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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA Fisiologia do Movimento das Plantas Lucrência Mário Nhachengo Código: 708223211 Licenciatura em Ensino de Biologia Disciplina: Fisiologia Vegetal Ano de frequência: 2º Ano Turma: B Docente: Msc. Gisela Guibunda Jossamo Chimoio, Abril de 2023 ii Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais Capa 0.5 Índice 0.5 Introdução 0.5 Discussão 0.5 Conclusão 0.5 Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução Contextualização (Indicação clara do problema) 1.0 Descrição dos objectivos 1.0 Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual) 2.0 Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo 2. Exploração dos dados 2.0 Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0 iii Recomendações de melhoria _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ Índice 1. Introdução ........................................................................................................................... 1 1.1. Objectivos.................................................................................................................... 1 1.1.1. Objectivo geral ..................................................................................................... 1 1.1.2. Objectivos específicos ......................................................................................... 1 1.2. Metodologia ................................................................................................................ 1 2. Movimento dos vegetais ..................................................................................................... 2 2.1. Movimentos de Crescimento e Curvatura ................................................................... 2 2.1.1. Tropismos ............................................................................................................ 2 2.1.2. Nastismos ............................................................................................................. 5 2.2. Movimentos de Locomoção ou Deslocamento ........................................................... 6 3. Conclusão ........................................................................................................................... 8 4. Referências bibliográficas .................................................................................................. 9 1 1. Introdução Para Ussene (s.d), “a Fisiologia Vegetal é um ramo da Biologia, que estuda os processos vitais que ocorrem na planta a diversos níveis, deste: o transporte das seivas bruta e elaborada, fotossíntese, transpiração, respiração e tantos outros mecanismos que concorrem para manuntenção da vida das plantas” (p.1). Destaca-se nesse estudo, os movimentos que ocorrem nos vegetais. Os vegetais, ao contrário do que muitos pensam, apresentam sim certos movimentos. Apesar dos movimentos não serem comparados aos dos animais, as plantas também se movimentam, porém, de modo mais lento e menos dinâmico. Crescimentos direcionados e até mesmo deslocamento são observados nas plantas e suas células. Alguns movimentos ocorrem devido a, por exemplo, modificações nos padrões de crescimento em decorrência de algum fator externo. Há ainda movimentos de deslocamento, como os observados nos anterozoides. Entre os processos que chamamos de movimentos vegetais, podemos citar os tropismos, movimentos násticos, rastreamento solar e tactismo. 1.1.Objectivos 1.1.1. Objectivo geral Descrever a fisiologia do movimento das plantas. 1.1.2. Objectivos específicos Descrever o movimento das plantas; Indentificar os tipos de movimentos das plantas; Descrever o movimento tropismo, natismo e tactismo. 1.2.Metodologia Para a realização do presente trabalho, tomou-se como base a pesquisa bibliográfica que consistiu numa analise documental (manual de Fisiologia Vegetal, artigos, links, etc.) em autores ligados ao assunto para melhor descrever a fisiologia do movimento das plantas. 2 2. Movimento dos vegetais Para Ussene (s.d), “os movimentos dos vegetais respondem à acção de hormônios ou de factores ambientais como substâncias químicas, luz solar ou choques mecânicos. Estes movimentos podem ser do tipo crescimento e curvatura e do tipo locomoção” (p.116). 2.1.Movimentos de Crescimento e Curvatura Para Ussene (s.d), “estes movimentos podem ser do tipo tropismos e nastismos” (p.116). 