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1
Índice
1.	Introdução	2
1.1. Objectivos:	2
a. Objectivo geral:	2
b. Objectivos específicos:	2
2.	Regras fonológicas no português europeu	3
2.1. Realizações do som /s/	3
2.2.	(12') regra de realização do /s/ (primeira versão)	4
2.3. (12'') regra de realização do /s/ (segunda versão)	5
2.4. (12''') regra de realização do /s/(terceira versão)	5
2.5. (12'''') regra de realização do /s/(ultima versão)	6
4. Conclusão	7
5. Referências bibliográficas	8
1. Introdução
No presente trabalho abordaremos sobre as regras fonológicas no português europeu, dentro deste, traremos as razões da criação da teoria da gramática generativa, outrossim, as regras de relacionamento entre o nível fonológico com o nível fonético através das diversas realizações do /s/ que depende do contexto fonético e a regra de velarização.
Portanto, para suportar o descrito anteriormente, explicaremos por meio de embasamentos teóricos e evidencias que vão sustentar esses pontos, que em nosso entender, trarão a clareza do conteúdo. Neste diapasão, estamos convictos que a partir do trabalho contribuiremos de alguma forma na pronúncia correcta de contínuos sonoros plurais sucedidos por outros que iniciam por uma vogal, consoante surda ou sonora. 
Assim, optamos em traçar alguns objectivos que achamos pertinentes:
1.1. Objectivos:
 a. Objectivo geral:
Compreender diversas realizações do som /s/ mediante o contexto fonético.
 b. Objectivos específicos: 
Explicar as diversas realizações do som /s/ mediante o contexto fonológico; 
Identificar as regras de representação fonológica e a realização (ou forma) fonética;
Representar usando regras formais e informais das diversas realizações do som /s/;
Representar formalmente a regra de velarização.
2. Regras fonológicas no português europeu 
2.1. Realizações do som /s/
Segundo Faria et all (1996, pp.186 e 187), um falante/ ouvinte de uma língua ao adquirir uma linguagem, não armazena uma a uma as unidades dos diferentes níveis (fonológico, morfológico, sintáctico), mas vai adquirindo, para além das unidades mínimas, as regras de funcionamento da língua, regras produtivas que aplica sistematicamente. Por essa razão pode se dizer que o saber gramatical é um saber regular. Esta perspectiva, que tem sido tomada em conta na análise de todos os níveis da língua e nos estudos das operações mentais realizadas pelo falante/ ouvinte, veio aumentar o poder explicativo da descrição agramatical. O seu desenvolvimento, integrado numa procura de princípios universais da gramática, levou à criação de uma teoria -a teoria da gramática generativa. 
O nível fonológico, tal como os outros níveis, está regulado por regras que o relacionam com o nível fonético. Ao falarmos, por exemplo, da pronúncia de /s/ em fim de palavra, referimos as suas diversas realizações que dependem do contexto fonético: [z] antes de vogal na palavra seguinte (más aves [‘maz ‘aveʃ]), [Ʒ] antes de consoante vozeada (más bolas ['maƷ 'bᲔlaʃ]), [ʃ] antes de consoante não vozeada e antes de pausa (más passas ['maʃ 'pasɐʃ]. Podemos ainda a acrescentar que no interior da palavra, quando se segue uma consoante, /s/ também se realiza sempre como [+voz] ou [-voz] conforme o valor desse traço na consoante seguinte (mesmo ['meƷmu], pasta ['paʃtɐ]). Dado que essas realizações correspondem a fonemas do português que se opõe em outros contextos (as chamadas sibilantes), segundo os estruturalistas, existe um elemento de nível de abstracção superior ao dos fonemas que os reúne neste caso e se denomina arquifonema.
Parafraseando Cunha e Cintra (2005, p.76), (…) o morfema plural do português, cuja pronúncia está sempre condicionada a natureza do som seguinte, (…), por exemplo, o -s plural de casas assume formas fonéticas diferentes em cada um dos três enunciados: casas amarelas, casas bonitas, casas pequenas.
Realiza-se: 
Como [z], ao ligar-se à vogal inicial da palavra amarelas;
Como [Ʒ], antes da palavra bonitas, iniciada por consoante sonora;
Como [ʃ], antes da palavra pequenas, iniciada por uma consoante surda.
