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Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
Revisão prova penal I
Parte 1:
Introdução; Conceito do Direito Penal; Caracteres; Conteúdo e divisão
do Código Penal
● Considerações introdutórias
Direito penal pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas (leis federais
criadas, editadas pelo congresso nacional) que possuem como objeto a definição de
condutas consideradas desviantes (infração e a cominação das suas respectivas sanções
penais)
Crimes: Mais graves. Penas: Penas privativas de liberdade (reclusão, detenção e
prisão simples); pena de multa e penas restritivas de direito.
Obs: Para pessoas imputáveis (idade superior a 18 anos e mentalmente sãs)
. CP e legislação penal extravagante
Contravenções penaisMenos grave: Pena de prisão simples e multa
. Decreto lei 3688/42
. Cominar (aplicar em abstrato) sanções penais
Penas e medidas de segurança
Enquanto a pena é retributiva, busca a recuperação, adaptação do indivíduo à
sociedade; por outro lado, a medida de segurança é preventiva, para prevenir
novos crimes. Medida de tratamento do indivíduo inimputável: Internação que
pode ser no HCT - Hospital de custódia e tratamento ou em clínicas particulares
ou então ambulatorial
Inimputáveis: Por um motivo de desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não tem noção do que estava fazendo; menores de 18 anos
(penalmente inimputáveis) - não cometem crimes e sim, atos infracionais ,
se sujeita ao ECA (Estatuto da criança e do adolescente) - Medidas
socioeducativas (12 a 18 anos)
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
● Conceito de Direito penal
Conceito formal (estática): : É o conjunto de normas jurídicas que possui por objeto a
definição de condutas (ações ou omissões) consideradas desviantes (infração) e a
cominação das respectivas sanções penais (penas e medidas de segurança)
Abrange 3 instituições: 1) Infração penal- Crime ou contravenção); 2) Sanção
penal (pena ou medida de segurança) e 3) Norma jurídica Instrumento de
formalização de andamentos e proibições
Conceito material - Diz respeito a comportamento de alta responsabilidade, ou danosos
ao organismo social que lesionam de forma grave os bens jurídicos imprescindíveis à sua
conservação e progresso
Bens jurídicos penais: são bens vitais e indispensáveis (mais relevantes ao
direito) para a convivência humana em comunidade que devem ser protegidos
pelo poder coercitivo do Estado mediante a pena criminal.
Conceito sociológico: O direito penal deve ser visto como uma das formas de controle
social a par de outros ramos do ordenamento jurídico. O direito penal no exercício
desse mister constitui a mais violenta forma de intervenção do Estado na esfera dos
direitos do cidadão.
Interfere na liberdade do cidadão, seja com prisões provisórias (flagrante,
preventiva, temporária), pena de reclusão, detenção, patrimônio (multa), tomada
de bens, restrição de ir e vir, acabar com a vida.
● Caracteres do direito penal
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
Direito privado: Ex: Civil, empresarial, agrário, regula relações entre indivíduos, pessoas
físicas ou jurídica
Direito público: Ex: Penal, regula situações entre o indivíduo e o Estado. É o Estado que
tem o direito, dever de punir o indivíduo quando comete uma lesão. O Estado exerce o
Jus Puniendi.
Ciência cultural: O Direito penal está inserido na categoria do "dever ser"
diferente das ciências naturais do "ser".
Ciência normativa: Pode ser interpretado como valorativo. Nesse caso, é
relacionado a norma, se preocupa em estudar todas as normas penais do
ordenamento jurídico brasileiro
.Ciência valorativa: Confere às normas uma escala hierárquica de valores de
acordo com o fato que lhe dá conteúdo. O crime mais importante seria, então o
crime de homicídio
Ciência finalista: Objetiva ou tem por fim a própria ação de bens jurídicos
imprescindíveis à convivência pacífica da sociedade
Direito sancionador: tem o poder de impor sanções, tais como a pena e a medida
de segurança
Direito fragmentado: O direito penal vai defender um fragmento do conjunto de
valores (proteger a vida ou o contrato de trabalho?) Não protege todos os bens
jurídicos da sociedade, apenas um fragmento.
Direito subsidiário: Recomenda-se que o direito penal só entre em ação para
determinado caso quando outros ramos do direito não conseguiram solucionar o
problema- direito civil e adm (última instância)
● Conteúdo e divisão do código penal
O código se divide na parte geral e especial.
