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2 PARASITOSES DE CÃES E GATOS

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FACULDADE DE 
MEDICINA VETERINÁRIA
PROF. DR. GUILHERME COLLARES
PARASITOSES DE CÃES 
E GATOS
HELMINTOSES
PATOGENIA
• Espoliação do hospedeiro
• Abrem portas de entrada – infecções secundárias
• Obstrução
• Vermes intestinais
• Filárias - ductos e gânglios linfáticos, levando a acúmulo de linfa e edema dos tecidos.
Dirofilaria – artéria pulmonar.
• Compressão de órgãos – cisto hidático no fígado, cisticerco cerebral
PATOGENIA
• Diarréia – perda de líquidos, menor absorção de nutrientes
• Anemia
• Grau de severidade depende de:
• Carga infestante e tipo de parasita
• Idade do hospedeiro
• Estado imune do hospedeiro
• Susceptibilidade genética do hospedeiro
• Localização do parasita
DANOS
• Debilitação dos animais
• Maior suscetibilidade a doenças
• Retardo do crescimento
• Prejuízos indiretos – vermifugações, manejo mais complexo
• ZOONOSES – Animais de companhia
CESTÓDEOS
ESPÉCIE HD SÍTIO TAMANHO HI SÍTIO
FORMA 
LARVAL
Dipylidium
caninum
Canídeos 
Felídeos
ID Até 50 cm
Pulgas (C. felis, C. 
canis, P. irritans) e 
piolhos (T. canis)
Cavidade 
geral
Cysticercoide
Multiceps
multiceps
Canídeos ID 0,4 – 1 m
Bovino, ovino, 
caprino, suíno, 
homem (raro)
Encéfalo
Coenurus
cerebralis
Taenia
hydatigena
Canídeos ID Até 5 m
Ovinos, bovinos e 
suínos
Fígado, 
peritônio,
pleura, 
pericárdio
Cysticercus
tenuicollis
Echinococcus
granulosus
Canídeos 
Felídeos
ID Até 6 mm
Ovinos, bovinos, 
caprinos, suínos, 
cervídeos, 
primatas e coelhos
Pulmões, 
fígado, 
peritônio
Cisto Hidático 
ou Hidátide
Taenia ovis Canídeos ID Até 2 m Ovinos Músculos
Cysticercus
ovis
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS
■ Pequeno número de cestódeos não causa alteração nos HD – geralmente assintomático
■ Infecções por muitos cestódeos causa inflamação da mucosa intestinal e até obstrução, 
diarréia, cólica, alteração do apetite e emagrecimento exagerado
■ Podem ocorrer manifestações nervosas, com ataques epileptiformes e rábicos e também a 
coceira no ânus pode determinar o “andar sentado” ou arrastando-se
CONTROLE
■ Canídeos silvestres – controle pouco viável
■ Cães
– Tratamento preventivo periódico (3 – 3 meses)
– Impedir acesso às vísceras (abatedouro cercado)
– Destruição das vísceras parasitadas
■ Humanos - educação sanitária e medidas de higiene
COMPLEXO HIDATIDOSE
■ Até os anos 90, o estado do RS possuía a mais alta taxa de prevalência dessa enfermidade 
no país e uma das mais altas do mundo
■ Com o declínio do rebanho ovino a partir dos anos 90 e das sucessivas campanhas de 
saúde pública, os índices decresceram
■ Poucos trabalhos tem descrito sobre a hidatidose humana no RS:
– BENETTI (1983) realizou levantamento sorológico em nossa região, encontrando alta 
prevalência em humanos;
– LEOVEGILDO (1984), apresentou dados conforme Tabela 1:
– Projeto “Borba Gato” – Tabela 2:
Hidatidose Hoje
■ Com o declínio do rebanho ovino, a partir da década de 90 e com as deficientes políticas 
públicas de saúde
– Hidatidose – “doença esquecida”
■ Aumento do rebanho ovino a partir de 2000
– Incremento das raças de carne
– Aquecimento do mercado da carne ovina
Atualidade da Hidatidose
■ Trabalho realizado no município de Bagé
– Compilação de dados dos hospitais da cidade
– Cirurgias realizadas de 1986 a 2011
■ 219 cirurgias de extirpação de cistos hidáticos
■ 90,05% fígado – 9,50% pulmão – 0,5% ósseo
■ Frequência dos casos – Tabela 3
Tabela 3
Ano Nº cirurgias %
1986 - 1989 77 35,16
1990 - 1999 54 24,66
2000 - 2011 88 40,18
TOTAL 219 100
Cirurgias de extirpação de Cisto Hidático realizadas nos hospitais de Bagé, 
RS, no período de 1986 a 2011.
