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Albano António Assunte Suate 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bases fisiológicas de comportamento 
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidade em gestões laboratoriais 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão de cabo delgado 
2021 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Albano António Assunte Suate 
 
 
 
 
Bases fisiológicas de comportamento 
O seguinte trabalho é de carácter 
avaliativo, a será entregue na cadeira de 
Biologia de comportamento, 4º, 2º 
semestre. 
Leccionado pelo docente: 
dr. Idiamine Mussa Sabe 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
Extensão de cabo delgado 
2021 
 
3 
 
 
Índice 
Introdução ......................................................................................................................... 4 
1.Bases Fisiológicas do Comportamento ......................................................................... 5 
Neuroetologia (Sistema Nervoso & Comportamento) ..................................................... 5 
1.1.1.Os mecanismos de direcção e regulação de processos no organismo animal ......... 5 
1.1.2.Divisão do comportamento quanto aos níveis de vectores ...................................... 6 
1.1.2.1.Função do vector de entrada ................................................................................. 6 
1.1.2.1.1.Divisão dos vectores de entrada quanto a sua capacidade e o seu .................... 7 
1.1.2.2.Função do vector do estado interno ...................................................................... 8 
1.1.2.2.1.Outros factores constitucionais, que determinam o vector do estado................ 8 
1.1.2.3.Função o vector de saída .................................................................................... 10 
1.2.Relações Gerais entre Comportamento e Ambiente ................................................. 11 
1.2.1.Diferenças do ambiente ......................................................................................... 11 
1.2.2.A relação organismo-ambiente .............................................................................. 12 
1.2.3.Diferenças do ambiente tendo em conta o comportamento ................................... 12 
1.3.Vectores do comportamento ..................................................................................... 12 
1.3.1.Os níveis de vector de comportamento.................................................................. 13 
1.3.1.1.Comportamento de entrada (Inglês, behavioural imput) .................................... 13 
1.3.1.2.Comportamento de estado interno ...................................................................... 13 
1.3.1.3.Comportamento de saída (Inglês, behavioural output) ...................................... 13 
1.3.2.Os principais aspectos de vector de comportamento ............................................. 14 
1.3.2.1.Vector de entrada ................................................................................................ 14 
1.3.2.2.Vector do estado interno ..................................................................................... 15 
1.3.2.2.1.As propriedades e capacidades do vector do estado interno ........................... 15 
1.3.2.2.2.As três sob formas básicas diferenciadas entre si ............................................ 16 
1.3.2.3.Comportamento de estado interno induzido ....................................................... 16 
1.3.2.4.Comportamento de estado interno integrado ...................................................... 16 
1.3.2.5.Comportamento de estado interno livre.............................................................. 16 
Conclusão ....................................................................................................................... 16 
Referência bibliográfica ................................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Introdução 
A Neuroetologia é um ramo interdisciplinar que pretende perceber como o sistema nervoso 
central traduz estímulos biologicamente relevantes em comportamento natural. A 
Neurohipófise dos vertebrados produz também muitas hormonas, cuja secreção é regulada 
pelo Hipotálamo. Podemos alistar neste grupo a Oxitocina, cuja secreção durante o parto 
libera o comportamento de ligação mãe-filho dos mamíferos e actua na actividade de secreção 
da glândula mamária. Estas duas instâncias demonstram muitas semelhanças na sua acção 
coordenadora entre o organismo e o ambiente. Assim, hormonas actuam de modo 
relativamente muito lento, demonstram, contudo, um efeito duradoiro comparativamente aos 
nervos. 
A prontidão para a execução de um comportamento influência sistematicamente o vector de 
entrada e, com ele, a recepção e filtração de informações. a principal actividade que é ao 
mesmo tempo capacidade deste vector de entrada consiste na recepção e pré-processamento 
de informações provenientes do meio ambiente. Esta actividade ou capacidade é assegurada 
pela relação funcional vectorial. Sendo assim, o trabalho tem os seguintes objectivos. 
Objectivo geral: 
 Conhecer Bases Fisiológicas do Comportamento 
Objectivos específicos: 
 Explicar os processos funcionais das bases fisiológicas do comportamento dos 
animais; 
 Mencionar as relações existentes entre o organismo-ambiente; 
 Identificar os níveis de vectores de comportamento. 
Quanto a metodologia usada na elaboração do trabalho baseou-se aos materiais bibliográficos 
e a consulta da internet para auxilio na elaboração do mesmo. O trabalho apresenta a seguinte 
estrutura: Introdução, desenvolvimento, conclusão, referência bibliográfica. 
 
