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PNEUMOLOGIA: Infecções Respiratórias Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) A pneumonia é uma infecção nos pulmões provocada por bactérias, vírus ou fungos O Streptococcus pneumoniae é o agente causador em 60% dos casos A PAC é aquela contraída no convívio social, fora do ambiente hospitalar, ou que se manifesta em até 48h após a internação 12/11: dia mundial da pneumonia Tem se observado uma redução no nº de internações nos últimos anos As internações são maiores nos extremos de idade (< 4 anos e > 50 anos) Apesar do crescimento do nº absoluto de mortes (pelo aumento e envelhecimento da população), houve redução da taxa de mortalidade padronizada por idade de 25,5% entre 1990 e 2015. Diagnóstico Tosse com ou sem expectoração Dispneia Dor torácica Achados focais no exame físico Confusão, cefaleia, sudorese, calafrios, T > 37,8ºC, mialgia, redução do apetite Opacidade nova no Rx de tórax Diagnóstico por imagem Rx de tórax: o Incidência PA e perfil o Resolução é lenta (2 a 6 semanas): principalmente em idade avançada, DPOC, imunossupressão, alcoolismo, PNM multilobar o Quando repetir (6 semanas): Fumantes > 50 anos – câncer? Persistência dos sintomas Alterações do exame físico o Não é obrigatória, mas deve ser realizada sempre que disponível Imagem 1 e 2: Opacidade com broncograma aéreo no terço médio lobo médio Imagem 3 e 4: opacidade em terço médio lobo posterior - Para saber o lobo, olha de perfil ou, se olhar Pa: se borrar com a silhueta cardíaca, é anterior, se não borrar, é posterior Além do Rx, tem outros exames que podem avaliar melhor a extensão da doença US de tórax: o Maior sensibilidade e acurácia o Importância em derrames pleurais, loculações, orientação para punção Tc de tórax: o Maior sensibilidade o Dúvidas sobre a presença do infiltrado, dx diferencial e complicações (cavidades, adenopatias, massas), útil em obesos, imunossuprimidos, alterações prévias, suspeita de infecção fúngica Paciente com pneumonia necrotizante por Klebsiella Padrão em vidro fosco pneumonia viral Exames complementares Gasometria arterial: hipoxemia analisar necessidade de O2 suplementar Ureia > 65 mg/dL o Indicador de gravidade Hemograma: leucocitose ou leucopenia Biomarcadores o PCR Produzida pelo fígado, linfócito, monócitos, neurônios e placas ateroscleróticas Eleva em qualquer processo inflamatório Pico em 48h após o estimulo agressor Queda inferior a 50% após 3 dias de tto e > 75 mg/L = maior risco de morte em 30 dias o Procalcitonina Produzida em células parenquimatosas em resposta a toxinas bacterianas e citocinas pró-inflamatórias Poucos produzida nas infecções virais + específica para infecção bacteriana Marcados de atividade inflamatória Se eleva em 2h após estimulo bacteriano Pode ser usada como auxilio ao diagnóstico, mas não como critéror isolado. o Prodrenomedulina o Lactato o Peptídeo natriurético atrial o D-dimero o Cortisol Procalcitonina + PCR + sinais/sintomas clínicos em suspeita de PAC = melhor acurácia diagnóstica Melhor que elevação de leucócitos e temperatura Investigação etiologica Desnecessária em pacientes ambulatoriais Não retardar início do tratamento empírico PAC grave: o Exame direto e cultura de escarro o Hemocultura o Ag. Urinário o Testes sorológicos o Eventual cultura para atípicos Casos selecionados/contexto clinico apropriado: o Culturas especiais o Galactomanana e 1-3-beta-glucana para fungos o Teste antigênciso e de biologia molecular para vírus e germes atípicos o Aspirado endotraqueal o Broncoscopia com LBA o Toracocentese Pacientes com PAC grave devem ser investigados etiologicamente