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ATIVIDADE 2 TICS II

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AFYA PARTICIPACOES S.A 
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ LTDA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
BACHARELADO EM MEDICINA 
 
 
 
 
WILLIAM CÁSSIO RODRIGUES MOREIRA 
 
 
 
 
 ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUÊMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
AGOSTO/ 2021 
 
 
ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUÊMICOS 
 
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dos mais importantes problemas 
de saúde pública da atualidade, constituindo- -se em uma das patologias neurológicas 
de maior prevalência e, ainda, uma das principais causas de incapacidade temporária 
ou definitiva.(MS, 2012) 
 
1 - Por que os Acidentes Vasculares Cerebrais Isquêmicos podem se 
manifestar de diversas formas? 
 
Segundo Machado (2006), o AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao 
cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o 
AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente 
vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular 
hemorrágico. 
As principais manifestações dos acidentes vasculares isquêmicos são: 
– Dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se acompanhada de 
vômitos; 
– fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um 
dos lados do corpo; 
– Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar); 
– Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que 
se diz; 
– Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos. 
Ainda segundo Machado (2006) outros sintomas do acidente vascular 
isquêmico são: tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques 
isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e na 
capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o 
paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção 
visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado. 
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013) o diagnóstico do AVC é feito a 
partir da identificação do déficit neurológico focal súbito que acomete o paciente, ou 
seja, é clínico!. Contudo, não conseguimos diferenciar o tipo de AVC (se isquêmico 
 
 
ou hemorrágico) apenas pela clínica, sendo obrigatório a realização do exame de 
imagem para tomar a conduta apropriada. 
• Escala FAST: escala de triagem para detectar a ocorrência da doença, 
principalmente em região anterior do cérebro; Face (paralisia facial), Arm (fraqueza 
nos braços), Speech (dificuldades na fala), Time (tempo). 
• Escala do NIH: avalia o déficit no AVC através da pontuação dos 
parâmetros, variando de 0 (sem déficit) a 42 (maior déficit); parâmetros avaliados são: 
nível de consciência, orientação no tempo (mês e idade), resposta a comandos, olhar, 
campo visual, movimento facial, função motora do membro superior, função motora 
do membro inferior, ataxia, sensibilidade, linguagem, articulação da fala, extinção ou 
inatenção. Essa escala é interessante também para avaliação da evolução do déficit 
do paciente. 
• Exames de imagem: devem ser realizados imediatamente para não 
impossibilitar o tratamento de reperfusão (nos casos de AVCi). 
• Tomografia computadorizada (TC): é o exame de escolha; identifica 
de 90-95% das hemorragias subaracnoideas e quase 100% das hemorragias 
intraparenquimatosas. Importante lembrar que a TC na fase aguda do AVC isquêmico, 
se apresenta sem alterações. 
• Ressonância magnética (RM) com difusão: mais sensível que a TC, 
pode identificar a área isquêmica muito precocemente; muito útil quando existem 
dúvidas quanto ao diagnóstico de AVC; alguns centros de AVC utilizam a RM com 
difusão para incluir pacientes com janela terapêutica indeterminada ou fora da janela 
terapêutica (definem a presença de zona de penumbra em cada paciente). 
• Exames complementares: hemograma com plaquetas*, tempo de 
protrombina*, tempo de tromboplastina parcial ativada*, eletrólitos, creatinina, ureia, 
eletrocardiograma e glicemia (importante, pois a hipoglicemia pode mimetizar um 
AVC). 
 
2 - Quais as correlações anatomo-funcionais? 
 
O AVC gera extensa variedade de déficits neurológicos funcionais – por 
exemplo, a perda do domínio voluntário dos movimentos musculares, problemas 
sensoriais, incontinência e dificuldades na comunicação e na fala. 
 
 
Acredita-se que o tipo de AVC e o local anatômico da lesão implicam em 
déficits neurológicos de diferentes gravidades, considerando o nível de incapacidade 
funcional dos pacientes acometidos. 
Machado (2016), cita que no AVC é o infarto de um território encefálico nutrido 
por uma artéria que sofre oclusão aguda. Na região com isquemia o dano estrutural é 
irreversível, mas existe uma região chamada zona de penumbra isquêmica, que está 
funcionalmente comprometida, mas estruturalmente viável. 
A HAS leva a alterações patológicas crônicas nas paredes das pequenas 
artérias e arteríolas, levando a formação de aneurismas, que quando se rompem 
levam a HIP. Após a hemorragia ocorre edema, organização do coágulo e 
compressão de tecidos adjacentes. 
Durante as práticas foi possível entender sobre a formação neurológica, 
principais inervações e principalmente sobre a vascularização que tem relação direta 
com o AVC que é responsável pela morte de células nervosas da região cerebral 
atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado 
acidente vascular isquêmico. 
 
REFRÊNCIAS 
Machado, A. Neuroanatomia funcional. 2ª Ed. Atheneu, Rio de Janeiro, 2006. 
 
Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 665, de 12 de dezembro de 2012, Dispõe 
sobre os critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de 
Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo financeiro e 
aprova a Linha de Cuidados em AVC. http:// 
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/PRT0665_12_04_2012. Html Acesso 
em:19/08/2021 
 
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Treinamento de Emergências 
Cardiovasculares Avançado. Barueri: Manole, 2013.

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