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@anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 1 Obstrução do Intestino Grosso INTRODUÇÃO Emergência cirúrgica na qual uma interrupção mecânica (completa ou parcial) ocorre com o fluxo do conteúdo intestinal, com várias causas possíveis (por exemplo, doença colorretal maligna, volvo de cólon, estenose benigna). Este tópico abrange a obstrução adquirida em adultos. EPIDEMIOLOGIA A obstrução do intestino grosso é um sintoma comum de câncer colorretal, com uma faixa de incidência de 15% a 29%. A obstrução também é a indicação mais comum para a cirurgia de emergência de câncer colorretal, correspondendo a 77% das emergências. Da mesma forma, a neoplasia maligna do cólon é a causa mais comum de obstrução de intestino grosso em adultos. ETIOLOGIA Aproximadamente 90% das obstruções do intestino grosso são causadas por uma malignidade colorretal subjacente, 5% por volvo de cólon (sigmoide ou cecal) e 3% por estenose benigna (ou seja, diverticular, inflamatória, isquêmica, induzida por radiação ou anastomótica). Os 2% restantes são compostos de várias doenças mais raras (por exemplo, hérnia, corpo estranho, neoplasia benigna, neoplasia ginecológica, abscesso pélvico ou endometriose). Em algumas regiões, como a África, o volvo sigmoide é responsável por até 50% dos casos de obstrução intestinal. O nó íleo-sigmoide é uma variante mais rara do volvo de sigmoide. FISIOPATOLOGIA O cólon proximal à obstrução mecânica (por exemplo, malignidade, volvo de cólon, estenose benigna), dilata-se e, com o aumento da pressão do cólon, o fluxo de sangue mesentérico é reduzido, produzindo edema da mucosa com transudação de fluidos e eletrólitos para o lúmen do cólon. Isso pode produzir desidratação e desequilíbrio eletrolítico. Com a progressão, o suprimento de sangue arterial se torna comprometido com ulceração da mucosa, necrose em toda a espessura da parede e eventual perfuração. Isso fornece condições para a translocação bacteriana, que pode produzir complicações sépticas. O ceco é o local habitual de ruptura, uma vez que tem o maior diâmetro, resultando em vazamento fecal na cavidade peritoneal e sepse. O volvo de cólon surge após a rotação axial do cólon em seus anexos mesentéricos: o cólon sigmoide é o segmento mais afetado (76%), depois o ceco. A rotação pode ser no sentido horário ou anti-horário. Após o volvo girar 360°, ocorre a obstrução em alça fechada. Alterações dos fluidos e eletrólitos resultantes da secreção de fluidos para dentro da curva fechada produzem um aumento da pressão e tensão na parede do cólon que consequentemente prejudicará o suprimento de sangue para o cólon. Isso resulta em isquemia, necrose e perfuração. Volvo de sigmoide. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA Não há nenhuma classificação formal, mas a obstrução do intestino grosso pode ser dividida de acordo com o tipo de obstrução: se tem uma verdadeira fonte mecânica ou uma base funcional subjacente (por exemplo, pseudo- obstrução). A maioria das causas tem um início relativamente rápido, embora causas mais raras possam produzir um quadro mais crônico, particularmente com uma causa funcional subjacente. A obstrução mecânica pode ser total ou parcial. PREVENÇÃO PRIMÁRIA A investigação precoce dos sintomas colorretais provavelmente evitará o desenvolvimento de obstrução aguda devido ao carcinoma colorretal ou estenose diverticular, embora não haja nenhuma forte evidência em pesquisas que apoie especificamente essa ação. FATORES DE RISCO FORTES Idade avançada Ocorre mais comumente na população de idosos e é mais provável que seja devido a uma malignidade colorretal subjacente nessa faixa etária. Outras causas de obstrução são também mais frequentes nessa população. @anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 2 Sexo feminino O volvo cecal afeta predominantemente mulheres com média de idade de 53 anos, sendo responsável por 40% a 60% de todos os casos de volvo de cólon. Institucionalização O volvo de