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Tema 04 Módulo 01

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RECURSOS ERGOGÊNICOS: Na conjuntura esportiva, ergogênese pode ser atribuído como uma técnica ou substância utilizada com propósito de aprimorar o rendimento atlético, melhorando valências esportivas como velocidade, potência, força, resistência ou hipertrofia muscular.
Nem todo agente ergogênico pode ser considerado seguro, lícito, justificado, legítimo ou legal. Existem suplementos nutricionais, concentrados fitoterápicos, drogas e fármacos que podem apresentar potenciais danos à saúde humana e/ou vantagens esportivas ilegais, tais como hormônios anabolizantes esteroides e infusão sanguínea.
Agentes ergogênicos mecânicos: Qualquer tipo de equipamento ou ferramenta utilizada durante o exercício com a finalidade de melhorar valências esportivas pode ser considerado como agente ergogênico mecânico.
O uso de roupas de neoprene entre nadadores e surfistas, bastões de apoio para modalidades na neve, sapatilhas entre velocistas e luvas entre levantadores de peso são alguns dos vários exemplos de auxílio esportivo através de vestimentas ou materiais usados no exercício físico.
Agentes ergogênicos farmacológicos: O aumento do nível de exigência competitiva em esportes de elite costumeiramente leva atletas a buscar quaisquer meios de melhorar seu rendimento e sobressair aos seus adversários. Nesse sentido, o consumo de fármacos e drogas lícitas ou ilícitas cresce consideravelmente no intuito de ergogenia.
Dentre esses ativos químicos, os mais usados são:
· HORMÔNIOS ESTEROIDES ANDROGÊNICOS ANABOLIZANTES
· HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)
· ANFETAMINAS
· ERITROPOIETINA (EPO)
Agentes ergogênicos psicológicos: A sensação de bem-estar pessoal, em uma condição confortável e motivadora, pode ampliar a capacidade atlética em indivíduos engajados em esporte. Alguns fatores psicológicos parecem melhorar consistentemente o resultado esportivo, tais como a realização de treinos com estímulos sonoros ou competir em ambientes agradáveis (como equipes de esportes coletivos que participam de partidas sob seus domínios locais).
Ouvir música tem sido uma estratégia ergogênica psicológica eficaz para reduzir a percepção da fadiga.
Agentes ergogênicos fisiológicos: A adaptação ou os métodos de treinamento no esporte são considerados recursos ergogênicos fisiológicos, uma vez que a padronização de séries individualizadas e a execução de exercícios em ambientes diversos − com variações de temperatura, umidade relativa do ar e altitude − geram mudanças fisiológicas nos sistemas corporais, destacadamente nos sistemas muscular e cardiovascular.
A adaptação fisiológica induzida por condições ambientais é denominada de aclimatação. Em suma, a aclimatação gera mudanças positivas que acabam melhorando o desempenho físico em médio prazo e preservando mais o desgaste corporal inerente ao esporte, destacando-se:
· Redução da frequência cardíaca submáxima.
· Melhor controle da sudorese e da atividade hipotalâmica da temperatura central corporal.
· Aumento do volume plasmático.
· Diminuição da excreção eletrolítica, especialmente, do sódio.
· Menor fluxo sanguíneo cutâneo.
· Aumento da síntese de proteínas de choque térmico, fundamentais para responder frente ao estresse fisiológico.
Agentes ergogênicos nutricionais: Usualmente, os agentes ergogênicos nutricionais são denominados de suplementos nutricionais ou alimentares, e podem ser segmentados em diferentes classes, geralmente tipificadas de acordo com sua estrutura e origem.
Hidroeletrolíticos: O termo hidroeletrolítico provém da composição hídrica acompanhada de concentrações razoáveis de eletrólitos ou elementos-traços, que nada mais são que micronutrientes que possuem carga elétrica. São, portanto, íons, que, mesmo em baixas concentrações, apresentam potencial funcional significativo. Dentre os principais eletrólitos, emergem: sódio (Na+), potássio (K+), magnésio (Mg2+), fosfato (PO3-) e cloreto (Cl-). Os suplementos hidroeletrolíticos devem também ter conteúdo energético exclusivamente proveniente de fontes de carboidratos que não sejam à base de amido ou poliois. 
Energéticos: Os suplementos energéticos devem prover conteúdo nutricional capaz de preparar ou recuperar atletas, à base de macronutrientes, como carboidratos, proteínas e lipídios. A principal premissa reside na condição de reestabelecimento de reservas de glicogênio, hepáticas e musculares, por meio da massiva presença de carboidratos.
Alguns produtos podem ser adicionados de vitaminas, minerais ou outros nutrientes para intensificar as bases reparadoras do treino, como antioxidantes e eletrólitos, por exemplo. É permitido, ainda, acréscimo de proteínas e lipídios para participar tanto do reparo da degradação proteica-muscular quanto incentivar o balanço energético positivo. 
Proteínas: Os suplementos proteicos para atletas devem procurar atender a demanda de ressíntese de proteínas estimulada pelo exercício físico, aumentando a presença de aminoácidos essenciais na corrente sanguínea. 
