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RELATORIO CONTEXTUALIZADA-

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CENTRO UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU MACEIÓ
UNINASSAU
CURSO DE FARMÁCIA
RELÁTORIO
Rosimeire Lourenço dos Santos
01461082
JUNHO
2022
1
Rosimeire Lourenço dos Santos- 01461082
RELÁTORIO
Relatório de atividade contextualizada
apresentada como exigência para a
avaliação do curso de Farmácia centro
universitário Mauricio de Nassau Maceió
MACEIÓ
2022
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO4
1. Objetivos..........................................................................................................5
1.1Objetivos gerais...........................................................................................5
1.2Objetivos especificos...................................................................................5
2. Metodologia.....................................................................................................5
3. Enquadramento de objetivos.......................................................................6
3.1Glutationa- GSH...........................................................................................6
4. Aspectos atuais sobre estresse oxidativo e exercícios físicos..................9
5. Adaptação do sistema antioxidante induzida pelo exercício físico.........10
5.1Exercício aeróbio........................................................................................11
5.2 Exercício anaeróbio...................................................................................13
CONCLUSÃO............................................................................................................15
REFERÊNCIAS..........................................................................................................16
3
INTRODUÇÃO
A Glutationa é considerada a mãe de todos os antioxidantes, fundamental para a
desintoxicação do organismo e para dar suporte ao sistema imune. 
Talvez você nunca tenha ouvido falar, mas essa molécula é capaz de manter a
saúde do corpo e prevenir uma série de doenças.
A glutationa é uma molécula simples, composta por três aminoácidos: cisteína,
glicina e glutamina. Está presente em todas as células do corpo e é produzida de
forma natural, principalmente por meio de uma alimentação saudável, de uma
suplementação adequada e da prática de atividades físicas.
A prática regular de atividades físicas associada a uma dieta balanceada pode ser
importante fator na promoção da saúde. Todavia, a frequente realização de
exercícios físicos de alta intensidade ou exaustivos pode aumentar a suscetibilidade
a lesões, promover a fadiga crônica e over training, parcialmente em razão da
elevada síntese de espécies reativas de oxigênio. Diversos estudos, porém, relatam
que essa recuperação não é alcançada por indivíduos que se submetem a
exercícios intensos e prolongados, ou, ainda, que possuem elevada frequência de
treinamento. Alternativas nutricionais têm sido muito estudadas, a fim de reduzir os
efeitos promovidos pelo exercício extenuante, dentre as quais está a suplementação
com vitamina E, vitamina C, creatina e glutamina. 
4
1. Objetivos
1.1 Objetivo geral
A estrutura e função da GSH após a realização de exercícios físicos
1.2 Objetivos específicos
● saber a estrutura da GSH
● estresse oxidativo e exercícios físicos
● sistema antioxidante induzida pelo exercício físico
2. Metodologia
Foi realizado a revisão bibliográfica nas bases de com o apoio de artigos e livros
específicos em pesquisa avançada na área da saúde. Para a pesquisa nas bases de
dados foram listados primeiramente os descritores em português na base de dados
de descritores em Ciências da Saúde. Foram eles: o que é GSH, estresse
antioxidante, estresse oxidativo. Posteriormente foram realizadas estratégias de
busca a partir de uma combinação dos descritores. A busca foi limitada nos idiomas
inglês, português e espanhol.
5
3. Enquadramento de objetivos
O processo econômico e o desenvolvimento de novas técnicas científicas no
decorrer das últimas três décadas, até mesmo a consciência do homem para uma
atenção privilegiada para a saúde, tem demonstrado uma melhoria global na saúde
e na esperança média de vida. Novas doenças surgem e preocupação para as suas
causas bem como o seu comportamento no organismo humano é sempre uma
questão prevalente. Tem se verificado que a incidência para que se desenvolvam
estudos importantes nesta área. Como tal, o conhecimento aprofundado dos
fenômenos oxidativos e contribuições de substancias antioxidantes é uma
mais-valia, tanto pelo número de anomalias relacionadas, como, no caso da
glutationa, ser uma substância intrínseca e inerente as células.
