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Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/1934/temos-uma-
educacao-fisica-escolar-dos-anos-60
Publicado em NOVA ESCOLA 01 de Janeiro | 2008
Formação
Temos uma Educação
Física Escolar dos anos 60
A constatação é do professor Célio José Borges,
coordenador do II Fórum de Educação Física Escolar que
aconteceu nos dias 13 e 14 de janeiro em Foz do Iguaçu no
Paraná
Gustavo Heidrich
É precária a situação da Educação Física Escolar no Brasil e em outros países
da América do Sul, como a Argentina. Falta de planejamento e
direcionamento específico para as necessidades de cada série e etapa de
aprendizagem, carência de material básico, de infra-estrutura e de um
programa de atualização dos professores um cenário bem parecido com o da
década de 1960 em que a disciplina não era considerada essencial para a
formação dos alunos. Há profissionais mal preparados e acomodados e
turmas lotadas. É esse o diagnóstico alarmante da Educação Física Escolar
(EFE) brasileira feita pelo II Fórum de Educação Física Escolar que aconteceu
nesta semana em Foz do Iguaçu no Paraná. 
A EFE é um direito de todos os quase 53 milhões de estudantes matriculados
na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio)
no Brasil, segundo dados do Educacenso de 2007 do Ministério da Educação
(MEC), divulgados no último dia 10. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases
(LDB), de 1996, os estudantes têm o direito a ter aulas de Educação Física na
grade curricular como um componente da proposta pedagógica das escolas.
Mas infelizmente esse direito dos estudantes tem sido desrespeitado,
acredita o professor Célio José Borges, da Universidade Federal de Rondônia
e coordenador do fórum. Segundo ele, a Educação Física Escolar (EFE) não é
debatida com seriedade desde a década de 1980 e acabou sendo deixada de
lado no planejamento pedagógico das escolas. 
Com a experiência de 28 anos na área, foi do professor a iniciativa da criação
https://novaescola.org.br/conteudo/1934/temos-uma-educacao-fisica-escolar-dos-anos-60
de um fórum para discutir soluções para o ensino da Educação Física dentro
do Congresso Mundial de Educação Física, que acontece anualmente em Foz
do Iguaçu no Paraná desde 1985. A primeira edição do debate aconteceu em
2007. Tivemos uma participação bastante significativa. O encontro gerou uma
carta de intenções e caminhos para a Educação Física Escolar, conta o
coordenador. As discussões chamaram a atenção de especialistas e
educadores de outros países e na edição deste ano o fórum passou a
incorporar debates sobre EFE no âmbito do Mercosul. Recebemos esse ano
palestrantes de cinco continentes. Não é só no Brasil que a Educação Física
Escolar vai mal, nossos vizinhos argentinos, por exemplo, enfrentam os
mesmos problemas, acredita Borges. 
Soluções Transformar a escola em um centro de excelência esportiva, de
prevenção da obesidade e doenças e criar o hábito nos estudantes da prática
regular de exercícios são os principais objetivos de uma EFE de qualidade, de
acordo com o professor Célio Borges. Como está hoje, a Educação Física
Escolar se resume, muitas vezes, a dar uma bola para as crianças jogarem.
Falta pedagogia e o processo é excludente, deixando de lado aqueles que
têm dificuldades físicas e psicológicas de integração. A EFE tem um potencial
incrível, que tem sido desperdiçado, de ser uma parceira no processo
cognitivo de crianças de todas as idades, avalia o professor. 
Para conseguir atingir esses objetivos, Borges acredita ser necessário
investimentos significativos em infra-estrutura e formação de professores,
além de rever a alocação de recursos para a Educação Física pelas secretarias,
prefeituras e escolas. Precisamos discutir desde temas estruturais como a
carga horária das aulas de EFE dentro do currículo escolar, que tem sido
desrespeitada, bem como questões metodológicas, como o retorno dos
exames médicos e biométricos para acompanhar o desenvolvimento dos
alunos, sugere o professor. Para ele não adianta investir no esporte escolar
sem pensar na Educação Física. Muitos investimentos acabam indo na direção
errada, estimulando um tipo de atividade física na escola que tem caráter
competitivo e não formador. Se tivermos uma EFE fortalecida, o
desenvolvimento do esporte na escola será uma conseqüência natural,
acredita. 
Ações Para o fórum de 2009, que deve acontecer na segunda quinzena de
janeiro, a perspectiva é de que as discussões comecem a se tornar realidade
por meio de ações junto a Conselho Federal de Educação Física e o MEC. Um
dos nossos desafios é mensurar numericamente a situação da EFE no Brasil e
fazer com que os debates do fórum sejam aplicados regionalmente por meio
de boas políticas públicas. 2009 será, oficialmente, o ano da Educação Física
Escolar pela Federação Internacional de Educação Física. Esperamos que seja
um ano para começarmos a tirar o Brasil da defasagem em que se encontra,
espera o professor Borges.
Quer saber mais?
Participe da lista de debates da Federação Internacional de Educação Física pelo e-mail: Fiep@listas.cev.org.br 
Site da Federação Internacional de Educação Física 
Site do Conselho Nacional de Educação Física 
mailto:Fiep@listas.cev.org.br 
http://www.fiepbrasil.org
http://www.confef.org.br