cólon é mais prevalente em pacientes institucionalizados. Transtorno mental O volvo de cólon é mais prevalente em pacientes com transtorno mental. Megacólon O megacólon por qualquer causa pode predispor o paciente ao volvo de cólon decorrente do alongamento do cólon no mesentério. FRACOS Dieta pobre ou rica em fibras Contribui para a constipação e pode estar associada à doença diverticular e suas complicações (por exemplo, estenose). A constipação de longa duração está associada à impactação fecal e à obstrução. Uma dieta rica em fibras foi atribuída à alta incidência de volvo de sigmoide na África. Ressecção colorretal prévia Apresenta baixo risco de estenose anastomótica, uma causa rara de obstrução do intestino grosso. Cirurgia abdominal prévia Pode predispor o paciente ao volvo de cólon: 30% a 70% dos pacientes com volvo cecal têm uma história de cirurgia abdominal prévia. Pode indicar uma estenose do cólon por isquemia. Doença inflamatória intestinal A doença de Crohn retal ou cólica recorrente pode produzir obstrução do intestino grosso. Abuso de laxantes Qualquer condição que resulte em um cólon alongado predispõe o paciente ao desenvolvimento de volvo de cólon. Tipicamente esses pacientes estão constipados e podem ter abusado de laxantes na tentativa de melhorar os sintomas. Diabetes Pode predispor o paciente ao volvo de cólon. A motilidade intestinal é alterada na diabetes e está associada à disfunção autonômica PRINCIPAIS FATORES DE DIAGNÓSTICO Cólica abdominal (comum) Comum a todas as causas de obstrução mecânica. Aumento constante de dor e dor ao movimentar-se, tossir ou respiração profunda podem implicar em perfuração ou perfuração iminente. Distensão abdominal (comum) Encontrada na maioria das causas. Abdome timpânico (comum) Comum em todas as causas. Alteração nos hábitos intestinais (comum) Tanto a falha de passagem das fezes (obstrução total) ou passagem bem-sucedida de alguns flatos ou fezes (obstrução parcial). A redução do calibre/diâmetro das fezes e os movimentos mais soltos podem estar associados com estenose diverticular ou neoplasia maligna colorretal. Fezes duras (comum) Podem indicar impactação fecal quando observada no exame de toque retal. reto vazio (comum) Implica obstrução proximal quando observada no exame de toque retal. Fezes moles (comum) Sugerem obstrução parcial quando observadas no exame de toque retal. perda de peso recente (comum) Sugere uma malignidade subjacente, especialmente se em conjunto com mudança no hábito intestinal ou sangramento retal. Sangramento retal (comum) Sugere uma malignidade subjacente, particularmente quando misturado com as fezes. ruídos hidroaéreos anormais (comum) Podem ser normais inicialmente, e depois há aumento na frequência com ausência de sons nos estágios mais avançados de obstrução. Massa retal palpável (comum) Pode ser possível palpar uma massa no exame de toque retal em pacientes com carcinoma retal. massa abdominal palpável (comum) Pode indicar doença maligna ou massa diverticular. Exame de sangue oculto nas fezes positivo (comum) Exige exclusão de malignidade do intestino grosso mais proximal. @anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 3 Febre (incomum) Implica perfuração atual ou iminente, mas pode surgir a partir de doença concomitante ou estar associada a uma causa mais rara de obstrução, como sepse pélvica ou doença inflamatória intestinal. Desconforto abdominal (incomum) Sensibilidade leve pode estar presente em qualquer causa. Sensibilidade significativa da fossa ilíaca direita ou peritonismo localizado podem indicar perfuração iminente. Sensibilidade grave implica em peritonite secundária à perfuração. Rigidez abdominal (incomum) Implica em peritonite secundária à perfuraçãoOUTROS FATORES DE DIAGNÓSTICO Tenesmo (comum) No quadro de obstrução do intestino grosso, implica em neoplasia cólica de localização distal ou retal. Ocorre devido ao pequeno volume de fezes que entram repetidamente no reto. O tenesmo geralmente está mais associado à doença inflamatória