Parte geral: art. 1 ao 120. Não estabelece crimes; é dividida em três partes:
- A primeira é a teoria da norma penal, que trata de questões relativas à lei penal,
como tempo e lugar do crime, aplicação da lei penal em relação às pessoas, do
tempo e do espaço, cumprimento da pena no exterior, homologação de sentença
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
estrangeira e também a contagem dos prazos do direito penal (diferente de
processo penal)
- A segunda é a teoria do delito: art. 13 ao 31. Trata dos elementos estruturais do
crime, tais como o fato típico, a antijuridicidade , culpabilidade, concurso de
pessoas
- A terceira parte é a Teoria da pena: art. 32 ao 120. São estudados as espécies da
pena, aplicação, limites, medida de segurança, concurso de crimes, etc
Parte especial: 121 a 361. Trata somente de crime
Parte 2
Modalidades e funções do Direito penal
Modalidades de direito penal
Direito penal objetivo: próprio ordenamento jurídico pátrio penal. Conjunto de
preceitos legais que definem o crime e comina as sanções (jus poenale) x Direito penal
subjetivo: ( jus puniendi estatal), direito e dever que tem de punir o estado. É limitado
pelo direito objetivo. O autor defende a ideia de poder do Estado de punir, limitado pelo
Direito. Assim, o Estado monopoliza o exercício legítimo da violência.
Princípio da inafastabilidade da jurisdição: artigo 5º, inciso XXXV, da
Constituição Federal vigente, que dispõe: “a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” .É a principal garantia dos direitos
subjetivos: Toda lesão ou ameaça de direito não poderá ser afastada do
conhecimento do Poder Judiciário
Direito penal substantivo (material): Direito penal propriamente dito, é a totalidade dos
atos normativos penais em vigor. x Direito penal adjetivo (formal): Direito processual
penal. É o agrupamento das leis processuais penais em vigor
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
Direito penal comum: Justiça comum- estadual e federal x Direito penal especial:
justiça especial- justiça militar (federal ou estadual) e justiça eleitoral (federal)
OBS: justiça do trabalho é especial, mas não é penal
Direito penal geral: Se aplica como regra em todo o território brasileiro (Competência
para legislar é exclusiva a União) x Direito penal local: Algumas partes do território (lei
complementar, excepcional, que autoriza aos Estados legislar sobre matérias de
competência privativa da União)
Direito penal fundamental (nuclear ou primário) : Se encontra contido no código penal
e Direito penal complementar (ou secundário): Se encontra na legislação penal
extravagante (ex.: Lei 9.455/97 – crimes detortura).
Direito penal subterrâneo: É aquele exercido por parte de agência do Estado de
controle social a margem do legislador, da legalidade (PM; tortura; assassinato) e Direito
penal paralelo: Que não é realizado por agencias do Estado (Ex: federação esportiva;
autoridades assistenciais; medicos que determinam internação em manicomios)
Direito penal do fato, do autor e Direito penal do fato que considera o autor
. Do autor: Se baseia nas características pessoais do agente (Ex: lombroso; criminaliza
pessoas negras). Dessa forma, os antecedentes não se ligam ao crime nem dele
decorrem, sendo observado que qualquer valoração desses eventos da vida do infrator
em seu desfavor implica violação do princípio da culpabilidade do fato. Afronta o
princípio da lesividade
. Do fato: O indivíduo responde pelo que ele fez; Não deve levar em consideração
aspectos pessoais do criminoso
. Do fato que considera o autor: Pune-se o agente pelo fato, embora considere aspectos
pessoais do autor, tais como antecedentes, conduta social e personalidade. Consagrado
pelo art 59 do CP.
Para caracterizar o crime, o sistema penal brasileiro, adotou o direito penal do
fato. Contudo, no que se refere à fixação da pena, regime de cumprimento da
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
pena, espécie de sanção, entre outros, o ordenamento jurídico pátrio adotou o
direito penal do autor ex: Indivíduos inimputáveis
Direito penal da culpabilidade: A medida da pena deve está atrelada à reprovabilidade
da conduta. Para ter um crime é necessário:
● C= FT (fato típico) + A (antijuridicidade) + C (culpabilidade- juízo de reprovação
incidente sobre o fato típico e antijurídico)
- Para caracterizar a culpabilidade, é necessário:
1. Imputabilidade: Se aplica a pessoas imputáveis: Pessoas com idade superior a 18
anos, mentalmente sãs
OBS: Para os Inimputáveis que cometeram um fato típico, se aplicam uma medida de
segurança, pois são considerados perigosos (Direito penal de periculosidade)
2. Consciência da ilicitude: Representando a possibilidade que tem o agente
imputável de compreender a reprovabilidade da sua conduta.
3. Exigibilidade da conduta diversa (ex: do gerente do banco com bomba no peito)
Por outro lado, o Direito penal da periculosidade está ligada a uma ideia determinista,
não teríamos livre arbítrio para escolher entre o lícito e o ilícito. A medida da pena deve
ser atrelada a periculosidade do agente
No Brasil, é adotado a ideia de culpabilidade para fundamentar a pena e a
periculosidade para fundamentar a medida de segurança, aplicável aos
inimputáveis por doença mental.