1986 - 1989 1990 - 1999 2000 - 2011
Casos 77 54 88
0
20
40
60
80
100
Casos
Conclusões
■ Aumento gradativo no número de casos
■ Necessidade de implementação de políticas públicas de prevenção e controle
■ Retomada do extensionismo
– Controle da verminose canina e felina
– Abatedouros sanitários
– Medidas de higiene
– Provas sorológicas de triagem diagnóstica da população exposta
NEMATÓDEOS
NEMATÓDEOS
■ Nematoda – (do Grego: nema = fio) – são os vermes redondos
■ Classificações existentes (não há consenso):
– Filo Aschelminthes, classe Nematoda
– Filo Nematoda
■ São possivelmente os mais importantes metazoários associados com o parasitismo 
humano e animal
ASCARÍDEOS
■ Vermes grandes e encorpados, com 3 lábios 
proeminentes e asas cervicais
■ Adultos parasitam o intestino delgado de 
vertebrados
■ Em animais jovens, normalmente ocorre 
migração hepato-traqueal, com PPP de cerca de 
2 – 2,5 meses
■ Em animais adultos, pode haver ciclo somático, 
com encistamento de larvas
ESPÉCIES
■ Toxocara canis – cães e gatos
■ Toxocara cati – gatos
■ Toxascaris leonina – cães e gatos
SINAIS CLÍNICOS
■ Desconforto abdominal intenso, especialmente em filhotes
■ Filhotes choram e gritam de modo contínuo
■ Vermes imaturos podem aparecer em fezes e vômitos
■ Obstrução ou ruptura intestinal pode levar à morte
■ Pode haver obstrução intestinal quando da morte dos vermes por tratamento 
antihelmíntico
■ Falha no desenvolvimento do animal – tamanho menor, pelagem opaca, abdome 
distendido
CONTROLE
■ Os ovos podem permanecer infectantes por anos no ambiente
■ Animais de canis devem ficar em pisos de concreto higienizados regularmente 
■ Cadelas transmitem a doença, durante a prenhêz, para os fetos ou mesmo na 
amamentação
■ Medicação anti-helmíntica específica periódica (mesmo em adultos)
ANCYLOSTOMA
■ Ancylostoma braziliense
■ Ancylostoma caninum
CARACTERÍSTICAS
■ São parasitas hematófagos
■ Adultos, machos e fêmeas, habitam o intestino delgado, a nível, principalmente de 
duodeno
■ Em áreas endêmicas, a doença é mais comum em cães e gatos com menos de 1 ano de 
idade
■ A epidemiologia está associada sobretudo à infecção transmamária em filhotes lactentes e 
percutânea ou oral através do ambiente
■ Cães adultos de áreas endêmicas, desenvolvem resistência etária gradual, tornando 
menos provável a doença clínica
SINAIS CLÍNICOS
■ Em infecções agudas ocorre anemia, apatia e pode ocorrer dispneia
■ Em filhotes, a anemia é geralmente grave e acompanhada de diarréia mucosa ou 
sanguinolenta
■ A sintomatologia respiratória é oriunda da migração larval pelos pulmões e dos efeitos 
anóxicos da anemia
■ Em infecções crônicas, os animais ficam abaixo do peso, com perda de apetite e com 
pelagem feia e escassa. Podem ocorrer sinais de dificuldade respiratória, lesões cutâneas 
e claudicação
CONTROLE