Papel dos vírus Podem ser encontrados em até 30% do swab de orofaringe m adultos saudáveis, apenas colonizando, não infectando PCR: detectado vírus em 1/3 casos de PAC em adultos Mais comum: influenza Outros: rinovírus, parinfluenza, adenovírus e metapneumovirus Atualmente: SARSCOV2 O vírus traz prejuízo no mecanismo de defesa das VAS facilitando o estabelecimento de outro patógenos na VAI Diagnóstico/acompanhamento Testes sorológicos: o Não devem ser de rotina, perfil epidemiológico o Mycoplasma, Coxiella, Chlamydophila e Legionella Antígenos urinários o Legionella pneumophila, pneumococo Reação em cadeira polimerase (PCR) o Legionella pneumophila, Chlamydophila pnm, Mycoplasma pnm – isoladamente ou multiplex MALDI-TOF MS: o Promissora para identificação rápida Testes de base molecular o Multiplex rápido (1h) – identifica 17 vírus / 3 bactérias o Nxtag – identifica 18 vírus/2bactérias o Recomendados: teste rápido para influenza, M. tuberculosis, vírus respiratórios, atípicos Outros (SARS COV2): PCR (swab nasal, orofaringe, LBA), Troponina, D-dímero, LDH, Ferritina, CPK Classificação clínica Para escolha do antimicrobiano e do local de tratamento Índices de gravidade: o PORT / PSI (Pneumonia Severe Index) o CRB-65 e CURB-65 o IDSA (Sociedade Americana de Infectologia) e ATS 2007 o Smart-COP (Sistolic pressure, Multilobar involvement, Albumin, Respiratory rate, Tachycardia, Confusion, Oxigenation, pH) o SCAP (Severe Community-Adquired Pneumonia) Os índices de gravidade de PAC podem ser utilizados como ferramentas auxiliares, porém a decisão quanto ao tratamento é essencialmente do médico assistente PORT/PSI o Classes de risco de gravidade: Quando internar: Fatores individuais (psicossociais, socioeconômicos, impossibilidade de VO) + Achados clínicos (comorbidades descompenssadas, DpO2 ≤ 90 recente, Rx multilobar/bilateral) + CRB-65 CRB-65: o Idade > 65 anos o Confusão mental o FR ≥ 30 ipm o PAS < 90 e/ou PAD ≤ 60 mmHg o 0: ambulatorial; mortalidade: 1,2% o 1-2: considerar internar; mortalidade: 8,15% o 3-4: internar; mortalidade: 31% *idade isolada não conta CURB-65: o Ureia > 50 mg/dL o 2: considerar internar; mortalidade: 9,2% o ≥ 3: considerar UTI; mortalidade: 22% IDSA: para dizer se vai ter admissão em UTI o Pelo menos 1 critério maior; 3 ou mais critérios menores o Não é indicado para avaliar pacientes ambulatoriais o Critérios maiores: VM Choque séptico necessitando de DVA o Critérios menores: FR ≥ 30 bpm PaO2/FiO2 ≤ 250 Infiltrado multilobar Confusão/desorientação Uremia (Ur ≥ 2 mg/dL) Leucopenia ( < 4000 céls/mm³) Trombocitopenia ( < 100000 céls/mm³) Hipotermia Hipotensão necessitando de fluidos SCAP o Critérios maiores: pH < 7,3 (13 pontos) PAS ≤ 90 mmHg (11 pontos) o Critérios menores: FR ≥ 30 ipm (9 pontos) PaO2/FiO2 ≤ 250 (6 pontos) Ur ≥ 30 mg/dL (5 pontos) Alteração do nível de consciência (5 pontos) Idade > 80 anos (5 pontos) Infiltrado multilobar/bilateral (5 pontos) o Pontuação ≥ 10 maior risco de VM e DVA Smart-COP o PAS ≤ 90 mmHg (2 pontos) o Infiltrado multilobar/bilateral (1 ponto) o Albumina ≤ 3,5 g/dL (1 ponto) o FR ≥ 25 bpm (q ponto) o FC > 125 bpm (1 ponto) o Confusão mental (1 ponto) o SpO2 < 93% ou PaO2 < 70 mmHg (2 pontos) o pH < 7,30 (2 pontos) o Pontuação ≥ 3 maior risco de VM e DVA Conclusão: Na ausência de PAC grave, ou seja, sem indicações socioeconômicas de internação, doenças associadas descompensadas, hipoxemia, impossibilidade de ingestão oral de medicamentos e presença de pelo menos 2 pontos no escore CURB-65 (ou de pelo menos 1 no escore CRB-65 ou de mais que 70 pontos no PSI), o médico assistente deve considerar o tratamento