2.1.1. Tropismos Os tropismos são movimentos orientados em relação à fonte de estímulo. Estão relacionados com a acção das auxinas (Ussene, s.d, p.116). para Zuffellato-Ribas (2018), “tropismos são movimentos de crescimento das plantas em resposta a um estímulo externo” (p.10). O crescimento da planta pode ser direcionado ao estímulo ou contrário a ele. Quando o crescimento ocorre em direção ao estímulo, é denominado de tropismo positivo. Quando ocorre em sentido contrário, é considerado como tropismo negativo (Magalhães, 2019). O tropismo é controlado pelas auxinas, hormônios vegetais. A auxina estimula oalongamento celular, controlando a direção do crescimento. A mudança de direção depende da direção de incidência do fator estimulante. Sobre os vegetais, este deve incidir unilateralmente provocando a distribuição irregular das auxinas (substâncias que ativam o crescimento das plantas; a mais comum é o ácido indolacético) e, com isso, as alterações características. Essa distribuição irregular das auxinas pode ser atribuída ao seu transporte lateral (teoria mais aceita), ou sua produção/destruição desigual nas partes do vegetal (Magalhães, 2019). 2.1.1.1.Fototropismo Movimento orientado pela direção da luz. Existe uma curvatura do vegetal em relação à luz, podendo ser em direção ou contrária a ela, dependendo do órgão vegetal e da concentração do hormônio auxina. O caule apresenta um fototropismo positivo, enquanto que a raiz apresenta fototropismo negativo (Ussene, s.d, p.116). O fototropismo é a resposta de um organismo a uma fonte de luz. Quando um vegetal recebe iluminação unilateral, por exemplo, a auxina é transportada para o lado não iluminado fazendo https://www.infoescola.com/biologia/auxina/ 3 com que esse cresça mais que o lado iluminado, provocando, assim, a curvatura do vegetal. Na raiz do vegetal, essa curvatura será negativa e, no caule, será positiva. Fig 1: Fototropismo: Crescimento em direção à fonte de luz. O fototropismo positivo é resultado da ação direta de auxinas sobre o alongamento celular. Quando uma planta é exposta a uma fonte de luz, a auxina migra para o lado escuro do caule. Isso porque a luz direciona a auxina para o lado mais sombreado. Como resultado, as células do lado escuro do caule se alongam mais que as do lado claro e, por isso, o caule se curva. 2.1.1.2.Geotropismo Movimento orientado pela força da gravidade. O caule responde com geotropismo negativo e a raiz com geotropismo positivo, dependendo da concentração de auxina nestes órgãos (Ussene, s.d, p.117). Nos vegetais, na região do caule, o acúmulo de auxinas na parte inferior do vegetal fará com que essa parte cresça mais que o restante do organismo acarretando uma curvatura na direção contrária a força da gravidade. Já na raiz, ocorrerá o alongamento da parte superior e consequente curvatura no sentido da força gravitacional (para baixo). Uma das teorias que explicam porque isso ocorre é a Teoria dos Estatólitos (Hasentein & Evans, 1988) que diz que a raiz, que é revestida por uma camada chamada “coifa”, possui nesta camada, células que contém um grânulo mineral chamado “estatólito” responsável por “indicar” para a célula qual a direção da força gravitacional. Ao colocar uma raiz na horizontal, por exemplo, os estatólitos “caem” para a parte inferior das células da coifa, estimulando o transporte das auxinas na parte superior e, assim, a raiz cresce para baixo, ou seja, no sentido da força gravitacional. https://www.infoescola.com/plantas/caule/ https://www.todamateria.com.br/auxinas/ 4 Fig 2: Geotropismo 2.1.1.3.Quimiotropismo Movimento orientado em relação a substâncias qu'micas do meio (Ussene, s.d, p.117). Ocorre quando um organismo cresce direcionado por um estímulo químico como um mineral ou a água. 2.1.1.4.Tigmotropismo Movimento orientado por um choqe mecânico ou suporte mecânico, como acontece com as gavinhas de chuchu e maracujá que se enrolam quando entram em contato com algum suporte mecânico (Ussene, s.d, p.117). Esse tipo de crescimento ocorre quando o organismo ao crescer encontra um objeto sólido e se desenvolve ao redor dele. Nesse caso, para os vegetais, as células externas se alongam enquanto as células que entram em contato com o sólido se encurtam. Um exemplo são as gavinhas, que se enrolam sobre suportes físicos. Fig 3: Tigmotropismo 2.1.1.5.Heliotropismo Esse movimento é conhecido também por rastreamento solar e, como o nome indica, diz respeito à orientação dos vegetais em relação aos raios solares durante o dia. 5 Fig 4: Girassol realizando o rastreamento solar 2.1.2. Nastismos Segundo Ussene (s.d), são movimentos que não são orientados em relação à fonte de estímulo. Dependem da simetria interna do órgão, que devem ter disposição dorso - ventral como as folhas dos vegetais (p.117). O nastismo corresponde a movimentos relacionados a alterações relativamente rápidas no turgor de determinadas células. Ao contrário do tropismo, o nastismo não envolve crescimento e são movimentos reversíveis. No nastismo, a direção do estímulo não influencia no movimento do vegetal. Um exemplo de nastismo ocorre com a planta dormideira (Mimosa pudica). Ao ser tocada, fecha suas folhas em resposta a um estímulo externo. 