intestinal, embora possa estar relacionado à radioterapia pélvica e estenoses induzidas por radioterapia. História de radioterapia (incomum) Observada em pacientes com estenose induzida por radioterapia. História de sintomas ginecológicos (incomum) Sintomas ginecológicos recentes ou uma história pregressa de endometriose podem ser identificados na história do paciente. Náuseas e vômitos (incomum) Podem ocorrer em qualquer causa, mas podem ser um sinal tardio. Edema na virilha (incomum) As regiões de hérnia devem ser examinadas para detectar uma obstrução secundária à uma hérnia irredutível. Massa pélvica (incomum) O exame de toque retal pode identificar uma massa pélvica sugestiva de malignidade ginecológica ou abscesso. O exame vaginal pode ser necessário para obter mais informações sobre a pelve. Ingestão de corpo estranho (incomum) O exame de toque retal pode identificar uma massa pélvica sugestiva de corpo estranho. A paciente pode não relatar a ingestão ou inserção de um corpo estranho. EXAME FÍSICO A distensão abdominal na distribuição dos segmentos do cólon afetados e o abdome timpânico são comuns a todas as causas de obstrução mecânica. Sensibilidade leve pode estar presente na obstrução inicial de qualquer causa. Sensibilidade grave e rigidez abdominal implicam em peritonite secundária à perfuração. A sensibilidade, especialmente no ceco, indica perfuração iminente. Hérnias irredutíveis devem ser excluídas e incisões prévias e virilha devem ser cuidadosamente inspecionadas. Os ruídos hidroaéreos podem ser normais inicialmente, mas silenciam quando a obstrução evolui. O exame de toque retal descarta causa do reto baixo/médio (por exemplo, impactação) e avalia o conteúdo retal. Um canal vazio sugere obstrução total acima do alcance do dedo do exame. Fezes duras implicam em impactação e fezes moles sugerem obstrução parcial. Anastomose baixa ou massas retais podem ser apalpadas durante o exame de toque retal. O exame de toque retal também pode identificar uma massa pélvica sugestiva de malignidade ginecológica ou abscesso e pode descobrir um corpo estranho. O exame vaginal pode ser necessário para obter mais informações sobre a pelve. O resultado positivo do exame de sangue oculto nas fezes exige exclusão de uma malignidade no intestino grosso mais proximal. EXAMES DIAGNÓSTICO @anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 4 Sinal do grão de café: o volvo de cólon é uma torção de segmento sobre o eixo mesentérico, causando a obstrução intestinal. Na sua evolução, pode incluir o sofrimento da alça, indicando a necessidade de uma abordagem cirúrgica. Ela pode ser vista por uma forma que lembra o grão de café. MANEJO INICIAL DO TRATAMENTO Todos os pacientes, incluindo aqueles com perfuração/perfuração iminente, devem estar em jejum até que a causa subjacente seja resolvida. Também é administrado oxigênio suplementar. A maioria dos pacientes está com fluidos esgotados; portanto, fluidoterapia intravenosa repõe perdas prévias e qualquer desequilíbrio eletrolítico deve ser corrigido. As perdas são maiores no paciente séptico e devem ser levadas em consideração ao tratar o equilíbrio hídrico. Transfusão de sangue ou hemoderivados podem ser necessários para corrigir a anemia ou coagulopatia. Os pacientes necessitam de cateterismo urinário e monitoramento do débito urinário. O monitoramento da pressão venosa central pode ser considerado. A descompressão nasogástrica deve ser parte do manejo inicial de qualquer causa, para descomprimir o trato intestinal e reduzir o fluxo ou conteúdo gástrico ou ar para a obstrução. Antibióticos são administrados pré-cirurgicamente. Antibióticos de amplo espectro que abrangem prováveis patógenos, como amoxicilina, metronidazol e gentamicina, são recomendados. Quando não há suspeita de perfuração iminente e na ausência de qualquer causa que exija a intervenção cirúrgica, um período de manejo conservador por até 72 horas pode ser indicado mediante o tratamento da causa subjacente. PERFURAÇÃO OU PERFURAÇÃO