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Avaliação Marcha

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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA 
FISIOTERAPIA – INTEGRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA MARCHA E MARCHAS PATOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Explicar cada uma das fases da marcha descritas na ficha de avaliação. 
- Associar a ação muscular (principais músculos) com cada fase da marcha destacando 
suas ações, exemplo: m. iliopsoas tem ação concêntrica na fase de balanceio inicial. 
- Explicar e justificar as fases alteradas nas marchas patológicas: ceifante, 
parkinsoniana, atáxica, escarvante e em tesoura. 
 
Fases da marcha: 
Inicialmente, na marcha, temos a fase de apoio, momento onde ocorre o contato do pé 
com o solo. Esta etapa é dividida em 4 fases, onde alguns autores dividem em 5, são 
elas: 
− Choque de calcanhar: Também chamado de toque de calcanhar, é o ponto inicial 
da fase de apoio, quando o calcanhar faz contato com o solo. 
• Tornozelo: Em posição neutra entre dorsiflexão e flexão plantar. Músculos 
dorsiflexores estão ativos e mantêm o tornozelo nesta posição. 
• Quadril e joelho: Inicia-se uma flexão, que absorve uma parte do choque quando 
o pé toca o chão. Músculo quadríceps que estava em contração concêntrica passa 
para excêntrica visando reduzir grau de flexão do joelho. 
• Músculos principais: Paravertebrais profundos, isquiotibiais, quadríceps femural 
e pré-tibiais 
 
− Aplanamento do pé: Ou chamado apoio completo do pé e resposta carga, é o 
momento onde o pé todo está em contato com o solo. 
• Tornozelo: Aproximadamente 15° de flexão plantar, com contração excêntrica 
dos músculos dorsiflexores, para evitar grande impacto ao atingir o pé no chão. 
• Quadril e joelho: Cerca de 20° de flexão da perna, a coxa se estende em ação 
concêntrica permitindo que o restante do corpo acompanhe o membro inferior. 
• Músculos principais: Glúteo máximo, mínimo, adutor magno, quadríceps 
femural. 
 
 
− Apoio médio: Esse momento é caracterizado como o ponto em que o corpo passa 
sobre o membro inferior que sustenta o peso. 
• Tornozelo: Há leve dorsiflexão, porém os dorsiflexores tornam-se inativados. Já 
os flexores plantares se contraem em contração concêntrica para controlar a 
velocidade do movimento. 
• Quadril e joelho: Perna e coxa continuam a se estender de forma concêntrica. 
• Músculos principais: Glúteo médio, mínimo e tensor da fáscia lata e abdominais. 
 
− Saída (elevação) do calcanhar: Essa fase é agrupada com a próxima (saída dos 
dedos, sendo chamada de impulso) por muitos autores, inclusive assim está na ficha 
de avaliação, mas para melhor entendimento, será aqui explicada separadamente. É 
o momento em que o calcanhar sai do solo. 
• Tornozelo: Leve dorsiflexão e em seguida, flexão plantar, sendo feita de forma 
concêntrica. Os músculos flexores plantar “empurram” o corpo para frente. 
• Quadril e joelho: Há extensão quase total da perna e hiperextensão da coxa. 
• Músculos principais: Paravertebrais, glúteo médio, mínimo, tríceps sural. 
 
− Saída (elevação) dos dedos: É o fim da fase de impulso. 
• Tornozelo: Dedos do pé em hiperextensão concêntrica, cerca de 10° de flexão 
plantar 
• Quadril e joelho: Flexão de coxa e perna. Coxa perpendicular ao solo. 
 
 
− Impulso dos artelhos: Está etapa é proposta por alguns autores como a junção das 
duas anterior, saída de calcanhar e dedos. 
 
 
A fase de balanço possui três momento, onde todos ocorrem sem sustentação 
do peso, são eles: 
− Balanceio inicial: Também chamado de fase de aceleração, é o momento em que o 
membro inferior está atrás do corpo movendo-se para alcançá-lo. 
• Tornozelo: Dorsiflexão onde dorsiflexores agem em ação concêntrica. 
• Quadril e joelho: Flexão de perna e coxa continua, o que move o membro para 
frente. Ação concêntrica do iliopsoas (principal neste momento). 
• Músculos principais: Iliopsosas, retofemural, grácil, sartório, tensor da fáscia 
lata, bíceps femural, grácil e sartório 
 
− Balanceio médio: Coxa e perna encurtam permitindo que pé saída do solo durante 
o balanço. 
• Tornozelo: Dorsiflexores colocam o pé em posição neutra. 
• Quadril e joelho: Flexão de perna máxima (cerca de 65°) e coxa cerca de 25° de 
flexão, isso move o membro inferior para frente do corpo e coloca a perna em 
posição vertical. 
• Músculos principais: Iliopsosas, grácil, sartório, tibial anterior, extensor longo 
dos dedos e extensor longo do hálux em ação concêntrica. 
 
