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AULA 5- FILIAÇÃO (1)

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Direito das Famílias
Filiação
Adoção;
Tipos de guarda (unilateral, compartilhada, convivência).
Filiação
Filiação é um conceito relacional: é a relação de parentesco que se estabelece entre duas pessoas e que atribui reciprocamente direitos e deveres.
Não se estabelece com o nascimento, mas por ato de vontade, que se sedimenta no terreno da afetividade, colocando em xeque tanto a verdade jurídica, quanto a certeza científica no estabelecimento da filiação.
Relações de Parentesco
 
A Constituição Federal de 1988 vetou qualquer espécie de tratamento discriminatório com relação aos filhos.
Afinal, existe diferenças entre filhos?
Filiação no Código Civil
Mesmo que com a vedação constitucional não mais seja possível qualquer tratamento discriminatório com relação aos filhos, o Código Civil trata em capítulos diferentes os filhos havidos da relação de casamento e os nascidos fora do casamento dos pais. 
O capítulo intitulado "Da filiação" (CC 1.596 a 1.606) cuida dos filhos nascidos na constância do casamento.
Os filhos extramatrimoniais são tratados no capítulo "Do reconhecimento dos filhos" (CC 1.607 a 1.617).
Histórico
A Constituição alargou o conceito de entidade familiar, configurando especial proteção não só à família constituída pelo casamento, mas também à união estável e à família monoparental.
A jurisprudência se encarrega de agregar ao conceito de família outras estruturas de convívio, a união homoafetiva é um exemplo disso.
A ordem jurídica consagra como fundamental o direito à convivência familiar e proibiu quaisquer designações discriminatórias à filiação, assegurando os mesmos direitos e qualificações aos filhos nascidos ou não da relação de casamento e aos havidos por adoção (CF 227 § 6.º). 
Ampliou-se o conceito de paternidade, compreendendo o parentesco psicológico, que prevalece sobre a verdade biológica e a realidade legal.
Ocorreu a desbiologização da paternidade expressão cunhada por João Batista Villela - identifica pais e filhos não biológicos, não consanguíneos, mas que construíram uma filiação psicológica.
Critérios para o estabelecimento do vínculo parental
Critério jurídico- previsto no Código Civil, estabelece a paternidade por presunção, independentemente da correspondência ou não com a realidade (CC 1.597).
Critério biológico- é o mais usual, principalmente em face da popularização do exame do DNA.
Critério socioafetivo- fundado no melhor interesse da criança e na dignidade da pessoa. Pai é o que exerce tal função, mesmo que não haja vínculo de sangue.
Presunções de paternidade
A lei presume que a maternidade é sempre certa, e o marido da mãe é o pai de seus filhos. A filiação matrimonial decorre de uma ficção jurídica: o pai sempre é o marido da mãe, os filhos de pais casados têm, e de pleno direito, estabelecidas a paternidade e a maternidade. A lei, porém, não estende a presunção de paternidade à união estável, boa parte da doutrina afirma que a presunção pater est só existe no casamento.
O estado de certeza decorrente de mera presunção da paternidade leva ao estabelecimento de prazos. São reconhecidas como concebidas na constância do casamento as crianças nascidas pelo menos 180 dias (6 meses) depois da celebração do matrimônio (CC 1.597 I), presume-se filho do casal, se o nascimento ocorreu até 300 dias (10 meses) subsequentes à dissolução da sociedade conjugal (CC 1.597 II).
A lei estabelece como marco para a contagem do prazo a dissolução da sociedade conjugal. É a separação de fato que sinaliza o fim da convivência ou, ao menos, gera a presunção da ausência de contatos sexuais e a possibilidade de ocorrência de gravidez.
A lei só admite o novo casamento da mulher após 10 meses da viuvez ou da dissolução da sociedade conjugal (CC 1.523 II).
Presunções de paternidade
A inseminação artificial gera a condição de filho por ficção legal.
Tratando-se de inseminação artificial heteróloga, a presunção de paternidade é absoluta e baseada exclusivamente na verdade afetiva. 
A prova da impotência do varão, à época da concepção, fulmina a presunção de paternidade (CC 1.599).
Para excluir o pai presumido, não é necessária a prova de sua incapacidade procriativa, mas a prova da ausência do vínculo consanguíneo, já tão fácil de ser obtida por meio pericial.
Tipos de filiação
Biológica- filiação decorrente do vínculo de consanguinidade.
Existe mãe gestacional e mãe biológica. A doação anônima de material genético livrou os genitores da responsabilidade parentais.
Pai x genitor- Pai é o que cria, o que dá amor, e genitor é somente o que gera. Se, durante muito tempo - por presunção legal ou por falta de conhecimentos científicos -, confundiam-se essas duas figuras, hoje é possível identificá-las em pessoas distintas.
Tipos de filiação
Registral- constitui-se a parentalidade registral, com o registro de nascimento (CC 1.603).
A lei entende o registro de nascimento como meio de prova da filiação. O registro faz público o nascimento, tornando-o incontestável.
Vale ressaltar que registro de nascimento não é a única forma de reconhecimento voluntário da paternidade. A escritura pública, o escrito particular, o testamento e a declaração manifestada perante o juiz também comprovam a filiação (CC 1.609). Trata-se de ato voluntário, que gera os deveres decorrentes do poder familiar. 
O registro apenas pode ser invalidado se houver erro ou falsidade (CC 1.604). Ainda assim, para haver a desconstituição da filiação é necessár
