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Orquiectomia em pequenos animais

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Orquiectomia em pequenos animais 
• Orquiectomia é a excisão dos testículos com objetivo de evitar reprodução, comportamentos 
indesejáveis ou tratamento de doenças 
• Castração quando o objetivo é apenas evitar a reprodução 
INDICAÇÃO 
• Controle populacional 
• Diminui agressividade, perambulação 
• Reduz comportamento indesejável de micção 
• Prevenção de doenças andrógenas (doenças prostáticas, adenomas perianais e hérnias perineais) 
• Tratamento de doenças congênitas (anormalidades testiculares e epididimárias, neoplasias, 
traumas) 
• Controle de epilepsia, e de doenças endócrinas 
• Uretrostomia escrotal, abscessos escrotas ou herniorrafia inguino-escrotal 
• Tratamento de torções testiculares, infectados ou torcidos 
ORQUIECTOMIA EM CÃES 
• Abordagem pré escrotal aberta ou fechada: mais comum, mas fácil 
• Fechada é usada quando tem tumor e faz a retirada da túnica 
• Abordagem perineal: exposição mais difícil, usada quando animal já está em posição perineal 
Tem que ser a técnica aberta 
ORQUIECTOMIA EM GATOS 
• Abordagem sempre perineal aberta 
ORQUIECTOMIA PRÉ ESCROTAL ABERTA 
• É a técnica de escolha para cães, que evita contaminação e infecção da bolsa escrotal 
1. Animal é colocado em decúbito dorsal 
2. Faz a antissepsia do abdômen caudal e face cauda da coxa 
3. É feita uma pressão no escroto para avançar um dos testículos para 
a região pré escrotal 
4. Incisão na pele, no tecido subcutâneo, fáscia espermática, tunica 
parietal vaginal 
• Não incisar túnica albugínea 
5. Pinça na túnica vaginal, aonde ela se liga ao epididimo 
6. Separar o ligamento da cauda do epidídimo da túnica - tração 
digital 
7. Exteriorizar testículo, identificar cordão espermático 
8. Ligar cordão vascular (plexo pampiniforme) e ducto deferente-individualmente - indicado usar 
fio absorvível 
9. Transecção do ducto deferente e cordão vascular 
10. Observar se há hemorragia e devolvê-lo para dentro da túnica 
11. Sutura ou ligadura da túnica e do musculo cremaster 
12. Avançar segundo testículo para a incisão 
13. Sutura do tecido subcutâneo e da pele 
ORQUIECTOMIA PRÉ ESCROTAL FECHADA 
1. Exteriorizar ao máximo o cordão espermático, sem incisar a túnica vaginal 
2. Ligaduras em massa ao redor do cordão espermático inteiro e da túnica (maior risco da ligadura 
escorregar e se perder) 
ABLAÇÃO DA BOLSA ESCROTAL 
• É feita em doenças neoplasias escrotais ou em conjunto a uretrostomia escrotal em cães ou 
perineal em gatos 
ORQUIECTOMIA PERINEAL EM FELINOS 
1. Animal em decúbito dorsal ou lateral com os membros estendidos 
cranialmente 
2. Faz-se a incisão de 1 cm acima de cada testículo no final do escroto 
3. Incisão na túnica vaginal parietal acima do testículo 
4. Exteriorizar o testículo 
5. Separar digitalmente a cauda do epididimo da túnica vaginal 
6. Ligadura no cordão espermático com fio absorvível 
• No felino é feita duas incisões, uma para cada testículo 
• Tem a alternativamente fazer o nó em oito 
• Transecção do cordão, verificar se há hemorragia e recolocá-lo na 
túnica - sutura por segunda intenção 
Pós-operatório 
• Devem-se prescrever analgésico e anti-inflamatórios não esteroides por 3 a 5 dias 
• O retorno para retirar os pontos de pele deve ocorrer em cerca de 10 dias, e o animal deverá se 
manter com colar elisabetano ou roupa cirúrgica até a alta 
Complicações 
• Hemorragias, hematomas e edema são as complicações que mais acontecem nas orquiectomias 
VASECTOMIA 
• Faz quando deseja que o animal mantenha os hábitos agressivos, mas o animal fica infértil 
• Inibe a fertilidade enquanto mantem o comportamento do macho 
• Andrógenos continuam sendo produzidos 
• Azoospermia em uma semana 
• Normalmente desencorajada 
• O paciente precisa ser avaliado após a cirurgia antes de ter contato 
com a fêmea 
1. Incisão de 1 a 2 cm sobre o cordão espermático (entre escroto e anel 
inguinal) 
2. Identificar cordão, incisar a túnica vaginal 
3. Isolar o ducto deferente por divulsao 