− Balanceio final: Também chamada de fase de desaceleração, é o momento em que 
o membro inferior atinge o ponto máximo de balanço para frente. 
• Tornozelo: Dorsiflexores ativos para manter tornozelo em posição neutra, dessa 
forma, prepara-se para o toque de calcanhar no solo. 
• Quadril e joelho: Extensão de joelho e contração excêntrica dos músculos 
posteriores da coxa, visando desacelerar o membro inferior. Quadril fletido em ação 
concêntrica. 
• Músculos principais: Paravertebrais profundos, isquiotibiais, quadríceps femural. 
 
➢ Dissociação das cinturas: 
− Os músculos oblíquos do tronco atuam efetivamente na marcha, produzindo os 
movimentos de rotação no sentido inverso das cinturas pélvicas e escapular, na qual 
é chamado de dissociação de cinturas. 
− Ao caminhar os quadris descem quando cada lado da pelve desce, isso é chamada 
de inclinação lateral da pelve e ocorre quando o membro inferior deixa de sustentar 
o peso na fase de saída dos dedos do solo. Esta inclinação seria maior se não fosse 
a ação conjunta dos músculos abdutores de coxa do lado oposto e eretores de 
espinha do mesmo lado. 
− O tronco deve permanecer ereto durante toda a marcha. 
 
 
 
Marchas patológicas: 
➢ Ceifante: 
− As causas da disfunção da marcha em pacientes com hemiplegia se devem a controle 
motor desordenado, fraqueza e falta de controle muscular voluntário, interferência 
ocasionada pelo tônus e pela rigidez muscular anormal, e um mecanismo 
desordenado de controle postural. 
− Durante o balanço, disparos musculares atípicos, padrões de iniciação inapropriados 
e incapacidade de manter os disparos apropriados são mais perceptíveis. O momento 
para a frente geralmente está perdido, resultando em uma marcha entrecortada e 
ineficiente. 
− Se a pelve estiver retraída, o início da fase de balanço costuma ocorrer com a 
elevação pélvica e o encurtamento do tronco. 
− O comprimento do passo da perna envolvida é menor. 
− A fase de apoio é caracterizada por um tempo de apoio duplo maior, o que reflete o 
maior tempo sobre o membro afetado. Dados cinéticos demonstram uma perda do 
faseamento normal e da modulação da atividade muscular ao longo do ciclo da 
marcha. 
 
➢ Parkinsoniana: 
− Os pacientes com mal de Parkinson sofrem dificuldades em todas as três subtarefas 
da marcha: aceitação do peso, apoio simples e avanço do membro. Essas limitações 
funcionais são causadas pela constelação de disfunções e sintomas que afligem o 
paciente com mal de Parkinson: fraqueza, rigidez, ativação e sequenciamento 
muscular anormal, perda de flexibilidade, deformidades e formação de contraturas, 
além de coordenação dos movimentos debilitada. 
− Nos membros inferiores, é comum o desenvolvimento de contraturas nos flexores do 
quadril e do joelho, nos adutores do quadril e nos flexores plantares. Essas mudanças 
geram um efeito negativo sobre a capacidade de sustentar, adequadamente, o peso 
do membro inferior, uma função que exige extensão do quadril, controle do joelho e 
flexão dorsal do tornozelo pelo menos até o ponto neutro. 
− O tronco flexionado para a frente costuma levar a uma deformação cifótica, a qual, 
com o tempo, compromete a mobilidade do tronco e a força antigravitacional dos 
grupos musculares flexor e extensor. 
− Em virtude dessas mudanças e dos sintomas de acinesia e bradicinesia, o padrão de 
marcha de um paciente com mal de Parkinson tem várias características clínicas 
peculiares. 
− Os movimentos doquadril, do joelho e do tornozelo são reduzidos, e há uma falta de 
extensão generalizada do quadril e do joelho, bem como de flexão dorsal no 
tornozelo. 
− Os movimentos do tronco e da pelve estão reduzidos, resultando na falta do balanço 
recíproco dos braços, rotação e dissociação limitadas, além de incapacidade do 
movimento pélvico de contribuir efetivamente para o ciclo de marcha limitando a 
rotação, diminuindo o torque e reduzindo o avanço do membro. → O comprimento da 
passada está bem menor, de forma que o paciente caminha com passos pequenos 
e “arrastados”. 
− Não ocorre o contato do calcanhar no contato inicial, mas sim um pé plano ou uma 
progressão dos dedos para o calcanhar. O tronco pode estar encurvado, flexionado 
e rigidamente limitado em rotação. 
 