Estudos recentes acerca desta importante molécula têm vindo a ser desenvolvidos,
surgindo desta forma dados novos, relevantes e promissores sobre a mesma que
vem desperta um interesse acrescido para o conhecimento mais aprofundado sobre
o papel da glutationa nos processos celulares. O caráter benefício desta molécula já
é de conhecimento geral, no entanto a seu potencial relação com fenômenos
apoptóticos, envolvimento em fenômenos oncológicos e prevenção celular são
assuntos ainda em estudo.
Este texto tem como objetivo fazer uma revisão de caráter geral referente está
notória e essencial molécula reconhecendo as características benéficas para o
organismo, assim como apresentar informações mais atuais sobre o envolvimento
tanto no apoptose como na destoxificação celular.
3.1 Glutationa- GSH
A glutationa esta profusamente distribuída em tecidos animais, vegetais e em
microrganismos, encontra-se presente em elevadas concentrações intracelulares e é
consequentemente o tiol mais prevalente e o mais abundante péptico de baixo peso
molecular. A GSH foi adaptada por processos evolutivos para realizar uma gama
diversa de funções. Por exemplo, a glutationa interfere na catalise, metabolismo
transporte, participa em reações que envolve a síntese de proteínas e ácidos
6
nucleicos e também em reações de metabolização de peróxidos e de inativação de
radicais livres. É frequente a formação de conjugados de glutationa com uma grande
variedade de compostos de origem endógena e exógena e a glutationa é também
um cofator para diversas enzimas. A GSH é sintetizada intracelularmente e é
exportada das células, a sua degradação é iniciada por y-glutamil, uma enzima
conjugada a superfície externa de certas membranas celulares.
Alterações nos metabolismos de glutationa em associação com um aumento de
estresse oxidativo tem sido relacionado com a patogenicidade de diversas doenças.
Porem ainda é desconhecido de estratégias que tenham como objetivo restaurar a
concentração de glutationa e a homeostasia são eficientes na melhoria ou
modificação destes estados.
A glutationa é sintetizada em duas etapas consecutivas. A γ-glutamilcisteína
sintetase (GCS), também designada de glutamato cisteína ligase, usa o glutamato e
a cisteína como substratos formando o dipeptídeo γ-GluCys, o qual se combina com
a glicina numa reacção catalisada pela glutationa sintetase (GS) para a geração de
GSH. A adenosina trifosfato (ATP) é co-substrato para ambas as enzimas. O nível
intracelular de GSH é regulado por feedback, sendo a actividade da GCS inibida
pelo seu produto final. Assim, a síntese e o consumo de GSH vigoram de uma forma
equilibrada.Esta molécula é sintetizada no interior das células. A sua síntese irá
variar de acordo com a biodisponibilidade dos aminoácidos, mais concretamente da
cisteína, uma vez que este aminoácido é dos três o mais escasso nos alimentos.
7
Para além desta limitação na sua biodisponibilidade, este aminoácido apresenta na
sua estrutura um componente que o caracteriza bioquimicamente, o enxofre,
designado de grupo tiol. Este grupo vai conferir à glutationa a capacidade de
desempenhar as funções que lhe são características e de importância vital no
organismo. Nas células, a glutationa pode encontrar-se sob a forma de glutationa
reduzida (também denominada de monomérica), na forma oxidada (também
designada dedimérica (GSSG)), e ainda sob a forma de glutationa conjugada
(GSR).
A glutationa na sua forma reduzida protege as células através da remoção de
metabolitos reativos pela sua conjugação com as formas reactivas. A conjugação
com a GSH pode ser uma reação catalisada enzimaticamente ou simplesmente uma
reação química. Existem muitos tipos de substratos para a conjugação da glutationa
incluindo aromáticos, alifáticos, epóxidos, compostos heterocíclicos e alicíclicos,
alifáticos halogenados e aromáticos nitrados, compostos alifáticos insaturados e
haletos de alquilo.
A glutationa na forma reduzida é o tiol não proteico mais prevalente nas células
animais. A síntese de GSH associada com a redução de GSSG, promove a
manutenção do estado redox intracelular, funcionando este tripeptídeo como cofator
8
para enzimas citoplasmáticas e indutor de certas modificações translacionais em
diversas proteínas.