2.1.2.1.Fotonastismo Movimento das pétalas das flores que fazem movimento de curvatura para a base da corola. Este movimento não é orientado pela direção da luz, sendo sempre para a base da flor. Existem as flores que abrem durante o dia, fechando-se à noite como a "onze horas" e aquelas que fazem o contrário como a "dama da noite" (Ussene, s.d, p.117). 2.1.2.2.Tigmonastismo e Quimionastismo Movimentos que ocorrem em plantas insetívoras ou mais comumente plantas carnívoras, que, em contato com um inseto, fecham suas folhas com tentáculos ou com pêlos urticantes, e logo em seguida liberam secreções digestivas que atacam o inseto. Às vezes substâncias químicas liberadas pelo inseto é que provocam esta reação (Ussene, s.d, p.117). 6 Fig 5: Planta carnívora 2.1.2.3.Seismonastia Movimento verificado nos folíolos das folhas de plantas do tipo sensitiva ou mimosa, que, ao sofrerem um abalo com a mão de uma pessoa ou com o vento, fecham seus folíolos. Este movimento é explicado pela diferença de turgescência entre as células de parênquima aquoso que estas folhas apresentam (Ussene, s.d, p.117). Fig 6: Fechamento das folhas da sensitiva 2.2.Movimentos de Locomoção ou Deslocamento Segundo Ussene (s.d), “movimentos de deslocamento de células ou organismos que são orientados em relação à fonte de estímulo, podendo ser positivos ou negativos, sendo definidos como tactismos” (p.119). O tactismo é um movimento orientado de deslocamento de uma organela, célula ou organismo unicelular em relação a um agente externo. Podemos observar o tactismo quando os cloroplastos se deslocam dentro da célula vegetal em direção à luz. Para Ussene (s.d), os movimentos de locomoção ou deslocação podem ser: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/cloroplasto.htm 7 Quimiotactismo: Movimento orientado em relação a substâncias químicas como ocorre com o anterozóide em direção ao arquegônio; Aerotactismo: Movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre de modo positivo com bactérias aeróbicas; Fototactismo: Movimento orientado em relação à luz, coo ocorre com os cloroplastos na célula vegetal; Fotoperiodismo: O fotoperiodismo é a capacidade do organismo em responder a determinado fotoperíodo, isto é, a períodos de exposição à iluminação.Nos vegetais o fotoperiodismo influi no fenômeno da floração e, conseqüentemente, no processo reprodutivo e formação dos frutos. O florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo comprimento dos dias (período de exposição à luz) em relação aos períodos de noites (períodos de escuro). Ao longo do ano, em regiões onde as estações (outono, inverno, primavera e verão) são bem definidas, existe variação do comprimento dos dias em relação às noites, e muitas plantas são sensíveis a estas variações, respondendo com diferentes fotoperíodos em relação à floração (p.120). 8 3. Conclusão Os vegetais não são seres vivos imóveis, eles também respondem, através de movimentos, a estímulos externos. Essa resposta a um estímulo externo é chamada de tropismo. Quando o vegetal cresce em direção à fonte de estímulo, chamamos de tropismo positivo, mas quando o vegetal cresce em sentido contrário à fonte deestímulo, chamamos de tropismo negativo. O nastismo também é um movimento realizado pelos vegetais em resposta a estímulos externos, mas difere do tropismo por ser um movimento em que a direção do estímulo não influencia em seu movimento. No nastismo, o estímulo provoca a abertura ou fechamento de um órgão independente da direção do estímulo, sendo a sua intensidade mais importante. Por fim, viu-se que os vegetais também realizam movimentos de deslocamento de células ou organismos que são orientados em relação à fonte de estímulo, os quais podem ser ou não no sentido do estímulo. 9 4. Referências bibliográficas Magalhães, L. (2019). Movimentos Vegetais: Tropismo. Amazonas. Ussene, A. (s.d). Manual de Fisiologia Vegetal. UCM – Beira. Zuffellato-Ribas, K. (2018). Movimentos Vegetais. Paraná. Sites consultados em 10 de Abril de 2023 http://www.colegioweb.com.br/biologia/tropismo.html http://marista.edu.br/maceio/files/2009/11/movimentos-vegetais.pdf http://www.gepe.ufpr.br/pdfs/aulas/7%20MOVIMENTOS%20VEGETAIS.pdf http://www.colegioweb.com.br/biologia/tropismo.html http://marista.edu.br/maceio/files/2009/11/movimentos-vegetais.pdf http://www.gepe.ufpr.br/pdfs/aulas/7%20MOVIMENTOS%20VEGETAIS.pdf