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Fraturas e Luxações MMSS

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FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Aula IV: Fraturas e Luxações MMSS
Fratura Clavícula
- É um dos ossos que mais sofre
traumatismo, principalmente na
infância. (4% a 16% das frat. de
MS)
Classificação:
1/3 médio – é uma fratura instável
trauma direto ou indireto
1/3 lateral
trauma indireto (queda sobre o
ombro)
1/3 medial (rara)
trauma direto (normalmente cinto
de segurança)
Fratura 
Clavícula
Tratamento conservador:
Criança – Imobilização
toracobraquial por 6
semanas
Adulto – imobilização com
“8” por 6 à 8 semanas.
Complicações:
Pseudoartrose: enxerto do
ilíaco para auxiliar a
fixação.
Compressão vasculo-
nervosa
Fratura Escapular
 Tratamento:
• Imobilização com tipoia
• Analgésicos.
• 10% para 20% necessidade de cirurgia (fragmentos ou há
fratura adicional da clavícula).
• A cirurgia envolve a fixação dos fragmentos da fratura com
placas e parafusos.
Sintomas:
• Dor;
• Edema;
• Ferimento grave na pele sobre a escápula.
• Hematoma nas costas.
Incidência:
• Corpo: 45%
• Cavidade Glenoidal: 10%
• Colo glenoidal: 10%
• Acrômio: 8%
• Proc. Coracóide: 7%
• Espinha: 5%
• Fratura Escapular
 Mecanismos: 
Queda Sobre O Cotovelo Ou Sobre Uma Mao Espalmada, Sobretudo Em 
Idosos;
 Característica: 
Ocorre Desvio De Intensidade Variável; Fratura Impactada
 Prevalência: 
Mulheres Idosas Devido Rarefação Óssea
 Sinais Clínicos: 
• Hematoma Na Região Superior E Média Do Braço
• Mobilidade Em Certa Amplitude
• Dor Intensa – Fratura Não Impactada
• Sem Dor Passando Despercebido – Fratura Impactada
 Complicações: 
• Rigidez Articular
• Lesão Do Nervo Axilar
COLO DO ÚMERO
TIPOS:
1. FRATURAS IMPACTADAS:
• Imobilização desnecessária
• Mobilização + tipóia
COLO DO ÚMERO
2. FRATURAS NÃO IMPACTADAS:
• 1ª semana, imobilização com tipóia junto ao tórax, mobilização não
permitida;
• Preconiza-se exercícios de dedos e mãos;
• Imobilização do ombro deve ser mantida por 2 a 3 semanas.
• Pode ser necessário imobilizar com gesso toracobraquial
• Em abd por 4 semanas.
TRATAMENTO CONSERVADOR:
• Mesmo com desvio acentuado é compatível um tratamento conservador,
e o método de tratamento mais satisfatório é aquele que permite
mobilização precoce.
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FISIOTERAPIA
PROTOCOLO DE 3 FASES PROGRESSIVO 
(SIZINIO e XAVIER, 1998)
FASE 1: 3ª semana para redução fechada, e 7 a 10 dias
para fixação interna (aberta):
- começar com os exercícios pendulares, elevação anterior
e rotação externa passiva.
- aplicação de TENS, o uso de calor e frio.
- massagem manual descontraturante.
- exercícios isométricos submáximos.
FASE 2: 4 a 6 semanas nas fixações internas
e 6 a 8 semanas nas reduções fechadas.
Compreende os exercícios ativos e o
fortalecimento precoce.
Os exercícios resistidos na posição supino com
halteres, ou em pé utilizando banda elástica de
resistência graduada.
FASE 3: da 8ª semana para reduções
fechadas e 12ª, para fixações internas.
Alongamentos e fortalecimentos, sendo o último
de modo funcional, no qual os exercícios são
direcionados para as AVD’s.
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Complicações:
• Lesões neurovasculares;
• Capsulite adesiva;
• Consolidação viciosa;
- É a fratura mais comum em jovens e geralmente produz
grande deformidade.
- Mecanismo traumático:
Trauma direto (+ comum)
Trauma indireto (queda com a mão espalmada)
- No exame físico é imprescindível uma análise minuciosa das
funções do nervo radial.
DIÁFISE DO ÚMERO
FRATURA DIAFISÁRIA DO ÚMERO:
Fig. 1 – Fratura diafisária do terço médio do úmero
Fig. 2 – Tratamento com placa e parafuso.
Fig. 3 – Tratamento com haste intramedular.
Fig. 4 – Colo ósseo de uma fratura tratada 
conservadoramente.
Tratamento cirúrgico: Haste intramedular; Placa e parafuso 
e Fixador externo
http://www.wheelessonline.com/image9/humn12.jpg
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Complicações:
Lesão nervosa
Pseudoartrose
Lesão vascular
Consolidação viciosa.