Funções do direito penal
1. Função de proteger bens jurídicos: Tentativa de limitar o poder punitivo.
Importante ressaltar que nem todo bem jurídico merece tutela penal (apenas
aqueles que garantes convivência pacífica em sociedade).Existem duas teorias
1.1 Teoria constitucional ampla: Defende que a Constituição deve ser adotada
como parâmetro, mas de forma genérica, através de uma interpretação.
1.2 Teoria constitucional restrita: Afirma que os bens jurídicos penais a serem
protegidos, tem que estar diretamente reconhecidos pela constituição (casa bem
inviolável - bem jurídico penal)
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
. Claus Roxin: critério a ser utilizado para seleção de bens jurídicos na
constituição é: bem jurídico que seja necessário a existência e desenvolvimento
da sociedade
2. Função de confirmação de reconhecimento normativo
. Defendida pelo alemão Gunther Jakobs: O direito penal não tem a função de
proteção de bem jurídico, pois quando ele interfe, o bem jurídico já foi violado e
sim, da proteção da norma penal pela sua validade, reconhecimento (importante
que a conduta seja reprimida, para que a sociedade volte a acreditar na norma
-segurança jurídica)
3. Função ético social
. O Estado deve realizar o uso da violência de forma moderada,limitada e
proporcional, funcionando como uma reserva ética.
. Cabe ao direito penal, de forma preventiva (Criam normas, dão publicidade a
tais normais; ) ou repressiva (punição do indivíduo) educar os cidadãos no
sentido de respeitarem os bens jurídicos penais:
4. Função de controle social
. Existem duas formas de controle: A parte do mundo jurídico e fora (penal,
civil,...) sendo o direito penal a forma mais violenta
5. Função de garantia
. Limita o poder punitivo do Estado; um exemplo é o princípio da legalidade: Não
existe crime sem uma lei anterior que o defina, nem uma pena sem prévia
previsão legal; princípio da pessoalidade da pena: ninguém pode cumprir pena no
lugar de ninguém. Os pais não podem cumprir pena no lugar dos filhos e sim,
assumir responsabilidade cível
6. . Função simbólica do direito penal
. Significa que o ordenamento jurídico tem reflexo na consciência dos indivíduos;
confere legitimidade e credibilidade para a intervenção punitiva
. Deve-se ter cuidado, sob pena de se legitimar um "direito penal de emergência"
que deturpa as reais funções do Direito penal
7. Função promocional
. Deve funcionar como instrumento de promoção de mudanças sociais
relevantes.
. Ao Direito penal não deve ser destinada a incumbência da manutenção dos
valores da sociedade em que exsurge. Ao invés, a esse, resguarda-se o papel de
promover transformações sociais, longe de constituir qualquer obstáculo ao
progresso.
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
8. Função de redução de violência
. Na medida em que impede o regresso à segurança privada; reduzir a violência
estatal (princípio da legalidade, o Estado está limitado pela lei) e social.
Parte 3
Bem jurídico penal, objeto da conduta e mandatos de criminalização
● Bem jurídico penal
É um valor social material, ou imaterial pertencente ao contexto social, de
titularidade individual ou metaindividual reputado como essencial à coexistência
e desenvolvimento da sociedade e por isso, protegido pelo direito penal
Podem ser atacados por meio da: lesão ou expondo ao perigo
● Objeto da conduta:
Deve ser referido por meio de uma perspectiva naturalista ou seja, o objeto é
percebido sensorialmente
Mandados de criminalização
São pareceres presentes na constituição federal, de forma explícita ou implícita, que o
obrigam a criminalização de certas condutas, em razão de sua relevância, através da
atuação do legislador ordinário federal
1. Crime de racismo:
● Art 5, inciso XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
● Lei 7.716/89� “Art. 2º-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em
razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5
(cinco) anos, e multa.
● Foi modificada pela lei 1.532/23; injúria racial deixou de existir no código penal,
pois se caracteriza como crime de racismo
2. Crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia
● Art 5, inciso 43 (XLIII): a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça
ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
- Graça: consentida pelo presidente da república através de um decreto
presidencial; extingue somente as sanções mencionadas em tal decreto,
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
permanecendo os demais efeitos da sentença condenatória , sejam eles
penais ou civis
- Anistia: Concedida pelo Congresso Nacional. Se refere a fatos e não a
pessoa; apaga todos os efeitos penais da sentença condenatória, sejam
efeitos primários ou secundários; ex: penas (efeito primário), não constar
precedentes (efeitos secundários)
● O crime de tortura; art 121� Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,asfixia, tortura ou outro meio insidioso
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum (tortura como desdobramento de
homicidio);
● Lei 9.455/97 (tortura como crime autonomo)
● Tráfico de drogas ilícitas: Lei 6368/75 (mais leve com usuários- revogada); Lei 11.
