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Coagulação Intravascular Disseminada (CID) e Choque P R O F ª D R ª M A R I A G A B R I E L A A síndrome choque é definida como uma anormalidade no sistema circulatório que resulta em inadequada perfusão orgânica e oxigenação tecidual. Fator agressor sequência de eventos respostas endócrino-metabólicas falência na manutenção da homeostasia. Principais choques: choque endotóxico (séptico) choque anafilático choque neurogênico choque cardiogênico choque hipovolêmico (hemorrágico e não hemorrágico) choque obstrutivo Consequência: Hipoperfusão sistêmica. Pode ser causado pela redução do débito cardíaco ou pela redução do volume de sangue circulante efetivo Choque distributivo Tipos de Choque Choque endotóxico ou séptico Aparece mais em casos de infecções ocasionadas por bactérias. Patogenia: Foco primário corrente circulatória bacteremia perfusão tecidual comprometida trombos São comuns no aparelho genito urinário, peritônio e vias biliares. Alterações Fisiopatológicas Anoxia isquêmica Queda do débito cardíaco Edema agudo do pulmão Coagulação Intravascular Disseminada Taquipneia Taquicardia Anúria/Oligúria Tipos de Choque Choque anafilático Trata-se sempre de indivíduos que tem hipersensibilidade. O choque anafilático pode localizado ou sistêmico. Essa resposta exagerada envolve a liberação de grande quantidade de histamina que é um potente vasodilatador e também aumenta a permeabilidade vascular. Causas: fármacos, alimentos, contrastes radiológicos... Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. O quadro típico é o de colapso cardiorrespiratório em poucos minutos (Edema de glote). Emergência!!!! Máscara de O2, adrenalina, intubação... Tipos de Choque Choque neurogênico Falha de comunicação entre o cérebro e o corpo Patogenia: Acidentes com anestésicos ou lesões traumáticas na medula espinhal podem desencadear vasodilatações periféricas generalizadas, levando ao choque. Vasos sanguíneos perdem o seu tônus e dilatam, dificultando a circulação do sangue pelo corpo Alterações Fisiopatológicas Diminuição rápida da pressão arterial Diminuição da temperatura corporal Respiração rápida e superficial Cianose e extremidades frias Síncope Tipos de Choque Choque cardiogênico Hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco gerar um débito adequado As principais causas são: Infarto no miocárdio; Alterações na capacidade de contração; Miocardite linfocitária (atinge filhotes de mães infectadas com parvovírus); Tamponamento cardíaco: acúmulo de líquido no saco pericárdico impedindo a contração e o relaxamento da musculatura cardíaca.). Alterações Fisiopatológicas Hipotensão arterial Oligúria e distúrbios do equilíbrio ácido-base Alteração do nível de consciência Cianose (hipoxemia) Extremidades frias e úmidas. Acidose metabólica Tipos de Choque Choque Hipovolêmico (Hemorrágico) Emergência hematológica muito comum, constituindo mais de 60% de todos os tipos de choque, cuja condição é frequente em animais politraumatizados ou em situações decorrentes de procedimentos cirúrgicos (ALVES et al., 2008). Redução aguda e intensa do volume circulante, por perda de líquidos para o meio externo, devido a: − Hemorragia grave, vômitos e diarreia; Choque hipovolêmico (não hemorrágico) Retenção de grande quantidade de líquido na luz intestinal devido a íleo paralítico, cólica, Diebetes mellitus, Diabetes insípido, desidratação e queimaduras Choque obstrutivo O choque obstrutivo pode ser definido como uma redução do débito cardíaco secundário a um inadequado enchimento ventricular. As principais causas : tamponamento pericárdico (neoplasias, trauma e os quadros infecciosos) embolia pulmonar pneumotórax. Aplique seus conhecimentos 1- O que é Hiperplasia Endometrial Cística? 2- Que hormônios estão envolvidos na piometra e quais são os mecanismos de ação dos mesmos? 3- Como explica-se o choque séptico na piometra? 4- Quais são os aspectos macro e microscópicos da piometra? 