5 
 
 
1.Bases Fisiológicas do Comportamento 
Trata-se de um aspecto de organização hierárquica complexa que implica o funcionamento 
coordenado dos três vectores descritos acima. Isto pressupõe que alguma parte no organismo, 
existam mecanismos de integração que ordenam e coordenam os diferentes elementos 
comportamentais de modo a dar-lhes sentido. Pode – se questionar sobre o funcionamento dos 
órgãos dos sentidos, do sistema nervoso central, do sistema nervoso vegetativo, do sistema 
motor e do sistema hormonal, entre outros. 
 Neuroetologia (Sistema Nervoso & Comportamento) 
Para EWERT (1980) A Neuroetologia “é uma disciplina científica que faz uma aproximação 
evolutiva e comparativa ao estudo do comportamento animal e do seu controle pelo sistema 
nervoso”. 
A Neuroetologia é um ramo interdisciplinar que pretende perceber como o sistema nervoso 
central traduz estímulos biologicamente relevantes em comportamento natural. Em poucas 
palavras diz-se é um campo multidisciplinar composto pela neurobiologia e pela etologia. 
1.1.1.Os mecanismos de direcção e regulação de processos no organismo animal 
Na óptica Pires, (2000: p.337) “supõe que existem dois mecanismos de direcção e regulação 
de processos no organismo animal que são: o sistema nervoso e o sistema hormonal, 
dispondo o organismo numa situação funcional e o meio que o rodeia devem adequados”. 
Estas duas instâncias demonstram muitas semelhanças na sua acção coordenadora entre o 
organismo e o ambiente. Assim, hormonas actuam de modo relativamente muito lento, 
demonstram, contudo, um efeito duradoiro comparativamente aos nervos. 
A capacidade dos órgãos sensoriais em animais e no Homem são vistos e analisados com uso 
dos mesmos métodos usados no estudo de outros sistemas, tem como o circulatório. 
Disponível https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-
entender-funcoes-do-sistema-nervoso 
Na óptica de Birbaumer & Schmidt, (1990), São chamadas Fisiologia sensoriais objectiva 
todas capacidades e estruturas a elas subordinadas. As actividades dos órgãos sensoriais 
libertam em nós também sensações e percepções. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurobiologiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Etologia
https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-entender-funcoes-do-sistema-nervoso
https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-entender-funcoes-do-sistema-nervoso
6 
 
 
Estas são igualmente objecto de uma análise científica, nomeadamente da Psicologia da 
Percepção (na Psicologia) ou da Fisiologia sensorial subjectiva (da Fisiologia), onde os dois 
termos possuem mesmo significado. Exemplo: o funcionamento do sistema óptico. 
Os conceitos básicos de ambas as formas de estudos psico-fisiológicos são a 
impressão, a sensação e a percepção. A impressão define-se como sendo a 
unidade básica, a forma mais simples da Fisiologia sensorial subjectiva, 
elemento da experiência sensorial. A sensação forma-se um significado, uma 
relação com o passado ou com a experiência e aprendizagem, do que resulta a 
percepção. (Birbaumer & Schmidt, 1990). 
 1.1.2.Divisão do comportamento quanto aos níveis de vectores 
O comportamento divide - se em três vectores, acordo com a sua classificação: 
 O comportamento ao nível do vector de entrada; 
 O Como ocorre o comportamento ao nível do vector de estado interno; e 
 O comportamento ao nível do vector de saída. 
1.1.2.1.Função do vector de entrada 
Segundo Pires (2000, p:345), O vector de entrada “é responsável pela recepção e pré-
processamento de informações. O pré-processamento pode ser entendido como sendo pré-
filtração, já que é aqui onde ocorre a primeira decisão sobre o que deve continuar para o 
SNC”. 
Tantas vezes, já ouvimos falar sobre os aspectos essenciais em relação organismo - meio 
ambiente. Um desses conceitos trata-se da posição que o comportamento ocupa na sua relação 
com o fisiológico e o ambiente. Na Física, os animais constituem sistemas abertos que são 
caracterizados pela contínua e ininterrupta troca de substâncias e de energia com o ambiente. 
Com esses processos de troca, todos os seres vivos ligam-se ao seu meio e são dependentes 
dele. Como consequência disso, cada animal (sobretudo animais livres) devem receber 
informações sobre o meio que os rodeia para obter o alimento, encontrar um parceiro sexual, 
defender-se de perigos. A obtenção de informações sobre todo um conjunto de factores 
físicos-químicos externos (temperatura, luz, humidade, etc.) ocorre em tempo útil. Nós os 
humanos não conseguimos perceber a luz ultravioleta e não recebemos os sons ultra-sonoros 
do morcego. 
Só através deles é que determinados comportamentos específicos são possíveis: atracção do 
parceiro sexual, o reconhecimento mútuo de indivíduos biossociais (perceiro sexual, filhotes, 
7 
 