343/2006 (usuario- crime mas despenalizado)
● Terrorismo: Lei 13.260/2016;
Parte 4
Princípios penais constitucionais
Limitam o poder do Estado e promovem segurança jurídica. Rol não taxativo. Podem ser
explícitos ou implícitos na CF
1. Princípio da legalidade
- Previsão no art 5, inciso 39 da CF : XXXIX - Não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação legal;
- Art 1 do código penal: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.
● Alcança não somente crimes, como também as cominações penais
● Extrema relevância para assegurar aos indivíduos proteção ante o poder do
Estado
2. Taxatividade
● Derivação do princípio da legalidade
● Quando o legislador for legislar a matéria penal, deve ser um texto objetivo,
preciso, para assim, não dar margem a subjetividades, ambiguidades, pois isso
gera insegurança jurídica
- Ex de insegurança jurídica:
. Art 123 do CP: (infanticidio) Matar, sob a influência do estado puerperal, o
próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
. Problemática: "Logo após o parto": homicídio qualificado ou infanticidio?
. Art 2 do CP
Lei penal no tempo (lei maléfica não pode retroagir, mas o inverso pode
acontecer)
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado
3. Intervenção mínima
● Última razão ou última instância; reconhece que o direito penal atua com
violência com o cidadão. Recomenda que seja aplicado em situações
excepcionais
Decorrem dois princípios:
● Princípio da fragmentariedade: Dirige-se ao legislador. O Direito Penal só se
ocupa de uma parte, fragmentos, bens jurídicos de maior importância.
● Princípio da subsidiariedade: Dirige-se ao aplicador do direito penal.
Recomenda-se que o direito penal só seja aplicado quando os demais ramos do
direito se mostraram insuficientes para a solução do conflito (direito
administrativo e civil)
4. Humanidade
Orienta que só sejam aplicadas e executadas as penas que se respeite a dignidade
humana
Art 5, 47� XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
5. Pessoalidade
Art 5� XLV - Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art2
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido
● Lesão a um bem jurídico penal- obrigação de reparar o dano, ação jurídica
reparatória
● Ninguém pode ser punido por fato alheio
6. Culpabilidade
● Conceito: Expressão usada na área do Direito que significa a responsabilidade
que pode ser atribuída a uma pessoa pela prática de um ato ilícito. De acordo
com o princípio da culpabilidade não existe um crime se o agente não é culpável
pelo fato, ou seja, não existe crime sem culpa.
- Elemento do crime ( Ft + A + C)
- Elemento de mediação da pena: Quanto maior a culpabilidade, maior a pena
- Afasta a responsabilidade objetiva adotando tão somente a responsabilidade
subjetiva
. Para um indivíduo ser responsabilizado por um crime ele deve ter agido por
dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva) - pessoa jurídica, portanto, não se
aplica, basta a responsabilidade objetiva
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
7. Individualidade das penas
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
Universidade Federal da Bahia
Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
● A pena deve ser individualizada nos planos legislativo, judiciário e executivo,
evitando-se a padronização da sanção penal. Para cada crime tem-se uma pena
que varia de acordo com a personalidade do agente, o meio de execução etc.
8. Non Bis in idem
● Não há repetição, ou seja, não se admite que o agente seja punido mais de uma
vez pelo mesmo fato penal.
- Ex: A matou B - Condenado, Transitou em julgado e cumpriu a pena.
Depois, 5 anos depois, A matou C e passa pelo mesmo processo, passando
a ser considerado reincidente, considerando pena agravante- Aumenta-se
a pena (exemplo típico de não respeito a tal princípio) - art 61 e 63;
alegação de inconstitucionalidade (STF manteve)
● Além disso, dada uma circunstância, não pode ser valorada mais de uma vez em
desfavor do réu
121 § 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil; (12 a 30 anos) (qualificadora)
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe; (agravante)
Mesmo conteúdo, prevalece a qualificadora pelo princípio.
