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- Normal = verde, brilhosa, parede fina e delicada. Os cálculos são de tamanhos variados e a bile espessa favorece a nucleação para a formação desses cálculos. VESÍCULA INFLAMADA (AGUDA E CRÔNICA) VESÍCULA COM CÁLCULO (gera processo inflamatório agudo e crônico) NEOPLASIAS DE VESÍCULA ANATOMIA: - Cerca de 7 a 10 cm. - Armazenamento de 50ml. - Bile = sais biliares, fosfolipídeos, colesterol, proteínas e bilirrubina. - Os sais biliares compõem 80% da bile. - FUNÇÃO: Emulsionar gorduras e alcalinizar o pH intestinal. Giovanna Lopes HISTOLOGIA: - Epitélio cilíndrico simples (com vilosidades – ajuda no fluxo da bile). - Quando o epitélio está aplainado (reto) = presença de cálculos que fazem rompimento das regiões de vilosidades, levando a uma atrofia desse epitélio. - Lâmina própria. - Muscular. - Serosa/adventícia. - Seios de Rokitansky-Aschoff (áreas de dilatação da mucosa/muscular, podem estar associadas à fator irritante (como cálculo/processo inflamatório crônico) ou à idade. Os cálculos acabam abrindo áreas de exulcerações na superfície, fazendo com que o epitélio fique albergado na parede, e a cálculo que ficou na parede pode se proliferar e gerar um aspecto cístico. ANOMALIAS CONGÊNITAS: - Agenesia de vesícula (nascer sem vesícula). - Duplicação: - Vesícula bilobada ou trilobada (desenvolvimento de traves fibrosas dentro de uma vesícula só): - Ectopia – inclusão parcial ou total no parênquima hepático (fora da topografia dela habitual). - Fundo dobrado – barrete frígio (variação anatômica – pode se confundir com neoplasias malignas – que se originam normalmente no fundo): COLELITÍASE: - Associada ao metabolismo ou com padrões alimentares do paciente (ingestão de colesterol ou perda de peso). - 10-20% nos adultos. - EUA – 1.000.000 novos casos por ano. - 500.000 colecistectomias realizadas nos EUA por ano. - Mulher x Homem = 4:1 na idade reprodutiva e se iguala com o envelhecimento (1:1). I – TIPOS DE CÁLCULOS: - Colesterol = 80% - Pigmentares = 20% II – PREVALÊNCIA/FATORES DE RISCO: - Populações não ocidentais (cálculos pigmentares). - Idade avançada. - Sexo feminino. - Obesidade. - Redução rápida de peso (muito relacionado à pós-bariátrica) – maior biodisponibilidade de colesterol no parênquima hepático. - Anticoncepcional e gravidez: Aumento dos receptores hepáticos para lipoproteínas – metabolizam o colesterol, estimula atividade de HMG-CoA redutase hepática (Hidroximetilglutaril Coenzima A) - aumenta a produção e deposição de colesterol (quem tem hipercolesterolemia toma as estatinas para bloquear essas enzimas e diminuir o colesterol). - Transtornos adquiridos: Estase da vesícula biliar (jejum prolongado) – bile parada tem mais chance de formar cálculos. - Fatores hereditários (história familiar, erros inatos do metabolismo). - Fatores de risco (pigmentares) – concentrações elevadas de bilirrubina na conjugada na bile (precipitação, não dilui, se juntando em razão da estase) – síndrome hemolíticas, contaminação bacteriana da árvore biliar (produção de enzimas). III – PATOGÊNESE DOS CÁLCULOS DE COLESTEROL: - Proporção de solubilidade do colesterol: - 70-80% de sais biliares; - 15-20% de lecitina (pode ser tóxica em situações de inflamação); - 5-10% de colesterol (bile: líquido esverdeado de aspecto xaroposo, se exceder os 10% começa a precipitar - endurecer). - Mecanismos implicados: - Supersaturação (alta produção ou concentração de colesterol – excede os 10%). - Nucleação do colesterol (pedações de colesterol se juntam). - Hipomotilidade (vesícula em estase – jejum prolongado – ou com a idade – vesícula hipoativa). - Hipersecreção de muco na vesícula biliar (cálculo irrita