Embora o valor do liame registral, hoje, seja inferior ao valor do liame socioafetivo, ainda é a principal fonte de direitos e deveres: gera dever de alimentos e de mútua assistência, alicerça o direito sucessório e as limitações legais que regulam os atos jurídicos entre ascendentes e descendentes
Tipos de filiação
Socioafetiva- resulta da posse do estado de filho constitui uma das modalidades de parentesco civil de "outra origem", previstas na lei (CC 1.593). Corresponde à verdade construída pela convivência e assegura o direito à filiação. 
Quando as pessoas desfrutam de situação jurídica que não corresponde à verdade, detêm o que se chama de posse de estado. Em se tratando de vínculo de filiação, quem assim se considera desfruta da posse de estado de filho.
Pai afetivo é aquele que ocupa, na vida do filho, o lugar do pai, desempenha a função de pai. É uma espécie de adoção de fato.
A chamada "adoção à brasileira" também constituiu uma filiação socioafetiva. Registrar filho alheio como próprio configura delito contra o estado de filiação (CP 242), mas nem por isso deixa de produzir efeitos, não podendo gerar irresponsabilidades ou impunidades.
Tipos de filiação
Reprodução assistida- presume a lei como concebidos na constância do casamento os filhos (CC 1.597): 
III – havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.
As expressões "fecundação artificial", "concepção artificial" e "inseminação artificial" nada mais são do que técnicas de reprodução assistida.
Concepção homóloga- manipulação dos gametas masculinos e femininos do próprio casal, procedida à fecundação in vitro, o óvulo é implantado na mulher, que leva a gestação a termo.
Inseminação heteróloga- a concepção é levada a efeito com material genético de doador anônimo e o vínculo de filiação é estabelecido com a parturiente. Sendo ela casada, se o marido consentiu com a prática, será ele o pai, por presunção legal. 
Embriões excedentários- são os embriões descartados e não utilizados no procedimento de fertilização.
Tipos de filiação
Gestação por substituição- É a chamada barriga de aluguel, apesar do nome, é vedada constitucionalmente a comercialização de qualquer órgão, tecido ou substância (CF 199 § 4.º). A Resolução do Conselho Regional de Medicina, admite a cessão temporária do útero sem fins lucrativos, desdeque a cedente seja parente até o quarto grau (ou seja, até prima) da mãe genética.
A possibilidade de uso de útero alheio elimina a presunção mater sempercerta est, que é determinada pela gravidez e pelo parto. Em consequência, também cai por terra a presunção pater est, ou seja, que o pai é o marido da mãe.
Quando a técnica procriativa é utilizada por lésbicas, de forma cada vez mais frequente, uma gesta o óvulo da companheira que foi fecundado em laboratório. Neste caso não há falar em gravidez por substituição, mas em dupla maternidade, cujo registro pode ser requerido diretamente junto ao Cartório do Registro Civil
Tipos de filiação
Adoção- “A adoção é um ato jurídico pelo qual uma pessoa recebe outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim” (PEREIRA, 2017, p. 475). 
O CC/1916 referia-se à adoção de menores e maiores de idade como adoção simples, sendo feita através de uma escritura pública. Somente pessoas que não possuíam filhos tinham o direito de adotar, sendo certo que o vínculo de parentesco era apenas entre o adotante e o adotado não estendendo aos seus respectivos familiares.
Com o advento da Lei nº 4.655/65 que dispunha sobre a legitimação adotiva, a adoção deixou de ser por escritura pública e passou a ser através de decisão judicial irrevogável. Com isso, o adotado deixou de ter vínculo com a sua família natural, cessando, assim, os direitos e obrigações oriundos desta.
Em 1979 entrou em vigor o Código de Menores (Lei nº 6.697/79) que substituiu a legitimação adotiva (Lei nº 4.655/65) pela adoção plena.
A CRFB/1988 nos seus artigos 226 a 230 contribuiu para eliminar a distinção entre adoção e filiação proibindo quaisquer designações discriminatórias
A CRFB/1988 nos seus artigos 226 a 230 contribuiu para eliminar a distinção entre adoção e filiação proibindo quaisquer designações discriminatórias.
Características da adoção
Características da adoção: 
Personalíssima
Irrevogável ( exceto no estágio de convivência)
Incaducável
Constituída por ato judicial
Requisitos para adotar
Maior de 18 anos.
Diferença de idade entre adotante e adotado deve ser maior que 16 anos.
Consentimento dos pais, exceto quando os pais forem desconhecidos, ou o poder familiar já foi destituído.
O consentimento poderá ser retratado até a sentença.
Se adolescente, seu consentimento será obrigatório.
Se criança, será ouvida, se possível.
Impedimentos para a adoção
Irmãos do adotante
Ascendentes do adotante
Tutor e curador que deixarem de prestar contas
Avós do adotante
Atenção: tios PODEM adotar sobrinhos
Espécies de adoção
Adoção bilateral- rompe vínculos familiares e constitui novos
Adoção unilateral- preserva vínculo com um dos genitores
Adoção conjunta- deve haver vínculo matrimonial ou de união estável entre os adotantes.
Adoção direta ou personalíssima- escolha de determinada pessoa para realizar a adoção, não é permitida em regra, porém, a jurisprudência admite.
Adoção pós mortem- quando o adotante morre durante o processo de adoção, desde que haja manifestação inequívoca da vontade do adotante.
Adoção conjunta de pais divorciados- é permitida, desde que o estágio de convivência tenha ocorrido durante a sociedade conjugal

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