9. Lesividade ou ofensividade
● Destina-se a criar um limite material ao poder punitivo estatal
● Possui 4 características, que dão origem a 4 princípios
1. Princípio da materialização ou exteriorização do fato: O direito penal
não pode punir o indivíduo apenas pelo que ele pensa
2. Princípio da alteridade ou da transcendentalidade: São excluídos do
âmbito do direito penal condutas que não atinjam terceiros (autolesão não
interessa)
3. Princípio de direito penal do fato: Não se deve incriminar indivíduos pelo
que eles são, e sim o que fizeram
4. Se deve impedir a incriminação de condutas que não afetem qualquer
bem jurídico
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Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
10. Insignificância ou bagatela
● Ainda que haja uma lesão ao bem jurídico, se for irrelevante, deve-se concluir
pela não ocorrência do crime, por afastamento da tipicidade
● O STF e STJ estabeleceu 4 requisitos de ordem objetiva para o reconhecimento
do principio da insignificancia
1. Mínima ofensividade da conduta: Crimes com violência não cabem nesse
princípio (furto cabe)
2. Ausência de periculosidade social da ação:
3. Reduzido grau de reprovabilidade da conduta
4. Inexpressividade da lesão jurídica: A lesão provocada é pequena, mínima
● Para uma pessoa que tem uma habitualidade repetitiva, o princípio não deve ser
aplicado. Em caso de reincidência, deve-se avaliar o caso concreto
● Momento de aplicação: Discussão: Delegado não pode sempre determinar esse
princípio, apenas o juiz
● Não considera crimes com violência ou grave ameaça
- Bagatela imprópria: Permite que o julgador, mesmo diante de um fato típico,
deixe de aplicar a pena em razão desta ter se tornado desnecessária, diante da
verificação de determinados requisitos.
11. Adequação social
● Mesmo que uma conduta se enquadre na descrição de um tipo penal, não serão
consideradas típicas, se forem socialmente adequadas ou aceitas;Exemplo:
carnaval
● O Direito penal tipifica condutas que tenham certa relevância social, caso o
contrário, não poderiam ser delitos
12 . Proporcionalidade
● É necessário haver proporcionalidade entre a gravidade do crime e a sanção
aplicada.
● Recepcionado pela Constituição em vários dispositivos tais como:
individualização das penas, proibição de determinadas modalidades de sanções
penais e admissão de maior rigor para infrações mais graves.
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
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Professora: Selma de Santana
e) cruéis;
Parte 5
Fontes do Direito Penal: Materiais e Formais
● Área jurídica destinada a designar as formas de manifestação do direito
Fontes materiais (substanciais ou de produção)
● Compete à União legislar sobre o direito penal
● Exclusiva do Congresso Nacional, embora não ilimitada; Limitação: Deve
estar consoante a Constituição- Princípios penais, como individualização
das penas, legalidade, proporcionalidade, cláusulas pétreas, etc
● É impossível uma medida provisória tratar de matéria penal; só quem trata
é a lei em sentido estrito- lei que passa pelo Congresso Nacional. O código
penal é um decreto lei com força de lei, pois é recepcionada pela
Constituição; Art 62 parágrafo 1, inciso 1, letra b
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
● Uma lei complementar pode permitir que os Estados tratem de assuntos
privativos da União desde que atendam a três requisitos: presente em lei
complementar; legislação sobre questões específicas e por fim, trate de temas de
interesse local.
Fontes formais ( de cognição ou de conhecimento)
● Fontes através das quais o direito penal se apresenta
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Professora: Selma de Santana
Fonte formal imediata: Lei em sentido formal e material, ou seja, ato normativo
aprovado pelo Congresso Nacional, e sancionado pelo Presidente da República,
observando-se um trâmite legislativo disposto na constituição federal. Pode ser
classificada em:
Lei em sentido amplo (estão no artigo 1 ao 120- parte geral) : Não
Incriminadora
Lei em sentido estrito (leis incriminadoras - artigo 121 ao 361�
Incriminadora
Fonte formal mediata: Não há consenso entre os estudiosos o que seria. Fábio
Roque, por exemplo, entende que para ser fonte do direito, deve-se apresentar
força obrigatória, já Cezar Bittencourt entende que a doutrina (estudos feitos em
cima da lei), por exemplo, tenha força de lei, não é obrigatória, mas é
orientadora, sendo importante escolher com muito critério o doutrinador
● São elas:
Constituição Federal:
- Não define crimes e não estabelece sanções;
- Indica os bens jurídicos formais e traz mandatos de criminalização (ordem
para que o legislador crie determinados crimes- lei ordinária
infraconstitucional);
- Prevê princípios penais constitucionais, alguns expressos outros
implícitos
Costumes:
- Hábito repetitivo (elemento objetivo) com convicção de obrigatoriedade
(elemento subjetivo)
- Costume não cria crime nem comina sanções; Não revoga lei (apenas
outra lei)
- Forma de auxiliar a interpretação da lei penal
- Espécies de costumes:
1. Contra legem: (negativo): Funciona como um desuso; há um
conduta considerada criminosa pela lei, mas não é mais respeitada,
de tal modo que muitos pensam que o crime não existe mais; ex:
adultério
2. Secundum legem (interpretativo): Utilizado para interpretar,
buscar um conteúdo, expressões presentes na lei; ex: conceito de
mulher honesta (CP 2005); dignidade
3. Praeter legem (integrativo): Se utiliza da analogia para suprir
lacunas de ordem material por uma lei não incriminadora. Ex:
Circuncisão não é crime, mesmo havendo lesão corporal