ambulatorial para pacientes com PAC. Antibioticoterapia Analisar o perfil do paciente de onde veio, viagens recentes, contatos, comorbidades Iniciar precocemente, na dose correta e que cubra o patógeno Atenção à duração do tratamento Tratamento ambulatorial Condição: sem comorbidades, sem FR para resistência, sem uso recente de ATB, sem contraindicação ou alergia a essas drogas o Amoxicilina 7 dias o Amoxicilina + ácido clavulânico 7 dias o Macrolídeo: Azitromicina 3-5 dias ou Claritromicina 7 dias A cobertura ATB para patógenos atípicos nos casos de menor gravidade ainda é controversa Condição: com comorbidade (doença crônica cardíaca, pulmonar, hepática e renal; DM, neoplasia, asplenia) ou uso recente de atb o Beta-lactâmico + macrolídeo 5-7 dias o Moxifloxacino ou Levofloxacino ou Gemifloxacino 5-7 dias o Obs: preferir Azitromicina que Claritromicina, se DPOC Tratamento na enfermaria Condição: sem fatores de risco para MRSA ou Pseudomonas: o Ceftriaxona ou Cefotaxima ou Ampicilina/Sulbactam + macrolídeo (Azitromicina ou Claritromicina 7-10d o Ceftriaxona ou Cefotaxima ou Amoxicilina + ácido clavulânico (se houver exclusão de Legionella) 7-10d o Levofloxacino ou Moxifloxacino ou Gemifloxacino 5-7d Tratamento na UTI Condição: PAC grave na UTI o Ceftriaxona ou Cefotaxima ou Ampicilina/sulbactan + macrolídeo (azitromicina ou Claritromicina) 7-14d o Ceftriaxona ou Cefotaxima + Quinolona respiratória 7-14d Tratamento internado em condições especiais Condição: fator de risco para MRSA: o Clindamicina ou Linezolida ou Vancomicina 7-21d Condição: fator de risco para Pseudomonas o Fluoroquinolonas antipseudomonas, Piperaciclina/tazobactan, Meropenem, Polimixina B (monoterapia ou terapia combinada) 10-14d Condição: aspiração/cobertura para anaeróbio: o Quinolonas ou Cefalosporina de 3ª geração 7-10d o Se pneumonia necrotizante, abcesso pulmonar ou doença periodontal grande: beta-lactâmico + inibidor de betalactamase ou clindamicina ou moxifloxacina Condição: enterobactérias produtoras de betalactamase de espectro estendido o Ertapenem 7-14d Condição: Pneumococo resistente à penicilina o Não grave: Amoxicilina 3g/dia ou Amoxicilina + ácido clavulânico 4g/dia Alternativa: cefalosporina de 3ª geração + macrolideo ou fluoroquinolona 5 – 7d o Grave: Cefalosporina de 3ª ou 4º geração 7-10d Duração do tratamento na PAC A duração ideal ainda não está estabelecida Suficiente para garantir o sucesso terapêutico com menos efeitos colaterais e menos resistência Varia conforme a gravidade da PAC 5-7dias parecem ser suficientes na maioria das vezes (infecções não graves); infecções moderadas a graves (7-10 dias, > 15dias); afebril por 48-72hs; Deve ser eficaz na redução da taxa de mortalidade, complicações e recorrência da doença. Corticoide na PAC Uso do corticoide na PAC grave é seguro e benéfico em diversos desfechos clínicos importantes PCR > 150 mg/L identifica pacientes com maior risco de complicações e que podem se beneficiar da corticoterapia adjuvante Essa recomendação não deve ser extrapolada para paciente com PAC de menor gravidade e tratamento ambulatorial PAC – Vacinação Anti-influenza: o Adultos ≥ 60 anos o Pacientes com enfermidades crônicas pulmonares, cardiovasculares, renais, hepáticas, hematológicas e metabólicas o Imunossuprimidos o Indivíduos com distúrbios neuromusculares o Gestantes, mulheres que planejam engravidar e mulheres que estejam em estado de amamentação o Residentes em lares de idosos o Profissionais de saúde o Índios e presidiários o Dose anual o Não devem ser vacinados: - Pessoas com alergia grave a ovo de galinha, a algum componente da vacina ou à dose anterior - < 6 meses de idade - História prévia de Síndrome de Guillain- Barré, sobretudo se essa ocorreu após vacinação para influenza Anti-pneumocócica o Adultos ≥ 60 anos o Entre 2 e 59 anos, com doença crônica cardíaca, pulmonar, doença falciforme, diabetes, alcoolismo, cirrose hepática, fístulas cérebro-espinhais ou implantes cocleares o Imunossuprimidos o Adultos entre 19 e 59 anos, tabagistas ou portadores de asma o Residentes em casas de saúde e asilos de longa permanência o Dose: 1 VPC 13 1 VPP 23 (6-12 meses) 1 VPP 23 (5 anos) Abcesso Pulmonar Coleção localizada de pus contida em uma cavidade originada da necrose subaguda do parênquima pulmonar que foi causada por infecção bacteriana Maior incidência: 4ª e 6ª década Localização: geralmente únicos Classificação: Agudos: 4-6 semanas Crônicos: manifestações clínicas com maior duração Primário: relacionado a processos infecciosos: aspiração ou pneumonia Secundária: condições preexistentes (necrose tumoral, infarto abscedido, TB pulmonar, corpo estranho, bronquiectasia) Causas: Aspirativa (secreção orofaríngea) o Fatores predisponentes: Alteração do nível de consciência Crises convulsivas Alcoolismo Anestesia geral Acidente vascular cerebral (dificuldade deglutição) Esofagopatias (RGE, alterações da motilidade, estenoses) o Fatores associados: Patologia dentaria ou gengival Obstrutiva o Intraluminal: neoplasia ou corpo estranho o Extraluminal: compressão de brônquio por linfadenopatia Embólica: o Focos infecciosos em outros órgãos podem desprender embolos sépticos Pós-pneumônica o Patógenos virulentos que causam pneumonia necrotizante, podendo haver evolução para abscesso pulmonar o Anaeróbios o Staphylococcus aureus o Klebsiella pneumonia o Streptococcus pyogenes Patogênese Passagem de inóculo da cavidade oral para o parênquima pulmonar – incapacidade de eliminação do patógeno pelo sistema imunológico Pneumonia necrose abcesso Diagnóstico: Clínica: depende de antecedentes patológicos/gravidade e extensão/microorganismo implicado Anaeróbios: Sintomas indolentes (semanas ou meses): o Tosse produtiva escarro pútrido (30-50%) o Vômica o Dor pleurítica o Hemoptise (10-20%) o Baqueteamento digital (crônicos) o Febre, calafrios o Fadiga, emagrecimento Exame Físico o Doença periodontal o Doenças neurológicas/disfagia o Macicez à percussão o Diminuição MV (derrame pleural) o Sopro cavitário (raro) Rx de tórax: o Cavidade com nível hidroaéreo o Diâmetro da imagem o Imagem parenquimatosa: ângulo formado entre a imagem e a parede torácica é agudo no processo parenquimatoso TC de tórax o Cavidade de paredes espessas o Melhor método para caracterizar lesão parenq x pleural o Lesão parenquimatosa: ângulo formado entre a lesão e a parede torácica é agudo (na lesão pleural é obtuso) US de tórax Broncoscopia o Lesão endobrônquica ou corpo estranho o Retirar secreção e coleta de material p/ análise o Sem boa evolução (LBA com cultura) Laboratório o Hemograma o Bacterioscopia e cultura do escarro (antes ATB) o Hemocultura o Punção aspirativa transtraqueal e transtorácica o Broncoscopia com LBA o Cultura do líquido pleural Diagnóstico diferencial Cavidade tuberculosa Neoplasia pulmonar cavitada Doença fúngica Cisto ou bolha pulmonar infectada Extensão de abcesso subfrenico Infarto pulmonar cavitado *a maioria diferencia com TC Tratamento Clínico o Suporte geral o ATB: Anaeróbios: Clindamicina 600 mg EV 8/8h Amoxicilina-clavulanato 1g EV 8/8h ou 875 mg VO 12/12h Ampicilina sulbactam Moxifloxacina 7-21d Bacilos Gram – Associa cefalosporina 2ª ou 3ª geração Duração: 4-6 semanas até resolução rediológica ou até redução para lesão pequena e estável o