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UNITPAC- CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA MÓDULO: TICS TURMA: XLVI 2º PERÍODO JOSÉ ANTONIO DE SOUSA NETO PROFESSORA: LILIAN CRISTIAN FERREIRA DOS SANTOS ROCHA HIPÓFISE Araguaína – TO 2022 • Quais as porções da hipófise e suas peculiaridades? • Quais os hormônios de cada uma delas? E sua relação com o hipotálamo? A glândula hipófise é uma estrutura em forma de ervilha. com 1 a 1,5 cm de diâmetro e que se localiza na fossa hipofisial da sela turca do esfenoide. Fixa-se ao hipotálamo por um pedículo, o infundíbulo, e apresenta duas partes anatômica e funcionalmente separadas: a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro-hipófise (lobo posterior). A adeno-hipófise representa cerca de 75% do peso total da glândula e é composta por tecido epitelial. No adulto, a adeno-hipófise consiste em duas partes: a parte distal, que é a porção maior, e a parte tuberal que forma uma bainha ao redor do infundíbulo. A neuro-hipófise é composta por tecido neural. Também consiste em duas partes: a parte nervosa, a porção bulbosa maior, e o infundíbulo. Uma terceira região da glândula hipófise, chamada de parte intermédia, atrofia-se durante o desenvolvimento fetal humano e deixa de existir como um lobo separado nos adultos. Entretanto, algumas de suas células migram para partes adjacentes da adeno- hipófise, onde persistem. A adeno-hipófise sintetiza e secreta hormônios. Alguns deles são chamados de tróficos porque estimulam e controlam outras glândulas endócrinas. Dentre os hormônios tróficos produzidos pela adeno-hipófise estão o TSH (hormônio tireotrófico) que estimula e regula a atividade da tireoide na produção dos hormônios T3 e T4, o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que controla a atividade do córtex da glândula suprarrenal, o LH (hormônio luteinizante), hormônio que regula as atividades das gônadas masculinas e femininas, como a produção de testosterona nos testículos, indução da ovulação e formação do corpo lúteo, o FSH (hormônio folículo-estimulante), que atua na produção dos folículos, nos ovários e dos espermatozoides, nos testículos. Além dos hormônios tróficos, a adeno- hipófise secreta outros hormônios que também são muito importantes para o metabolismo do corpo, mas que não agem em glândulas endócrinas, são eles a somatotrofina, hormônio do crescimento ou GH: hormônio que promove a captação de aminoácidos para a formação de proteínas. Prolactina: esse hormônio atua promovendo a produção de progesterona nos ovários femininos e também na produção de leite nas glândulas mamárias, durante a gravidez e a amamentação. Hormônio estimulante do melanócito: estimula a produção de melanina na pele. https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/a-prolactina.htm A neuro-hipófise é considerada uma expansão do hipotálamo. Ela armazena e secreta dois hormônios: a ocitocina ou oxitocina e ADH (hormônio antidiurético), também chamado de vasopressina. A ocitocina atua nas contrações do útero durante o parto, estimulando a expulsão do bebê. Em alguns casos, os médicos aplicam esse soro contendo ocitocina na mãe para estimular o parto. Esse hormônio também promove a liberação de leite durante a amamentação. ADH (hormônio antidiurético): esse hormônio atua no controle da eliminação de água pelos rins, portanto tem efeito antidiurético, ou seja, é liberado quando a quantidade de água no sangue diminui, provocando uma maior absorção de água no túbulo renal e diminuindo a urina. Quando o nível desse hormônio está acima do normal, ocorre a contração das arteríolas, provocando um aumento da pressão arterial, por isso o nome vasopressina. Há casos em que a quantidade de ADH no organismo da pessoa é deficiente, provocando excesso de urina e muita sede. A esse quadro damos o nome de diabetes insípida. RELAÇÃO TÉORICO – PRÁTICA Portanto, é de grande importância entender que o eixo hipotálamo-hipofisário é o grande responsável pela integração dos sistemas nervoso e endócrino no corpo humano. Estudos recentes vêm associando o autismo, distúrbio de desenvolvimento em que os pacientes são incapazes de formar relações sociais eficazes, a defeitos nas vias moduladas pela ocitocina no encéfalo. Assim, o uso de ocitocina para amenizar as dificuldades encontradas pelos portadores do espectro autista vem sendo estudado para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Dessa forma, evidencia-se a importância dos estudos médicos endocrinológicos para trazer sempre o melhor para os pacientes, além de ajudar a entender o tratamento das diversas disfunções hormonais produzidas por essas glândulas. . REFERÊNCIAS MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2014. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: ArtMed, c2016. 930 p. TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007 JUNQUEIRA LC & CARNEIRO J. Histologia básica, texto e atlas. Rio de Janeiro. 12ª edição, 2013.