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Afcções do sistema reprodutor masculino

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Clínica de Pequenos Animais 3 Camilla Teotonio Pereira 
AFECÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 
ANATOMIA 
 
TESTÍCULOS 
O formato elíptico ou circular, localizado na posição 
extrabdominal, contido dentro da bolsa testicular ou 
escroto (pode ou não ser pigmentado) e ocorre a 
espermatogênese e produção do hormônio sexual 
masculino a testosterona. 
O testículo é revestido por uma fina camada fibrosa, 
chamada de túnica albugínea (tecido conjuntivo 
denso) que confere extrutura e delimita o testículo. 
Lóbulos testiculares são delimitados pelos septos, em 
cada lóbulo contém túbulos seminiferos enovelados 
que são constituidos por dois tipos de células como: 
Céls germinativas padrão radial (céls sobrepostas) e 
tem a função de espermatogênese constantemente. 
Céls de sertoli formato triangular que serve de 
sustentação das céls germinativas, barreira 
hematotesticular (controla substâncias entram ou não 
em contato com céls germinativas) e responsável pela 
produção do sexual feminino (estrogênio). 
Céls intersticiais ou de Leydig produção do 
hormônio sexual masculino a testoterona localizados 
no espaço intersticial dos testículos, entre os túbulos 
seminíferos. 
Os túbulos seminíferos adquirem padrão retilíneo que 
vão em direção ao mediastino testicular para formar a 
rede testicular. A rede resticular é local de saída dos 
gametas para o epidídimo. 
 
EPIDÍDIMO 
 Responsável pela maturação (cabeça e corpo) e 
armazenamento dos espermatozoides (cauda). A cauda 
do epidídimo e testículos unem-se pelo ligamento próprio 
do testículo. 
Trajeto do espermatozoide para ser liberado: ducto 
deferente sai da cauda do epidídimo - anel inguinal – 
chega cavidade abdominal - desemboca uretra pélvica. 
O cordão espermático se inicia no anel inguinal, onde o 
plexo pampiniforme constituido pela artéria testicular, 
veia testicular (enovela na artéria – resfriação), vasos 
linfáticos, plexo nervoso testicular autonômico, ductos 
deferentes e suas artérias e veias, músculo liso 
(cremaster) e a camada visceral da túnica vaginal se 
encontram juntos. 
 
GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS 
Localizadas na parte pélvica da uretra com funções de 
aumentar o volume ejaculado, fornecer substrato 
energético e secreções das glândulas ajuda na 
regularização do pH da uretra. 
Os pequenos animais contém a próstata, glândula 
ampular e glândula bulbouretral. 
A próstata envolve completamente o colo da bexiga e 
o início da uretra. 
 
 
PÊNIS 
Dividido em três regiões: raiz, corpo e glande. 
A raiz do pênis é formada pelos pilares direito e 
esquerdo, que se originam da tuberosidade isquiática. 
Cada um é composto pelo corpo cavernoso do pênis 
envolvido pela túnica albugínea. Os dois pilares se 
estendem lado a lado, separados pelo septo mediano, 
ao longo de todo o comprimento do corpo peniano, até 
o osso peniano na glande do pênis. 
A glande do pênis, é coberta pelo prepúcio, uma dobra 
mucosa do tegumento. A parte terminal do pênis do cão 
está direcionada cranialmente e localizada ventralmente 
à parede abdominal. A parte terminal do pênis do gato 
está direcionada tem uma direção caudal e ventral no 
períneo. A glande do pênis dos felinos é coberta por 
espículas cornificadas direcionadas caudalmente, que 
são mais proeminentes nos machos inteiros e regridem 
em seis semanas após a castração 
O osso peniano do felino é muito pequeno, enquanto o 
do cão é um osso longo, sulcado e rugoso. A uretra 
segue através do canal ventral do osso peniano e no 
pênis. O corpo esponjoso envolve a uretra. 
 
