Buscar

Asma: definição, diagnóstico e controle

Prévia do material em texto

Asma 
• Asma – definição 
➢ Inflamação 
➢ Hiperresponsividade 
➢ Obstrução reversível das vias aéreas (mas não 
completamente em alguns casos) espontaneamente 
ou pelo tratamento 
➢ Sintomas episódicos 
 O diagnóstico de asma é eminentemente clínico. 
➢ Início: mais frequente na infância 
➢ Tosse, chiado, dispneia, desconforto respiratório 
➢ Episódios 
➢ Fatores desencadeantes (exposição a alérgenos) 
➢ História familiar 
➢ Doença respiratória crônica, não pode ser curada, 
porém pode ser controlada 
➢ Sintomas muito comuns são, dispneia, sensação de 
estufamento de peito, sibilo e tosse. Intensidade e 
frequência podem variar 
➢ Dificuldade de expirar 
➢ Limitação de atividade física 
➢ Exacerbações podem ocorrer 
➢ Os sintomas são resultado de: 
✓ Broncoespasmo (mediante algum estímulo) 
✓ Espessamento de parede brônquica (inflamação 
crônica) 
✓ Aumento de produção de muco 
➢ Sintomas podem ser desencadeados por fatores 
ambientais (pólen, poeira, fumaça etc.). Infecções; 
tabagismo; estresse emocional; exercícios; bebida 
alcoólica; risadas etc. 
• Diagnóstico da asma: sintomas e sinais 
➢ Sibilo, sensação de falta de ar e tórax endurecido, 
tosse (mais de um desses sintomas). Intensidade e 
frequência variável; 
➢ Piora à noite ou de madrugada; 
➢ Desencadeados por ar frio, esforço, risadas, 
alérgenos; 
➢ Ocorre junto com infecção respiratória (viral e/ou 
bacteriana); 
➢ Comum a história de antecedente pessoal de doença 
chiadora na infância, com melhora durante a 
adolescência, retornando na idade adulta; 
➢ Bronquiolite de repetição X asma. 
• Diagnóstico da asma: exame físico 
➢ Não é incomum ter exame normal; 
➢ Em crise: 
✓ Expiração prolongada ou sibilos/roncos e 
✓ Em crise grave: ausência de murmúrios, pulso 
paradoxal (diminuição de 10mmHg na pressão 
sistólica durante a inspiração); cianose de 
extremidades. 
• Doenças associadas 
➢ Até 80% dos pacientes com asma apresentam rinite 
alérgica. 
➢ A asma e a rinite alérgica compartilham um processo 
inflamatório comum. 
➢ A rinite alérgica pode complicar o manejo da asma. 
 O ideal é que a estratégia terapêutica abranja as vias 
aéreas superiores e inferiores. 
• Anamnese dirigida 
➢ Sintomas: frequência 
➢ Impacto sobre as atividades 
➢ Despertar noturno 
➢ Curso da doença: evolução, tratamentos, 
internações, UTI. 
• Gravidade da asma 
➢ Leve 60% 
➢ Moderada 25-30% 
➢ Grave 5-10% 
• Para classificar, pergunte: 
➢ Sintomas 
✓ Falta de ar, aperto no peito, chiado, tosse 
➢ Atividades 
➢ Exacerbações (crises) 
➢ Sintomas noturnos 
➢ Uso de medicação de alívio. 
-GINA (A iniciativa global para asma) 
 
• Auxílio no diagnóstico 
➢ Provas funcionais 
➢ Hemograma (eosinófilos) 
➢ Testes alérgicos 
➢ RX de tórax 
• Funções da espirometria na asma 
*A espirometria na asma é muito mais importante do 
que no DPOC. 
*Uma espirometria antes de iniciar o tratamento. 
➢ Mensurar a limitação do fluxo expiratório; 
➢ Fundamentar o diagnóstico de asma: sintomas X 
espirometria; 
➢ Espirometria normal: considerar outras doenças 
(asma cardíaca – IC, descondicionamento físico, 
dispneia por problemas otorrinolaringológicos). 
• Como interpretar uma espirometria 
1. Vejo a relação VEF1/CVF 
-Se menor 70%: obstrução. 
2. Classificar pelo VEF1 
-Leve, moderado ou grave. 
3. Avalio se houve resposta a broncodilatador 
-Ganho de 200 ml e aumento de 12% no VEF1. 
• Diagnosticando a asma 
 Medidas de espirometria importantes para o 
diagnóstico de asma: 
➢ CVF: capacidade vital forçada (soma de volume 
inspiratório máximo e volume expiratório máximo); 
(normal = 80 – 120%). 
➢ VEF1: volume expiratório forçado do primeiro 
segundo. (normal = 80 – 120%). 
➢ VEF1/CVF: relação de Tiffenau (normal = acima de 70 
a 80%). 
➢ Pico de fluxo: pós-broncodilador – VEF1 > 12% e 200 
ml da linha de base. Ou variabilidade de pico de fluxo 
> 10%. 
• Funções da espirometria na asma 
 