superfície da vesícula -> aumenta produção de muco -> cria consistência maior na bile que favorece estase e nucleação do colesterol). - Cálculo só de colesterol = + raro - Geralmente associado com os sais biliares. Cálculos de 2 a 3cm = não passam pelo ducto cístico = inflamação crônica (colelitíase – cirurgiaaa) Colelitíase = fator para câncer de vesícula Cálculo impactado no ducto cístico = dor no paciente / Quando volta pra vesícula = paciente não sente mais a dor Se o cálculo passar do ducto cístico, ele pode obstruir o ducto colédoco ou o ducto pancreático (pancreatite). IV – PATOGÊNESE DOS CÁLCULOS DE PIGMENTO: - Cálculos de bilirrubina não conjugada (precipita, não consegue ficar diluída). - Beta-glicuronidase: pode ser produzida pelo organismo ou por bactérias (E. coli principalmente). Não estão presentes nos cálculos de colesterol. - Marrons (castanhos) ou bem enegrecidos. V – MORFOLOGIA: - Cálculos de colesterol: - 100% puro (mais raro) – amarelo-claro, redondos a ovoides, superfície finamente granular, paliçada cristalina radiada brilhante. Radiotransparente. - Misto (colesterol + carbonato de cálcio + fosfato de cálcio + bilirrubina) – alterações de cor, lamelados e branco-acinzentados a negros. Radiotransparentes ou Radiopacos pelos sais de cálcio – 10-20% A quantidade dos cálculos depende da quantidade de concentração de sais de cálcio, de colesterol, da estase, do muco, da alimentação do paciente, perda de peso... VI – COMPLICAÇÕES: - Colecistite. - Empiema. - Perfuração. - Colangite. - Pancreatite. - Risco aumentado de carcinoma da vesícula biliar. COLECISTITE AGUDA: - Calculosa ou Acalculosa - Calculosa: 90% obstrução do colo ou ducto cístico. - Acalculosa: pós-operatório (muito tempo acamado), trauma grave, queimaduras graves, falência de múltiplos órgãos, sepse, pós-parto. Muita dor. Obstrui o fluxo sanguíneo. MORFOLOGIA: - A vesícula aumenta, fica tensa. - Vermelho vivo, manchada, violácea a verde-negro. - Serosa – fibrina, exsudato supurativo. - Cálculo no colo ou ducto cístico. - Parede espessada, edematosa e hiperêmica. - Colecistite gangrenosa (perfurações). - Microscopicamente: edema, infiltração leucocitária, congestão vascular. - Abscesso franco, necrose gangrenosa. COLECISTITE CRÔNICA: - Consequente de crises repetidas (cálculos ficam obstruindo e depois volta para o fundo). Agudiza e depois recupera (faz a parede ficar espessa). - Ausência de crises aparentes. - 90% calculosas (aplanamento do epitélio). - Evolução obscura – papel dos cálculos. - Processo de inflamação na submucosa pela passagem de sais biliares e de colesterol (macrófagos ali fagocitando esse colesterol). A dor vai e volta, leve epigastralgia. - Supersaturação da bile, microrganismos E. coli e enterococos. - Quadro clínico: cólica biliar recorrente, dor indolente em QSD, epigastralgia. MORFOLOGIA: - Variáveis – mínimas alterações. - Serosa lisa e brilhante ou sem brilho – fibrose. - Parede espessada. - Microscopicamente: inflamação (linfócitos, plasmócitos, macrófagos), fibrose subepitelial e subseros, atrofia da mucosa, seios de Rokitansky- Aschoff, calcificação distrófica (vesícula em porcelana), colecistite xantogranulomatosa (vesícula contraída, nodular, necrose e hemorragia, abundantes macrófagos xantomatosos). Processo de inflamação exuberante com exulceração com perda de epitélio da mucosa. NEOPLASIAS MALIGNAS: Alcançou parênquima hepático = dissemina FATORES DE RISCO: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: DIAGNÓSTICO: MARCADORES TUMORAIS DE VALOR CLÍNICO RECONHECIDO: Lesão no fundo da vesícula (onde a maioria costuma iniciar) e uma lesão satélite no ducto cístico.
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