DECENSO TESTICULAR 
O testiculo tem a mesma origem embrionária do rim 
(mesoderma) com 30 dias de transição de embrião 
para feto, ocorre diferenciação dos tecidos. o testiculo 
está perto do rim. 
Fase abdominal descida testicular da região dorsal 
do abdômen até o anel inguinal através de duas vias: 
- A medida que a pressão intra-abdominal aumenta 
auxilia no decenso testicular. 
- Gubernáculo é extrutura conectado no testiculo e 
anel inguinal. A medida do desenvolvimento fetal, o 
gubernáculo encurta até trazer o testículo próximo do 
anel inguinal. 
Início 30 dias de gestação e término momento antes 
do parto. 
Fase inguinal ou intrainguinal descida do testiculo 
através do anel inguinal e trás consigo o peritôneo 
(túnica vaginal). Início pós parto até 15 a 20 dias de vida. 
 Fase extra-abdominal saida do testículo do anel 
inguinal até preencher o escroto (evaginação da pele). 
O escroto é envoltório (evaginação da pele) que 
preenche completamento os testículos. Início 20 dias 
de vida até 6 meses de vida. 
 
 
A torção espermática é rara e contém mecanismos que 
garantem a manutenção da estática testicular. A túnica 
vaginal se liga na cauda do epidídimo através do 
ligamento forte para impedir a rotação, ou seja, impede 
a torção espermática. 
 
 Sulco mediano delimita os 
testículos. 
 
ORQUIECTOMIA 
Avaliar a situação individual do animal. Em casos de 
controle populacional pode-se realizar orquiectomia 
precoce. 
A fonte de testosterona é importante para 
desenvolvimento muscoesquelético, por isso, a castração 
precoce gerar muitos problemas ortopédicos. 
A castração não tem ação direta significativa de 
alteração do manejo comportamental. Normalmente o 
animal já está condicionado. 
 
 
ETAPAS CIRÚRGICAS 
Dois tipos de incisão: 
Acesso escrotal incisão no sulco mediano, realizada 
sempre em gatos que tem a região pré-escrotal menos 
desenvolvido. 
Acesso pré-escrotal incisão cranial ao escroto. As 
vantagens redução do edema escrotal e da dor no 
pós-operatório. 
Orquiectomia em cães o acesso pode ser escrotal ou 
pré-escrotal (preferência). 
Técnica fechada incisão da pele, ligadura envolve o 
cordão espermático e túnica vaginal integra. Utilização 
preferencial nas neoplasias testiculares para minimizar 
esfoliação de céls neoplásicas. 
 
Técnica aberta incisão da pele e a túnica vaginal 
(aberta). A ligadura no funículo ou cordão espermático. 
 
 
Divulsão com a tesoura ou dedo o ligamento do 
testículo com cauda do epidídimo. 
 
Técnica das 3 pinças dos tipos Kelly ou Rochester 
dependendo do porte do animal. Hemostasia preventiva 
no cordão espermático e incisão entre a pinça 2 e 3 e 
depois ligadura simples (nó duplo) abaixo da pinça 1 e 
depois retira a pinça. Após finalizar a ligadura, por fim 
retira a pinça 2. 
Ligadura do cordão espermático e depois da túnica 
vaginal. A última etapa é síntese da pele com ponto 
simples separado. 
 
 
ORQUIECTOMIA NO GATO 
Não utiliza o fio de sutura para a ligadura do cordão 
espermático, mas sim, dá o nó cirurgião com o próprio 
ducto deferente no folículo espermático. 
Normalmente não sutura o escroto, porém pode dar 1 
ponto. 
 
PÓS-CIRÚRGICO 
Técnica de assepsia não foi violada, não precisa de 
ATB. 
Uso de ATB em casos de cirúrgia pouco contaminada ou 
potencialmente contaminada, mais de 40 minutos de 
cirúrgia e alta manipulação. 
Análgésico eleição dipirona. Em casos de muita dor pode 
utilizar tramal. 
Roupa cirúrgica ou colar elizabetano. 
Retirada dos pontos após 7 dias da cirurgia. 
Pode indicar limpeza com antisséptico dependendo de 
cada gato. 
 