A GSH tem um papel importante no armazenamento e transporte de cisteína, na
defesa celular contra radicais livres, peróxidos e xenobióticos, atuando em conjunto
com as enzimas glutationa peroxidase (GPx) e glutationa-S-transferase (GST). Além
destas funções, a GSH também participa na modulação da transdução de sinal,
regulação da proliferação celular, regulação da resposta imune, metabolismo de
leucotrienos e prostaglandinas, entre outras.
A GSH é uma molécula que intervêm em diversos processos, como antioxidante e
destoxificante, no transporte de aminoácidos, síntese de proteínas e ácidos
nucleicos, manutenção da forma ativa de certas enzimas, proteção do organismo
contra a exposição a radiações solares e, estudos recentes apontam para uma
participação importante da GSH na regulação da morte celular programada. A
glutationa participa em inúmeros processos metabólicos no organismo. O conteúdo
em glutationa no organismo é um forte indicador do respectivo estado fisiológico,
onde a sua depleção pode ocasionar danos celulares irreversíveis.
4. Aspectos atuais sobre estresse oxidativo e exercícios físicos
A prática regular de atividades físicas associada a uma dieta balanceada pode ser
importante fator na promoção da saúde. Todavia, a frequente realização de
exercícios físicos de alta intensidade ou exaustivos pode aumentar a suscetibilidade
9
a lesões, promover a fadiga crônica e overtraining, parcialmente em razão da
elevada síntese de espécies reativas de oxigênio (ERO). Evidências experimentais
apontam que estes compostos podem estar envolvidos com o desenvolvimento de
diversos processos fisiopatológicos como envelhecimento, câncer, doenças
inflamatórias e aterosclerose. Por outro lado, as ERO também podem ter efeitos
considerados positivos sobre o sistema imune e exercer funções metabólicas
essenciais para a homeostasia celular.
Os mecanismos de formação das ERO na lesão muscular e inflamação são alguns
dos aspectos abordados nesta revisão. Além disso, diversas alternativas nutricionais
têm surgido na tentativa de reduzir o estresse oxidativo e melhorar o desempenho
atlético. Nesse sentido, este artigo também apresenta alguns aspectos da
suplementação com vitamina E e vitamina C, creatina e glutamina, com o intuito de
contribuir com informações atualizadas na compreensão deste processo.
5. Adaptação do sistema antioxidante induzida pelo exercício físico
Este sistema de defesa é constituído por quatro enzimas principais, responsáveis
pelo combate às espécies reativas de oxigênio (ROS): a superóxido dismutase
(SOD), o sistema glutationa peroxidase (GPx) / glutationa redutase (GR) e a
catalase (CAT). A primeira defesa contra o radical ânion superóxido (O2) é a enzima
superóxido dismutase (SOD). As principais isozimas da superóxido dismutase (SOD)
são as dependentes de cobre e zinco (Cu-ZnSOD) e outra dependente de
manganês (Mn-SOD). A Cu-ZnSOD atua principalmente no citosol, enquanto a
Mn-SOD atua na matriz mitocondrial. A ação direta desta enzima é a de sequestrar
os radicais ânions superóxido (O2) formados, originando peróxido de hidrogênio (H2
O2).
Essas três enzimas, embora utilizem diferentes caminhos, apresentam a mesma
função: a de controlar os níveis de peróxido de hidrogênio (H2 O2 ) e dos
hidroperóxidos formados durante os processos de dismutação do radical ânion
superóxido (O2) e da peroxidação lipídica, respectivamente, através de sua
transformação em H2 O e O2 [5]. Isso faz com que cesse o processo de formação
de outros radicais mais potentes, como o radical hidroxila (OH• ), neutralizando,
10
consequentemente, as ações deletérias por ele causadas. As enzimas glutationa
peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GR) atuam em conjunto e necessitam de
glutationa reduzida (GSH) e NADPH, para o perfeito funcionamento deste sistema.
De forma similar, a superóxido dismutase (SOD), a glutationa peroxidase (GPx) e a
glutationa redutase (GR) estão distribuídas tanto no citosol quanto na mitocôndria A
atividade da glutationa peroxidase (GPx) e da catalase (CAT) diferem de tecido para
tecido dentro do corpo humano, embora, especificamente no músculo esquelético
não tenha sido observada variação significativa entre a atividade dessas duas
enzimas.
