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HIV e Gestação ● Brasil: ○ 830.000 pessoas vivendo com HIV ○ 48.000 novas infecções pelo HIV ○ 12.000 novas gestantes com HIV ao ano ○ 2,5 gestante com HIV a cada 1.000 nascidos vivos ● Aconselhamento pré-concepcional: ○ diminuir carga viral ○ melhorar condições imunológicas (dieta, atividade física, desaconselhar álcool, drogas de vício e tabagismo) ○ avaliar comorbidades ○ avaliação psicossocial ○ Avaliar a fertilidade do casal: ■ explicar redução de riscos ■ explicar a importância do uso de preservativos ■ coito programado x TARV pré e pós-exposição (parceiro HIV -) se concepção natural ■ autoinseminação / FIV ou inseminação artificial ○ HIV com carga viral indetectável com mínimo de 6 meses em uso de TARV com boa adesão → PODE TRANSAR SEM CAMISINHA PARA ENGRAVIDAR (Indetectável = Intransmissível) ● IMPORTANTE: ○ Aconselhamento pré-concepcional: ■ Casais sorodiferentes ○ Pessoas vivendo com HIV com carga viral indetectável sustentada há pelo menos 6 meses e em uso de TARV não transmitem o HIV por meio de relações sexuais ■ Indetectável = Intransmissível (I = I) ● Continuação - Aconselhamento pré-concepcional: ○ Casais soroiguais: ■ orientações sobre estratégias para reduzir a TV ■ TARV para casal, esquema adequado para gestação, boa adesão ■ CV indetectável e CD4 estável > ou = 6 meses ■ sem infecções genitais ■ sem coinfecções ativas ■ sem infecções oportunistas ativas ● IMPORTANTE: ○ Diagnóstico: ■ Triagem sorológica: ● 1ª consulta pré-natal (1º trimestre) ● início 3º trimestre ● maternidade (parto) ● história de risco / violência ● teste rápido ● teste laboratorial (se resultado até 14 dias) ● Fatores de risco para transmissão vertical: ○ Recém-nascido: ■ prematuridade e baixo peso ■ aleitamento materno ○ Maternos: ■ carga viral ■ terapia antirretroviral combinada (TARV) ■ infecções associadas: hepatites C e B, sífilis, CMV, TB, toxoplasmose, herpes genital e HPV. ■ uso de drogas de vício / sexo desprotegido ○ Obstétricos: ■ 3º trimestre de gestação ■ procedimentos invasivos ■ via de parto ■ rotura das membranas (> 4 horas) ■ trabalho de parto prolongado ■ manobras no parto (amniotomia, episiotomia, uso do fórcipe) ● Pré-natal, parto e amamentação: ○ Risco de TV: ■ 30 - 45% ■ Se acompanhamento e condutas adequadas: menos de 2% TV ■ Se em uso de TARV e: ● CV < 1.000 cópias: menor que 1% ● indetectável - quase desprezível ● Cuidados pré-natais: ○ equipe multiprofissional ○ anamnese e EF detalhados na primeira consulta ○ perfil pré-natal geral e sorologias ○ Carga viral do HIV durante a gestação - devemos pedir na: ■ primeira consulta do pré-natal ■ quatro semanas após a introdução ou mudança da TARV ■ a partir da 34ª semana, para indicação da via de parto ● Exames pré-natais: ○ Avaliação laboratorial: ■ hematológica - hemograma, plaquetas (mensal / bimestral / trimestral) ■ ABO + Rh → se Rh -, coombs indireto ■ renal ■ hepática ■ perfil metabólico (glicemia e lipídios) ■ TOTG 75g ■ swab para pesquisa de streptococcus do grupo B ■ urina e urocultura ■ Sorologias: sífilis, rubéola, toxoplasmose, CMV, hepatites A, B e C, herpes, HLTV, chagas (se grupo de risco). ○ Colpocitologia oncológica: ■ colposcopia ● citologia vaginal alterada ● lesão suspeita no trato genital inferior ● lesões resultantes de HPV ○ Rastreamento para tuberculose: ■ teste tuberculínico de Mantoux - PPD ■ diagnóstico e tratamento de ISTS e de infecções vaginais ■ prevenção TPP / RPMO ■ fundoscopia: CD4 < 50 ○ USG: ■ 1º trimestre morfológico ■ 2º trimestre morfológico ■ 3º trimestre ■ cardiotocografia e Doppler > 30 semanas ■ ecocardiografia fetal ○ Genotipagem obrigatório antes do 1º tratamento: ■ carga viral e contagem de linfócitos T - CD4: ● estágio da doença ● tratamento / alterações de TARV ● profilaxia da transmissão vertical e oportunistas. ● IMPORTANTE: ○ Cuidados pré-natais: ■ Carga viral e contagem de linfócitos T - CD4: ● Continuação - Cuidados pré-natais: ○ evitar procedimentos invasivos ○ ênfase no uso constante do preservativo ○ desaconselhados tabagismo e drogas ilícitas ○ suplementação de ferro e ácido fólico ○ Vacinas recomendadas: ■ haemophilus tipo B, dT/dTPa, hepatite A e B, pneumocócica, meningocócica, influenza/H1N1, febre amarela. ■ adiar se sintomática / imunodeficiência grave (CD4 < 200) ■ evitar no final da gestação (pode aumentar CV - 4 semanas antes do parto) ■ imunoglobulinas profilaxia ○ Profilaxia - Infecções oportunistas: ● Terapia antirretroviral (TARV): ● UP DATE: ○ TARV: ● Terapia antirretroviral (menos de 12 semanas de idade gestacional): ○ Com genotipagem e ausência de mutações contra is ITRNN ● Terapia antirretroviral (acima de 13 semanas de idade gestacional): ● Síndrome inflamatória da reconstituição imune: ○ Quadro clínico do caráter inflamatório exacerbado: ■ relacionada ao início da TARV e à recuperação do sistema imunológico da pessoa em queda de carga viral do HIV ■ piora da condição clínica do paciente após início da TARV, atribuída à recuperação da resposta imune a patógenos viáveis ou inviáveis. ● IMPORTANTE: ○ Como escolher a via de parto? Se diagnóstico no 3º trimestre → cesárea direto com 38ª semanas empelicado, com AZT EV por pelo menos 3 horas antes do parto e manter o TARV VO . ● Profilaxia da transmissão vertical: ● Condições especiais: ● Parto vaginal: ○ não realizar procedimento invasivos ○ iniciar AZT (se indicado) assim que chegar ao hospital ○ preferir condução do trabalho de parto à indução (se membranas íntegras) - pode-se usar ocitocina ○ evitar amniotomia e bolsa rota > ou = 4 horas ○ evitar toques repetidos e conduzir o TP (partograma) ○ evitar episiotomia e partro instrumentado ○ clampear imediatamente o cordão (sem ordenha) ○ limpar delicadamente as vias aéreas do RN ● Puerpério: ○ inibição da lactação: ■ cabergolina - 2 cp (0,5 mg), dose única ■ enfaixamento ○ reforçar adesão TARV ○ não isolar a paciente e o RN ○ anticoncepção ○ agendar retorno precoce ○ apoio emocional e psicológico ○ encaminhar para infectologistas: seguimento / alteração TARV
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