 
 
 
AFECÇÕES TESTICULARES 
 
ANOMALIAS CONGÊNITAS 
ANORQUIDISMO 
Condição raro de não formação testicular. 
Filhote antes dos 6 meses de idade tem ausência dos 
testículos na escroto. Primeiro pensar que pode não ter 
finalizado o processo de decenso testicular (esperar até 6 
meses de vida) ou solicitar USG e não encontrou os 
testículos. Pensar na laparatomiza exploratória, mesmo 
assim, não encontrou nenhum testículo, fecha diagnóstico 
de anorquidismo. 
MONORQUIDISMO 
Condição raro de ausência de um dos testículos 
Diagnóstico diferencial é criptoquidismo. 
ANOMALIAS HEREDITÁRIAS 
CRIPTORQUIDISMO 
Defeito testicular mais comum nos cães. É a não migração 
de um ou ambos testículospara a bolsa escrotal, devido a 
falha no decenso testicular. 
Classificação criptorquidismo abdominal (procurar lateral 
a bexiga), inguinal ou pré-escrotal (extra-abdominal, SC). 
Tempo limite da decência testicular até 6 meses de vida. 
Filhote antes dos 6 meses de idade tem ausência dos 
testículos na escroto. Pode realizar USG para identificar 
testículo (s). Caso não observa o testículo (s) não pode 
jurar que o animal é anorquidismo ou monorquidismo, pois 
pode ser erro do ultrassonografista. O correto é esperar 
até 6 meses de idade. 
 
ETIOLOGIA 
Caráter hereditário e autossômico recessivo, ou seja, 
não permitir a reprodução do animal criptorquida. 
 PREDISPOSIÇÃO 
Raças pequenas e toys. 
A raça Husky siberiano tem predisposição a torção 
testicular. 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
Animal criptorquida não submetido a orquiectomia 
terapêutica, os testículos ectópicos expostos a 
temperatura corporal aumentada constantemente, 
promove danos nas céls germinativas que predispõem as 
neoplasias. 
Animal criptorquida abdominal tem maior risco de torções 
testiculares, devido ausência do suporte do peritônio. 
Criptorquida inguinal ou extra-abdominal têm menores 
chances de torções testiculares. 
 Degeneração testicular ocorre de forma 
rápida, devido a constante exposição a alta T°C 
corporal. Pode ocorrer criptorquida abdominal, inguinal 
e extra-abdominal. 
 Testículo ectópico 
inguinal, posição pré-escrotal. 
Posição pré-escrotal, o testículo ectópico está no SC 
entre o pênis e escroto, ou seja, falha na fase extra- 
abdominal. 
DIAGNÓSTICO 
Pode solicitar USG, porém o diagnóstico é 90% clínico 
por palpação no cão e sempre realizar o USG no gato. 
Não consegue palpar testículo ectópico localizado na 
região inguinal ou abdominal, necessita do USG para 
localizar. 
TRATAMENTO 
Orquiectomia terapêutica. 
Se for extra-abdominal a incisão é na região pré-escrotal 
ou escrotal; se for intra-abdominal deve ser realizada a 
laparotomia. 
TORÇÃO TESTICULAR 
Condição rara de rotação dos testículos e 
consequentemente estrangulamento de seu suporte 
sanguíneo. 
ETIOLOGIA 
Desconhecida. Secundária a criptorquidismo abdominal 
(não associação túnica vaginal), neoplasias testiculares 
e traumas. 
 
SINTOMATOLOGIA 
Principal característica é dor aguda, o animal tem 
dificuldade de andar, levantar ou deitar. Associado a 
dor intensa tem edema escrotal expansivo adjacente 
nas regiões perineal e pré-escrotal. 
Dor intensa, edema escrotal e êmese. 
 