 
etc.). A função deste mecanismo de filtração é limitada à organismos e círculos funcionais, 
cuja necessidade de informação é unilateral e muito especializada. Uma filtração baseada 
apenas nas capacidades dos órgãos sensoriais é insuficiente por dois motivos: 
1. De um lado, as informações biologicamente relevantes são muito complexas. 
2. Do outro lado, estímulos complexos, sobretudo na sua combinação multimodal, 
exigem mecanismos de filtração igualmente complexos. 
1.1.2.1.1.Divisão dos vectores de entrada quanto a sua capacidade e o seu funcionamento 
Para as capacidades do vector de entrada funcionam os exteroceptores, que se dividem 
basicamente em dois grandes grupos, que são: 
1. Receptores de contacto: Receptores do gosto; Receptores térmicos; e Receptores de 
tacto ou tango-receptores, que respondem ao tacto. 
2. Tele-receptores: Receptores do infra-vermelho; Mecano-receptores; Cromo-
receptores; Electro-receptores; e Foto-receptores. 
Segundo Paulus (1986), citado por Pires (2000, p:349), O sentido vibratório “é uma forma 
especial do sentido de tacto, o seu estímulo adequado é a energia mecânica oscilatória que é 
transmitida ao receptor no toque directo com um objecto com oscilação rítmica, ou através 
de um meio oscilatório, no campo proximal. Nos vertebrados os receptores vibráteis são 
idênticos aos mecanoceptores”. 
Muitos insectos (Orthoptera, Blattoidea, etc.) possuem nas tíbias órgãos sensitivos especiais 
para a percepção de vibrações. Trabalhos de PIRES apontam para uma magnitude de formas de 
pêlos sensitivos do sentido vibrátil dos Myrmeleonini. Ele advoga que são esses os pêlos que 
possibilitam a detenção de presa a aproximadamente 15 cm da armadilha como tem vindo a 
ser divulgado por outros autores A sensibilidade destes órgãos é geralmente extremamente 
muito elevada, baixo limiar de excitação. Ilustra algumas dessas estruturas sensoriais. 
Segundo W. DRAXLER BASEADO EM TOPOFF, 1977, em: GEPP & HÖLZEL, (1996) citados 
por Pires (2000, p:352) “As informações que a formiga-leão obtém do seu meio externo 
referentes à presa possibilitam a comportamentos típicos conducentes à captura”. 
 
