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TRAUMATISMOS DA COLUNA CERVICAL

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TRAUMATISMOS DA COLUNA CERVICAL 
As lesões da coluna cervical estão entre as lesões musculoesqueléticas 
mais devastadoras e são cada vez mais frequentes, em decorrência do número 
crescente de acidentes de alta energia. Entretanto, acidentes automobilísticos, 
mergulhos em água rasa e atividades esportivas também saõ caudas comum de 
lesões na cervical. 
 Há uma distribuição etária bimodal entre esses pacientes, o primeiro 
pico ocorre em pessoas entre 15 e 24 anos, e o segundo na faixa acima de 55 
anos. Dessa forma o atendimento ideal começa ainda no local do acidente com 
imobilização cuidadosa da coluna cervical e transporte adequado do paciente a 
um pronto-socorro 
Existem várias classificações para as lesões da coluna cervical, sendo que 
as melhores preocuparam-se em identificar as lesões instáveis da coluna 
cervical. Desta forma, facilitam a decisão de tratamento e a definição do 
prognóstico dos pacientes. As condutas para o tratamento das lesões da coluna 
cervical são principalmente relacionadas ao diagnóstico correto da lesão, a 
restauração ou proteção da função neurológica e a correção da biomecânica da 
coluna cervical. 
Lesões comuns no pescoço e na região torácica alta ocor-rem com um 
trauma em flexão/extensão. O trauma cervical grave pode resultar em fraturas 
vertebrais e lesões medulares. 
1. FRATURAS DO CÔNDILO OCCIPITAL 
São consideradas fraturas raras e de tratamento conservador, evoluindo 
de forma bastante favorável se não forem associadas a outras lesões, como as 
originárias de trauma craniencefálico, e a fraturas de vértebras cervicais. Dessa 
forma, são consideradas de difícil diagnóstico quando não houver a suspeita de 
sua existência e quando não há utilização de um método diagnóstico adequado 
para a identificação. 
Em geral, essa fratura é causada por traumas de grande energia, como 
acidentes automobilísticos, na maioria dos casos, e ocorrências na prática 
esportiva. Em função dos próprios fatores causais, normalmente são acometidos 
os indivíduos jovens, na segunda e terceira décadas de vida, sobretudo os do 
sexo masculino. Há casos descritos acometendo indivíduos idosos, crianças e 
mulheres; no entanto, essas fraturas resultam, também, de acidentes 
automobilísticos. 
O quadro clínico das fraturas do côndilo occipital é bastante inespecífico. 
A queixa do paciente, em geral, consiste em dor na face posterior do pescoço e 
espasmos da musculatura paravertebral cervical, dificultando, assim, o 
diagnóstico. Raramente, pode-se observar paralisia dos pares de nervos 
cranianos 9, 10 e 11. Pode ocorrer comprometimento do canal do hipoglosso. O 
trauma craniencefálico acompanha a maioria dessas fraturas, colaborando, 
também, para a constituição do quadro clínico dos pacientes, dificultando o 
diagnóstico (p. ex., devido a possível alteração do nível de consciência). Cabe 
ressaltar a possível associação dessas lesões às fraturas de vértebras cervicais, 
focando-se, muitas vezes, o diagnóstico dessas últimas, em vez do diagnóstico 
das fraturas do côndilo occipital. 
Como sua visualização com as técnicas radiográficas convencionais é 
pouco acessível, são necessários métodos diagnósticos por imagem mais 
sofisticados para seu reconhecimento, sendo a tomografia com reconstrução 
sagital e coronal a melhor escolha. O prognóstico isolado dessas lesões é 
absolutamente favorável. Entretanto, quando associadas a trauma 
craniencefálico, fraturas de vértebras cervicais e lesões medulares nesse mesmo 
nível, deve-se ter extrema cautela, já que constituem os fatores determinantes 
na evolução e no prognóstico dos pacientes. Como se trata de uma fratura intra-
articular, algumas dessas condições podem evoluir com dor na região occipital 
posterior do tipo cefaleia cervicogênica. 
A abordagem conservadora das fraturas do côndilo occipital evolui com 
bons resultados, ficando o paciente livre de dor cervical, além de manter o arco 
total de movimento do segmento envolvido, em média, após três meses de 
tratamento. Preconiza-se o uso do colar tipo Philadelphia para os casos 
classificados como tipo I ou II, de Anderson e Montesano, e imobilização mais 
rígida, como halogesso ou gesso tipo Minerva, para os classificados como tipo I 
As lesões dos pares cranianos devem ser tratadas, inicialmente, com 
corticoterapia associada à imobilização. Observa-se recuperação espontânea da 
função desses nervos em alguns dias, caracterizando a sua neuropraxia. 