■ Higiene regular dos animais e das instalações
■ Pisos de canis não devem conter frestas, devem estar sempre secos e as camas 
descartadas diariamente
■ As áreas livres devem ser de cimento ou concreto e mantidas limpas e secas
■ As fezes devem ser removidas diariamente e aplicar no local, jatos de água com 
desinfetantes que matem larvas
■ Terapia anti-helmíntica de 3 – 3 meses
■ Os filhotes devem ser tratados a partir das 2 semanas de vida com anti-helmínticos 
apropriados para filhotes
TRICHURIS
■ Conhecidos como vermes “chicote” (extremidade posterior mais grossa que se afila 
abruptamente e a anterior tipicamente fina)
■ Ciclo direto
■ Ovos muito resistentes ao ambiente, podem sobreviver por anos no solo
■ Não fazem migração visceral
■ Todas as espécies são parasitas do ceco e tem distribuição mundial
PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS
■ Infecções geralmente são leves e assintomáticas
■ Grandes quantidades: inflamação da mucosa cecal devido à localização subepitelial do 
parasita e do movimento contínuo da extremidade anterior do parasita em busca de 
sangue e líquido.
■ Destruição da parede intestinal – nódulos, hemorragias, inflamação
■ Efeitos nos Cães – dores abdominais, diarréia ou constipação, vômitos, anemia, eosinofilia
DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS PARASITÁRIAS DE CÃES E GATOS
CESTÓDEOS
■ Sinais clínicos
 Presença das proglotes nas fezes dos cães
 Aplicação nos cães de Bromidrato de Arecolinaa 1,5%, na dose 
1ml/kg PV, VO – parassimpaticomimético – provoca a expulsão 
dos parasitas pelo aumento da motilidade intestinal
■ Sedimentação Fecal
– MÉTODO DE DÊNIS STONE E SWANSON – utiliza-se esta técnica para pesquisa de 
ovos de trematódeos, cestódeos e acantocéfalos.
■ Pesquisa das cápsulas ovígeras de Dipylidium caninum
NEMATÓDEOS
■ Sinais clínicos
■ Métodos qualitativos de flutuação fecal
– WILLIS MOLLEY ou Flutuação Simples
■ Pesquisa dos ovos de cada espécie
Cápsula ovígera de D. caninum
Ovo de T. vulpis Ovo de Ancylostoma spp.
Ovo de Toxocara canis
TRATAMENTO DAS DOENÇAS HELMÍNTICAS DOS CÃES E GATOS
FARMACOS ANTI-HELMÍNTICOS
■ BENZIMIDAZÓIS
– Mebendazol, febantel, fembendazol, oxfendazol – largo espectro
■ TETRAIDROPIRIMIDINAS
– Pamoato de Pirantel – largo espectro
■ AVERMECTINAS
– Ivermectina, moxidectina, doramectina - nematodicida
FARMACOS ANTI-HELMÍNTICOS
■ ANTI-HELMÍNTICOS VARIADOS
– Praziquantel
■ Apresenta alta eficácia contra os parasitas cestódeos a uma taxa de dosagem 
relativamente baixa, mas nenhum efeito contra nematódeos
– Piperazina
■ O espectro de atividade da piperazina ocorre consideravelmente contra os parasitas 
ascarídeos em todas as espécies. Ocorre uma atividade variável contra os ancilóstomos e 
os estrôngilos, e pouco efeito contra Trichuris ou os vermes chatos. 
■ A margem de segurança é larga.