8 
 
 
No vector de entrada existem ao nível dos receptores diferentes adaptações relacionadas com 
a percepção de padrões de figuras. Tembrock, (1992) demonstra de modo particularmente 
interessante, como é que Bufo bufo consegue reconhecer e diferenciar entre presa e predador, 
apesar de ambos possuírem, basicamente, o mesmo padrão de construção do corpo. As 
adaptações ocorridas ao nível do vector de entrada visam assegurar duas funções importantes 
deste vector, nomeadamente a identificação e a localização do objecto funcional: estar 
orientado significa neste sentido a conjugação de ambas as capacidades. No caso do gato, 
identificar e localizar o rato (objecto funcional). 
1.1.2.2.Função do vector do estado interno 
As bases fisiológicas para o funcionamento do vector do estado interno são determinadas, por 
um lado, pelas trocas energéticas e materiais e, por outro lado, pela constituição corpórea 
(massa e dimensões) que, por sua vez, deduz-se destas trocas energéticas e materiais. 
Segundo Rosenzweig e Leiman, (1982) “A determinação do vector do estado interno pelas 
dimensões do corpo, por exemplo, pode ser entendida se observarmos a relação que existe 
entre a dimensão do corpo e a frequência cardíaca, frequência respiratória ou ainda a 
emissão de sons”. 
1.1.2.2.1.Outros factores constitucionais, que determinam o vector do estado interno 
O vector do estado interno pode ser determinado por outros diferentes factores, que são: 
 As funções das células nervosas (neurónios) e a condução de impulsos; 
 O Sistema Nervoso Vegetativo (autónomo); 
 O Sistema Nervoso Central; 
 Os mecanismos de regulação endócrina. 
Analisando estas funções do vector do estado interno, do ponto de vista de processamento de 
informações, ressaltam os seguintes aspectos biologicamente importantes: 
 Processamento de informações da região do sistema nervoso vegetativo; 
 Processamento de informações do sistema nervoso central: (informações actuais do 
ambiente; informações dos conteúdos da memória e processamento integrado de 
informações (actuais e memorizadas); 
9 
 
 
 Processamento de informações que se relacionam com o status endócrino do 
organismo. 
Estes três campos de funções do vector do estado interno estão coordenados entre si por forma 
a permitirem um equilíbrio homeostatico do organismo. 
Para Powers, (1973) “A nossa necessidade de domínio sobre este vector em relação ao 
comportamento tem duas razões básicas”: 
 Ele é que controla o vector de entrada: o comportamento é o controlo do input do 
organismo 
 Igualmente, o vector do estado interno regula e comanda o vector de saía, todo o 
motor, e liga-o às exigências biológicas do corpo. 
Numa linguagem mais simplificada e resumida, dir-se-ia que o vector do estado interno 
constitui a ligação entre o vector de entrada e o de saída. 
Nos mamíferos o córtex do Telencéfalo desenvolveu-se para Neocortex. O Sistema límbico, 
parte do Telencéfalo, está ligado de modo especial ao Hipotálamo. 
Na óptica de Jerison, (1973) No Homem as motivações ganharam neste contexto novo ímpeto 
ao tornarem-se,digamos, independentes e ligados a padrões motores aprendizados. O mesmo 
processo evolutivo levou ao surgimento de processos comportamentais meramente baseados 
no pensamento. 
As aminas biogénicas (Monoaminas) tais como Dopamina, Noradrenalina e Serotonina, têm 
neste contexto um significado especial. As aminas biogénicas indicadas, aqui, estão 
relacionadas entre si. Encontram-se mais concentradas em determinadas terminações nervosas 
e, já foram isoladas de vesículas simpáticas de determinados tecidos nervosos. Pensa-se tratar-
se de “neurotransmiters”, neurotransmissores. 
A Neurohipófise dos vertebrados produz também muitas hormonas, cuja secreção é regulada 
pelo Hipotálamo. Podemos alistar neste grupo a Oxitocina, cuja secreção durante o parto 
libera o comportamento de ligação mãe-filho dos mamíferos e actua na actividade de secreção 
da glândula mamária. As glândulas endócrinas funcionam pelo princípio de feedback. 
10 
 