2. FRATURA DO ATLAS 
As fraturas da primeira vértebra cervical representam 2% de todas as 
fraturas da coluna vertebral. Uma compressão axial (vertical) do crânio sobre o 
atlas força-o sobre o áxis, ocasionando sua ruptura nos pontos mais fracos, que 
são os arcos anterior e posterior, com consequente afastamento das massas 
laterais, o que constitui a denominada fratura de Jefferson. Podem aparecer, 
também, fraturas isoladas do arco posterior, que são consideradas resultantes 
da compressão vertical sobre a cabeça em extensão. A pressão exercida sobre o 
atlas não só determina a fratura dos arcos, mas também a ruptura do ligamento 
transverso, que é a principal estrutura a assegurar a estabilidade anterior dessa 
vértebra, impedindo o seu escorregamento sobre o áxis. 
Com exceção das fraturas produzidas pelos projéteis de arma de fogo, as 
do atlas são resultantes de forças aplicadas sobre a cabeça; a energia do impacto 
é absorvida pelo atlas que se encontra encarcerado entre os côndilos occipitais e 
as facetas articulares superiores do áxis. Esse mecanismo de trauma explica a 
importância da procura de fraturas nos pacientes com ferimentos ou 
traumatismos da cabeça, couro cabeludo ou face. 
Os sinais e sintomas são poucos específicos, sendo mais comuns dor 
occipital, cefaléia e rigidez cervical. A compressão do nervo occipital maior pode 
produzir neuralgia occipital, associada com parestesias do couro cabeludo. 
Com o advento da tomografia computadorizada as fraturas do atlas 
puderam ser melhor identificadas e diagnosticadas. Apesar da importância das 
radiografias simples no diagnóstico dessas fraturas, elas não permitem a 
visualização completa do osso. 
Os objetivos do tratamento das fraturas do atlas são alcançar a 
consolidação óssea de C1 e a manutenção da estabilidade do complexo 
atlantoaxial. 
O tratamento das fraturas do atlas está diretamente relacionado com a 
sua estabilidade, presença de lesões associadas e estado geral do paciente. As 
fraturas isoladas do arco anterior ou posterior do atlas, as fraturas do processo 
transverso ou fraturas por avulsão do arco anterior são fraturas estáveis e 
podem ser tratadas por meio de órtese cervical por um período de seis a 12 
semanas. O tratamento das fraturas do tipo explosão e da massa lateral está 
condicionado à estabilidade da lesão (integridade do ligamento transverso), que 
é avaliada por meio do desvio lateral das massas laterais do atlas nas 
radiografias em AP. Nas fraturas que apresentam desvio das massas laterais 
menor que 8mm nas radiografias em AP, o tratamento deve ser realizado por 
meio da imobilização com halogesso, minerva ou órteses cervicais rígidas por 
um período de 12 semanas. Após o término do tratamento devem ser realizadas 
radiografias dinâmicas para averiguar a possível existência de instabilidade C1-
C2, que é indicação da artrodese desse segmento vertebral. 
3. FRATURAS DO ODONTOIDE 
As fraturas do odontoide são 9 a 15% das fraturas cervicais da população 
adulta. Correspondem à fratura cervical mais comum na população com mais de 
70 anos. Nos idosos, são decorrentes de traumatismos de baixa energia por 
quedas da própria altura. Na população mais jovem, a fratura de odontoide é 
resultado de traumatismos de maior energia, como acidentes automobilísticos. 
A fratura de odontoide está associada a movimento de flexoextensão exagerado. 
A associação de lesões neurológicas varia de 2 a 27%, sendo de alta gravidadeou 
até mesmo fatal quando presente. 
As fraturas do tipo I, perto do topo do odontoide, ocorrem acima do 
ligamento transverso. Geralmente, dão se por avulsão pelo ligamento apical ou 
alar, sendo infrequentes e estáveis. As fraturas do tipo II ocorrem entre o 
ligamento transverso e o corpo do áxis, sem extensão para as facetas articulares 
de C2. É o tipo mais comum e relativamente instável. Ocorrem em região de 
menor vascularização e estão associadas ao maior risco de pseudoartrose. O 
tratamento das fraturas do tipo II pode ser feito de forma conservadora ou 
cirúrgica, com 1 ou 2 parafusos de compressão em C2 por via anterior. Além do 
padrão da fratura, é importante considerar as condições clínicas do paciente 
para a decisão do tipo de tratamento mais adequado. O tratamento conservador 
pode ser feito através da imobilização externa com órtese cervicotorácica rígida, 
gesso do tipo Minerva ou halocolete. 
As falhas no tratamento conservador são mais frequentes em pacientes 
mais velhos, com desvio posterior da fratura, em fraturas com um alto grau de 
cominuição e com um afastamento entre os fragmentos maior que 6 mm. O 
tempo para o diagnóstico correto da fratura tipo II do processo odontóide e a 
imobilização cervical não rígida são outros dois fatores que estão relacionados 
com altas taxas de pseudoartrose. O tratamento para a pseudoartrose do 
processo odontóide é cirúrgico com uma artrodese posterior entre o atlas e o 
axis. As fraturas do tipo III são fraturas do corpo do axis, seu prognóstico é bem 
favorável com o tratamento conservador com halocolete. 