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Nome: Cecília Máximo Coutinho
Professora: Selma de Santana
Princípios gerais do direito
- São postulados que procuram fundamentar todo o ordenamento jurídico,
não tendo necessariamente uma correspondência positivada equivalente;
podem orientar a elaboração do ordenamento jurídico que consiste em
ideias como a justiça, liberdade, equidade, isonomia, etc
- Vetores de ordem moral que orientam o ordenamento como um todo
Tratados internacionais
- Tratados internacionais pelos quais o Brasil manifesta a que essência e
foram internalizados em nosso ordenamento jurídico brasileiro. Existe um
processo legislativo específico, nos termos da CF. Ex: Pacto de São José da
Costa Rica, Estatuto de Roma (caráter permanente)
Atos administrativos
- Atos emanados por unidades com poder administrativo que pode servir
por exemplo, como complemento às normas penais em branco (precisa de
um complemento para ser aplicada, como uma portaria)
Jurisprudência
- Decisões reiteradas dos tribunais sobre determinado aspecto; decisões de ordem
do colegiado (tribunais, câmaras). Não é obrigatória. No entanto, as súmulas
vinculantes, previstas no art 103 da CF são obrigatórias, assim como as decisões
proferidas em controle concentrado de constitucionalidade
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder
à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
Art 102, parágrafo 2 da cf § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito
vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Parte 6
Classificação das normas penais: Incriminadoras x Não
incriminadoras; Completa x Incompleta
Normas Incriminadoras
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● Definem os delitos e estabelecem suas sanções. Formada por dois preceitos:
Preceito primário: Legislador descreve a conduta típica.
Ex: Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém
Preceito secundário: Comina a pena em abstrato.
Ex: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
● Técnica legislativa da norma penal:Matar alguém: Norma penal incriminadora
de Comando proibitivo indireto; Diferente das normas não incriminadoras, onde
o comando é direto
● Analogia = não é permitida em relação às normas incriminadoras e em direito
penal, só é permitida analogia bonam partem, apenas nas normas não
incriminadoras. Não se aplica analogia malam partem no direito penal
Normas não incriminadoras
● São aquelas que autorizam a prática de uma conduta típica. São elas:
Normas permissivas
● Autorizam alguma conduta
Justificantes:
C= FT +A + C
Normas que excluem a ilicitude ou antijuridicidade de uma conduta típica.
Ex: um indivíduo atira e mata outro por vingança e em outro caso um indivíduo
ao tentar se defender, empurra uma pessoa e machuca outra (conduta típica mas
prevista em legítima defesa, portanto, permitida, retirando a antijuridicidade,
não sendo um crime) ; Situações que afastam a antijuridicidade do fato típico:
estrito cumprimento do dever legal, exercício regular do direito, estado de
necessidade, consentimento da vítima em relação a bem jurídico disponível
(único bem jurídico indisponível é a vida)
Exclusão de ilicitudeArt. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
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Exculpantes: Causas que excluem a culpabilidade de uma conduta típica e
antijurídica. Estão dispersas no código penal. Ex: art 26 do código penal
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Normas interpretativas
● São aquelas que se destinam a definir algum conceito, esclarecendo seus
significado, conteúdo e alcance.
Ex: Peculato e definição de funcionário público
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Funcionário público
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.
Ex 2� Violação de domicílio e definição de "casa"
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade
expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
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II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Normas complementares (de aplicação ou final)
● Delimitam a aplicação de leis penais incriminadoras. Art 5
Territorialidade
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente
ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território
nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
Brasil.
Normas integrativas ou de extensão
● Normas empregadas para garantir por exemplo, a punibilidade do partícipe do
concurso de agentes e do crime tentado
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
● O preceito primário só descreve conduta típica (princípio da legalidade), no
entanto, o partícipe deve ser punido.É nesse momento que entram as normas
integrativas. (Os dois respondem pelo roubo).
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Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um
sexto a um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível
o resultado mais grave.
Normas diretivas
● Consagra os princípios
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal
Normas completas
● Não precisam de nenhum complemento; estão prontas para serem aplicadas. Ex:
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Normas incompletas
● Dependem de algum tipo de complemento
Tipo penal aberto: Precisa para sua aplicação de uma atividade interpretativa por
parte do magistrado. Ex: (precisam ser avaliadas)
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Ex 2� art 154
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Tipo penal em branco: São normas que precisam de um complemento para
poderes ser aplicadas. Preceito primário incompleto, só pode ser incriminadora.