5- Quais são as manifestações clínicas da piometra? Coagulação Intravascular Disseminada - CID Síndrome adquirido caracterizado por coagulação intravascular disseminada. A coagulação é sempre o evento inicial. A morbilidade e mortalidade relacionam-se com a extensão da trombose intravascular. Causas múltiplas 6 TromboseTrombose FibrinaFibrina GlGlóóbulosbulos rubrosrubros PlaquetasPlaquetas WWW. Coumadin.com CID é um termo fisiopatológico que inclui tanto a trombose quanto a hemorragia no corpo Revisão da Hemostasia Cascata da coagulação Endotélio vascular Mecanismos anticoagulantes Sistema fibrinolítico Plaquetas Dinâmica de fluxo sanguíneo 3 HemostaseHemostase SubendothelialSubendothelial matrixmatrix PlateletsPlatelets HemostaticHemostatic plugplug FibrinFibrin Endothelial cellEndothelial cell RBCRBC WBCWBC WBCWBC WWW. Coumadin.com CID Síndrome adquirido caracterizado por coagulação intravascular sistémica A Coagulação é sempre o evento inicial ATIVAÇÃO SISTÊMICA DA COAGULAÇÃO Deposição intravascular de fibrina Depleção de plaquetas e fatores da coagulação Trombose dos vasos de pequeno e médio calibre Hemorragia Falência Multiorgânica MORTE Fisiopatologia da CID Ativação da Coagulação Sanguínea Sistema fibrinolítico é ativado sistemicamente (Antitrombina III, proteínas C e S) levando a lise do coágulo e inativação dos fatores de coagulação e função plaquetária deficiente levando a hemorragia Eventos contrários. A formação de fibrina no interior da microcirculação envolve as hemácias levando a anemia hemolítica Fisiopatologia da CID Gera Inflamação e aciona Citocinas IL-6 e IL-1 medeiam a ativação da coagulação na CID TNF- Medeia a desrregulação das vias fisiológicas anticoagulantes e da fibrinólise Modula a atividade da IL-6 IL-10 pode modelar a ativação da coagulação CID Coagulação Inflamação Diagnóstico de CID Presença da doença associada a CID Quadro clínico compatível Evidência clínica de trombose, hemorragia ou ambas. Estudos laboratoriais Nenhum teste isolado é apropriado Testes seriados são mais úteis que um teste isolado Doenças Associadas a CID Malignidade Leucemia Doença Metastática Cardiovascular Após paragem cardíaca Enfarte agudo miocárdio Próteses Hipotermia/Hipertermia Pulmonar Embolismo Pulmonar Acidose grave Anóxia grave Anafilaxia Condições Associado a CID Infecção/Septicemia Bacteriana Gram - / Gram + Vírus Hepatite Fungos Protozoários (Babesia canis) Hemólise intravascular Doença Hepática Aguda Lesão Tecidular trauma cirurgia extensa necrose tecidular Obstetricos Embolia Descolamento da placenta Eclâmpsia Abortamento Podemos dividir a CID em três formas principais: Subaguda - Difícil de detectar, pois os sinais podem estar ausentes ou serem inespecíficos. Ocorre a hipercoagulabilidade. Os testes de coagulação podem estar normais ou diminuídos e a contagem de plaquetas pode estar normal. Aguda: É a forma fulminante. Ocorre descompensação aguda em casos de neoplasia (hemangiossarcoma), sepse e traumas Hemorragias primárias: petéquias, equimoses; e secundárias: cavidades orgânicas, seguido de anemia e/ou trombose de órgãos parenquimatosos. Nesse caso, todos os testes de coagulação são prolongados.Crônica - Comum em cães com neoplasias malignas ou outras doenças de caráter crônico. Apresenta pouco ou nenhum sinal de hemorragia espontânea e os exames podem estar alterados ou não. É de difícil diagnóstico. Lesões de CID Fragmentos Plaquetas escassas Anemia Estudos Laboratoriais usados na CID Sistemas rotineiros de diagnóstico não distinguem pacientes com coagulação intravascular disseminada assintomática, coagulopatia de consumo e síndromes trombóticas. O tempo parcial de tromboplastina ativada está aumentado nesses casos (DEMPFLE, 2004). A demonstração à necropsia de trombos de fibrina intravasculares confirma certamente o diagnóstico. D-Dimer é um indicador para formação de fibrina in vivo... tempo de coagulação, que se apresentará prolongado; a retração do coágulo será retardada e se houver a dissolução do coágulo, será evidência de fibrinólise ativa; a contagem de plaquetas mostrará trombocitopenia e, ainda, a determinação do nível de fibrinogênio plasmático, que poderá estar diminuído, o que será menos evidente na CID subaguda ou crônica (CALVERLEY & LIEBMAN, 2000). Tratamento da CID Interromper o processo desencadeante. O único tratamento comprovadamente eficaz Terapêutica de Suporte Terapêuticas não específicas Terapia de substituição com plasma e plaquetas Anticoagulantes (ex.: heparina) Inibidores fisiológicos da coagulação Resumo de CID CID é um síndrome caracterizado por coagulação intravascular sistémica. A coagulação é o evento inicial e a extensão da trombose intravascular tem grande importância na morbilidade e mortalidade. Relação importante entre a inflamação e a coagulação. A morbilidade e a mortalidade permanecem elevadas. O único tratamento comprovadamente eficaz é a reversão ou o controlo da causa subjacente.
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