo direto a preocupação do anunciante: “Os sinais são preocupantes.”. Nota-se também que o título exerce a função de estabelecer uma identificação e aproximação persuasiva do público-alvo com a ideia ou o produto que é divulgado. 
Disponível em: https://comunicacaointegrada2mb.wordpress.com/2015/06/29/greenpeace/. Acesso em: 10 mai.2022.
O texto
Em um anúncio publicitário, o texto possui a função de apresentar os argumentos principais, e mais persuasivos, para convencer o leitor a adotar tal comportamento desejado ou adquirir o produto anunciado. Nesse caso, o Greenpeace pede para o leitor participar da campanha: “Ajude-nos a salvar nossas florestas. Acesse nosso site e conheça mais sobre o nosso trabalho.”. Para isso, indaga o leitor sobre o problema baseando-se em dados estatísticos:
“Você sabia que mais de 60% das emissões de gases que causam as mudanças climáticas no planeta tem origem no desmatamento das florestas brasileiras?”.
Como vimos, desde o início o texto dialoga com o leitor e o indaga, pedindo a ajuda dele para uma ação. Para isso, aproxima o leitor (“Ajude-nos”) incluindo-o no projeto.
A assinatura/o slogan
Trata-se do último elemento composicional do texto publicitário. Normalmente aparece no canto inferior direito, ao lado do texto, fechando o anúncio. A assinatura constitui-se da marca do produto/da ideia que o anúncio publicitário divulga. 
Em alguns casos, a assinatura vem acompanhada de um slogan. Sabe aquela frase de efeito que não nos deixa esquecer de determinado produto? Geralmente ela é curta e de fácil memorização, não é à toa que nunca esquecemos algumas.
A linguagem dos anúncios publicitários
Para que o texto se aproxime do leitor, o publicitário recorre a uma linguagem mais informal. O uso frequente de verbos no imperativo (“acesse nosso site”) tem o objetivo claro de persuadi-lo. A linguagem reforça essa persuasão embutida no anúncio de modo a influenciá-lo. 
O texto publicitário deve possuir legibilidade, ou seja, precisa ser acessível ao público-alvo. 
Atenção! 
Não se pode persuadir o leitor sem um bom texto. De nada adiantará uma imagem atraente e uma visibilidade significante se o texto não for bem escrito e se não convencer o leitor. Por isso, todo texto deve ser desenvolvido pensando-se, antes de tudo, na “necessidade” do público-alvo, pois é para ele que o anúncio se destina.
Portanto, observe as atividades a seguir e responda: 
4. Na década de 1970, o modelo produtivo predominante no capitalismo brasileiro era o fordista. Contudo, na publicidade veiculada em 1977, é possível identificar a transição para o modelo produtivo subsequente.
Disponível em: https://www.maxicar.com.br/2020/06/opala-chateau-1978-79-o-vinho-nobre-da-gm/. Acesso em: 10 mai. 2022.
A partir do anúncio publicitário, esse novo modelo é caracterizado pela introdução de:
(A) consumo de massa.
(B) linha de montagem.
(C) fabricação por demanda.
(D) produção com flexibilidade.
5. Observe o cartaz ao lado. Uma das estratégias para o convencimento do leitor desse cartaz está baseada na
(A) oposição entre genialidade e vandalismo.
(B) relação entre alegria e serenidade.
(C) combinação entre otimismo e pessimismo.
(D) distinção entre livro e pintura.
Disponível em: www.bc.ufg.br. Acesso em: 09 mai. 2022.
6. O texto ao lado faz parte da propaganda de um dicionário de língua portuguesa. Sobre as marcas de correção presentes no texto, assinale a alternativa correta.
(A) Trata-se de retificações, no plano semântico, das palavras do léxico brasileiro.
(B) Referem-se às alterações ortográficas feitas na língua portuguesa.
(C) São correções necessárias para a modificação da pronúncia dessas palavras.
(D) São parte das mudanças sintáticas que deverão ocorrer em breve no Português.
NOVA Escola. São Paulo: Abril. ago. 2008. 4.ª capa.
7. Leia o texto a seguir:
Disponível em: https://andersoncoutodotcom.wordpress.com/2012/07/08/criacao-e-redacao-de-anuncios-publicitarios. Acesso em: 09 mai. 2022. Adaptado.
A compreensão do texto exige que o leitor perceba que, nele, apresentam-se duas normas linguísticas. Para diferenciá-las, o principal recurso utilizado pelo autor foi o de
(A) representar, nas ilustrações, duas diferentes classes sociais. Isso justifica, por exemplo, as
imagens de pessoas bem-vestidas juntamente com outras, de pessoas malvestidas.
(B) mesclar, no texto, elementos verbais com elementos não verbais. Isso possibilitou que o texto fosse escrito na “norma culta", e as imagens representassem a “norma popular".
(C) grafar algumas palavras em desacordo com as convenções ortográficas, porém de maneira mais aproximada da fala. Isso justifica, por exemplo, as diferentes grafias de “bem está” /“bem-estar”.
(D) distribuir o texto em diferentes planos. Isso permitiu que a norma considerada “culta" ficasse destacada em primeiro plano, e a norma considerada "não culta" ficasse em segundo.