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Ex: art 269- nao define as doenças, precisa de uma portaria
Omissão de notificação de doença
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é
compulsória:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa
● Classificações:
Em sentido lato (imprópria ou homogênea)
Quando o complemento é dado por lei
Homovitelina: Ocorre quando o complemento da norma se encontra no mesmo
diploma legislativo. Ex: Funcionário público
Heterovitelina: Quando o complemento do preceito primário se encontra em outra lei.
Ex: art 236
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou
ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Código civil: Define o impedimento
Em sentido estrito (própria ou heterogênea)
● Aquela cujo complemento é dado por um ato diferente da lei que pode ser um
decreto, que é uma medida do poder executivo ou um ato administrativo, que é
um ato do servidor público
● Ex: lei 11. 343/2006 - lei que trata dos entorpecentes
Inversa (ao revés,às avessas ou invertida):
● Exceção; o que está incompleto não é o preceito primário e sim, secundário.
Temos um único caso que está na lei 2.889/56 art 1
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico,
racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
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c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de
ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
Será punido:
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a;
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b;
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Com as penas do art. 148, no caso da letrae;
Ao quadrado:
● Aquela norma cujo preceito primário depende de um complemento, sendo que
esse complemento depende de outro complemento. Lei 9.605/98 - lei que trata
dos crimes ambientais art 38
● Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio
avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com
infringência das normas de proteção:
● Lei ambiental: Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando
declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas
com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes
finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de
rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art121%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art129%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art270
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art125
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art6ix
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De fundo constitucional
● Se dá quando o preceito primário da norma é complementado por uma norma
constitucional.
● Ex: art 246�
Abandono intelectual
Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Constituição: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
(Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
● Norma penal em branco e outras instâncias federativas
- O complemento da norma penal em brando pode ser federal, estadual ou
municipal
● Norma penal em branco e complemento por ato normativo internacional
- É possível que o complemento da norma penal em branco seja proveniente de
atos internacionais
- Lei 12.256/2013� § 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro,
ou reciprocamente; (Hoje temos a lei 13.260/2016 que define o crime terrorista).
Parte 7
Ciências auxiliadoras do Direito Penal
Conceito:
● Ciências que oferecem conhecimentos específicos ao direito, auxiliando-o na
resolução de demandas. Tais ciências, amparam, assistem e dialogam com
diversas searas jurídicas. No que concerne ao direito penal, possibilitam melhor
compreensão acerca do fenômeno penal
● São aquelas cujo conhecimento faz-se necessário para a demonstração da
tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade de uma conduta.
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As ciências auxiliares e as áreas do conhecimento
- Medicina legal
- Criminalista ou polícia científica
- Psiquiatria forense
- Odontologia legal
- Psiquiatria forense
- Criminologia
- Vitimologia
Relação das ciências auxiliares com os ramos do direito
● Medicina legal;/ Direito administrativo; Direito civil, Direito penal; Direito legal
● Psicologia jurídica/ Direito civil, direito de família/ Direito administrativo/
Direito penal/ Direito do trabalho
● Criminalística/ Direito penal
● Criminologia e vitimologia/ Direito penal - gênese do crime; como se tornou
vítima, etc
Medicina legal
● Utilização de conhecimentos médicos na investigação de crimes
● Tipo de exame:
- Exame do corpo do delito: Corpo de delito são todos os vestígios materiais
deixados por um determinada ação delituosa e que indicam a existência de um
crime.
- Lesão do cadáver, cadavérico (infanticidio, cadaverico na gestante); aborto,
atentado ao pudor, conjunção carnal, toxicologico, entre outros
Exame de corpo de delito:
● Realizado sobre o conjunto de vestígios resultantes da infração penal, deixados
no mundo.
- Direto: realizado nos próprios vestígios materiais do fato
- Indireto: realizado através de prova testemunhal. Art 158 do CPP
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se
tratar de crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
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Psiquiatria forense
● Pesquisa os distúrbios mentais diante de problemas jurídicos, analisando os
casos de anormalidade psíquica e constatando a imputabilidade ou a
inimputabilidade;
● Art 26 e 27 do CP
 Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos
às normas estabelecidas na legislação especial. - medidas socioeducativas; penalmente
inimputáveis
● Importância dos laudos do juspsiquiatra para a aplicação de medidas de
segurança
Criminalística ou polícia científica
● Resulta da aplicação de várias ciências a investigação criminal. tem como
finalidade a pesquisa de provas periciais referentes a pegadas, manchas,
impressões digitais, projéteis, local do crime, etc.