Elas agem, no entanto, em diferentes compartimentos da célula. Enquanto a
glutationa peroxidase (GPx), em conjunto com a glutationa redutase (GR), atua tanto
dentro das mitocôndrias como no citosol, a catalase (CAT) se encontra presente
principalmente em organelas chamadas peroxissomos e controla, de forma
específica, os níveis do peróxido de hidrogênio (H2 O2).
5.1 Exercício aeróbio
Diferentes estratégias têm sido utilizadas em estudos com voluntários e animais
normais ou transgênicos ao longo dos últimos anos na tentativa de aumentar a
capacidade antioxidante do indivíduo, tais como a suplementação com
antioxidantes, restrições dietéticas e fármacos. Nenhuma destas alternativas
isoladas demonstrou aumento da capacidade de defesa do organismo ou redução
dos efeitos do metabolismo aeróbio.
Entretanto, de acordo Finkel e Holbrook, a estratégia mais eficiente em aumentar a
quantidade endógena de antioxidantes pode ser a maior indução do próprio estresse
oxidativo, que, gradativamente, estimularia os mecanismos antioxidantes celulares e
aumentaria a resistência a lesões induzidas pelo exercício. Cabe salientar que a
maior parte dos efeitos induzidos pelo exercício físico é devida, principalmente, às
adaptações induzidas sobre os diversos sistemas corporais, incluindo o sistema
antioxidante endógeno.
A frequência e a intensidade em que é realizado o exercício físico alteram o balaço
entre pró-oxidantes e antioxidantes demonstraram que, agudamente, o músculo
11
esquelético submetido a uma carga isolada de trabalho exaustivo produzia aumento
da peroxidação lipídica (PL) e estimulava a atividade de diversas enzimas
antioxidantes como a glutationa-peroxidase (GPx), superóxido-dismutase (SOD) e
catalase (CAT). Segundo os autores, a síntese dessas enzimas não só indica
aumento do estresse oxidativo, mas também estimula adaptações nos mecanismos
de defesa antioxidante.
Normalmente, essas adaptações podem iniciar-se rapidamente após a realização
de cada exercício, ocorrendo a reparação das lesões teciduais produzidas pelo
estresse oxidativo. Ao mesmo tempo, essas adaptações influenciam no preparo do
organismo para um novo estresse, aumentando a atividade do sistema antioxidante
celular.
Na maioria dos casos, verifica-se que quanto maior é a intensidade do exercício
maior é a síntese de ERO. Indivíduos que se submetem a exercícios intensos e
prolongados ou treinos exaustivos, ou ainda, que possuem frequência de
treinamento muito elevada podem suplantar a capacidade do sistema antioxidante
endógeno e, em decorrência, promover graves lesões musculares, com
consequente processo inflamatório local e estresse oxidativo. Todos esses fatos
estão envolvidos na redução do desempenho, do volume de treinamento e,
possivelmente, over training.
Os efeitos do exercício aeróbionão se resumem somente à atividade de
antioxidantes enzimáticos, pois também podem ser observados efeitos sobre os
antioxidantes não enzimáticos. Alguns estudos mostram que a glutationa (GSH),
principal antioxidante celular não enzimático, ou a relação entre GSH e sua forma
oxidada (GSSG) podem ser reduzidas durante o exercício físico.
Após exercícios intensos e prolongados, a concentração plasmática de outros
antioxidantes não enzimáticos, como a vitamina E, a vitamina C e o ácido úrico,
tende a aumentar. As reservas de vitamina E e de vitamina C parecem ser
mobilizadas na tentativa de reduzir o estresse oxidativo promovido pelas ERO.
Já o aumento isolado na concentração do ácido úrico não pode ser considerado uma
resposta específica da adaptação ao estresse oxidativo, posto que este é um
produto final do ciclo das purinas. O ácido úrico, todavia, contribui significativamente
12
para a redução do estresse oxidativo. De forma geral, o conjunto de alterações nos
antioxidantes não enzimáticos pode promover aumento na capacidade total de
antioxidantes, indicando uma adaptação ao treinamento físico.