ASSOCIAÇÕES ANTI-HELMÍNTICAS
■ Nematódeos + Cestódeos
– Praziquantel...................................................... 50 mg
– Pamoato de Pirantel ..................................... 144 mg
– Febantel .............................................................. 150 mg
– Veículo q.s.p. ...................................................... 660 mg
– Dose – 1 comp. VO para cada 10 kg PV
– Dosificar todos os animais do mesmo local, de 3 em 3 meses
ESQUEMAS PARA FILHOTES
■ Utilização de formulações específicas:
– Aplicação a partir de 2 semanas de idade, de 2 em 2 semanas, até 2 meses;
– Vermifugação da mãe antes da concepção e depois do desmame dos filhotes
PARASITOSES DE CÃES 
E GATOS
ECTOPARASITOSES
SARNA SARCÓPTICA
Morfologia
■ Pernas curtas e grossas
■ Abertura genital forma uma fenda estreita e comprida paralela às estriações do corpo
■ Estriações dorsais quebradas por grande escamas pontiagudas 
■ Setas dorsais fortes parecendo espinhos
■ Ânus terminal
■ Hospedeiros - mamíferos
Ciclo Biológico
Sinais Clínicos
■ Os parasitas não mordem e sugam sangue. Alimentam-se de fluidos intercelulares
■ As escavações provocam reações inflamatórias, prurido, espessamento da pele, alopecia, 
aumento da descamação e formação de crostas
■ O prurido intenso pode levar a escoriações, hemorragias e infecções secundárias
Tratamento e Controle
■ Banhos de Amitraz com o seguinte protocolo:
– 1 banho por semana, por no mínimo 4 semanas;
– Utiliza-se a diluição de 0,05%
■ Podem ser utilizadas as ivermectinas e milbemicinas (dose sem recomendação terapêutica oficial):
– Ivermectinas e Doramectina – 200 - 400 µg/kg SC, 1x/sem, em 3 a 4 aplicações;
– Milbemicinas – 200 – 250 µg/kg (0,2 - 0,25 mg/kg) SC, 1x/sem, em 3 a 4 aplicações;
■ Atualmente são utilizadas as ISOXAZOLINAS (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
– Normalmente é necessária apenas 1 dose;
■ Cuidado com a introdução de animais - quarentena e tratamento acaricida
■ Ficar atento em relação aos animais que retornam de feiras e exposições agropecuárias
■ Separar os animais infestados
■ Por ser altamente contagiosa, deve-se tratar todos os animais
SARNA OTODÉCICA
Características
■ Causada pelo Otodectes cynotes
■ Pernas longas e não grossas
■ Abertura genital transversa
■ Quarto par de pernas muito curtas
■ Infestam as orelhas de cães e gatos
Tratamento
■ São utilizadas aplicações tópicas para esse tipo de enfermidade:
– Natalene® - diazinon + primaricina + neomicina + dexametasona;
– Sempre proceder à limpeza do conduto auditivo externo com álcool boricado antes do 
tratamento;
■ Podem ser utilizadas as imidinas e as avermectinas (mesma dose para sarnas sarcópticas)
– Solução para uso tópico de 1ml de ivermectina ou doramectina (injetável) em 19 ml 
de óleo mineral.
■ Atualmente são utilizadas as ISOXAZOLINAS (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
– Normalmente é necessária apenas 1 dose;
SARNA DEMODÉCICA
Características
■ São ectoparasitas dos folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas e 
secundariamente dos nódulos linfáticos e sistema circulatório dos mamíferos
■ Geralmente não causam doença clínica
■ Em cães podem produzir a sarna demodécica ou “sarna negra”
■ A transmissão mais importante é da fêmea para os filhotes
■ Quando atingem os gânglios linfáticos, pode ocorre hipertrofia ganglionar e a infestação se 
torna irreversível
■ Através da corrente linfática, podem chegar à corrente sangüínea e atingir vários órgãos, 
tais como fígado, rins, pulmões e intestino delgado
Formas clínicas
– Forma localizada (escamosa): ocorre em pequenas áreas, atinge toda a cabeça do 
animal, os membros anteriores e o resto do corpo. Prurido leve ou inexistente. 
Geralmente é benigna e o animal recupera-se espontaneamente. Sua recorrência é 
rara. Geralmente é juvenil.