IMINENTE A cirurgia de emergência é obrigatória em pacientes com perfuração cólica ou perfuração iminente devido à obstrução. Os objetivos da intervenção cirúrgica são controlar a contaminação intra-abdominal por irrigação completa, ressecar o segmento perfurado e, idealmente, tratar a causa subjacente. VOLVO DE SIGMOIDE É necessária a intervenção de urgência em razão do risco de perfuração seja de isquemia do segmento afetado ou da obstrução. Sigmoidoscopia flexível ou rígida A sigmoidoscopia flexível ou rígida com a inserção de um tubo retal pode aliviar a obstrução e deve ser realizada imediatamente após o diagnóstico, garantindo que segmento afetado seja viável. O tubo retal é fixado e deixado no local por 24 horas, e solicita-se repetir a radiografia abdominal para garantir que a descompressão tenha sido bem-sucedida. Condições médicas subjacentes devem ser abordadas e uma colonoscopia realizada mais tarde para descartar patologia mais proximal. Foram relatadas taxas de sucesso de 60% a >90% para a destorção endoscópica. É realizada apenas quando não há suspeita ou evidência de isquemia ou perfuração (quando o tratamento primário é a ressecção cirúrgica). Cirurgia de emergência Sempre que tiver sido identificada peritonite ou gangrena da mucosa, será necessária uma laparotomia mediana de emergência. Embora a ressecção e anastomose tenham sido tentadas neste grupo, as altas taxas de vazamento de anastomose e mortalidade significam que o procedimento de Hartmann não epônimo geralmente é a intervenção mais adequada. Frequentemente a colostomia é de modo permanente. Quando ocorre obstrução cólica proximal com volvo de sigmoide, a isquemia cecal rápida @anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 5 pode colocar o ceco em risco de perfuração, devendo este ser cuidadosamente inspecionado no momento da cirurgia. Raramente, a cecostomia cirúrgica ou radiológica pode ser realizada para descomprimir o ceco em um paciente que não seja candidato a cirurgia. Cirurgia eletiva A ressecção com anastomose primária é considerada como o padrão de atendimento para os casos previstos, mas, em pacientes debilitados ou com deficiência de continência, a colostomia pode ser a opção mais adequada. A colectomia sigmoide eletiva para volvo tem uma mortalidade de <10%, apesar da presença de comorbidades múltiplas. Sigmoidopexia endoscópica/extraperitonealização do cólon sigmoide, mesosigmoidoplastia e fixação laparoscópica são estratégias cirúrgicas alternativas. VOLVO CECAL A laparotomia é o tratamento primário. No entanto, dada a dificuldade de diagnóstico, o achado é muitas vezes feito na laparotomia. A descompressão colonoscópica e percutânea pode ser realizada, mas está reservada para pacientes não candidatos à cirurgia. No entanto, a tentativa de descompressão pode apenas protelar a intervenção cirúrgica. A ressecção com ou sem ileostomia é necessária para cólon não viável, mas a cecopexia com ou sem cecostomia e apendicostomia tem sido descrita quando é encontrado um cólon viável. MALIGNIDADE COLORRETAL O cuidado cirúrgico visa aliviar a obstrução e ressecar a lesão na maioria dos casos. A natureza da cirurgia depende da posição anatômica do tumor. Pacientes cirúrgicos de alto risco - Em pacientes com comprometimento significativo da sua capacidade funcional/reservas cardiorrespiratórias ou aqueles com doença irressecável, a derivação por colostomia proximalou somente a ileostomia pode ser realizada. Uma derivação por colostomia transversa em alça é adequada para um paciente muito doente com obstrução cólica esquerda, permitindo o alívio da obstrução e mais ressuscitação sem comprometer uma ressecção subsequente. Uma colostomia sigmoide em alça pode ser usada na obstrução retal, inadequada para ressecção com terapia neoadjuvante. A cecostomia também tem sido empregada. Esses são procedimentos paliativos. Pacientes cirúrgicos mais jovens e mais aptos Alguns cirurgiões consideram a anastomose primária no cólon direito em vez da ileostomia, na ausência de