 
1.1.2.3.Função o vector de saída 
O vector de saída (output) não deve ser reduzido ao observável, ao mensurável, muito 
embora, do ponto de vista da Etologia clássica, ele se situa no centro das atenções dos 
investigadores. O seu nível mais elementar é, por conseguinte, o motor que está relacionado 
com o funcionamento de proteínas contrácteis, as quais, com excepção de algumas 
particularidades dos protozoários, são encontradas em todos os animais: é a actina e a 
miosina. 
No que concerne às funções do motor, pode-se diferenciar entre a função motora de postura 
e função motora de movimento. Enquanto isto, existem para o movimento as seguintes bases: 
 Movimento originado pela função de organelos de forma constante, como o que 
encontramos nos flagelados e ciliados: ondulópodes; 
 Movimento causado por organelos de forma variável: pseudópodes; 
 Movimento através de organelos celulares contrácteis: mionématos; 
 Movimento causado por células musculares dos metazoários. Animais com estas 
células desenvolveram um esqueleto que pode ser diferente dentro dos metazoários, 
esqueleto ósseo-muscular. 
Segundo Birbaumer & Schmidt, (1990) “Os processos fisiológicos relativos/responsáveis 
ao funcionamento do motor e, com este, do vector de saída referem-se aos seguintes 
níveis”: 
 Processos biológicos celulares de produção cíclica de energia, maioritariamente sob 
forma de Adenosina trifosfato (ATP); 
 Processos neurais ligados à oscilações espontâneas que se deixam medir sob forma de 
potenciais eléctricos das membranas; 
 Processos de transmissão aos motoneuróneos, os quais através de sinapses provocam 
contracções musculares; 
 Processos neuronais (o.m.q. neurais) complexos, que colocam programas motores 
(inatos e adquiridos) à disposição de todo um conjunto de actividades 
comportamentais do organismo. 
 
11 
 
 
Para Voss & Herrlinger, (1981) “Animais mamíferos possuem, além do que foi dito, outros 
dois mecanismos motores”: 
 Os chamados Movimentos de correcção, como ajuste às forças perturbadoras do 
ambiente e do próprio corpo do indivíduo; 
 Os movimentos de coordenação (coordenação com processos de excitação no sistema 
nervoso vegetativo, execução de movimentos voluntários, cujos impulsos provêm de 
regiões motores do córtex cerebral). No Homem estes sistemas ganharam nova 
qualidade com o desenvolvimento da consciência. 
1.2.Relações Gerais entre Comportamento e Ambiente 
Ambiente são todas influências energéticas e materiais que recaem sobre o ser vivo. Dentro 
dela, apenas o ambiente eficiente é que vai influenciar o organismo. Nós podemos substituir 
o termo eficiente por eficaz já que se trata da parte do ambiente que é capaz de produzir efeito 
no organismo, também podemos designá-lo com ambiente directo). O ambiente total é 
objectivo, existe independente dos sujeitos concretos (organismos). Enquanto isto, o ambiente 
directo influencia-se reciprocamente com o organismo e os factores actuantes são mais ou 
menos conhecidos: trata-se do ambiente do indivíduo. 
Tembrock (1993) “A uma outra classificação do ambiente do organismo toca os chamados 
ambiente actual e ambiente latente, uma classificação baseada na modalidade de tempo”. 
1.2.1.Diferenças do ambiente 
Schwerdtfeger e Tembrock, (1996), diferenciam entre: 
 Ambiente mínimo: no sentido de nicho ecológico de ELTON (1927), factores 
ambientais indispensáveis à vida; 
 Ambiente psicológico (ambiente perceptível): aquela parte do ambiente que é 
perceptível aos órgãos dos sentidos, também chamado de ambiente próprio; 
 Ambiente fisiológico: constituído por todos factores que agem sobre processos 
fisiológicos; 
 Ambiente ecológico: complexo de todas influências ambientais directas ou 
indirectamente mensuráveis, geralmente caracterizado pelo biótopo e sua biocenose; 
12 
 
 
 Ambiente cósmico: relaciona-se com as influências cósmicas sobre o organismo. 
1.2.2.A relação organismo-ambiente 
Para que a relação organismo-ambiente exista, é preciso que o organismo tenha capacidade de 
ligar-se com ele. Nesta base, nós partimos do pressuposto de que existem basicamente duas 
formas de relacionamento do organismo com o seu ambiente: 
 Relação material-energética, que também pode chamar-se ligação não informativa, 
já que ela segue suas regras e princípios que são independentes dos exterorreceptores, 
mas com um controle por eles. É a ligação com o ambiente que estabelece a troca de 
materiais do organismo. O outro termo usual é conexão; 
 Relação informativa, uma ligação que se desenrola sobre os exterorreceptores e é 
parte integrante do processo de troca de informações. Por outras palavras pode 
sumarizar-se pelo conceito informação. 
Em curtas palavras, conexão refere-se à trocas materiais e energéticas e informação está para 
o fluxo recíproco de informações entre o organismo e o ambiente. Deste modo, descrevemos 
já a troca energético-material e informativa entre o organismo e o ambiente. 
1.2.3.Diferenças do ambiente tendo em conta o comportamento 
Em Biologia do Comportamento é importante estabelecer diferenciação dos ambientes que, 
do ponto de vista do comportamento, que são a seguir: 
 Ambiente não informativo: influências ambientais materiais (conectivas) como 
pressuposto para a troca energético-material do organismo; 
 Ambiente informativo: influências ambientais informativas como pressuposto para a 
troca de informações e para a estrutura interactiva organismo-ambiente a ela 
relacionada. Ainda diferencia-se em três outros sistemas referenciais: Ambiente 
próprio, Ambiente estranho ou externo (Ecossistema e Sistema populacional). 
1.3.Vectores do comportamento 
No comportamento como um processo de troca de informações nós distinguimos, conforme já 
se fez referência, três momentos diferentes: 
13 
 
