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AULA 44- GASTRO-Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn CA de estômago Resumo da aula Anatomia Irrigação Drenagem Linfática Inervação Camadas Histologia Incidência -No mundo o câncer gástrico → Quinto câncer mais comum → Segunda principal causa de morte por câncer - Mais da metade dos casos ocorre em países em desenvolvimento → Leste da Ásia → Europa Oriental → América Central → América do Sul - Nos países desenvolvidos → Japão e Coreia apresentam os maiores índices da doença. → O câncer gástrico é o câncer mais comum no Japão FATORES DE RISCO - Nutricionais - Ambientais - Sociais - Médicos - Outros Nutricionais - Baixo consumo de gordura ou proteína - Carne ou peixe salgado - Alto consumo de nitrato → a partir de alimentos ricos em proteínas, como carnes processadas(salsicha) - Obesidade - Consumo de carboidratos complexos → Amendoim Ambientais - Má preparação dos alimentos → defumados → salgados - Falta de refrigeração - Água potável de baixa qualidade → água de poço contaminada - Fumo e álcool Sociais - Classe socioeconômica baixa Médicos - Cirurgia gástrica prévia - Helicobacter pylori - Infecção pelo vírus Epstein-Barr - Predisposição hereditária - Irradiação abdominal prévia - Gastrite atrófica - Pólipos adenomatosos Outros - Sexo masculino 2- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn Helicobacter pylori - A soropositividade para H. pylori foi associada a risco seis vezes maior de desenvolver câncer gástrico - O mecanismo primário é a inflamação crônica Evolui para: → gastrite atrófica → gastrite crônica Progredindo para: → Metaplasia intestinal → Displasia → Adenocarcinoma do tipo intestinal. Fatores dietéticos - Alimentos com alto teor de sal → carnes salgadas → carnes defumadas com altos níveis de nitrato → baixa ingestão de frutas → baixa ingestão vegetais O aumento da refrigeração nos últimos 70 anos contribuiu para a diminuição do câncer gástrico, reduzindo a quantidade de carne preservada apenas pela salga e defumação e permitindo o aumento do armazenamento e consumo de frutas e vegetais frescos. (GELADEIRA) ! Fatores de risco hereditários - câncer gástrico difuso hereditário - polipose proximal do estômago - câncer gástrico intestinal familiar - outros Pólipos - Achado incidental comum durante a endoscopia digestiva alta (observados em cerca de 5% dos procedimentos) e geralmente são assintomáticos. - Pólipo isolado maior que 1 cm → Polipectomia - Pólipos múltiplos → Remove-se o maior → Pólipos remanescentes devem ser submetidos a biopsia PÓLIPOS - Pólipos Adenomatosos → O risco de carcinoma é superior a 30% - Pólipos Hiperplásicos → Associados à infecção por H. pylori e à gastrite crônica, com uma taxa de malignidade associada inferior a 2% - A síndrome de Peutz-Jeghers ( doença hereditária autossômica dominante) → Resulta em pólipos gástricos com taxa de malignidade de 2% a 3%. FATORES DE RISCO Inibidores da Bomba de prótons - Pacientes com H. pylori em uso prolongado de IBPs, o ambiente de baixa acidez permite que a bactéria colonize o corpo gástrico, levando à gastrite do corpo. - Um terço desses pacientes desenvolve gastrite atrófica Outros fatores de risco - Anemia perniciosa - Obesidade - Vírus Epstein-Barr - Fumar - Irradiação abdominal prévia → câncer testicular → linfoma de Hodgkin Patologia - Classificação de Borrmann (aparência macroscópica dos achados endoscópicos) Tipo I para PROTUSO Tipo II para ULCERADO Tipo III para ULCEROINFILTARTIVO 3- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn Tipo IV para INFILTRAÇÃO DIFUSA (carcinoma de células em anel de sinete) Classificação de Lauren (1965, base na histologia) - Adenocarcinoma tipos intestinais - Adenocarcinoma difusos Intestinal