FRATURA SUPRACONDILIANA DO 
ÚMERO
MECANISMO: 
Queda com o braço estendido
PREVALÊNCIA: Mais comum e importante em crianças
TRATAMENTO: 
• Sem desvio – gesso por 3 semanas.
• Com desvio – redução sob anestesia com cotovelo fletido e após 
imobilização com gesso com cotovelo fletido 
COMPLICAÇÕES: 
• Lesão da artéria braquial
• Lesão do nervo mediano
• Contratura Isquêmica de Volkman
• Consolidação viciosa (deformidade)
FRATURA SUPRACONDILIANA DO 
ÚMERO
TIPOS:
• Em extensão (97%) – Resultam de uma queda com cotovelo em 
extensão, resultando em uma força de angulação concentrada na região 
supracondiliana, no olecrano, provocando a fratura.
• Flexão (3%) – Cotovelo em flexão, com mecanismo clássico de lesão 
sendo o trauma direto sobre a região posterior do cotovelo em uma 
queda
FRATURA SUPRACONDILIANA DO 
ÚMERO EM CRIANÇAS
FRATURA SUPRACONDILIANA DO 
ÚMERO EM CRIANÇAS
FRATURA SUPRACONDILIANA DO 
ÚMERO EM CRIANÇAS
MECANISMO: 
• Queda
CARACTERÍSTICA: 
• Raras
• Problemáticas
• Mais frequente no côndilo lateral
PREVALÊNCIA: 
• Crianças
TRATAMENTO: 
• Sem desvio: gesso
• Com desvio: redução com anestesia e gesso com cotovelo a 90º
• Cirurgia – parafuso inserido lateralmente em posição oblíqua
COMPLICAÇÕES: 
• Tendência a não consolidar
• Deformidade do cotovelo
• Osteorartrose
FRATURA DE CÔNDILO DO ÚMERO
FRATURA DO EPICÔNDILO DO ÚMERO
MECANISMO: 
• Trauma direto
• Avulsão dos flexores durante a queda
CARACTERÍSTICA: 
• Atinge mais o epicôndilo medial
PREVALÊNCIA: 
• Crianças
COMPLICAÇÕES: 
• Fragmento na articulação
• Lesão do nervo ulnar
FRATURA DE OLÉCRANO
MECANISMO:
• Golpe ou queda sobre a ponta do cotovelo
(fletido ou em extensão)
CARACTERÍSTICA:
• Traço, sem desvio, dois fragmentos
cominutiva
PREVALÊNCIA:
• Adultos
COMPLICAÇÕES:
• Não consolidação
• Osteoartrose
 Tipos de fraturas:
• Cominutiva: pequeno deslocamento dos fragmentos;
• Transversa: presença de uma lacuna e movimento de
extensão limitada;
FRATURA DE OLÉCRANO
FRATURA DE OLÉCRANO
 Tratamento conservador: apenas 
na criança;
 Tratamento cirúrgico: 
osteossíntese com banda de 
tensão.
 Complicações: 
• Rigidez articular (aderência ou 
miosite ossificante) e déficit na 
extensão.
• Lesão do nervo ulnar
• Osteoartrose do cotovelo
• Lesão do LCM
FRATURA DE OLÉCRANO
MECANISMO:
• Queda com a mão em hiperextensão
CARACTERÍSTICAS:
• Luxação posterior ou póstero-lateral
• Associada a fratura da cabeça do rádio,
capítulo ou epicôndilo medial
TRATAMENTO:
• Redução sob anestesia seguida do
gesso com flexão a 90º
COMPLICAÇÕES:
• Lesão da artéria braquial
• Rigidez articular
LUXAÇÃO DO COTOVELO
LUXAÇÃO DO COTOVELO
MECANISMO: Queda sobre a mão em hiperextensão
CARACTERÍSTICAS: Desvio posterior
PREVALÊNCIA: mulheres com mais de 40 anos,
associada a osteoporose
DEFORMIDADE: Punho em Dorso de garfo
FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO 
RÁDIO 
+ PROCESSO ESTILÓIDE DA ULNA
A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais
freqüente em crianças entre 6 e 10 anos e pessoas
idosas, especialmente mulheres acima de 50 anos.
É a fratura potencialmente deformadora, e tem como
causa mais freqüente uma queda sobre a mão aberta.
FRATRA DE COLLES
As Fraturas de Colles podem
ser:
1– Oblíqua:fratura que pode
romper os tecidos e os vasos
2– Transversal: perpendicular
aos ossos do antebraço.
 Complicações:
• Lesão nervosa.
• Diminuição ADM;
• Lesão tendinosa;
Tratamento:
- Até o primeiro mês:
exercícios de ADM para ombro
e dedos (redução fechada);
- Após 6 semanas; exercícios
passivos, ativos e resistidos
graduados para ombro, punho
e dedos.