– Forma generalizada (pustular): Ocorre em áreas mais generalizadas, o prurido é 
intenso, há eritema e alopecia. Lesões observadas ao redor do focinho, olhos, 
membros anteriores, podendo se espalhar por todo o corpo do animal. Comumente 
observada em animais adultos. Presença dos ácaros, dilatação dos canais foliculares 
e pilosos, transporte de bactérias para a profundidade dos poros, aparecimento de 
pústulas (geralmente associadas à Staphylococcus aureus).
Demodicose localizada
Demodicose generalizada
Tratamento
■ Banhos de Amitraz com o seguinte protocolo:
– 1 banho por semana, por no mínimo 4 semanas;
– Utiliza-se a diluição de 0,05%
■ Podem ser utilizadas as ivermectinas e milbemicinas (dose sem recomendação terapêutica 
oficial):
– Ivermectina e Doramectina – 300 - 600 µg/kg, VO, 24h, 3 a 6 semanas; ou 400 
µg/kg SC, 1x/semana, 4 – 8 semanas;
– Milbemicinas
■ Na demodicose juvenil - 11,5 mg / 22,7 kg, VO, 1x/dia, até 30 dias após raspado negativo 
para demodicose;
■ Na demodicose adulta generalizada crônica – 0,58 – 3,8 mg/kg, VO, 24h, até 30 dias após 
raspado negativo para demodicose.
■ Atualmente são utilizadas as ISOXAZOLINAS (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
– Normalmente são necessárias 2 doses, com intervalo de 20 – 30 dias;
Diagnóstico das Sarnas
■ Sinais clínicos
■ Raspado profundo de pele:
– Feito com lâmina de bisturi, nas áreas afetadas, até que ocorra sangramento
– Deve-se acrescentar à lâmina 1 – 2 gotas de potassa (KOH a 10%) para digerir as crostas
– Observação ao microscópio.
– Exame microscópico a fresco do pus das lesões entre lâmina e lamínula
■ Em situações especiais, biópsias de pele podem confirmar o diagnóstico
■ Com resultado negativo não se deve descartar sarna demodécica, mas sim, repetir o exame 
após alguns dias
PIOLHOS
Características
■ São insetos espécie-específicos
■ Não sobrevivem mais do que alguns dias no ambiente longe do hospedeiro 
■ São transmitidos por contato direto com animais infestados, bem como com objetos tais 
como escovas, pentes, cama, travesseiros, etc.
■ Ocorrem dois tipos em cães e gatos:
– Anoplura – sugador
– Malófaga – mastigador
Trichodectes canis
Linognathus setosus
Sinais clínicos
■ Os sugadores (Anoplura), que se alimentam de sangue e podem causar anemia e fraqueza 
em infestações maciças;
■ Os mastigadores (Malophaga), que se alimentam de restos celulares da pele e do pelame, 
podem ainda transmitir Dipylidium caninum.
■ Ambos os tipos podem causar uma dermatite alérgica caracterizada por prurido intenso 
(coceira), com conseqüente perda da pelagem e escoriações cutâneas. 
■ O animal apresenta um odor característico “de rato” e, frequentemente, encontra-se 
irritadiçoe nervoso pelo incômodo que sente. 
■ Há, contudo, casos assintomáticos em que os animais apresentam apenas uma seborreia 
seca levemente pruriginosa.
Diagnóstico e Tratamento
■ Feito mediante um exame físico detalhado, bem como o exame microscópico do material 
obtido do pelame.
■ No tratamento, devem ser incluídos todos os cães da propriedade bem como os 
contactantes, e deve-se eliminar ou tratar os travesseiros, cobertores, toalhas, pentes e 
escovas, simultaneamente. 
■ Podem ser usados inseticidas tópicos, na forma de xampus ou “spot on” (deltametrina, 
permetrina, carbamatos, fipronil, imidacloprid, dentre outros), bem como sistêmicos 
(ivermectinas).