Substitutos Parciais de Refeições: Também conhecidos como MRS (do inglês, Meal Replacement Supplements), os substitutos de refeições buscam oferecer conteúdos nutricionais que encaixem nas demandas fisiológicas e esportivas de atletas. Esses produtos devem possuir concentrações variadas dos macronutrientes.
Creatina: A creatina é um tipo de aminoácido bastante distinto dos aminoácidos essenciais e dos biológicos. Isso porque sua síntese é feita a partir de aminoácidos que fazem parte do ciclo da ureia, principalmente. Sua característica mais importante é sua capacidade de combinação com o fosfato presente na biomolécula energética de adenosina trifosfato (ATP) para formação de composto fosfocreatina (PCr), que serve como substrato energético imediato para esportes de explosão muscular, geralmente muito intensos e de curta duração. Embora existam várias maneiras de apresentação química da creatina, a Anvisa determina que a veiculação seja especificamente para forma de alta pureza mono-hidratada. 
Cafeína: O consumo de cafeína por vezes é escolhido por atletas em virtude de sua capacidade estimulante, que pode resultar, quando bem controlada, em benefícios esportivos consideráveis, como: aumento do grau de lipólise, melhora do estado de alerta e excitabilidade contrátil musculoesquelética. 
Prescrição dietética de suplementos nutricionais por nutricionistas: Especificamente para nutricionistas, a Lei no 8.234/1991, que regulamenta a profissão, em seu artigo 4o e inciso VII, permite que suplementos nutricionais possam ser prescritos para contemplar o planejamento dietético. Essa lei deve seguir o regulamento atualizado pela Resolução no 656/2020, do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). A prescrição de suplementos por nutricionistas pode incluir: nutrientes, substâncias bioativas, enzimas, prebióticos, probióticos, produtos apícolas (como mel, própolis, geleia real e pólen), novos alimentos e novos ingredientes e outros autorizados pela Anvisa para comercialização − isolados ou combinados −, bem como medicamentos isentos de prescrição à base de vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas isolados ou associados entre si. Outros pontos dessa resolução devem ser destacados:
A via de ingestão de suplementos deve ser exclusivamente oral ou enteral. É excludente a veiculação de nutrientes através de via parenteral, intramuscular, anorretal ou qualquer outro método invasivo.
O profissional deve adotar critérios objetivos e/ou subjetivos baseados em estratégias científicas de avaliação e triagem nutricional, no intuito de determinar carências, insuficiências ou riscos nutricionais que possam ser reestabelecidos como métodos protocolares de prescrição suplementar dietética.
Deve-se procurar ajustar a concentração dos nutrientes dentro dos limites máximos (UL, do inglês Upper Limits) estabelecidos pelas revisões de consumos dietéticos de referência, como a DRI (do inglês Dietary Reference Intake) de 2002. Exceção feita somente caso haja respaldo científico pujante com elevado grau de evidência e nível de segurança.
DOPING ESPORTIVO:Como abordado anteriormente, a WADA consiste na principal instituição reguladora e pesquisadora de substâncias potencialmente danosas ou ética e disciplinarmente questionáveis para prática esportiva e, por vezes, para saúde humana.
O termo doping vem do inglês dope, que significa entorpecente, droga ou narcótico. Portanto, a dopagem consiste na ação de utilização deliberada ou não de substâncias, por vezes não naturais ao corpo, para ergogênese direta ou indireta.
Verificando o Aprendizado
1. A legislação brasileira para controle da venda e do consumo de suplementos nutricionais no país é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao longo dos últimos 30 anos, a Anvisa vem atualizando e fiscalizando a segurança dos produtos disponíveis para consumidores do mercado doméstico. No que tange aos cuidados de suplementos para finalidade esportiva, a Anvisa fez publicação em 2010 que controla a qualidade de vários produtos, dentre eles os proteicos e hidroeletrolíticos, por exemplo. Sobre a RDC nº 18, que dispõe sobre alimentos para atletas, é correto afirmar que:
R: Os suplementos de cafeína não devem conter nenhuma adição de macronutrientes em sua composição.
· De acordo com a RDC nº 18, de 2010, a Anvisa dispõe que: suplementos proteicos devem ter pelo menos 50% da energia do produto advinda de proteínas; suplementos hidroeletrolíticos não têm discriminação de tipo de modalidade esportiva; suplementos energéticos e proteicos não devem ser adicionados de fibras dietéticas (para garantir que não haja retardo do esvaziamento gástrico e perda de conteúdo e da velocidade absortiva dos produtos); e os suplementos de creatina podem ser adicionados de carboidratos.
2. A Agência Mundial Antidoping (WADA) costuma gerar publicações a cada dia 1º de janeiro, atualizando a lista de substâncias proibidas no esporte. Contudo, algumas substâncias são proibidas somente no período competitivo e, eventualmente, liberadas fora dessa condição. São elas:
R: Álcool, narcóticos e canabinoides
· Fora dos períodos competitivos, a WADA não considera proibitiva a ingestão de drogas sociais, como álcool, narcóticos e canabinoides. As demais alternativas são proibidas dentro ou fora de períodos competitivos, pois trazem vantagens ou danos à saúde cumulativos ou agudos.

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