Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula – Endocrinologia do ciclo estral, IA e citologia vaginal de CADELAS e GATAS Profa. Dra. Liege C. Garcia Silva Biotecnologia e Reprodução Animal UAM • Conhecimentos técnicos – Pura e simplesmente (análise comparativa) – Identificação de um padrão – Possibilidade do reconhecimento de alterações (aplicabilidade clínica) • Desenvolvimento futuro • Desenvolvimento tecnológico Estudo da Endocrinologia Reprodutiva As Cadelinhas!! • 2-3 meses após atingirem estrutura corpórea adulta – 6 a 24 meses de idade – Varia segundo o porte e raça !!! • Raças pequenas: mais PRECOCES • Raças grandes: mais TARDIAS A PUBERDADE Exemplos 10 meses 6 meses 7-8 meses • Monoéstrica não estacional • Ciclicidade – Duração do ciclo estral: 6-7 meses – Variação: 3,5 a 13 meses – Variações raciais e individuais O CICLO ESTRAL Exemplos 4-5 meses 4 meses12 meses 8 meses Endocrinologia do Ciclo Estral Hipófise anterior Hipotálamo Órgãos alvo SISTEMA PORTA HIPOFISÁRIO Endocrinologia do Ciclo Estral Hipófise PRL LH Tuba uterina Útero Placenta HipotálamoGnRH FSH E2 P4 Ovário CL CL CL F F Ativina Inibina Vagina e vulva Glândula mamária – Liberação de gonadotrofinas: FSH – Síntese ovariana de E2: alteração sintomática Início da Atividade Ovariana Início da Atividade Ovariana ANESTRO ESTROPROESTRO DIESTRO ANESTRO estrógeno progesterona LH ovulação • PROESTRO • Duração 3 – 21 dias (média de 9 dias) • Secreção serossanguínea • Edema vulvar • Atração do macho porém não aceita cópula • Células da granulosa e teca interna produzem estrógeno FASES DO CICLO ESTRAL Edema vulvar Manifestações clínicas: Atração de macho Não receptividade PROESTRO • FSH – promove crescimento e maturação dos folículos ovarianos: produção E2 • Sinergismo do LH com FSH promove a maturação final dos folículos: produção E2 / P4 • LH – onda pré ovulatória: ruptura do folículo de Graaf PROESTRO Estrógeno • Vagina – espessamento da mucosa • Cérvix - prolongamento • Útero – espessamento endometrial, prolongamento dos cornos uterinos • Ovidutos – proliferação de fímbrias, espessamento • Glândulas mamárias – desenvolvimento de ductos • Receptores de progesterona PROESTRO Exames subsidiários: Citologia vaginal Vaginoscopia PROESTRO Inicial e médio ü Elevados níveis de estradiol ü Concentrações basais de progesterona (< 1 ng/ml) ü Concentração de basal de LH ü Baixa concentração de FSH Final ü Decréscimo da concentração do estradiol ü Elevação da concentração de progesterona, LH e FSH PROESTRO • Luteinização precoce dos folículos em desenvolvimento • Alteração na relação E2 : P4 PROESTRO ESTRO PROESTRO FINAL PICO DE LH E2 P4 Gier et al. (2006) E2 LH PROESTRO FINAL PICO DE LH marca a passagem do PROESTRO para o ESTRO CONSEQUÊNCIAS... • Mudança de fase hormonal • Mudança comportamental ESTRO • ESTRO • Duração 4 a 24 dias (média de 9 dias) • Diminuição do edema vulvar e da secreção serossanguínea • Fêmea receptiva ao macho – Reflexo de monta positivo FASES DO CICLO ESTRAL Manifestações clínicas: Reflexo perineal positivo Receptividade Acasalamento ESTRO Exames subsidiários: Citologia vaginal Vaginoscopia ESTRO • DIA 