■ Atualmente são utilizadas as ISOXAZOLINAS (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
– Normalmente é necessária apenas 1 dose;
CARRAPATOS DE CÃES E GATOS
Carrapatos Nativos
■ O gênero Amblyomma compreende os carrapatos nativos que parasitam os cães 
acidentalmente, pois seus hospedeiros naturais são animais silvestres. Portanto eles são 
encontrados em cães que vivem ou freqüentam áreas de mata ou áreas rurais e suburbanas. 
■ Nos terrenos baldios e parques de ambientes urbanos é possível encontrar algumas espécies 
parasitando cães, como por exemplo a fase adulta do Amblyomma aureolatum, que é 
encontrada parasitando cães no campus da USP na cidade de São Paulo e Amblyomma
cajennense em áreas com vegetação frequentadas por cavalos . 
■ No meio rural o carrapato Amblyomma cajennense é um dos principais parasitas externos 
(ectoparasitas) de cavalos e todos estágios (larva, ninfa e adulto) são encontradas em cães que 
vivem neste tipo de ambiente.
■ Em relação à saúde-pública, esta espécie é o principal parasita de humanos no Sudeste e 
Centro-Oeste brasileiro e o principal vetor da Febre Maculosa, doença severa, altamente letal, 
causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, já registrada nos Estados de São Paulo, Minas 
Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os cães também podem ser acometidos por essa 
bactéria. Outras espécies foram encontradas parasitando cães como Amblyomma ovale, 
Amblyomma brasiliense e Amblyomma tigrinum.
Carrapatos Exóticos
■ O carrapato Rhipicephalus sanguineus é a única espécie do gênero que conseguiu se 
estabelecer nas Américas e são parasitas primários de cães. Eles são carrapatos com 
origem na região Afrotropical e vieram junto com os animais domésticos na época da 
colonização.
■ Atualmente são encontrados em todas as regiões zoogeográficas do mundo, sendo 
vetores naturais das doenças Babesiose canina e Erliquiose canina, causadas 
respectivamente pelo protozoário Babesia canis e a riquétsia Ehrlichia canis.
■ Uma das principais características dessa espécie é o hábito de permanecer 
constantemente nos abrigos como ninhos, tocas e buracos freqüentados pelos canídeos. 
■ No ambiente urbano esses carrapatos conseguiram se adaptar perfeitamente, utilizando-
se de frestas de muros, canis, casinhas e buracos em paredes para abrigar as fases 
não-parasitárias. No ambiente rural podem ser encontrados geralmente próximos ao 
local que serve de dormitório para o cão.
■ O controle dessa espécie compreende a aplicação de produto carrapaticida no animal e a 
aplicação de produtos domissaniantes no ambiente onde o cachorro é abrigado. A não 
utilização de medidas profiláticas e curativas em ambientes infestados com R. 
sanguineus pode propiciar, além das doenças anteriormente descritas, sérios problemas 
no animal, como anemia, irritação local, dermatite e coceira.
http://www.dogtimes.com.br/babesiose.htm
http://www.dogtimes.com.br/ehrlichiose.htm
Controle do meio
■ A casa infestado e / ou canil deve ser cuidadosamente limpo, a fim de eliminar tantos 
carrapatos quanto possível. Aspiração é muito útil.
■ Canis, casas de cachorro, e estruturas ocupadas por animais de estimação devem ser 
cuidadosamente tratados para controlar carrapatos que caíram fora do cão e que residem 
em áreas abrigo.
■ Pulverizações de inseticidas residuais devem ser aplicados com cuidado para abranger 
todas as áreas habitats potenciais dos carrapato.