➢ Atáxica: 
− A alteração cerebelar acarreta em marcha atáxica. A ausência de coordenação 
provoca movimentos espasmódicos irregulares. 
− O equilíbrio tende a ser deficiente e a base de sustentação ao caminhar é larga 
(marcha abduzida). Em geral, a pessoa tem dificuldade para caminhar em linha reta 
e tende a cambalear. O movimento recíproco do membro superior também parece 
ser espasmódico e irregular.Todos os movimentos parecem exagerados. 
− Na marcha atáxica, o comprimento do passo é desigual, a largura é irregular, não há 
ritmo e os pés costumam ser levantados muito alto. 
− A relação normal entre as fases de apoio e balanço da marcha está alterada e, em 
geral, não há balanço dos braços.Tipicamente, o movimento é de base ampla, e há 
evidências de estabilidade proximal insuficiente na altura dos ombros e da pelve. 
− O movimento durante a marcha também é afetado, secundariamente, por geração 
de força inadequada, anormalidades de sequenciamento e incapacidade de regular 
a postura. 
− A função de apoio pode ser afetada por interferência de várias restrições, como 
fraqueza, sobretudo nos extensores do quadril e do joelho, contratura, disfunção 
sensorial e tônus anormalmente baixo ou movimento descoordenado. 
− Durante o balanço, são mais notáveis a ativação muscular atípica, padrões de 
iniciação inadequados e a incapacidade de manter uma ativação muscular 
adequada. 
− O avanço para a frente do membro costuma apresentar base ampla e abdução do 
membro, com evidências de dismetria, ocasionando mau posicionamento do membro 
durante o apoio. 
 
➢ Escarvante: 
− Marcha escarvante ou do pé caído. O paciente com uma marcha escarvante 
apresenta fraqueza ou paralisia dos músculos dorsiflexores, acarretando pé caído 
(steppage). Para compensar e evitar o arrastamento dos pododáctilos contra o solo, 
o paciente eleva o joelho além do normal. No contato inicial, o pé bate contra o solo 
por causa da perda de controle dos músculos dorsiflexores decorrente de lesão dos 
músculos, de sua inervação periférica ou de raízes nervosas que os inervam. 
− O músculo gastrocnêmio é um músculo biarticular que faz a flexão plantar do 
tornozelo e a flexão do joelho. Durante a sustentação de peso, o peso do corpo pode 
forçar certo grau de dorsiflexão e, assim, a contratura do músculo gastrocnêmio força 
a extensão do joelho. Além disso, há elevação precoce do calcanhar durante o 
impulso (apoio terminal), o joelho é levantado mais alto durante a fase de balanço e 
os dedos do pé tocam o solo primeiro durante o toque do calcanhar (contato inicial). 
 
➢ Em tesoura: 
− A espasticidade dos músculos adutores do quadril causa a marcha em tesoura 
(também denominada marcha espástica). 
− Essa marcha é mais evidente durante a fase de balanço, quando o membro inferior 
sem apoio balança em direção ao membro inferior de apoio, encostando-se nele ou 
cruzando-o. Não é preciso dizer que há estreitamento da base da marcha. O tronco 
pode se inclinar sobre o membro inferior de apoio quando o membro inferior em fase 
de balanço tenta ultrapassá-lo. 
− No balanço, a adução excessiva do quadril está ligada ao alinhamento medial de todo 
o membro. Este começa no balanço inicial, quando o quadril está fletido, e progride 
durante o balanço. 
− O resultado de uma excessiva adução no balanço é uma base de apoio diminuída. 
Referências: 
S., L. L. Cinesiologia Clínica e Anatomia, 6ª edição.Grupo GEN, 2018. 
9788527734004. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734004/. Acesso em: 20 Mar 
2021 
J., M. D. Avaliação Musculoesquelética. Editora Manole, 2010. 9788520451960. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451960/. 
Acesso em: 20 Mar 2021 
 
A., H.P.; (EDS.), B.D.B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. Editora Manole, 2014. 
9788520449776. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520449776/. Acesso em: 19 Mar 
2021

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