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Políticas de Inclusão versus Educação Bilíngue

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Políticas de Inclusão versus Educação Bilíngue
1. 
Sobre a proposta educacional para alunos surdos, quais seriam os três fatores relevantes na educação bilíngue?
Você acertou!
A. 
- Considera os fatores socioculturais da comunidade surda.
- Considera a Língua de Sinais como parte primordial do processo de educação bilíngue.
- Propõe um contexto escolar acessível para o aluno surdo no qual ele seja ensinado em sua L1, Libras, e que, por ser um contexto bilíngue (tenha acesso a dois idiomas), também aprenda o Português na forma escrita como L2.
O contexto bilíngue propõe que o aluno surdo aprenda a Língua Portuguesa na forma escrita, contudo o aprendizado oral é opcional, sendo possível ser desenvolvido por meio do acompanhamento com um fonoaudiólogo. Além disso, os fatores sociais e culturais da comunidade surda devem ser valorizados nessa proposta, assim como o ensino deve ser ministrado inteiramente em Língua de Sinais (Libras), não em Português falado. Na proposta de escola bilíngue para surdos, a maioria dos professores e demais funcionários são surdos, sendo o ensino próprio da Libras realizado por professores surdos.
2. 
As políticas de inclusão de surdos nas escolas regulares não podem ser consideradas plenamente inclusivas em sua prática por qual motivo?
Você acertou!
B. 
Porque o ensino não é ministrado em Língua de Sinais, mas  em Língua Portuguesa, necessitando que um Intérprete de Libras auxilie na comunicação e, por último, o aluno surdo fica longe de seus pares (outros surdos).
O Português oral é ofertado para o aluno no ensino regular na própria aula que é ministrada em Português, contudo, em séries iniciais, não é o pedagogo que irá ensinar a criança surda a oralizar (caso a criança opte por isso), sendo o profissional fonoaudiólogo o especialista que pode fazer o acompanhamento necessário e realizar a terapia da fala. Algumas escolas não possuem salas de atendimento educacional especializado (AEE), entretanto, os pais da criança surda podem solicitar à secretaria de educação a recolocação do aluno em uma escola que atenda às necessidades da criança de acordo com sua deficiência, alegando a falta de acessibilidade. Mesmo que o aluno surdo não consiga oralizar, ele ainda pode utilizar outras formas de comunicação, como: a escrita em língua portuguesa e/ou Língua de Sinais com os colegas e professores. O SignWriting ser ensinado ou  não para um aluno surdo na escola regular não é um fator que, por si só, caracteriza falta de inclusão, visto que, na escola bilíngue para surdos, o SignWriting geralmente não é ensinado também.
3. 
As salas de atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que tem por foco eliminar as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Nesse contexto, qual a principal crítica da comunidade surda com relação às salas de AEE?
Você acertou!
E. 
Que elas focam muito o ensino do Português escrito e pouco o Ensino da Libras, isso quando não proíbem seu uso na sala de AEE.
A escrita de sinais, ou SignWriting, ser ensinado ou não para um aluno surdo nas salas de AEE não chega a ser um fator que caracterize uma crítica pela comunidade surda, já que a própria comunidade surda não usa com afinco a escrita de sinais. É um fato que as salas de AEE focam muito o ensino do Português escrito e pouco o Ensino da Libras; contudo, existem casos em que o professor de AEE sequer sabe Libras, o que é algo contraditório, pois, se ele está nessa função, ele deveria ter capacitação e conhecimento para atender qualquer tipo de deficiência; no entanto, não é o que se percebe na prática. Além disso, existem casos em que o professor foca a oralização e a escrita da criança surda e proíbe ou não ensina a Língua de Sinais durante as aulas na sala de AEE. As salas de AEE devem ser de poucos alunos, pois atendem crianças com distintas deficiências e, por isso, o ideal é que esse número não ultrapasse 10 (dez) alunos por sala. As aulas disponibilizadas em salas de AEE, em escolas regulares, geralmente não são diárias, o que prejudica o ensino-aprendizado dos alunos com deficiência, principalmente, do aluno surdo, o qual terá contato com a Libras poucas vezes por semana e com seus pares (outros surdos) praticamente nunca.
4. 
As escolas inclusivas, ou escolas regulares, deixam a desejar em alguns fatores que são essenciais para a boa formação de um cidadão e de um sujeito surdo, como?
Você acertou!
C. 
Não permitem que o aluno surdo interaja com os outros alunos ouvintes diretamente, somente por meio do Intérprete de Libras; aprendizado da Língua de Sinais somente no AEE.
Nas escolas regulares, existem poucos surdos matriculados, e, se um aluno surdo tiver sorte, ele terá outro colega igualmente surdo para conversar e interagir. Os intérpretes de Libras hoje precisam ter formação para atuar e comprovar que são aptos para desempenhar a função, o que garante uma maior qualidade no serviço oferecido aos alunos nas escolas regulares. Além disso, o aluno surdo pode sim interagir com outros alunos ouvintes diretamente, sem necessitar da ajuda do Intérprete de Libras. A mediação intercultural não é um fator em si que prejudique o aluno surdo, mas como ela acontece é que pode ser ruim (como quando o aluno é jogado em uma escola que não tem Intérprete de Libras. Nesse caso, o aluno surdo não terá como se comunicar com os colegas ouvintes, e a mediação intercultural poderá gerar frustração ao invés de uma troca positiva baseada nas diferenças). Grande parte dos profissionais de educação inclusiva sabem de forma genérica sobre os tipos de deficiência existentes, mas são poucos os que se especializam em uma delas, e o que os surdos precisam são de especialistas em Língua de Sinais, em Pedagogia Bilíngue e em Cultura Surda, do contrário, a proposta não será nos moldes da Pedagogia Surda. Lembrando que as aulas nas escolas regulares são ministradas em Português, não em Libras.
5. 
Qual o principal fator que acarreta na insistência do governo pelas escolas inclusivas para alunos surdos?
Você acertou!
C. 
Elas são em maior quantidade do que as escolas bilíngues para surdos, o que facilita do ponto de vista financeiro, já que criar escolas bilíngues para surdos sairia mais caro do que usar as escolas regulares que já existem.
As escolas de surdos favorecem o sujeito surdo na construção de sua cultura e identidade, visando que ele tenha um ensino igualitário. Não é o foco das escolas de surdos ensinar o Português oral, e sim o Português escrito (o que é exigido pela Lei n.º 10.436, de 24 de Abril de 2002). Devido a isso, formar um cidadão ouvinte não é o foco das escolas de surdos. O fato de as escolas de surdos terem só surdos e poucos ou nenhum ouvinte é um fator muito frisado pelo governo. Contudo, o mesmo pode ser alegado das escolas regulares, que permitem a interação com alunos ouvintes por meio de uma mediação intercultural, mas em que nível? O aluno surdo estar junto de pessoas ouvintes não significa que elas irão interagir com ele, já que o surdo nem sempre fala Português, e os alunos ouvintes não falam Libras (é uma inclusão só no discurso). Realmente, os surdos que nascem em cidades afastadas dos grandes centros são prejudicados, pois geralmente precisam abandonar suas famílias e viajar para a capital para poderem ser escolarizados em escolas de surdos, mas esse não é o ponto crucial da insistência do governo pelas escolas inclusivas.

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