8. Observa o cartaz:
 
Disponível em: http://orion-oblog.blogspot.com.br. Acesso em: 09 mai. 2022. Adaptado.
O cartaz aborda a questão do aquecimento global. A relação entre os recursos verbais e não verbais nessa propaganda revela que
(A) o discurso ambientalista propõe formas radicais de resolver os problemas climáticos.
(B) a preservação da vida na Terra depende de ações de dessalinização da água marinha.
(C) a acomodação da topografia terrestre desencadeia o natural de gelo das calotas polares.
(D) a agressão ao planeta é dependente da posição assumida pelo homem frente aos problemas ambientais.
Proposta de Produção de Texto
Texto I
Respeitem meus cabelos, brancos
Chico César
Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da África
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, geges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar
Disponível em: http://letras.mus.br/chico-cesar/134011/. Acesso: 10 mai. 2022.
Texto II
Tire o racismo de seu vocabulário: palavras e expressões para parar de falar
“Cabelo ruim”, “Cabelo de Bombril”, “Cabelo duro” e a expressão mais desnecessária: “Quando não está preso está armado”. A questão da negação da nossa estética é sempre comum quando as pessoas se referem ao nosso cabelo afro. São falas racistas usadas, principalmente na fase da infância, pelos colegas, as quais se perpetuam em universidades, em ambientes de trabalho e até em programas de televisão, com a presença negra aumentando na mídia. Falar mal das características dos cabelos dos negros também é racismo.
Disponível em: www.modefi ca.com.br/expressoesrascistas/#. Vg8JHexViko. Adaptado. Acesso:10 mai. 2022.
Texto III
Disponível em:https://www.facebook.com/identidadecrespaios/. Acesso em 10 mai. 2022.
Texto IV
É preciso cuidado com os importados, principalmente quando se trata de produtos culturais. Por exemplo, veio dos EUA a instituição do politicamente correto, que no começo pode ter feito bem aos nossos costumes, pois serviu para neutralizar os exageros e impropriedades de palavras e gestos que revelavam preconceitos de um imaginário racista e sexista. Me lembro do repertório que na escola usávamos como xingamentos contra pessoas diferenciadas por raça, cor, religião ou físico: “Ô, judeu!”, Ô, crioulo!”, “Ô, balofo!”, “Ô, anãozinho!”. Evitar esses termos ofensivos ou depreciativos, substituindo-os por eufemismos, isto é, por expressões mais suaves e delicadas, constituía o primeiro passo na luta contra a discriminação. Afinal, a agressão verbal era um sintoma.
VENTURA, 2012, p. 65. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/questoes-sobre-globalizacao/. Acesso em 10 mai. 2022.
Instrução
Considere a seguinte situação: você está criando um site, na internet, para discutir a identidade do povo brasileiro. Escreva o texto de uma campanha de conscientização, para constar na página de abertura desse site, fazendo uma reflexão sobre o respeito à diversidade estética e cultural em seu país, de modo a combater preconceitos. O título de seu texto deverá ser um slogan bem criativo.
Respostas Aula 10
1. Ao representar o açúcar como um corpo robusto, infere-se que quem o consome ficará com tal aparência. Desse modo, o anúncio persuade o leitor para que consuma adoçante e mude sua “embalagem”. Nota-se que na expressão “mude sua embalagem” há uma ambiguidade, já que ela faz referência tanto à embalagem do produto quanto à “embalagem” do consumidor.
2. Sim, pois o anúncio infere que os consumidores de açúcar podem ficar com o corpo semelhante ao da embalagem caso não substituam o açúcar pelo adoçante. Sendo assim, o anúncio influencia o consumidor a adquirir e consumir adoçante para que “mude sua embalagem”, ou seja, mude seus hábitos e cuide de sua saúde e de seu corpo.
3. Um texto publicitário visa passar de modo rápido uma mensagem ao leitor, desse modo, procura agregar imagens que representem ou complementem o texto verbal.
4. Alternativa D). O atrativo mercadológico desse veículo é a diversidade de opções a partir do mesmo produto básico, o Chevrolet Opala. Notam-se diversas opções de cores, número de portas e motorizações. Isso demarca o início do processo do pós-fordismo ou Toyotismo que tinha como característica a flexibilização produtiva da indústria, já que no modelo anterior (fordista) os produtos eram rigidamente padronizados e o consumidor tinha pouca variedade para um mesmo objeto de consumo.
5. Alternativa A). O cartaz utiliza uma obra-prima de Leonardo da Vinci para explicitar que o ato de conservar os materiais da biblioteca pode ser considerado uma obra-prima, ou seja, algo importante e inteligente de ser feito.
6. Alternativa B). O Novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em 2009 e a propaganda foi feita nesse contexto, referindo-se às alterações feitas na língua portuguesa.
7. Alternativa C). Grande parte do texto é estruturada no padrão informal da língua, como em “pensano”, “bem está”, “cuidá”, “aproveitá”, “cum”. Essa linguagem é próxima à fala e se justifica pelo contexto da festa de São João, conforme a imagem.
8. Alternativa D). O pronome “você” interrompe a conjugação do verbo no presente do indicativo (derreter) para questionar o interlocutor sobre sua posição perante o aquecimento global, sugerindo que a agressão ao planeta depende do comportamento humano.

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