■ Os carrapatos gostam de residir nas porções superiores das estruturas em fendas e 
rachaduras
■ São recomendados para o meio inseticidas de ação residual como os piretróides
Controle nos cães
■ Os cães devem ser tratados com produtos carrapaticidas (acaricidas)
– Piretróides
– Formamidinas (amitraz)
– Avermectinas
– Fipronil
■ Atualmente são utilizadas as ISOXAZOLINAS (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
– Normalmente é necessária apenas 1 dose;
PULGAS DE CÃES E GATOS
Características
■ São insetos sem asas e com o corpo achatado lateralmente
■ Medem cerca de 1,5 a 4 mm
■ Ectoparasitas, hematófagos, holometábolos (metamorfose completa)
■ Não têm olhos compostos, mas podem ter olhos simples
■ O nono segmento abdominal apresenta uma placa dorsal chamada sensilium – função sensorial e 
alinhamento das genitálias
■ Pernas longas adaptadas para pular
■ Presença de cerdas projetadas para trás
■ Antenas curtas
Transmissão de doenças
■ Peste bubônica (Yersinia pestis) – Xenopsylla cheopis
■ Tifo exantemático murino (Rickettsia) – fezes da pulga do rato
■ Tularemia (Francisella tularensis) – transmissão mecânica 
■ Mixomatose dos coelhos – vírus é transmitido pelas peças bucais contaminadas
■ Ctenocephalides felis, C. canis e Pulex irritans são hospedeiros intermediários do cestódeo
Dipylidium caninum
■ C. canis e C. felis são hospedeiros intermediários dos filarídeos Dipetalonema reconditum
e Dirofilaria immitis
Ctenocephalides felis
■ Conhecida como “pulga do gato”
■ Apresenta 4 subespécies parasitas de carnívoros:
– C. felis felis (cosmopolita)
– C. felis strongylus (África)
– C. felis damarensis (África)
– C. felis orientalis (Índia à Austrália)
■ Tem coloração castanho/preta
■ Fêmeas têm cerca de 2,5 mm e machos 1 mm
Ctenocephalides canis
■ Coloração castanho-avermelhada
■ Cabeça alta e curta
■ Machos com aproximadamente 2 mm e fêmeas com 3 - 4 mm
■ Hospedeiros são os caninos, felinos e humanos de climas frios
■ Transmissora do cestódeo Dipylidium caninum e dos 
nematódeos Dirofilaria immitis e Dipetalonema reconditum
Pulex irritans
■ Corpo ovalado e de coloração castanho-escura, sem ctenídeos
■ Cabeça arredondada com uma cerda anterior aos olhos e uma cerda no 
occipício
■ Machos medem 2 – 2,5 mm de comprimento e as fêmeas 3 – 4 mm
■ É a pulga mais comum do homem, podendo ser encontrada em outros 
mamíferos: porco, cabras, cão, gato
■ Distribuição cosmopolita
■ Também é HI do Dipylidium caninum
Patogenia (Pulgas)
■ Infestações severas podem levar a anemia
■ Reações alérgicas na pele:
– Gatos – dermatite miliar e alopecia simétrica
– Cães – pápulas com crostas na região lombo sacral, abdômen, pescoço e parte interna de membros 
posteriores
■ Prurido, desassossego, auto-mutilação, perda de pelo, infecções secundárias
■ A maioria dos cães desenvolve algum grau de alergia – DAPP – dermatite alérgica por picada de pulga
■ Gatos infestados aumentam a lambedura - ingestão de cerca de 50% das pulgas
■ Transmissão de cestódeos (Dipylidium caninum)
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
Controle Integrado de Ectoparasitas
■ Alívio imediato da infestação no animal:
– Uso de um adulticida com efeito residual eficaz
– Fipronil, Imidacloprid, Nitempiram, Selamectina
– (Afoxolaner; Sarolaner; Lotilaner e Fluralaner)
■ Quebra do ciclo e prevenção da reprodução:
– Inibidores da síntese de quitina – Lufenuron
– Análogos do hormônio juvenil – Metoprene
■ Medidas de controle ambiental:
– Banho e tosa;
– Aspiração de carpetes e cortinas;
– Lavagem da cama, roupas, cobertores e panos do animal;
– Dedetização da casa - piretróides;
■ Eliminação de infestações ocasionais (originadas de passeios):
– Utilização de adulticidas – Fipronil, Imidacloprid, Nitempiram, Piretróides, Carbamatos, 
Organofosforados

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