 
 
• Alergológico 
➢ In vivo: testes cutâneos (prick test); 
➢ In vitro: IgE total e específico. 
-Níveis de controle do paciente com asma 
 
-Diagnóstico de asma – GINA 
 
-Fluxograma do GINA 
 
-Diagnóstico em pacientes já em tratamento de controle 
-Diagnóstico de asma em países de baixa e média renda 
– GINA 
 
 
 E se meu paciente não melhora com o tratamento? 
1) Tratamento não está adequado 
2) Falta de adesão ao tratamento 
3) Diagnóstico errado – NÃO é asma!!! 
• Diagnóstico diferencial 
➢ DPOC (especialmente se o paciente é tabagista); 
➢ Bronquiectasias; 
➢ Bronquiolite; 
➢ Infecções virais; 
➢ Insuficiência cardíaca congestiva; 
➢ Hiper-reatividade pós infecciosa; 
➢ Discinesia de cordas vocais; 
➢ DRGE; 
➢ Síndrome de Loeffler; 
➢ Corpo estranho; 
➢ Síndrome de hiperventilação (como transtornos de 
ansiedade). 
 
-Controle da asma 
 
 
 Mas... o que é asma mesmo? 
➢ Inflamação crônica das vias aéreas, geralmente 
alérgica. 
➢ Hiperreatividade brônquica, levando à 
broncoconstrição. 
➢ Sintomas episódicos. 
 
 
 O que é mais importante? 
➢ Inflamação X broncoconstrição. 
 
 
 
 
 Por que não tratar com SABA sozinho? 
 
 Como tratar asma adequadamente? 
→A base do tratamento da asma é o corticoide 
inalatório! 
→A via inalatória é mais eficaz e segura no tratamento 
dos pacientes asmáticos. 
 
→Doença crônica: terapia de manutenção (degraus). 
 
 
• Controle da asma 
 Controle de sintomas: 
a. Medicação de demanda: 
➢ SABA 
✓ Salbutamol (100mcg) dispositivo inalatório. 
Disponível em farmácia popular. 
✓ Outro: fenoterol. 
➢ Anticolinérgico de curta ação: brometo de 
ipratrópio. 
b. Medicação de manutenção: 
➢ LABA + CSI 
✓ Salmeterol + Fluticasona (50/500 ou 50/250) 
✓ Formoterol + Budesonida (12/400 ou 6/200) 
➢ Vilanterol + Fluticasona 
-Tratamento GINA para adultos e adolescentes (>12 
anos) 
 
 
 E o corticoide oral? 
 
➢ Uso crônico está associado a complicações graves: 
✓ Hipertensão arterial; 
✓ Diabetes; 
✓ Osteoporose; 
✓ Catarata; 
✓ Doença cardiovascular; 
✓ Distúrbios psiquiátricos; 
✓ Distúrbios gastrointestinais. 
➢ Entretanto, cursos repetidos de corticoide oral 
também estão associados a complicações. 
 
-Principais mudanças no guia de asma grave GINA em 
2022 
 
 
 
 
-COVID-19 e asma 
 
 
• Conclusão 
➢ A asma é uma doença crônica e inflamatória das vias 
aéreas; 
➢ O corticoide inalatório é o pilar do tratamento da 
asma; 
➢ O uso excessivo de resgate com broncodilatador 
isolado (SABA) é prejudicial por mascarar os 
sintomas e aumentar o risco de exacerbações e 
morte relacionada à asma; 
➢ O uso inadvertido de corticoide oral está associado a 
complicações graves. 
 
• Casos clínicos 
1 – Espirometria 
2 – Overlap de DPOC e asma 
3 – D (asma induzida por exercício) 
4 – E (sala de emergência) 
5 – B (espirometria)

Continue navegando