0 = PICO DE LH (12 a 24 h) • Após: Desenvolvimento folicular final (48 horas) – luteinização das céls foliculares – concentração de estrógeno para níveis basais OVULAÇÃO (12 horas) ESTRO • APÓS OVULAÇÃO – Maturação oocitária ocorre na tuba uterina – Duração 72 horas PRÓFASE I Quebra da vesícula germinativa METÁFASE II ESTRO ü Hormônio luteinizante (LH): DOSAGEM HORMONAL A PROGESTERONA NÃO É SINALIZADOR DE GESTAÇÃO!!!! ü Progesterona sérica: EVENTO BIOLÓGICO Concentração P4 (ng/mL) ANESTRO / PROESTRO < 1,0 PICO DE LH 1,0 – 2,0 OVULAÇÃO 4,0 – 10,0 MATURAÇÃO OOCITÁRIA 10,0 – 15,0 DOSAGEM HORMONAL RESUMINDO ... PICO DE LH ovário Desenvolvimento folicular PROESTRO ovário Maturação folicular final OVULAÇÃO ovário ESTRO ovário Maturação oocitária 48 horas 72 horas D 5 ü Duração: 63 dias (gestantes) e 75 dias (não gestantes) ü Comportamento não receptivo ü MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ü regressão do edema vulvar ücorrimento vaginal mucoso ü hiperplasia mamária DIESTRO FASE PROGESTACIONAL: üsemelhante na gestante e não gestante ü diferenciar pela RELAXINA: - 21 d, ELISA ü diferenciar pelo FSH: - 18 d, > 150 ng/mL ü diferenciar pelo E2: - 21 d, > na prenhez DIESTRO Progesterona • inibe atividade do miometrio • induz aumento e secreção das glândulas endometriais: “leite uterino” • hiperplasia mamária DIESTRO üExames subsidiários: Citologia vaginal Vaginoscopia DIESTRO ü Quiescência reprodutiva ü Duração: 4 a 5 meses ü AUSÊNCIA de alterações sintomáticas ü “descanso reprodutivo” Citologia vaginal ANESTRO ü Concentração P4 basal ü Concentração E2 flutuante (desenvolvimento folicular) ü Níveis elevados de FSH – recrutamento folicular ü Pequenos pulsos de LH durante anestro e um pequeno pico ao final desta fase ANESTRO As Gateeenhas! • Média : 4 a 8 meses de idade • VAIÁVEL conforme: • Peso: 2,3 a 2,5 kg • Pelagem: • pelo curto: PRECOCE • pelo longo: TARDIA • Sazonalidade A PUBERDADE O CICLO ESTRAL • POLIÉSTRICAS ESTACIONAIS: • Luminosidade • Região geográfica • Estação do ano O CICLO ESTRAL Dias longos (↑ luz) Glândula pineal ↓ Melatonina Hipotálamo Hipófise Gônadas FSH e LH GnRH PROESTRO 1 a 2 dias ESTRO 5 a 6 dias (até 21 d) INTERESTRO 16 a 21 dias DIESTRO Gestação ANESTRO Outono - inverno FASES DO CICLO ESTRAL • Difícil diagnóstico • Fase crescimento folicular • ondas contínuas: siamês • Comportamento • Rolamento, fricção • Ruídos • Reação de rejeição PROESTRO • Aceitação cópula • Discreto edema vulvar e sangramento • Comportamento característico • Lordose e elevação pelve • Desvio cauda • Rolamento e vocalizações ESTRO CÓPULA: • Contenção do macho (região pescoço) • Movimentos copulatórios • Rápida ejaculação (1 a 4 seg) ESTRO OVULAÇÃO: • Induzida pela cópula • Mecanismo neuro-endócrino • 24-48 h pós-ovulação : FINAL DO ESTRO ESTRO OVULAÇÃO INDUZIDA Dias de estro Cópulas diárias Pico de LH Ovulação e formação do CL 16 H Atividade luteínica • Ovulação eficiente • Fecundação eficiente • Ovulação eficiente • Falha na fecundação DIESTRO (GESTAÇÃO) 62-63 dias Pseudociese 40-45 dias DIESTRO / PSEUDOCIESE • Intervalo inter-folicular (entre cios) • Durante a estação reprodutiva • Duração: 2 a 19 dias CONDIÇÕES: • não ovula • não é coberta INTERESTRO • Período de baixa luminosidade outono - inverno • Quiescência reprodutiva • Intervalo entre as estações reprodutivas • Raças de pelo longo: 90% • Raças de pelo curto: 40% ANESTRO ESTRO Cruzou Não cruzou Ovulou Não ovulou Fecundou Não fecundou Prenhez Pseudoprenhez Interestro PROESTRO PROESTRO TÉCNICAS: - Intra-vaginal - Intra-uterina - cirúrgica - não-cirúgica SÊMEN FRESCO OU REFRIGERADO SÊMEN CONGELADO INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICA INTRA-VAGINAL: - sêmen puro ou diluído - sêmen fresco ou refrigerado - sêmen de BOA QUALIDADE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Coleta do sêmen INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cateterização cervical – catéter norvérgico INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cateterização cervical – catéter norvérgico INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cateterização cervical – endoscopia cervical INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cirúrgica / laparoscopia INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cirúrgica / laparotomia INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL Riscos!!! Liberação de protaglandinas!!! TÉCNICAS INTRA-UTERINAS: cirúrgica / laparotomia INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL PROTOCOLOS POSSÍVEIS • APENAS SINAIS E SINTOMAS DE CIO: procure um veterinário!!!!! MANIFESTAÇÃO DE CIO + CITOLOGIA VAGINAL iniciar IA com citologia de ESTRO IAa cada 2 dias até citologia de DIESTRO PROTOCOLOS POSSÍVEIS CITOLOGIA VAGINAL + VAGINOSCOPIA + P4 SÉRICA 1) Sêmen fresco ou refrigerado: - IA: 3º / 5º / 7º dias pós PICO LH - IA: 4º / 6º dias pós PICO LH - IA: P4 sérica acima de 4 ng/mL até DIESTRO PROTOCOLOS POSSÍVEIS CITOLOGIA VAGINAL + VAGINOSCOPIA + P4 SÉRICA 1) Sêmen congelado: - IA CIRÚRGICA: 5º dia pós pico de LH - IA NÃO CIRÚRGICA: 5º E 6º dia pós pico de LH PROTOCOLOS POSSÍVEIS PROTOCOLOS POSSÍVEIS RESULTADOS: – sêmen fresco: 80 a 90% de sucesso – sêmen refrigerado: 80 a 90% de sucesso – sêmen CONGELADO: muito variável BIOTÉCNICAS GERAIS In vitro: DIFICULDADES!! A CITOLOGIA VAGINAL • Colpocitologia • Citologia exfoliativa da vagina É UMA FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO APLICAÇÕES ... • Diagnóstico da fase do ciclo estral • Diagnóstico de afecções vaginais • Diagnóstico de acasalamento • Diagnóstico do período ovulatório e data provável para o parto EXEMPLOS ... • Epitélio pavimentoso estratificado • Camadas celulares MEMBRANA BASAL CAMADA CELULAR LUZ v. linf. sangue O EPITÉLIO VAGINAL • Célula basal • Célula parabasal CAMADA CELULAR • Célula intermediária – Pequena – Grande CAMADA CELULAR • Células superficiais – Parcialmente queratinizada (nucleada) CAMADA CELULAR • Células superficiais – Totalmente queratinizada (anucleada) CAMADA CELULAR • Células especiais – Células de metaestro – Células espumosas CAMADA CELULAR INTERPRETAÇÃO CAMADA CELULAR ESTRÓGENO ANESTRO PROESTRO ESTRO DIESTRO Citologia vaginal - CADELAS PROESTRO DIESTRO ESTRO ANESTRO Citologia Vaginal - GATAS Interestro Estro Metaestro
Compartilhar