 
 A entrada ou recepção de estímulos; 
 O processamento de estímulos; e 
 A resposta ou reacção do organismo aos estímulos que recai sobre o ambiente, este 
ambiente pode ser o próprio corpo do organismo. 
Numa descrição de modelo diríamos imput para a recepção e output para a saída de 
informações que vão recair sobre o ambiente. Também são empregues designações tais como: 
vector de entrada ou comportamento de entrada e vector de saída ou comportamento de 
saída. O nível de processamento de informações constitui o que se chama de vector do 
estado interno ou comportamento de estado interno do organismo. 
1.3.1.Os níveis de vector de comportamento 
1.3.1.1.Comportamento de entrada (Inglês, behavioural imput) 
Resulta da recepção e pré-processamento de informações através dos extero-receptores (ou 
melhor exteroceptores), i.e., pelos órgãos dos sentidos, que respondem a estímulos ambientais 
e que no seu conjunto são denominados na Fisiologia de sistema aferente. O processo 
referido aqui pode ser sumarizado pelo conceito “messagem”. Isto significa que quando a 
informação é recebida e pré-processada forma-se uma mensagem. 
1.3.1.2.Comportamentode estado interno 
Uma vez recebidas as informações e pré-processadas, elas podem ser levadas a uma instância 
superior que as processará centralmente, comparando-as com outras anteriormente 
armazenadas. Aqui, falamos do comportamento de estado interno (Inglês, internal state 
behaviour). Resulta da interacção de formas de estado interno (status) com funções corpóreas 
vegetativas e autónomas. Fazem parte deste vector as motivações, as emoções, o nível de 
activação, cuja dinâmica é determinada pelo sistema nervoso e pelo sistema hormonal. 
1.3.1.3.Comportamento de saída (Inglês, behavioural output) 
O seguinte vector é o que se encontra no centro das atenções da Etologia clássica, muitas 
vezes traduzido pelo motor, secreções glandulares, mudança de cores, descargas eléctricas, 
emissão de sons, etc. Trata-se do vector de saída ou comportamento de saída, também 
conhecido. Em jeito de definição, diríamos: é o vector que resulta de processos organísmicos 
14 
 
 
que recaem sobre o ambiente. Estes processos são regulados e dirigidos a partir do vector do 
estado interno, pelo SNC e por instâncias humorais. 
Segundo Baerend et al., (1955), apud Frank, (1984) citados por Pires (2000) “Para os 
funcionamentos de cada vector do comportamento existem pressupostos fisiológicos, os quais 
sempre funcionam como um todo”. 
1.3.2.Os principais aspectos de vector de comportamento 
1.3.2.1.Vector de entrada 
Esta última instância influência também a recepção de informação, mais ou menos no sentido: 
o que, como deve ser visto, ouvido, cheirado, etc. Tal influência refere-se a: 
 Disponibilidade de cada tipo de receptor; 
 Propriedade de actividade de cada tipo de receptor envolvido; 
 Propriedade da actividade do sistema nervoso; 
 Status interno (tipo de comportamento de estado interno); 
Na Fisiologia, o resultado deste processo é descrito pelo conceito “percepção”. 
Estímulo (Inglês, stimulus) define-se, de modo geral, como sendo o estado energético ou 
mudança de estado no ambiente ou no organismo que conduz ou leva à excitação ao nível do 
receptor, ou então ele vai modular uma excitação já existente. 
De acordo com a forma de energia, os estímulos podem ser classificados em estímulos 
mecânicos, térmicos, químicos, ópticos, acústicos, eléctricos e magnéticos. Para que a 
excitação seja produzida, será necessário que o estímulo esteja dotado de energia mínima, o 
que traduz o “princípio de tudo ou nada” da Fisiologia, sendo este limiar energético menor 
para estímulos adequados e maior para os inadequados. À estímulos inadequados os 
receptores não reagem, ou então fazem-no quando demonstram elevada intensidade. 
Estímulo-chave representa uma combinação de diferentes estímulos ambientais, que de modo 
inato, i.e., sem intervenção da experiência individual, libera e direcciona uma acção instintiva 
(mecanismo libertador inato). Muitas vezes participam na liberação de acções instintivas e 
de comportamentos complexos não apenas estímulos isolados, mas sim uma combinação 
destes, que na linguagem etológica chama-se constelação de estímulos. 
15 
 