hipotensão intraoperatória, sangramento ou outras complicações. Se a ressecção e colostomia proximal ou ileostomia forem executadas, uma fístula mucosa geralmente é extraída a partir da extremidade distal, a menos que a obstrução seja reto-sigmoide, quando a extremidade distal é costurada ou grampeada. A colectomia subtotal e colectomia segmentar são igualmente seguras quando há uma escolha de procedimento. Procedimentos de estágio único com ressecção e anastomose primária após lavagem cólica na mesa cirúrgica não apresenta diferenças na mortalidade pós- operatória, taxas de vazamento anastomótico e tempo de internação entre as ressecções do lado direito e esquerdo. A ressecção segmentar com a irrigação cólica intraoperatória demonstrou ser superior em termos de taxa de estoma e função intestinal, sem diferença na mortalidade pós-operatória e tempo de internação em comparação com colectomia subtotal. A doença hepática metastática não é uma contraindicação para a ressecção e anastomose primária. Colocação de stent de obstrução cólica: Indicada para obstrução cólica maligna quase total, através da qual permanece uma pequena quantidade de lúmen. Pode ser paliativo em um paciente de alto risco com malignidade irressecável ou preparatório para ressecção cirúrgica e anastomose, evitando assim uma colostomia temporária ou permanente. Deve ser executado somente por um endoscopista experiente. Os possíveis efeitos adversos da colocação de stent incluem migração do stent, perfuração intestinal e sangramento. A migração do stent ocorre em aproximadamente 4% a 10% dos pacientes, e pode ser mais comum quando usado como uma ponte para a cirurgia que em pacientes paliativos. Foram relatadas taxas de perfuração de, aproximadamente, 4% a 7%; a perfuração pode ocorrer imediatamente após o procedimento, ou mais tarde, e está associada a desfecho desfavorável. As endopróteses metálicas autoexpansíveis estão associadas à alta incidência de perfuração clínica e silenciosa. No entanto, como uma ponte para a cirurgia, essas endopróteses têm maior êxito na anastomose primária e as taxas globais menores de estoma, sem qualquer diferença significativa na incidência de complicações ou mortalidade. As endopróteses metálicas autoexpansíveis podem ser revestidas de agentes químicos para evitar o crescimento interno de tumores; elas são chamadas de "stents revestidos". Uma metanálise sugere que o crescimento interno de tumores ocorre com mais frequência com endopróteses sem revestimento, enquanto a migração tardia parece ser mais comum com endopróteses revestidas. DOENÇA DIVERTICULAR Uma obstrução persistente merece a intervenção cirúrgica com o procedimento de Hartmann não epônimo ou a ressecção e anastomose primária, com ou sem ostomia proximal. Embora sejam controversas na doença cólica benigna, as endopróteses têm sido utilizadas na obstrução secundária à diverticulite como uma ponte para a cirurgia. Entretanto, uma taxa de complicação significativa foi encontrada nessa abordagem. INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO Dependendo da natureza e da posição do corpo estranho, ele pode ser removido transluminalmente ou por laparotomia. @anab_rs | Ana Beatriz Rodrigues RCC 13 6 ESTENOSES BENIGNAS As estenoses benignas devem ser tratadas com base na gravidade dos sintomas, no processo de doença subjacente e na condição geral do paciente. ENDOMETRIOSE A endometriose pode exigir que o segmento doente seja removido se houver uma obstrução e, dependendo da gravidade da endometriose, pode ser necessário iniciar a terapia medicamentosa por um ginecologista. ABSCESSO PÉLVICO O abscesso pélvico pode ser decorrente de doença diverticular complicada ou ter uma causa ginecológica em mulheres. A drenagem percutânea ou transrretal pode ser realizada, embora haja o risco de não encontrar uma malignidade subjacente. A ressecção do segmento doente pode ser considerada em uma data posterior dependendo do progresso do paciente.
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