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Piodermites As piodermites são geralmente decorrentes do aumento de bactérias presentes na microbiota normal ou transitória da pele. São infecções bacterianas da pele, podendo apresentar diferentes origens tais como infecciosa, inflamatória e neoplásica. Agente Etiológico Staphylococcus Pseudointermedius Tipos de Piodermites Primária: Sem a presença de uma causa de base. Secundária: Presença de uma doença de base. Decorrente de fatores predisponentes que alteram a resistência da pele e predispõem a infecções, tais como: traumas, umidade excessiva, queimaduras, sujeira, irritantes químicos, congelamentos, irradiação, dieta inadequada e infestação parasitária. Fatores Predisponentes e Agentes Etiológicos As causa subjacentes mais comuns de piodermite são: • Doenças cutâneas alérgicas: dermatite atópica canina, alergia alimentar e dermatite alérgica à picada de pulga. • Doenças cutâneas parasitárias: sarna sarcóptica, demodicose. • Doenças parasitárias sistêmicas: leishmaniose. • Doenças endócrinas: hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo. • Alterações da queratinização: seborreia primária. • Doenças auto imunes. • Dermatoses congênitas / hereditárias. • Imunodeficiência congênita ou adquirida. • Doenças de origem fúngica: dermatofitose e dermatite a Malasseziose. Classificação As piodermites são classificadas como primárias ou secundárias de acordo com a ausência ou presença de uma causa de base, podendo ser classificada de acordo com a profundidade da infecção em: piodermite de superfície e piodermite profunda. Piodermite de Superfície A piodermite de superfície é limitada ao estrato córneo, não havendo a invasão da epiderme e sim uma colonização de patógenos sobre à superfície da pele. Geralmente é desenvolvida a partir de traumas exercidos sobre a pele devido a prurido intenso e as lesões características são: • Erosões superficiais que não penetram além da membrana basal da epiderme associadas à presença de eritema, exsudato e prurido. Haverá o comprometimento da epiderme, da porção superficial dos folículos pilosos e do espaço interfolicular. As lesões mais frequentes são pústulas que podem ser foliculares, resultando na acumulação de pus nos folículos pilosos, ou não foliculares. Piodermite Profunda São infecções mais sérias que envolvem camadas mais profundas da pele, invadem a derme podendo acometer o tecido subcutâneo, podem induzir a sinais sistêmicos de doença. Entre as apresentações clínicas está a furunculose, a celulite, paniculite. Entre as doenças está a foliculite, furunculose e celulite do Pastor Alemão, Pitbull, American Stanfordshire, Bull Terier. Furunculose podal, foliculite e furuncolose do focinho, abcessos subcutâneos e etc. Cicatriz — Furunculose Tratamento: Antibioticoterapia por períodos longos > 90 dias. Diagnóstico O diagnóstico é feito baseado na história e sinais clínicos: pústulas, colarinhos epidérmico, lesões tonsuradas ou em “roedura de traça”. Análise do conteúdo nas pústulas e úlceras por citologia: quantitativo (subjetivo), neutrófilos (fagocitose). Em casos mais graves ou recidivantes, pode ser necessário realizar uma cultura bacteriana com antibiograma. Além disso, deve ser investigado a causa do problema, descartando todas as doenças secundárias que podem levar ao quadro de piodermite. Exames complementares para excluir ou identificar uma causa de base: EPRC, citologia, dosagens hormonais e histopatológico. Infecções: Consequência da redução da imunidade associada a alterações de barreira cutânea. Tratamento Terapia antibacteriana tópica: • Clorexidine 2% • Irgasan 0,5 a 1% • Ácido hipocloroso 0,05% • Pomadas / cremes / spray (ácido fusídico 2%, mupirocina 2%, rifampicina 10mg/ml) Como escolher o antibiótico sistêmico? Tempo de Antibioticoterapia Mínimo: 21 dias (30 dias) 7 Terapia pode chegar a 90 dias ou mais. Sempre tratar infecção bacteriana primeiro. A reavaliação do paciente após a terapia, auxilia muito no diagnóstico final. Terapia Sistêmica das Piodermites Não é mais recomendada, pois sabe-se que pode ser um fator que seleciona resistência B
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