5.2 Exercício anaeróbio
Entre os exercícios classificados como anaeróbios, verificam-se, entre outros, os de
explosão, os exercícios resistidos (concêntricos e excêntricos) e os testes de
Wingate. Embora os protocolos sejam bastante diversificados e variem de acordo
com cada esporte, vários estudos demonstram significativo aumento do estresse
oxidativo em exercícios com intensidades supra máximas.
O aumento da síntese de ERO em exercícios anaeróbios pode ocorrer de diversas
formas, como a ativação da cadeia de transporte de elétrons, a síntese aumentada
das enzimas xantina-oxidase e NADPH-oxidase, o prolongado processo de isquemia
e repercussão tecidual e a atividade fagocítica. Adicionalmente, o aumento da
síntese de ácido lático, catecolaminas e o elevado processo inflamatório após
exercícios anaeróbios com intensidades supra máximas também contribuem
significativamente para a produção de ERRO.
No processo de isquemia e repercussão muscular pode haver aumento do estresse
oxidativo durante e após o exercício, principalmente em razão do catabolismo das
purinas. Mais especificamente, durante a isquemia tecidual, o ATP é degradado a
adenosina-difosfato (ADP) e monofosfato (AMP), devido à elevada demanda de
energia pelo tecido muscular. Uma vez que a disponibilidade de oxigênio (O2)
durante o processo isquêmico é reduzida, a AMP é continuamente degradada a
hipoxantina, que é convertida a xantina e, posteriormente, a ácido úrico pela enzima
xantina-oxidase, juntamente com a redução do O2, produzindo radical superóxido
(�O2-) e peróxido de hidrogênio (H2O2).
No momento em que o tecido é reperfundido, ou seja, durante o relaxamento
muscular, o processo de redução do O2 torna-se elevado, formando também radical
hidroxila (�OH-). Também tem sido proposto que a conversão da enzima
xantina-desidrogenase à sua forma oxidada, xantina-oxidase, mediante proteases
13
intracelulares ativadas por Ca2+, utiliza O2, que aceita elétrons e torna-se instável. O
papel da enzima xantina-oxidase na síntese de ERO durante exercícios ainda não
está claro e novos estudos devem ser realizados.
Muito embora sessões agudas de exercícios anaeróbios aumentem a síntese de
ERO, com consequente aparecimento de lesões, em uma situação de treinamento
crônico podem ocorrer adaptações favoráveis ao sistema antioxidante. Indivíduos
treinados em atividades predominantemente anaeróbias apresentam estresse
oxidativo reduzido e menor quantidade de lesões, quando comparados com
indivíduos não treinados.
14
CONCLUSÃO
É possível concluir que o que foi discutido ao longo deste trabalho podia ter sido
abordado, muitos outros dados e informações que podiam ter sido mencionados, no
entanto, optou-se por uma panóplia de informação que se pensa ser mais relevante.
Não é de todo uma temática fácil. Por um lado, torna-se difícil apenas restringir o
projeto em um só tema, uma vez que existe uma variedade de informação num largo
espectro de campos de atuação.
Relativamente à glutationa, esta tem um papel fundamental na resistência celular ao
dano oxidativo. É um dos principais antioxidantes do organismo e tem um papel
importante na metabolização e excreção. Por estar presente na maior parte das
células, a glutationa já é considerada fundamental em diferentes processos e
funções do organismo. Sendo uma molécula simples, composta por três
aminoácidos: cisteína, glicina e glutamina. Está presente em todas as células do
corpo e é produzida de forma natural, principalmente por meio de uma alimentação
saudável, de uma suplementação adequada e da prática de atividades físicas.
15
REFERÊNCIAS
Abraham, P., et alii. (1996) Blood Glutathione concentrations in a large scale human
study. Chinical Chemistry, 42(1), pp.64-70
Alberts, B. (1994) Molecular Biology of The Cell. New York and London, Garland
Publishing.
Almeida, P., Fátima, A., Huber, P.C. (2008) Glutationa e enzimas relacionadas: papel
biológico e importância em processos patológicos. Química Nova, 31, pp.1170-1170.
Anazetti, M.C., Melo, P.,S. (2007) Morte celular por Apoptose : uma visão bioquímica
e molecular. Metrocamp Pesquisa, 1 (1), pp. 37-58
16

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