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CDP5 – PRESSÃO ARTERIAL 1. EXPLICAR OS MECANISMOS DE CONTROLE E REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA. Barorreceptores: • São terminações nervosas especializadas localizadas nas paredes das carótidas e do arco aórtico. • São sensíveis ao estiramento/distensão da parede arterial. Eles sentem a pressão arterial, pois a pressão sanguínea natural distende as artérias. • Resposta compensatória dos barorreceptores à queda de pressão: o Aumento do débito cardíaco acima do normal através do aumento da atividade simpática e diminuição da atividade parassimpática. o Minimização da diminuição da RPT pelo início da vasoconstrição simpática. • Não reverte distúrbios da função cardíaca. Ele apenas os atenua. Ele age para neutralizar ou atenuar tanto os aumentos quanto as reduções na pressão sanguínea Sistema nervoso autônomo simpático: • Ativação dos receptores -adrenérgicos: leva à constrição das arteríolas ou das veias. • Ativação dos receptores 1-adrenérgicos pela norepinefrina e epinefrina: - Aumento da frequência marca-passo - Elevação da velocidade de condução célula a célula - Diminuição do período refratário - Aumento da contratilidade. As contrações cardíacas tornam-se mais rápidas e vigorosas. - Efeito total: aumento da frequência cardíaca e do volume de ejeção. Sistema nervoso autônomo parassimpático: • Os efeitos parassimpáticos sobre o coração são mediados pela liberação de acetilcolina, que ativa receptores muscarínicos colinérgicos do tipo M2. • A ativação dos receptores adrenérgicos M2 tem efeitos opostos àqueles da ativação dos receptores -1 adrenérgicos. • A ativação parassimpática reduz a velocidade dos marca-passos cardíacos, diminui a velocidade de condução de célula a célula e aumenta o período refratário. • Receptores adrenérgicos M3: o Nas células endoteliais: promovem vasodilatação quando ativados e a síntese de óxido nítrico. o No músculo liso das artérias e arteríolas: causa vasoconstrição. Sistema renina-angiotensina-aldosterona: • Secreção de renina: causa vasoconstrição e retenção de Na+, duas ações que mantêm a perfusão tecidual e que aumentam o volume de líquido extracelular vasoconstrição e retenção de Na+, duas ações que mantêm a perfusão tecidual e que aumentam o volume de líquido extracelular. • Angiotensina II: 2. ENTENDER A ATUAÇÃO DOS RINS NA REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL, A INFLUÊNCIA DOS HORMÔNIOS E DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: • RECEPTORES ADRENÉRGICOS: o 1: - Localização: arteríolas (todos os órgãos). - Ativador habitual: norepinefrina dos neurônios simpáticos, epinefrina ou norepinefrina circulantes. - Efeito da ativação: vasoconstrição. - Função: reduz o fluxo sanguíneo aos órgãos; aumenta a resistência periférica total (principal efeito). o 2: - Localização: veias (órgãos abdominais). - Ativador habitual: norepinefrina dos neurônios simpáticos, epinefrina ou norepinefrina circulantes. - Efeito da ativação: vasoconstrição. - Função: desloca o sangue venoso para o coração. o 1: - Localização: coração, todas as células musculares cardíacas. - Ativador habitual: norepinefrina dos neurônios simpáticos, epinefrina ou norepinefrina circulantes. - Efeito da ativação: aumento da frequência do marca-passo; maior velocidade de condução, diminuição do período refratário, contrações mais rápidas e mais fortes. - Função: aumenta a frequência cardíaca, o volume de ejeção e o débito cardíaco (principal efeito). o 2: - Localização: arteríolas do musculo coronário e esquelético. - Ativador habitual: epinefrina e norepinefrina circulantes (receptores não inervados). - Efeito da ativação: vasodilatação. - Função: aumento do fluxo sanguíneo coronariano e da musculatura esquelética. • RECEPTORES COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS: o M2: - Localização: coração e terminações nervosas simpáticas das células. - Ativador habitual: acetilcolina dos neurônios parassimpáticos. - Efeito da ativação: diminuição da frequência do marca-passo, menor velocidade de condução, aumento do período refratário, contrações mais lentas e mais fracas. - Função: reduz a frequência e o débito cardíaco; diminui a magnitude dos efeitos simpáticos sobre as células musculares ventriculares. o M3: - Localização: arteríolas coronárias, genitais, músculo esquelético e outros órgãos. - Ativador habitual: acetilcolina de neurônios simpáticos especializados. - Efeitos da ativação: vasodilatação mediada por óxido nítrico. - Função: aumento do fluxo sanguíneo coronariano, ingurgitamento e ereção, aumento do fluxo sanguíneo muscular. • SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO: o Ativação dos receptores -adrenérgicos: leva à constrição das arteríolas ou das veias. o Ativação dos receptores 1-adrenérgicos pela norepinefrina e epinefrina: - Aumento da frequência marca-passo - Elevação da velocidade de condução célula a célula - Diminuição do período refratário - Aumento da contratilidade. As contrações cardíacas tornam-se mais rápidas e vigorosas. - Efeito total: aumento da frequência cardíaca e do volume de ejeção. • SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO: o Os efeitos parassimpáticos sobre o coração são mediados pela liberação de acetilcolina, que ativa receptores muscarínicos colinérgicos do tipo M2. o A ativação dos receptores adrenérgicos M2 tem efeitos opostos àqueles da ativação dos receptores -1 adrenérgicos. o A ativação parassimpática reduz a velocidade dos marca-passos cardíacos, diminui a velocidade de condução de célula a célula e aumenta o período refratário. o Receptores adrenérgicos M3: - Nas células endoteliais: promovem vasodilatação quando ativados e a síntese de óxido nítrico. - No músculo liso das artérias e arteríolas: causa vasoconstrição. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: ATUAÇÃO DOS RINS: • SRAA • Aumento da excreção de sódio e água 3. DESCREVER A ATUAÇÃO DO SRAA NA REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL. A renina é produzida e secretada pelo aparelho justaglomerular, um conjunto especializado de células musculares lisas que revestem as arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo renal. O resultado final da secreção de renina consiste em vasoconstrição e retenção de Na+, duas ações que mantêm a perfusão tecidual e que aumentam o volume de líquido extracelular. A renina plasmática cliva o pró-hormônio hepático angiontensinogênio em angiotensina I. A angiotensina I é clivada em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA), localizada na superfície das células endoteliais. A ECA é altamente expressa no endotélio vascular pulmonar, mas também é encontrada sobre a superfície de outras células endoteliais, incluindo as que revestem as artérias coronárias. A atividade da ECA regula a produção local de AT II em todos os leitos vasculares. A AT II possui pelo menos quatro ações fisiológicas. Todas essas quatro ações aumentam o volume intravascular e ajudam a manter a pressão de perfusão: 1. Estimulação da secreção de aldosterona por células das glândulas suprarrenais: • Aumenta a reabsorção tubular distal de Na+. 2. Reabsorção aumentada de NaCl no túbulo proximal e em outros segmentos do néfron: • Aumenta a fração do Na+ filtrado que é reabsorvida. 3. Estimulação da sede e secreção de ADH: • A estimulação da sede aumenta a água livre absorvida na vasculatura e a secreção de ADH aumenta a absorção de água livre no ducto coletor. 4. Vasoconstrição arteriolar: • Mantém a pressão arterial. 4. CARACTERIZAR A AÇÃO DOS DIURÉTICOS NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL. DIURÉTICOS DE ALÇA: • Atuam na alça de Henle. • Causam inibição reversiva e competitiva do cotransportador de sódio-potássio-cloro na membrana apical das células epiteliais. • Consequência: inibição da reabsorção de cálcio e magnésio. Esse efeito resulta em aumentodo aporte de cálcio de magnésio (hipocalcemia). • Exemplo: furosemida. Bumetanida, torsemida e ácido etacrínico. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: • Inibem a reabsorção de cloreto de sódio no túbulo contorcido distal. • Atuam no lado apical como antagonistas competitivos do cotransportador de sódio-cloro na membrana luminal das células do túbulo contorcido distal. • Produz natriurese. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO: • Aumentam a reabsorção de potássio no néfron. • Interrompem a reabsorção de sódio através do ducto coletor o Espirolonactona: inibem a biossíntese de novos canais de sódio. o Amilorida e triantereno: bloqueiam a atividade dos canais de sódio.