 
Um mecanismo libertador inacto corresponde a um sistema de filtração e armazenamento 
fixo no genoma e que responde à determinado estímulo-chave de modo específico sem 
intervenção da experiência. Por outras palavras, o estímulo é relacionado à uma determinada 
reacção independentemente da experiência do indivíduo (neste sentido, experiência é o 
mesmo que aprendizagem). Se os estímulos libertadores devem ser aprendidos, então está-se 
perante um mecanismo libertador adquirido (MLA). Quanto ao funcionamento dos 
mecanismos libertadores sabe-se muito pouco. 
1.3.2.2.Vector do estado interno 
O vector do estado interno processa e armazena informações. Ele dispõe ainda de um 
reservatório de informações baseadas nas condições genéticas de cada espécie, é a chamada 
memória filogenética que no fundo condiciona as chamadas reacções instintivas. 
Biologicamente, ele comporta as seguintes componentes importantes: 
 Sistema nervoso, por vezes dividido em central e vegetativo, 
 Sistemas neuro-secretor e humoral com vasos sanguíneos a intermediarem como 
meio, 
 Unidades autónomas de regulação do funcionamento de aparelhos e órgãos internos 
vitais (actividade respiratória, actividade cardíaca, etc.). 
1.3.2.2.1.As propriedades e capacidades do vector do estado interno 
Sob o ponto de vista biocomportamental, os conceitos mais relevantes relacionados com as 
propriedades e capacidades deste vector são: 
 Motivações (impulsos, predisposições para comportamento), 
 Emoções, 
 Vigilância ou nível de activação (Inglês, arousal), 
 Estado motor que pode ser activo ou dinâmico e inactivo ou estático. 
 
