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Grupo econômico - Sucessão empresarial aspectos trabalhistas

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Grupo econômico 
Sucessão empresarial: aspectos trabalhistas 
CONCEITO 
Grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas atuam de forma coordenada, com objetivos comuns, ou desde que exista uma relação de 
subordinação entre elas.
OBJETIVOS 
Diferentemente de outros ramos jurídicos, o agrupamento empresarial trabalhista guarda certas peculiaridades, na medida em que este mecanismo 
evitará que estratégias de conformação econômicas possam obstaculizar o cumprimento da legislação trabalhista, viabilizando a solvabilidade deste 
crédito de natureza alimentar.
Relações Trabalhistas
Art. 2° - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço.
§ 1° - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as 
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou 
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas 
obrigações decorrentes da relação de emprego.
§ 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse 
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
Lei 5.889/73
Art. 3° - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-
econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. [...]
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração 
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente 
nas obrigações decorrentes da relação de emprego.
FORMAS 
• Grupo econômico por subordinação (vertical ou hierárquico)
• Grupo econômico por coordenação (horizontal)
 
REQUISITOS 
I) Não caracterização por mera identidade de sócios. Trata-se mais de vedação embasada em jurisprudência sedimenta pelo C. TST, segundo a qual o 
simples fato de duas empresas terem sócios em comum, por si só, não autoriza o reconhecimento do grupo econômico.
II) Demonstração do interesse integrado. O grupo econômico para fins trabalhistas não requer a formalização de registro das empresas como holdings, 
cartéis, trustes, consórcios ou similares. Aqui se pode falar em objetivos sociais que possuem afinidade e compatibilidade na geração de receitas, isto é, 
atividades econômicas que, por sua própria natureza objetiva, tendem a se associarem.
III) Demonstração da efetiva comunhão de interesses. Os interesses (objetivos sociais) das empresas que atuam em conjunto, além de guardarem 
compatibilidade, devem se unir para a consecução de um mesmo empreendimento ou investimento real em comum.
IV) Demonstração da atuação conjunta das empresas dele integrantes. Nada mais é do que a prática de mercado verificada na conjunção de esforços 
para a obtenção de lucro. Trata-se de tarefas em comum realizadas em um mesmo processo produtivo.
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deener
sempreen
Sucessão empresarial
“O instituto jurídico da sucessão trabalhista (artigos 10 e 448 da 
CLT) visa a amparar os empregados quanto a possíveis alterações 
contratuais lesivas derivadas das modificações na estrutura 
jurídica da empresa ou mesmo em razão da mudança de 
propriedade. Para que a sucessão se configure, é necessária a 
inequívoca transferência da unidade econômico-jurídica e que não 
haja solução de continuidade na exploração dos objetivos 
econômicos, o que se tipificou na hipótese”. (TRT 3)
CLT
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará
os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Requisitos
a) que um estabelecimento como unidade econômica passe de um
para outro titular;
b) continuidade na prestação dos serviços pela sucessora.
Hipóteses
Existe a sucessão, dentre outros casos, quando ocorre mudança na propriedade da empresa ou alguma alteração significativa na sua estrutura jurídica, 
sendo que a empresa continua utilizando-se dos serviços dos empregados da sucedida, como por exemplo:
- fusão;
- incorporação;
- cisão;
- venda;
- mudança no número dos sócios;
- transformação de firma individual em sociedade, etc.
Responsabilidades
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, 
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, 
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da 
modificação do contrato.

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