4. Ligadura dupla e cortar um fragmento de 0,5 cm 
AFECÇÕES TESTICULARES E PROSTÁTICAS 
Criptorquidismo 
• Falha congênita do testículo em “descer” para o escroto 
• Descida acontece por contração do gubernáculo e presença de fibrose 
• Pode ser unilateral ou bilateral 
• Agenesia testicular (monorquidismo ou anorquidismo) é rara 
• Frequentemente estes testículos são pequenos, moles e disformes 
• Ficam na região inguinal ou na cavidade abdominal 
• É hereditário autossômica recessiva em cães 
• Quando retidos mais predispostos à desenvolverem neoplasias (seminomas e tumor de células de 
Sertoli) 
Castração de criptorquidas 
• Se possível avançar o testículo inguinal até a região pré escrotal e removê-lo 
• Se não for possível, incisão acima do anel inguinal 
• Sempre enviar para exame histopatológico 
1. Incisão na linha média ventral do umbigo até a púbis 
2. Localizar os testículos normalmente abaixo da bexiga 
3. Ligadura semelhante no cordão espermático 
4. Verificar hemorragia 
5. Fechar abdome em três camadas 
Hiperplasia prostática benigna (HPB) 
• Aumento BENIGNO da próstata secundaria a estimulação de hormônios androgênicos, o principal 
a diidrotestosterona (testosterona na próstata) 
• Acomete mais animais idosos 
• próstata A pressão no diafragama pélvico pode contribuir no desenvolvimento de hérnia perineal 
Sinais clínicos 
• Muitos pacientes são assintomáticos 
• Manifestação clínica mais comum é disquesia e fezes em formato de fita, pela compressão 
colorretal 
• O esforço para defecar, ao longo do tempo, pode levar a ruptura do diafragma pélvico, causando 
hérnia perineal 
• Tenesmo, hematúria e/ou sangramento uretral 
Diagnóstico 
• A palpação retal da próstata está simetricamente aumentada e indolor 
• Inclui exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância 
magnética 
> Radiografia: LL – maior que 70% maior que a crista sacral e o púbis 
> Ultrassonografia: ecogenicidade aumentada e avaliação seriada 
Tratamento 
• O tratamento medicamentoso deve ser considerado apenas para curto prazo, pois sua eficácia é 
pouco efetiva e em longo prazo os animais se tornam refratários 
• Deve ser considerado apenas em animais que não podem operar (ex.: finasterida) 
• A orquiectomia é o tratamento de escolha, pois apresenta rápida involução da próstata – 
diminuição de 3 a 12 semanas 
• Em animais reprodutores, geneticamente valiosos, pode-se optar pela cirurgia de prostatectomia 
parcial, a fim de evitar a castração 
• Finasteride reduz em 58% a dihidrotestosterona (contraindicada devido efeitos adversos das 
drogas) 
Neoplasias Testiculares 
• Células de Sertoli: células alongadas de suporte dos túbulos seminíferos 
• Produção de hormônios estrogênicos 
• Celulas de Leydig: células do tecido intersticial que secretam testosterona 
> Tumores de células de Sertoli: Sertolioma produzem mais hormônios androgênicos 
> Tumores da célula intersticial: Leydigoma produzem mais hormônio testosterona 
> Células germinativas testiculares: Seminomas 
• Em animais tópicos normalmente são benignos e em criptorquidas normalmente são malignos 
• Metástase no linfonodo lombar 
• Metástase visceral é rara (mais comum em Sertolioma) 
• Leydigoma normalmente benignos 
Hiperestrogenismo 
• Alopecia simetria bilateral, pelos quebradiços, fraco crescimento de pelo 
• Pele fina, hiperpigmentação 
• Aumento dos mamilos, aumento mamário, atrofia peniana 
• Micção agachada, atração por machos, redução da libido 
• Atrofia testicular, atrofia prostática 
• Anemia, trombocitopenia ou neutropenia 
Diagnóstico 
• Exame ultrassonográfico com ecogenicidade variável 
• Possíveis alterações laboratoriais: anemia, leucopenia e trombocitopenia 
• Dx: Brucella canis – sorologia 
 
Tratamento 
• Cirúrgico 
• Curativo na maioria dos casos neoplásicos 
• Excisão dos dois testículos 
• Reprodutores: orquiectomia unilateralTorção testicular 
• Normalmente ocorre em testículos criptorquidas, mas pode ocorrer em testículos escrotais 7 
• Choque 
• Dor abdominal ou escrotal intensa e aguda

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