SMITH ou COLLES INVERTIDA
FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO
MECANISMO: Queda sobre a mão em flexão
CARACTERÍSTICAS: Desvio anterior
PREVALÊNCIA: Jovens
FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO 
Fratura-luxação de Monteggia.
Fratura da ulna que afeta a articulação 
com o rádio. Mais precisamente, é uma 
fratura do terço proximal da ulna com 
deslocamento da cabeça do rádio.
 Mecanismo por trauma direto – é o 
mais frequente.
http://www.wheelessonline.com/images/i1/mont1.jpg
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Fratura-luxação de Monteggia.
 Tratamento 
• Conservador: Imobilização 
axilopalmar com cotovelo fletido e 
mão neutra por aproximadamente 6 
semanas.
• Cirúrgico: Fixação com placa e
parafuso + imobilização igual anterior.
 Complicações:
• Pseudoartrose.
• Reluxação da cabeça do rádio.
• Perda de redução
Fratura diafisária do rádio com 
luxação da cabeça da ulna
Três vezes mais comum que a 
de Monteggia
Complicação: 
Angulação póstero-lateral e 
encurtamento do rádio
Dano vascular e nervoso raro
Fratura-luxação de Galeazzi
Mecanismo:
Golpe direto no lado dorso-
lateral do punho 
Queda sobre a mão 
estendida e antebraço em 
pronação
Tratamento: Redução aberta e 
fixação interna
Prognóstico depende da 
gravidade das lesões
Fratura-luxação de Galeazzi
Tratamento Fisioterapêutico:
Inicialmente, o tratamento mais indicado é o conservador
ortopédico por redução sob anestesia e gesso mantido em um 
período de 4 a 5 semanas.
Nas primeiras semanas (com o paciente ainda gessado), é 
pertinente observar as falanges..
A mobilização ativa das falanges e a contração isométrica podem
ser realizadas o mais precoce possível.
Após a retirada do gesso: 
=> Mobilização de carpos, metacarpos, falanges;
=> Alongamento passivo (respeitando o limiar álgico do paciente);
=> Contrações isométricas em múltiplos ângulos. 
=> Laser; Eletroterapia; Hidroterapia
FRATURA DO ESCAFÓIDE
Maior osso da fileira proximal e o mais suscetível à
fratura por sua posição quase que intercalar entre as
duas fileiras. Pode ser palpado ao nível da tabaqueira
anatômica, logo distal ao processo estilóide do rádio
MECANISMO: Queda sobre a 
mão em hiperextensão
PREVALÊNCIA: Adultos jovens
CARACTERÍSTICA: dificuldade 
de detectar no Raio X
COMPLICAÇÕES: 
• Retardo de consolidação
• Pseudoartrose
• Necrose avascular
FRATURA DO ESCAFÓIDE
FRATURA DO SEMILUNAR
• Com o punho fletido, pode-se palpar o semilunar, que se 
projeta distalmente, na superfície articular dorsal do punho. 
Sua face dorsal é convexa e é seguida, distalmente, pela 
superfície côncava do capitato.
FRATURA DO SEMILUNAR
• MECANISMO: Queda sobre 
a mão em hiperextensão
• PREVALÊNCIA: Adultos 
jovens
• COMPLICAÇÕES:
- Necrose avascular
- Osteoartrose
- Lesão do nervo mediano
BASE DO 1º METACARPIANO
MECANISMO: Força longitudinal aplicada por um golpe (boxe)
TIPOS: Transverso/oblíquo 
FRATURA DE BENNET: fratura oblíqua intra-articular
Fratura de Rolando
BASE DO 5º METACARPIANO
FRATURA DE BOXER (mais comum)
MECANISMO: Luta de boxe. O colo do metacarpiano torna-
se angulado para frente sobre a diáfise. 
Pode causar rigidez.
FALANGES
IMOBILIZAÇÃO: Em extensão total para 
fraturas com desvios.
ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL
LUXAÇÃO X SUB-LUXAÇÃO
MECANISMOS: Mais comum
Queda sobre o ombro
Queda com a mão em hiperextensão
MOVIMENTOS: Abdução e rotação externa
SINAIS CLÍNICOS: Dor intensa
Resistência aos movimentos do ombro
LUXAÇÃO ANTERIOR DO OMBRO
LUXAÇÃO POSTERIOR DO OMBRO
MECANISMOS: Trauma direto na região anterior do ombro
Choque elétrico
Convulsão
MOVIMENTOS: Adução e rotação interna
SINAL CLÍNICO: Rotação medial fixa do braço 
LUXAÇÃO ANTERIOR DO OMBRO
LUXAÇÃO POSTERIOR DO OMBRO

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