Diffuso Ambiental Familial Atrofia gástrica, metaplasia intestinal Sangue tipo A Masculino > Feminino Feminino > Masculino Aumento da incidência com a idade Faixa etária mais jovem bem diferenciado (formação de glândulas) Células em anel de sinete pouco diferenciadas Disseminação hematogênica Disseminação transmural e linfática Sinais e sintomas Geralmente vagos e inespecíficos (diag. tardio) - Dor epigástrica → tende a ser constante, sem irradiação e geralmente não é aliviada pela alimentação - Saciedade precoce - Perda de peso - Obstrução da saída gástrica - Disfagia - Anemia → sangramento - Adenopatia supraclavicular (Nódulo de Virchow) - Nódulo axilar (Nódulo Irlandês) - Periumbilical (Nódulo de Sister Mary Joseph) - Hepatomegalia - Icterícia - Ascite - Metástases de gota para os ovários (tumor de Krukenberg) podem ser detectadas no exame pélvico, - Metástases peritoneais podem ser sentidas como uma prateleira firme (prateleira de Blumer) no exame retal. 4- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn Rastreamento - Regiões de alta incidência → Japão → Coréia → Chile - Endoscopia digestiva alta (tem melhor sensibilidade) - Radiografia baritada Embora haja evidências sugerindo que o rastreamento em populações de alta incidência melhora os resultados oncológicos, isso não foi avaliado em um estudo randomizado ENDOSCOPIA SE SINAIS DE ALERTA ● Mais de 60 anos ● Perda de peso mais que 5% , nçao intencional ● sangramento ● disfagia e odinofagia ● anemia não explicada ● vômitos persistentes ● massas palpáveis ou linfonodomegalia ● história familiar Estadiamento O sistema de estadiamento AJCC (American Joint Committee on Cancer) - TNM T profundidade da invasão tumoral N número de linfonodos envolvidos e M presença ou ausência de doença metastática - Tumor Primário (T) TX não pode ser avaliado T0 Sem evidência de tumor primário Tis: Este Carcinoma in situ; tumor intraepitelial sem invasão da lâmina própria, displasia de alto grau T1 Tumor invade a lâmina própria, muscular da mucosa ou submucosa T1a Tumor invade a lâmina própria ou a muscular da mucosa T1b Tumor invade submucosa T2 Tumor invade a muscular própria * T3 Tumor penetra no tecido conjuntivo subseroso sem invasão do peritônio visceral ou estruturas adjacentes T4 Tumor invade serosa (peritônio visceral) ou estruturas adjacentes T4a Tumor invade serosa (peritônio visceral) T4b Tumor invade estruturas adjacentes Linfonodos Regionais (N) NX não podem ser avaliados N0 Sem metástase de linfonodo regional N1 Metástase em 1-2 linfonodos regionais N2 Metástase em 3-6 linfonodos regionais N3 Metástase em 7 ou mais linfonodos regionais N3a Metástase em 7-15 linfonodos regionais N3b Metástase em 16 ou mais linfonodos Metástase à distância (M) M0 Sem metástase distante M1 Metástase à distância IMPORTANTE SABER IMAGEM PARA A PROVA 5- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn As principais modalidades de estadiamento do adenocarcinoma gástrico ● EDA ● EUS ● TC ● RM ● Tomografia por emissão de pósitrons (PET) ● Laparoscopia diagnóstica. Endoscopia Digestiva Alta (EDA) ● visualização do tumor ● fornece tecido para diagnóstico patológico ● pode ajudar a tratar pacientes com obstrução ou sangramento ● Pode ser potencialmente curativo para cânceres em estágio inicial, eliminando a necessidade de intervenção cirúrgica invasiva. Ultrassom Endoscópico (EUS) - Só se não houver evidência de doença metastática ● Avaliação mais precisa da profundidade da invasão tumoral Sensibilidade (86%) e a especificidade(90%) para discriminar a doença T1/T2 versus T3/T4 ● Avaliação do envolvimento dos linfonodos perigástricos ● Pode identificar o envolvimento de órgãos circundantes ● Presença de ascite ● A TC de tórax, abdome e pelve com agentes de contraste