A última realização [ʃ] é também a que apresenta o morfema do plural diante de pausa, como podemos observar nas formas amarelas bonitas e pequenas dos exemplos citados.
Essas manifestações fonéticas diferentes de um único morfema dá-se o nome de variante de morfema o alomorfe.
Faria et all (1996,p.187) afirmam que, de acordo com o que sabemos hoje sobre a aquisição da linguagem e o funcionamento mental na produção da fala, podemos dizer que, neste caso, o falante relaciona a unidade abstracta /s/- o seguimento fonológico – com as suas diferentes realizações por meio de uma regra que aplica de acordo com o contexto. Assim, a fonologia de qualquer língua na perspectiva generativa inclui a explicação de regras fonológicas que deve corresponder a generalizações linguisticamente significativas (ou seja, a aspectos gerais do funcionamento da língua) e que estabelece a relação entre a representação fonológica e a realização (ou forma) fonética. Na fonologia do português, portanto, a relação entre o seguimento fonológico /s/ e os seguimentos fonéticos [Ʒ] e [ʃ] que o realizam nos contextos referidos (deixamos do momento a realização [z] antes de uma vogal na palavra seguinte) corresponde ao funcionamento de uma regra que se apresenta informalmente de seguinte modo:
(12) Uma consoante fricativa sibilante realiza-se como [Ʒ] antes de consoante vozeada e como [ʃ] antes de consoante não vozeada e em fim de palavra.
O seguimento fonológico, como vimos atrás, tem como unidades mínimas os seus traços distintivos. Se utilizarmos os traços, podemos referir as sibilantes em conjunto (visto que constituem uma classe natural) como [+estridente, +coronal], não referindo os traços [voz e anterior] visto que são esses que estão sujeitos a mudança pela aplicação da regra. As duas realizações fonética resultante da regra (12) serão indicadas precisamente pelos valores atribuídos aos traços [voz] e [ant] que as identificam. Como as [+estr] são sempre consoante no sistema do português, não é necessário indicar o traço [consonântico]. As reformulações das regras (12) com indicação de traços distintivos encontram-se em (12'). Os traços pertinentes (não redundantes) com que se identificam os seguimentos constituem um conjunto englobado por parênteses rectos.
2.2. (12') regra de realização do /s/ (primeira versão)
[+estr, +cor] realiza-se como [-ant, +voz] antes de [+cons, +voz]
[+estr, +cor] realiza-se como [-ant, -voz] antes de [+cons, -voz]
[+estr, +cor] realiza-se como [-ant, -voz] no fim de palavra
Para os mesmos autores (pp.188-189), o nível em que se situam os seguimentos fonológicos é, como os próprios seguimentos um nível abstracto. Na fonologia generativa ele é considerado um nível de base ou subjacente relativamente ao nível fonético (ou de superfície). O estabelecimento da relação entre os dois níveis é precisamente a função das regras fonológicas.
A regra (12') inclui os traços distintivos dos seguimentos, mas não utilizam qualquer notação (ou convenção) formal. Em fonologia generativa a formulação de uma regra inclui notações formais que representam abreviadamente as descrições feitas por palavras como as da regra (12'). A maior importância da utilização dessas notações reside no facto de elas constituírem um meio adequado para expressar as generalizações significativas a que a regra corresponde. Por essa razão a formulação das regras fonológicas deve obedecer a critérios de simplicidade e de economia.
Formalizando a regra (12') usando notações formais, as palavras “realiza-se como” representa-se com uma seta (O contexto em que a regra se aplica (“antes de…”, “no fim de…”) separa-se da parte esquerda por uma barra oblíqua (/). A discrição desse contexto inclui um traço () que indica a posição do seguimento, e antes ou depois dele figuram os elementos do contexto. A expressão “no fim de palavra” representa-se também formalmente: tanto as palavras como os morfemas que as constituem, ou as sílabas, são limitadas por fronteiras. Na regra (12') o sinal # marcaa fronteira de palavra, sendo ela que constituem um dos contextos para realização de [ʃ]. Assim, (12'') é a formalização das regras (12) e (12').