Drenagem postural + fisioterapia respiratória (brônquio livre acesso gravitacional à traqueia) Indicações de tratamento cirúrgico: o Abcesso grande (>6 cm) sem resposta ao tratamento clínico o Cronicidade o Hemoptise recorrente e maciça o Fistula broncopleural o Empiema Preditores de má resposta: o Associação com brônquio obstruído o Abcesso gigante o Germe resistente Procedimentos cirúrgicos: o Drenagem externa: tubular ou pneumostomia o Ressecção cirúrgica (lobectomia) em menos de 10% dos casos – suspeita de câncer abscedado Prognóstico: Melhora clínica 4 dias e febre em 10 dias Rx: melhora em 2 a 5 meses Persistência febre ou aumento da cavidade Objetivo: cura Bronquiectasias Dilatações brônquicas permanentes acompanhadas de alterações marcadas da parede brônquica: ulceração da mucosa, metaplasia epitelial, hiperplasias das células caliciformes, perda do tecido conjuntivo, supuração, fibrose e colonização No Rx: imagem aeroladas O melhor exame é a TCAR Como ocorre: paciente sofre processo infeccioso e inflamação brônquica dano tissular e respiratório dano pulmonar progressivo alterações da parede brônquica bronquiectasia (CÍCLICO) Classificação Quando à morfologia Quanto à localização: o Localizadas Segmentares ou lobares Associadas: obstrução localizada, compressão extrínseca e/ou distorção brônquica o Difusas Multisegmentares ou lobares Associdas: doenças sistêmicas Quando à etiologia o Congênita o Adquirida Etiologia Congênitas o Discinesia ciliar primária (imobilidade ou disfunção dos cílios) o Situs inversus totalis + BQT + sinusite = sd Kartagener o Fibrose cística o Imunodeficiências: Primária- hipogamaglobulinemia, deficiência seletiva IgA ou de IgG ou subclasses o Sequestro pulmonar o Doenças reumáticas: AR, LES, S Sjogren o Outras: S.Young, RCU, Sd.unha amarela Adquirida: o Resposta inflamatória exacerbada (ABPA) BQT centrais o Imunodeficiência: Secundária: LLC, SIDA, quimioterapia o Obstrução brônquica: CE, neoplasia, adenopatia hilar, impactação mucoide o Aspiração gástrica ou inalação tóxica (cloro, heroína) o Pós-infecciosa: Sarampo, coqueluche Infecções virais (adenovírus) Infecções bacterianas: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Mycoplasma pneumonia, Mycobacterium tuberculosis, anaeróbios Fungos: Aspergillus fumigatus, Histoplasma capsulatum Topografia Predominância do lado acometido é variável entre os trabalhos Preferencialmente pulmão esquerdo e maior frequência no lobo inferior: maior dificuldade de drenagem Diagnóstico Clínico Tosse produtiva Expectoração na maioria dias semana Expectoração diária Fadiga Sintomas rinossinusite Dispneia Hemoptise Dor torácica Exame físico Crepitações Roncos e sibilos Baqueteamento digital Expanção pulmonar diminuída Macicez Bronquiectasia seca (sequela de tb) Diagnóstico Radiológico Rx de tórax: (↓sensibilidade e especificidade) o Diretos: Opacidades lineares paralelas Opacidades tubulares Opacidades em anel ou espaços cístico o Indiretos: Aumento de trama vascular e perda de sua definição – aglomeração trama Hiperinsuflação compensatória do pulmão remanescente Parece uma aglomeração de trama Imagem areolares TC de tórax de alta resolução o TCAR sensibilidade e especificidades > 90% o Diagnóstico o Identificar ou afastar outras doenças o Orientar terapêutica o Diagnóstico: “sinal do anel” /ausência afunilamento brônquico / brônquio na periferia pleura costal / espessamento de parede brônquica / constrições varicosas / formação cística ao final de um brônquio Sinal do anel de sinete: brônquio e artéria Bronquiectasias císticas: não tem a conformação bonitinha redondinha, são mais deformadas Bronquiectasias