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TICs 08 COMPLEXO DE GHON

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UNITPAC- CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO 
CARLOS 
 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
3º Período 
 
 
 
JOSÉ ANTONIO DE SOUSA NETO 
 
 
MÓDULO: TICS 
PROFESSOR: MÁRIO DE SOUZA LIMA E SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLEXO DE GHON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araguaína – TO 
2023 
• O que é o Complexo de Ghon? 
• Qual a importância clínica do mesmo? 
A tuberculose é uma doença infecciosa insidiosa, causada pelo bacilo 
Mycobacterium tuberculosis hominis. Geralmente o bacilo penetra em nosso organismo 
por via inalatória, alcançando os pulmões. Neste primeiro contato, o bacilo geralmente se 
localiza no ápice do lobo inferior ou na base do lobo superior do pulmão (na região média). 
A primeira resposta inflamatória é inespecífica e ineficiente, com o passar dos dias, 
macrófagos derivados dos monócitos do sangue se acumulam no foco inflamatório. 
Inicialmente os macrófagos são incapazes de destruir os bacilos. Dias depois há o 
desenvolvimento de uma resposta imunológica mediada por células T e os macrófagos 
tornam-se eficientes na destruição dos bacilos. 
Alguns macrófagos fundem-se entre si, dando origem às células gigantes do tipo 
Langhans, chamadas de epitelióides. Em torno deste acúmulo de células, há linfócitos e 
fibroblastos. A este arranjo nodular de monócitos, macrófagos modificados, linfócitos e 
fibroblastos, damos o nome de granuloma. Com o aparecimento do fenômeno da 
hipersensibilidade (10 a 14 dias), ocorre uma forma peculiar de necrose no centro do 
granuloma, chamada de necrose caseosa. Com o passar do tempo a lesão vai se tornando 
menos celular, envolta por fibrose densa, ocorrendo até mesmo a calcificação da lesão 
podendo ser vista radiologicamente e conhecida como complexo de Ranke. Bacilos podem 
permanecer viáveis no interior destas lesões por muitos anos. 
Esta lesão é chamada de nódulo de Ghon ou nódulo primário. Quando o indivíduo 
apresenta a lesão pulmonar e a lesão ganglionar, dizemos que ele apresenta o complexo 
de Ghon ou complexo primário da tuberculose. Uns poucos bacilos podem alcançar órgãos 
distantes e aí permanecer quiescentes e em determinado momento proliferar e causar 
lesões típicas da tuberculose, mesmo na ausência de doença pulmonar ativa. 
 
RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA 
 
Sabe-se, portanto, que durante a prática clínica, o médico pode receber um paciente 
com sitomatologia dedutiva de Tuberculose, apresenteando principalmente em sua história 
clínica uma febre vespertina, tosse seca inicialmente, podendo evoluir para tosse produtiva, 
sudorese noturna, dispinéia e hemoptise. Nesse caso, o médico precisa ter como principal 
hipótese diagnóstica a tuberculose, sendo necessário que este haja prontamente pedindo 
inicialmente exames que o auxiliarão no fechamento do diagnóstico dessa patologia como 
a baciloscopia de escarro, teste de hemocultura para as micobactérias, prova tuberculínica 
(se o paciente nergar ter sido vacinado com a BCG) e, principalmente uma radiografia de 
tórax, onde será avaliado o espaço pleural, área pulmonar, desnível de traquéia, 
clacificações, cavitações e o sinal característico de tuberculose primária que são os 
complexos ghon, também conhecidos radologicamente como complexo de Ranke). 
Dado esses procedimentos, o médico pode avaliar o estágio dessa doença 
observando a presença de derrame pleural, nódulos de Ghon e cavitações, onde indicam 
uma tuberculose primária, inativa e segundária, respectivamente. Podendo assim, dar o 
melhor direcionamento ao tratamento mais indicado para cada fase e o estágio de 
gravidade e comprometimento da doença. 
Portanto, observar com cuidado os sinas radiológicos e a presença de calcificações, 
permite ao médico excelência em seu atendimento, no fechamento do diagnóstico e 
medidas terapêuticas, o que é uma ganho enorme ao paciente, tendo em vista que as 
sequelas dessa doença permanecem por toda a vida e que seu tratamento adequado, 
baseado na investigação prévia, é essencial para a promoção da saúde e garantia do bem 
estar das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Robbins & Cotran: Bases Patológicas das Doenças. 7ª Edição. Editora Guanabara 
Koogan S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2005. 
 
Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 22ªEdição. Rio de 
Janeiro:ELSEVIER, 2005. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Manual de recomendações para controle da tuberculose no Brasil. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

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