● Servidores da Polícia Científica:
- Peritos: Profissionais de várias especialidades que realizam exames técnicos a
serviço da Justiça. Os peritos podem ser oficiais ou não oficiais
- Papiloscopistas: Atentam-se à identificação humana através impressões digitais
(papilas dérmicas), civil, criminal ou post-mortem.
(NA BAHIA: São realizados no Instituto de Identificação Pedro Mello (1930) os
serviços de identificação civil, identificação criminal, identificação
necropapiloscópica, identificação funcional e perícia papiloscópica.)
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- Fotógrafos Criminalísticos - Responsáveis pelos registros fotográficos em local
de crime e representação facial humana.
- Auxiliares de Perícias: Profissionais que, quando solicitados, exercem atividade
de apoio na cena do crime e em necropsias
Odontologia legal
● Utilização de conhecimentos odontológicos no auxílio da investigação criminal.
Exame de identificação da arcada dentária
Psicologia Forense
● Estuda os envolvidos no processo judicial. Pesquisa os motivos que levaram o
sujeito a infringir a lei, realiza exames de personalidade, entre eles o
criminológico, no intuito de "classificar" os criminosos, levando em consideração
individualização da execução.
● Importância da análise psicológica para dosimetria dapena.
Criminologia:
● Estuda as causas do crime, os diferentes aspectos da sua gênese e dinâmica.
Vitimologia:
● Pesquisa a inserção da vítima no fenômeno criminal.
● Importância na consolidação da Política Criminal de um Estado.
Parte 8
Características das leis penais
Imperativa: É imposta a todos independente de sua vontade; cumprimento
obrigatório e assim, se o indivíduo cometer um delito, deve sofrer uma sanção
(pena ou medida de segurança).
Geral: É genérica, na medida que deve ser aplicada a todos.
Essa característica é válida também para os sujeitos inimputáveis, que
submetem-se a medidas de segurança
Impessoal: Não se refere a pessoas determinadas, pois se dirige abstratamente a
fato
Exclusiva: Somente a lei penal pode definir infrações (crimes e contravenções
penais) e comina sanções (penas e medida de segurança)
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Anterioridade: Não se aplica a fatos pretéritos a não ser que seja benéfica ao réu
Parte 9
Espécies de interpretação
● Quanto ao sujeito que interpreta
1. Autêntica/ Legislativa: É a interpretação realizada pelo legislador; Ex:
Explicação de casa; peculato; explicações pelo próprio legislador
2. Jurisprudencial: A jurisprudência constitui decisões repetitivas dos tribunais;
não possui efeito obrigatório, com exceção das súmulas vinculantes.
- As súmulas vinculantes são criadas somente pelo STF, criação da emenda
constitucional 45, previstas no art 106 letra a da CF; Lei 11.417/2006�
Regula a criação de súmulas vinculantes
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder
à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
3. Doutrinária: É feita pelos doutrinadores; pessoas que se dedicam a estudar as
leis e apresentar em textos seus entendimentos; apresentam divergências; não
vincula, mas pode influenciar o pensamento.
● Quanto ao meio empregado
1. Gramatical: Menos utilizada; procura o sentido da lei através do significado
literal das palavras utilizadas pelo legislador. No entanto, apresenta duas
conclusões importantes:
- A lei não possui palavras supérfluas;, todas as palavras são importantes e
não podem ser desconsideradas
- As expressões contidas na lei possuem conotação técnica e não vulgar, ou
seja, diante de uma expressão insegura a respeito do significado, é
necessário ver seu sentido jurídico
2. Histórica: Se busca avaliar a intenção do legislador através do momento
histórico no qual o legislador estava inserido;
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3. Lógico sistemática: Quando se interpreta a lei não isoladamente, mas fazendo
relações com o sistema jurídico penal, sobretudo, a Constituição Federal
● Quanto aos resultados
1. Declarativa: Quando a interpretação expressa o sentido literal da palavra, ou
seja, o intérprete limita-se a encontrar e declarar a vontade da lei, que coincide
com as palavras contidas no texto
2. Extensiva: Entende que as palavras do texto dizem menos do que o legislador
quis dizer; por conta disso, a interpretação procura aumentar o alcance do
conteúdo das palavras; ex: o crime de peculato explica o que é funcionário
público, no entanto, esse conceito foi ampliado. Ex 2� crime de violação de
domicílio; explicação de casa em um sentido amplo.
3. Restritiva: O intérprete entende que a palavra do texto diz mais do que a
vontade do legislador; por isso, a interpretação busca restringir o significado da
lei. Ex: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. § 1º - A
pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso
noturno. A jurisprudência diz que o repouso noturno só é considerado quando é
habitada; residencial e depende do horário. Ex 2� Art 129� Ofender a integridade
corporal, ou a saúde de outrem; inciso 2� Se resulta IV) Deformidade
permanente- Foi restrito para dano estético

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