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Infecções em Cirurgia Ambulatorial

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CC-II, 6ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
 
Infecção cirúrgicas: patologias que precisam de um 
tratamento cirúrgico. 
Infecção de sítio cirúrgico: infecção em toda área que 
ocorreu a cirurgia. 
Precisa de um hospedeiro suscetível, meio favorável e 
agente infecioso 
Hospedeiro suscetível: idade avançada, dm, 
desnutrição, tabagismo, obesidade, uso sistêmico de 
corticosteroides, doença vascular periférica, 
malignidade e tratamento antineoplasico, sítio de 
infecção remoto concomitante, infecção por HIV, 
insuficiência hepática e insuficiência renal. 
Agentes infeciosos: estafilococus aureus. 
Meio favorável: 
Quanto menor: 
 Perfusão sanguínea; 
 Tensão de oxigênio; 
 Ph. 
CDC: 
 As ISC ocorre na ou na próxima a incisão; 
 Ocorre em até 1 ano, se próteses (As bactérias 
podem desenvolver biofilme, como se fosse um 
“escudo”, por isso considera-se até um ano) 
 Ocorre em até 30 dias. 
Incisional superficial: 
 Acomete pele e tecido subcutâneo; 
 Infecção que ocorre em 30 dias após o 
procedimento cirúrgico; 
 Drenagem purulenta a partir da incisão 
superficial o Organismo isolado a partir de uma 
cultura obtida assepticamente de amostras de 
liquido ou tecido oriundo da incisão superficial 
 Pelo menos um dos sinais: 
Sinais flogísticos, dor ou sensibilidade, inchaço 
local, vermelhidão ou calor 
Incisional profunda: 
 Acomete os tecidos moles profundos (camadas 
fasciais e musculares) da incisão. 
 Ocorrem em até 30 dias ou 1ano o Envolve os 
tecidos moles profundos; 
 O paciente pode apresentar pelo menos um 
dos seguintes achados: Drenagem purulenta 
de uma incisão; Incisão purulenta que se abre 
espontaneamente ou é deliberadamente aberta 
por um cirurgião; Um abcesso. 
Incisional de órgão/cavidade: 
 A infecção ocorre em qualquer parte do corpo 
que é aberta ou manipulada durante o 
procedimento cirúrgico; 
O paciente apresenta pelo menos um dos seguintes 
achados: 
 Drenagem purulenta a partir de dreno colocado 
através de uma ferida de estocada, dentro do 
órgão/cavidade; 
 Organismos isolados a partir de uma cultura 
assepticamente obtida de liquido ou tecido no 
órgão/cavidade; 
 Um abscesso ou outra evidencia de infecção 
envolvendo órgão/cavidade que seja 
encontrado ao exame direto, durante a 
reoperação ou pelo exame histopatológico ou 
radiológico; 
 Diagnóstico de ISC de órgão/cavidae pelo 
cirurgião ou medico atendente. 
Limpas: 
Feridas operatórias não infeccionadas em que nenhuma 
inflamação é encontrada e não há penetração dos tratos 
respiratório, alimentar, genital ou urinário não 
infectado. 
 
 
 
 CC-II, 6ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
Limpas/Contaminadas: 
Feridas operatórias em que os tratos respiratório, 
alimentar, genital ou urinário são penetrados sob 
condições controladas e sem contaminação incomum. 
Contaminadas: 
Feridas abertas, frescas e acidentais; operações com 
rupturas significativas da técnica estéril ou espirros 
grosseiros a partir do trato gastrintestinal, além das 
incisões em que há inflamação aguda não purulenta. 
Os procedimentos contaminados introduzem um 
grande inóculo de bactérias em uma cavidade corporal 
normalmente estéril, em uma velocidade rápida, 
podendo estabelecer um quadro infeccioso durante o 
procedimento cirúrgico (p. ex., traumas abdominais 
penetrantes, enterectomia para correção de obstrução 
intestinal mecânica por bridas). 
Sujas: 
Feridas traumáticas antigas, contendo tecidos 
desvitalizados retido, bem como as feridas que 
envolvem infecção clinica existente ou perfuração de 
víscera. 
Ex: apendicectomia, após cirurgia teve distensão 
abdominal, e verifica que sutura abriu e ficou com as 
fezes no local 
Multifatorial: envolve a natureza do procedimento, 
ambiente perioperatório, comorbidades e natureza da 
técnica. 
Relacionados ao paciente: 
 Idade avançada; 
 DM; 
 Obesidade; 
 Imunossupressão; 
 Tabagismo; 
 Desnutrição; 
Relacionados ao procedimento: 
 Classificação da ferida; 
 Tipo de bactéria esperada. 
 