16 
 
 
Em seguida vão alguns detalhes importantes sobre o funcionamento do vector do estado 
interno em relação aos outros dois (de entrada e de saída). 
1.3.2.2.2.As três sob formas básicas diferenciadas entre si 
O vector do estado interno pode apresentar-se sob três formas básicas entre si diferentes, mas 
que espelham uma linha evolutiva. 
1.3.2.3.Comportamento de estado interno induzido 
As informações que chegam provenientes do vector de entrada induzem a um determinado 
estado interno que, depois, é traduzido em comportamentos de saída. Numa formulação mais 
simples: o comportamento externo é ditado tão somente pelo vector de entrada. A presença de 
um predador libera fuga em qualquer presa. Este é, por assim dizer, um exemplo muito 
clássico. Mas a apetência para predação pode associar-se a vários outros factores, o que nos 
leva a não incluir este comportamento dentro desta categoria de comportamento de estado 
interno. A apetência entra na segunda categoria. 
1.3.2.4.Comportamento de estado interno integrado 
Para Tembrock (1986) “Na determinação do comportamento de saída participam de igual 
modo o vector de entrada e o status interno do organismo”. 
1.3.2.5.Comportamento de estado interno livre 
Sozinho o status interno do organismo determina o comportamento de saída. Fazem parte 
desta categoria todos comportamentos espontâneos, de motivação interna, como a agressão. 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
Neurologia é um campo multidisciplinar composto pela neurobiologia e pela etologia. É 
preciso lembrar que o vector do estado interno influência, na sua actividade, tanto o vector de 
entrada, quanto o de saída. O gato, neste exemplo, recebe mais ruídos ambientais enquanto 
estiver a procura do rato. Assim que ele tiver já avistado o rato, a maior parte dos ruídos 
passam-lhe despercebidos. Neste exemplo está claro que a instância seguinte à da fase de 
procura bloqueia a primeira. Isto assegura que ao nível do vector de entrada o gato não se 
ocupe mais de estímulos irrelevantes. 
Assim, uma mosca e um sapo possuem ambientes diferentes, mesmo que habitem o mesmo 
biótipo. Dizendo isto por outras palavras, pode-se afirmar que os diferentes ambientes 
resultam das diferenças na percepção dos organismos relativamente aos factores que actuam 
sobre os mesmos. Uma cobra, por exemplo, consegue detectar gradientes de temperatura 
extremamente baixos do que o sapo, o que lhe permite capturar o sapo como presa. Uma vez 
que o sapo está desprovido desta capacidade sensorial, ele não possui o mesmo ambiente da 
cobra. Em outras palavras, os dois organismos ocupam nichos ecológicos diferentes. 
 Do mesmo modo, o girino subordina-se à outras condições ambientais do que a rã adulta. 
Ora, isto justifica igualmente a evolução ontogenética do comportamento, em que muitas 
vezes chega-se a pressão total dos comportamentos observados na fase juvenil. Tratando-se, 
de facto, de comportamentos inatos, o organismo demonstra-os certamente na fase juvenil, 
mas executa-os de modo incerto e incipiente. 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurobiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Etologia
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Referência bibliográficaBIRBAUMER, Niels e SCHMIDT, Robert F. Biologische psychologie, edição 2, editora: 
Springer, 1990. 
EWERT, P. Neuroethology. Springer-Verlag. New York. 1980 
JERISON, Harry J. Evolution of the Brain and Intelligence. Academic Press, New York, 
1973. 
PIRES, Cristiano: Biologia de Comportamento. Editora Escolar, Maputo, 2000. 
POWERS, William T. Behavior: The Control of Perceptions. Chicago: Aldine Publishing Co., 
1973. 
ROSENZWEIG, Mark R. & LEIMAN, Arnold L. Physiological Psychology ed. Ilustrada. 
Editora: D.C. Heath, 1982. 
TEMBROCK, Günter. Biologia de comportamento. Berlin,1992. 
VOSS, Hermam & Herrlinger, Robert. Taschenbuch der Anatomie. Jena, 1981. 
https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-entender-funcoes-
do-sistema-nervoso. 
https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-entender-funcoes-do-sistema-nervoso
https://www.dicyt.com/noticia/estudo-do-comportamento-animal-ajuda-a-entender-funcoes-do-sistema-nervoso
	1.Bases Fisiológicas do Comportamento
	Neuroetologia (Sistema Nervoso & Comportamento)
	1.1.1.Os mecanismos de direcção e regulação de processos no organismo animal
	1.1.2.Divisão do comportamento quanto aos níveis de vectores
	1.1.2.1.Função do vector de entrada
	1.1.2.2.Função do vector do estado interno
	1.1.2.3.Função o vector de saída
	1.2.Relações Gerais entre Comportamento e Ambiente
	1.2.1.Diferenças do ambiente
	1.2.2.A relação organismo-ambiente
	1.2.3.Diferenças do ambiente tendo em conta o comportamento
	1.3.Vectores do comportamento
	1.3.1.Os níveis de vector de comportamento
	1.3.1.1.Comportamento de entrada (Inglês, behavioural imput)
	1.3.1.2.Comportamento de estado interno
	1.3.1.3.Comportamento de saída (Inglês, behavioural output)
	1.3.2.Os principais aspectos de vector de comportamento
	1.3.2.1.Vector de entrada
	1.3.2.2.Vector do estado interno
	1.3.2.2.1.As propriedades e capacidades do vector do estado interno
	1.3.2.2.2.As três sob formas básicas diferenciadas entre si
	1.3.2.3.Comportamento de estado interno induzido
	1.3.2.4.Comportamento de estado interno integrado
	1.3.2.5.Comportamento de estado interno livre
	Referência bibliográfica
	JERISON, Harry J. Evolution of the Brain and Intelligence. Academic Press, New York, 1973.