orais e IV é componente obrigatório na avaliação de pacientes com câncer gástrico para avaliação de doença metastática. Tomografia por emissão de pósitrons - Considerar PET/CT como parte do estadiamento para pacientes com doença maior que T1 sem evidência de doença metastática na TC inicial PET/CT mais precisos no estadiamento pré-operatório (68%) PET (47%) ou CT (53%) 6- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn Laparoscopia para estadiamento ● A sensibilidade geral da laparoscopia para detectar doença metastática peritoneal é superiora 95% ● Baixa sensibilidade da TC e PET/CT para detectar metástases peritoneais. ● 20% a 30% dos pacientes submetidos à laparoscopia de estadiamento para câncer gástrico T2 ou maior e nenhuma evidência prévia de metástases terão doença peritoneal Estadiamento Terapia Cirúrgica A ressecção completa de um tumor gástrico com ampla margem de estômago normal continua sendo o padrão de tratamento para ressecção com intenção curativa. - Pacientes sem doença metastática ou invasão de estruturas vasculares ( como aorta, tronco celíaco, artéria hepática comum ou artéria esplênica) . - A extensão da ressecção depende da localização do tumor no estômago e do tamanho do tumor. - Para tumores T4, qualquer órgão com invasão precisa ser removido em bloco com a amostra de gastrectomia para obter uma ressecção curativa. - Estômago distal ( corpo e o antro) Gastrectomia distal .Devido à propensão à disseminação intramural - Estômago proximal → é seccionado ao nível da incisura em uma margem de pelo menos 2 a 3 cm para cânceres iniciais e pelo menos 4 a 6 cm para cânceres avançados. → A margem distal é o duodeno proximal imediatamente distal ao piloro. → Reconstrução em Y de Roux (melhor) , reconstrução de Billroth. 7- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn - Técnicas minimamente invasivas têm sido usadas para muitas malignidades gastrointestinais A gastrectomia laparoscópica ● retorno mais rápido da função intestinal ● menor tempo de internação ● recuperação comparável - linfonodos - morbidade - resultados oncológicos para cânceres gástricos precoces Ressecção Endoscópica - Pacientes selecionados com câncer gástrico precoce, a ressecção endoscópica do tumor pode ser realizada para fins curativos com resultados oncológicos adequados Critérios padrão para ressecção endoscópica de adenocarcinoma gástrico. ● Adenocarcinoma do tipo intestinal ● Tumor confinado à mucosa ● Ausência de invasão linfovascular ● Tumor não ulcerado ● Menos de 2 cm de diâmetro Linfadenectomia - D1 mais local envolvendo apenas linfonodos perigástricos - D2 estendida até a depuração completa do eixo celíaco e nódulos periaórticos - D3 superextendida A dissecção D2 recomendada em pacientes submetidos a cirurgia com intenção curativa. Terapia Adjuvante e Neoadjuvante ESTUDO CLASSIC, ● Gastrectomia isolada com dissecção de linfonodo D2 ● Gastrectomia seguida de oito ciclos de 3 semanas de capecitabina mais oxaliplatina. - Aos 5 anos OS RESULTADOS melhoraram significativamente com a quimioterapia adjuvante Sobrevida livre de doença (68% vs. 53%) Sobrevida global (78% vs. 69%) 8- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn O benefício da Radioterapia Adjuvante é menos claro e frequentemente debatido, mas tem benefícios teóricos, dadas as altas taxas de recorrência local e doença nodal Terapia Paliativa e Terapia Sistêmica Câncer gástrico irressecável ou metastático - (50% ) dos casos - sobrevida média de 3 a 5 meses com a melhor terapia de suporte. Assintomáticos mas podem apresentar sintomas debilitantes - sangramento - Obstrução - dor - náusea Considerar terapia cirúrgica paliativa 9- Abraão Filipe dos Santos- @braozinnn
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