Relacionados ao Processo e ao Sistema: 
 Escolha subótima e momento certo para 
instituição de antimicrobianos no 
perioperatório; 
 Brecha não identificada da assepsia; 
 Remoção pré operatória de pelos; 
 Técnica cirúrgica; 
 Trânsito no centro cirúrgico; 
 Hipotermia perioperatória. 
 Antimicrobiano profilático recebido em 1h 
antes da incisão cirúrgica; 
 Seleção do antimicrobiano profilático 
apropriado para o paciente cirúrgico; 
 Antimicrobiano profilático descontinuado em 
24h após o termino da cirurgia (em 48h após o 
termino da cirurgia cardíaca); 
 Nível de glicemia as 6h da manhã <200mg/dl 
nos dias 1 a 2 de pós-operatório de cirurgia 
cardíaca. 
Obs: Respostas endógenas após o trauma aumenta os 
níveis de glicose. 
 Sem remoção ou remoção apropriada de pelos 
(prender, não raspar); 
 Normotermia pós-operatóra imediata 
(temperatura >36ºC em 15 minutos de pós-
operatório) na cirurgia colorretal. 
Principios para utilização da Antibioticoprofilaxia: 
 Segurança; 
 Não pode ser o mesmo usado para o 
tratamento pois induz a resistência bacteriana. 
 Espectro de ação (quais microorganismos) 
 Período de adm; 
 Cefalosporina de 1º geração. 
Geralmente usa-se cefalisporinas de 1 geração. 
A maioria das ISCs é provocada por cocos Gram-
positivos, portanto a profilaxia deve ser direcionada 
primeiramente contra os estafilococos para cirurgias 
limpas, e para de alto risco, limpas-contaminadas, 
cirurgias biliares eletivas e gástricas. 
Uma cefalosporina de primeira geração é preferida em 
quase todas as circunstâncias, usa a clindamicina usada 
para pacientes alérgicos à penicilina. Caso seja 
necessária cobertura contra Gram-negativos ou 
anaeróbios, a primeira escolha da maioria dos 
 CC-II, 6ºPeríodo| Ilana Maria Maia S. 
especialistas é uma cefalosporina de segunda geração 
ou a combinação de um agente de primeira geração e 
metronidazol. A antibioticoprofilaxia de cirurgia limpa é 
controversa. Quando um osso é seccionado (p. ex., 
craniotomia, esternotomia) ou uma prótese é inserida, 
geralmente a antibioticoprofilaxia é indicada 
Geralmente: 5-6 dias após; 
Sinais flogísticos; 
 Dor, rubor e eritema. 
Ponto de flutuação; 
Drenagem. 
Obs: 
Até 30 dias se não tiver prótese 
Se tiver prótese até 1 ano 
 Alternar a retirada de pontos; 
 Lavar bem com SF no equipo; 
 Coloca o dedão com luva estéril para analisar se 
aponeurose foi afetada; 
 Realiza antibioticoterapia (deve ser feito, 
depende de se tem sinais sistêmicos 
associados); 
 Exames de imagem se desconfiar de infecção 
vinda da cavidade pode pedir: USG ou TC; 
 Medidas adicionais: explicar como deve ser o 
cuidado com a ferida. 
Tratamento com Antimicrobiano: 
 Estabelecimento de diagnostico clinico de 
infecção e/ou sepse; 
 Estabelecimento de “suposição com base em 
evidência sobre a provável natureza do(s) 
agente(s); 
 Tentativa de obter dados microbiológivos, 
quando possível; 
 Início imediato de antimicrobianos empíricos 
de amplo espectro; 
 Estreitamento seletivo do regime 
antimicrobiano para cobrir o agente patológico. 
Seleção de antimicrobiano empírica e patógeno-
dirigida: 
Duração da terapia; 
Falha da resposta clínica; 
(Tem que pensar em rodar ele, aumentar dose ou 
associar a outro) 
Efeitos colaterais: 
 Colite como infecção por clostridium. 
 Febre, como os beta lactâmicos.

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