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Gustavo Moreno T19 AULA 17.2: Gestação Ectópica: “Gestação fora do endométrio” Definição: toda gestação que ocorre fora do endométrio onde ele deveria estar O normal é ovular, o espermatozóide entrar na tuba, se encontra no óvulo, vai fazendo as divisões até ter o blastocisto lá dentro do útero implantado no endométrio. A maioria vai ser na tuba uterina Mas podemos ter: na cicatriz anterior da cesárea, no colo, no ovário, cornual (mais grave), gestação dentro do abdômen, até relatos no fígado. 97,7% são na tuba uterina < 1% ovário 1,4 % na cavidade abdominal < 1% no colo Fatores de risco: 1. Doença inflamatória pélvica – principal fator de risco 2. Cirurgia tubária anterior 3. Gravidez ectópica anterior 4. Reprodução assistida 5. Endometriose 6. Tabagismo 7. Alterações anatômicas da trompa 8. Cirurgias abdominais prévias Apresentação clínica: Dor abdominal Amenorreia ou irregularidade menstrual Sangramento vaginal (anormal) Obs – sempre pedir o beta!! Diagnóstico: Dor abdominal Amenorreia ou irregularidade Anamnese Exame físico, laboratorial (BCHG – quantitativo) e imagem (US transvaginal) Suspeita da gestação ectópica → dosagem de HCG e ecografia: → <1500 → >1500 → tem que aparecer qualquer coisa dentro do útero Sem imagem – bloco cirúrgico Dosagem seriada do Beta HCG: Níveis séricos seriados de Beta HCG quantitativo. Em uma gestação normal precisa dobrar o valor do BHCG (pelo menos 66%) Em uma gestação ectópica ele aumenta de forma branda, pode ser que repita em 48h, ele pode ter aumentado, mas não 66% Diagnóstico diferencial: Doença inflamatória pélvica Apendicite Torção de cisto ovariano Cisto Cistite Dor de ovulação Gestação ectópica não rota: Não rompeu e não sangrou mas está ali Manifestação subaguda: 70% dos casos de gestação tubária Grande parte deles evolui para um abortamento tubário (gestação para de evoluir) e ela pode até ser absorvida pelo corpo sem precisar de medicação Geralmente na porção ampular Gestação ectópica rota: Cresceu e rompeu Dor + sangramento Manifestação aguda: As manifestações mais intensas acontecem quando ocorre ruptura Pode ocorrer a um quadro de choque (choque hipovolêmico – sinal de laffon, blumberg e cullen) Pode ocorrer em qualquer porção da trompa (normalmente na porção ístmica) Tratamento: Conservador ou cirúrgico Tratamento expectante: Critérios: Mínima sintomatologia Estabilidade hemodinâmica Beta HCG <2000 Paciente bem orientada Boa condição social O que fazer? Dosagem seriada de BHCG Repetir US TV quando queda do valor do BHCG < 1500 Acompanhar até negativar o BHCG Tratamento com metotrexato: Gestação ectópica não usuais – cornual, abdominal, ovariana e cervical;** (indicação) GE tubárias em pacientes hemodinamicamente estáveis, sem hemorragias ou evidências de hemoperitônio, com saco gestacional com menos de 3,5 cm de diâmetro, níveis séricos de beta HCG <5.000 e sem atividade cardíaca embrionária Antes de iniciar o uso de metotrexato, é preciso ter em mãos hemograma completo, coagulograma, teste de função hepática e renal e a dosagem do beta HCG quantitativo Medicação que vai fazer com que involua essa massa Antes de iniciar o uso de Metotrexato, é preciso ter em mãos hemograma completo, coagulograma, testes de função hepática e renal e a dosagem do BHCG quantitativo. Contraindicações para o metotrexato: Absoluta: Instabilidade hemodinâmica Imunodeficiência Amamentação Pacientes com seguimento difícil e dificuldades de acesso ao hospital Doenças pulmonar ativa Úlcera péptica Doença hepática renal ou hematológica significativa Hipersensibilidade à droga Gestação heterotópica. Relativa: Níveis altos de HCG >5000 Tamanho da gestação ectópica >3,5cm Atividade cardíaca fetal Tratamento cirúrgico: Laparotomia: instabilidade hemodinâmica Laparoscopia: estabilidade hemodinâmica, onde não houver critérios para tratamento medicamentoso ou quando houver contraindicações ao tratamento medicamentoso.
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