varicosas: o brônquio vai até a periferia, com algumas constricções Antigamente fazia muito broncografia (imagem acima), mas não faz mais o Na broncografia, injeta contraste idodado na árvore brônquica o Broncoscopia pode ser necessário se: Necessidade de visualização da arvore brônquica Corpo estranho Muita secreção Necessidade de biopsia Avaliação funcional Localizada: não altera Difusa: pode ter: o Obstrução o Capacidade vital ↓ o Distúrbio misto Difusão do monóxido de carbono ↓ Exames complementares Hemograma: neutropenia, linfopenia, linfocitose, Policitemia VHS Gasometria arterial Expectoração Gram. Cultivo – antibiograma o Aeróbicos o Anaeróbicos Diagnóstico da etiologia o Dosagem Igs o Provas de colagenose o Pesquisa de anticorpos contra Aspergillus o Dosagem de cloro e sódio no suro se suspeita de fibrose cística o Biópsia epitélio nasal Complicações Exacerbações infecciosas Empiema Abcesso pulmonar Hemoptise volumosa Pneumotórax Cor pulmonale Objetivos do Tratamento Melhorar qualidade de vida Desacelerar queda funcional →DPA Reduzir exacerbações Tratamento Exacerbação infecciosa: o Fase inicial: pneumococo, hemófilos o Antibioticoterapia empírica não antipseudomonas: Amoxicilina, Amoxicilina-Clavulanato, Macrolideos, Cefuroxima, Ceftriaxona Exacerbação infecciosa: o Evolução da doença: Pseudomonas, Staphylococcus o Antibioticoterapia empírica: Parâmetros clínicos que sugerem P.aeruginosa: VEF1/CVF < 60% Produção de escarro > 20 ml/dia o Antibióticoterapia empírica antipseudomonas: Avaliar gravidade Ciprofloxacina,Levofloxacina GRAVES: Aminoglicosídeo EV + Beta- lactâmico. ATB Inalatório: Benefício ? o + benefício na primoinfecção Tratamento específico: o Reposição de imunoglobulina; hipogamaglobulinemia o Corticosteoides sistêmicos: ABPA o Fibrose Cística Diagnóstico Precoce: Melhora sobrevida Encaminhar para centros de referência de fibrose cística Transplante pulmonar Tratamento supressivo inalatório / oral / IV Interromper o ciclo vicioso: infecção – inflamação – lesão tecidual Infecção crônica por Pseudomonas: - colistina ou gentamicina inalatórios Antibióticos por tempo prolongado- azitromicina 250-500mg 3Xsem Pacientes com 3 ou + exacerbações ao ano Benefícios.... Vacinação Anti pneumocócica conforme esquema Anti influenza Para reduzir exacerbações infecciosas Higiene brônquica Fisioterapia respiratória o Na prática parece ser benéfica – fundamental no tto de pacientes com BQT infectadas/ reabilitação pulmonar. Broncodilatadores o Antes da fisioterapia respiratória/ drogas mucoativas e antibióticos o Em exacerbações da doença com HRB presente o Nos respondedores BD ou dças associadas. Mucolíticos o Reduz viscosidade das secreções- Acetilcisteína. Agentes hiperosmolares Manitol em pó seco inalado e solução salina hipertônica a 7% inalada parecem melhorar o clearance das vias aéreas também nas BQT Heterogeneidade dos estudos Controle das hemorragias brônquicas Brancas: uso de ATB nas exacerbações; repouso Ameaçadoras: o Identificar local de sangramento (broncoscopia/TCAR) o Postura de defesa ao lado sadio o Proteção de via aérea; VM positiva o Embolização de art. brônquicas: não permanente o Conduta cirúrgica: casos extremos Tratamento cirúrgico Ressecção da região comprometida o Boa reserva funcional pulmonar o Doença localizada o Sem melhora dos sintomas o Hemoptise o Sem comorbidades que o impeçam e realizar ciurgia de grande porte Transplante pulmonar o Grande comprometimento funcional e da qualidade de vida o Doença avançada Orientações Cessar tabagismo Cuidados com a nutrição Atividadesaeróbicas
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