 2.3. (12'') regra de realização do /s/ (segunda versão)
a) [+estr, +cor] [-ant, +voz] /[+cons, +voz]
b) [+estr, +cor] [-ant, -voz] / [+cons, -voz]
[+estr, +cor] [-ant, -voz] /#
Repara-se que os resultado da mudança indicados em b) e c) (resultados que estão à direita da seta e antes do contexto) são idênticos estes duas alinhas podem ser abreviadas pela seguinte convenção: os dois contextos que provocam a mesma ''realização incluem-se dentro de chavetas ({ })realizando-se b) e c) uma única alinha como segue:
2.4. (12''') regra de realização do /s/(terceira versão)
a) [+estr, +cor] [-ant, +voz] /[+cons, +voz]
b) [+estr, +cor] [-ant, -voz] / {[+cons, -voz, #}
A regra (12''') é obviamente mais simples do que a regra (12''), pelo que a devemos preferir dentro do critério de simplicidade acima referido.
Vejamos agora outro aspecto da regra (12'''): o valor do traço [vozeado] que resulta da aplicação da regra é sempre igual ao valor do mesmo traço da consoante que se segue ([+voz], quando a consoante é [+voz] e [-voz] quando a consoante é [-voz]). Trata-se, portanto, de uma regra de assimilação no que respeita a este traço. As regras da assimilação são muitos frequentes em todas línguas. Por exemplo em espanhol, a consoante nasal que precede uma consoante oclusiva assimila-se sempre no ponto de articulação a consoante que se lhe segue. Assim, em Rumba a nasal realiza-se como labial, [m], tal como o [b]; em dente a nasal realiza-se como dental, [n], tal como o [t]; em tango a nasal é uma velar, [ł], tal como o [g].
A formalização deste processo faz-se com a utilização de variáveis (P.EX. colocadas em vez dos sinais nos traços que têm valor idêntico. Cada variável pode ser substituída pelos sinais [+] ou [-], mas a mesma variável tem que ser substituída pelo mesmo sinal. Em (12''') o traço que tem valor idêntico é o [voz]. Se for precedido de isso quer dizer que quando o for substituído por [+] a consoante do contexto e a realização do /s/ são [+voz]; quando o for substituído [-] a consoante do contexto e a realização do /s/ são [-voz]. A utilização da variável permite na uma versão definitiva da regra.
2.5. (12'''') regra de realização do /s/(ultima versão)
[+estr, +cor] [-ant, -voz]} / {[+cons, voz, #}
A regra (12'''') é indubitavelmente a mais simples e generalizante das quatros regras formuladas.
3. Regra de velarização /l/
No início de silaba o [l] mantem os traços fonológicos com os respetivos valores ([+ant, -alt, -rec]). No fim de silaba há uma substituição desses valores pela sobreposição de uma pronúncia secundária de velarização, passando o /l/ a [+alt, +rec]. Não se trata de uma regra de assimilação, mas de uma regra de substituição dos valores dos traços no contesto de fim de silaba. Na sua representação formal é necessário incluir o símbolo [$] que marca a fronteira de silaba. 
(13) regra de velarização de /l/
[+lat, +ant] [+alt, +rec]/-$
A identificação da lateral do lado esquerdo da regra não necessita de incluir os traços [alt] e [rec] porque, quaisquer que sejam os seus valores, eles adquirirão o sinal [+]com aplicação da regra. O traço [ant] não sofre alteração, por isso não é indicado. 
 4. Conclusão 
Depois de pesquisa e leituras, chegamos a conclusão que a pronúncia de /s/ em fim de palavra, possui diversas realizações que dependem do contexto fonético: [z] antes de vogal na palavra seguinte, [Ʒ] antes de consoante vozeada, [ʃ] antes de consoante não vozeada e antes de pausa. Podemos ainda a acrescentar que no interior da palavra a, quando se segue uma consoante, /s/ também se realiza sempre como [+voz] ou [-voz] conforme o valor desse traço na consoante seguinte, ou como [z] no contexto intervocálico.
Que, a passagem anterior, pode ser representada por uma regra informal quando usamos palavras e formal quando usamos notação (ou convenção) formal.
5. Referências bibliográficas 
CUNHA, C. & CINTRA, L. (2005), Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa. Livraria Editora Figueirinhas, Lda 
Faria, I.H., PEDRO, E.R. & GOUVEIA, C.A.M. (1996), Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa. Editorial Caminho

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