DIAGNÓSTICO 
USG com doppler observa ausência de fluxo 
sanguíneo testicular. 
TRATAMENTO 
Orquiectomia terapêutica e suporte. 
 lesão isquêmica pode ser 
irreversivel. 
NEOPLASIAS TESTICULARES 
 
PREDISPOSIÇÃO 
Normalmente associado animal criptorquida ou animal 
saudável. 
Animais de meia idade e idosos. 
 
SINTOMATOLOGIA 
Assimetria na bolsa escrotal, aumento de volume, dor 
palpação e síndromes paraneoplásicas. 
 
TIPOS DE NEOPLASIAS 
Benignos ou malignos. As neoplasias testiculares 
geralmente tendem ao comportamento benigno, mas 
dentro das neoplasias, o Sertolinoma apresenta maior 
taxa de metástases para os linfonodos abdominais. 
Seminomas (céls. germinativas) neoplasia testicular 
que pode acontecer testículos criptorquídicos ou 
naqueles localizados na bolsa escrotal. 
Em relação ao seu efeito de massa, apresenta nódulo 
intratesticular com característica grandes formações e rara 
metástases. Apresentação unilateral é mais frequente do que 
bilateral. 
Pode apresentar mais de uma variação de neoplasia na 
mesma formação. 
Leydigomas (céls intersticiais) neoplasia testicular 
que pode acontecer testículos criptorquídicos ou 
naqueles localizados na bolsa escrotal. 
A síndrome paraneoplásica é hipertestoteronemia com 
os seguintes sinais: 
 
Em relação ao seu efeito de massa, apresenta nódulo 
intratesticular com característica pequenas formações. 
Apresentação unilateral é mais frequente do que bilateral e 
comportamento benigno. 
Sertolinomas (céls de Sertoli) neoplasia testicular 
mais comum em testículos criptorquídicos do que 
naqueles localizados na bolsa escrotal. 
A síndrome paraneoplásica é hiperestrogenismo com 
os seguintes sinais de feminização: 
 
Assume caracteristica de encdocrinopata, semelhante 
HAC. 
Em relação ao seu efeito de massa, pode ter nódulo 
intratesticular ou nódulo extratesticular com característica 
pequenas formações. Apresentação unilateral é mais 
frequente do que bilateral. 
Pode apresentar metástases com baixa % nos pacientes, 
porém detro do grupo de neoplasias testiculares 
apresenta maior taxa de metástases. 
DIAGNÓSTICO 
Palpação testicular, porém o diagnóstico defivinitivo é 
USG com doppler para avaliação da perfusão sanguínea. 
 
TRATAMENTO 
Orquiectomia terapêutica. 
Acompanhamento pós-operatório com USG e Rx tórax 
para pesquisa de metástases. 
Caso haja metástases, avaliar a possibiidade de realizar 
quimioterapia. 
 elevada chance de ser Seminoma. 
AFECÇÕES DA BOLSA ESCROTRAL 
DERMATITE ÚMIDA 
Uma infecção bacteriana superficial de pele com rápido 
desenvolvimento e que ocorre logo após um trauma, 
lambedura, arranhadura ou mastigação do local afetado. 
Animais com dor neuropática como hérnia de disco, 
displasia coxofemoral grave, a dor irradia para região 
inguinal e perineal, o animal fica incomodado e pode 
lamber a região. 
Tratamento tópico com pomadas antissépticas, tratar 
a causa base. 
NEOPLÁSICAS 
As neoplasias mais comuns são mastocitoma ou 
melanomas. 
Mastocitoma normalmente são malignos, 
especialmente aqueles na região prepucial, inguinal e 
perineal. Os linfonodos regionais, baço, fígado e 
medula óssea são locais comuns de metástase. 
Os mastócitos são células normais do sistema imune e 
são importantes para a resposta inflamatória em tecidos 
traumatizados. A etiologia é desconhecida, embora as 
regiões cronicamente inflamadas tenham sido descritas 
como sendo de alto risco para o desenvolvimento do 
tumor. 
A raça Boxer tem predisposição a mastocitoma. 
Carcinomas eventualmente metastático na pele.

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