O diagnóstico da fratura do processo odontóide pode ser realizado por 
meio de radiografias simples (AP transoral e perfil) em 94% dos pacientes. No 
entanto, o diagnóstico não é realizado no primeiro atendimento em grande 
número dos pacientes, não por problemas relacionados aos exames 
complementares, mas devido à falta de suspeição pelo examinador, baixo nível 
de consciência dos pacientes, traumatismo craniencefálico e trauma da face. A 
tomografia computadorizada permite ainda o diagnóstico e a interpretação de 
outras lesões mais complexas e raras. A tomografia computadorizada realizada 
somente com cortes axiais pode não detectar a fratura se o plano do corte axial 
coincidir com o plano da fratura. O diagnóstico diferencial das fraturas do 
processo odontóide deve considerar "os odontóideos" e os centros de ossificação 
do modelo cartilaginoso do áxis, que geralmente suscitam dúvidas com relação 
ao diagnóstico. 
As queixas dos pacientes são inespecíficas e representadas 
principalmente por dor occipital ou suboccipital, associada com espasmo 
muscular e diminuição dos movimentos da coluna cervical, de modo que o 
diagnóstico é realizado somente quando a possibilidade da ocorrência da fratura 
é lembrada e as radiografias são solicitadas. 
4. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
4.1 OBJETIVOS 
 Aliviar a dor do paceinte 
 Aumentar a amplitude de movimento 
 Aumentar a mobilidade e controle da coluna do paciente 
 Fortalecer a coluna cevical 
 Diminuir a rigidez muscular 
4.2 PLANO DE TRATAMENTO 
Os métodos de tratamento usados pelos fisioterapeutas que provaram 
ajudar a aliviar a dor e restaurar a função normal do pescoço incluem educação 
em dor e plano de tratamento apropriado com retorno às atividades cotidianas, 
terapia manual delicada, descompressão da coluna, terapia de ondas de choque, 
exercícios suaves e específicos e mobilizações e alongamentos progressivos. Os 
exercícios específicos têm várias finalidades de garantir que os músculos que 
sustentam o pescoço continuem a funcionar, ajudar a aliviar a dor e ajudar a 
restaurar os movimentos normais do pescoço. Se a fisioterapia for 
recomendada para melhorar a força e o funcionamento da coluna cervical, 
fortalecer os músculos do tronco são necessários para o tratamento. Além 
disso, todos esses grupos musculares trabalham juntos para apoiar a 
coluna e contribuir para melhorar a postura. 
Para fraturas do côndilo occipital pode utilizar TENS na face posterior do 
pescoço com o objetivo de reduzir dor e inflamação, o laser também com efeito 
anti-inflamatório e analgésico devido à capacidade de melhorar a cicatrização e 
o ondas curtas para espasmos musculares. Ultilizaria o FES para promover 
contração muscular, aumento de amplitude, fortalecimento muscular e melhora 
da circulação linfática. Começaria com uma mobilizaão osteossinemática 
passiva de flexão/extensão e flexão lateral da coluna cervical, e depois evoluiria 
para mobilizações osteocinemáticas ativas. Faria um fortalecimento isométrico 
dos músculos estabilizadores da coluna e da região da cervical. 
Para as fratura do atlas a consuta fisioterapeutica é bem parecida, TENS, 
laser e mobilizações para controle de dor. Exercícios de alongamento são 
realizados para promover a flexibilidade. Mobilizações osteocinemáticas 
passivas com movimentos suaves da cabeça em flexão e extensão. 
Para as fraturas do odontóide devem-se evitar movimentos rotacionais e 
de flexão e extensão da coluna em primeiro momento. Para controle da dor 
TENS, laser e mobilizações osteocinemáticas passivas. Exercicios de 
fortalecimento dos músculos pescoço. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BARROS FILHO TEP, OLIVEIRA RP, JR. RB. Fraturas do atlas. Rev 
Bras Ortop. 1993;28(3): Disponível em: 
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/28-mar/mr930090.pdf. Acesso em: 
19 Set. 2022. 
DEFINO HL. Lesões traumáticas da coluna cervical alta. Rev Bras Ortop. 
2002;37(4):. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/37-
3/2002_abr_15.pdf. Acesso em 19 Set. 2022. 
HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio Eloy P B.; XAVIER, Renato; et 
al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. E-book. ISBN 
9788582713778. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713778/. Acesso em: 
19 Set. 2022. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA COLÉGIO BRASILEIRO DE 
RADIOLOGIA. Lesões Traumáticas da Coluna Cervical (Cervical Alta – C1 
e C2, e Cervical Baixa – C3 a C7). Disponível em: 
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/lesoes-traumaticas-da-coluna-
cervical.pdf. Acesso em: 19 Set. 2022. 
 
 
 
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/28-mar/mr930090.pdf
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/37-3/2002_abr_15.pdf
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https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/lesoes-traumaticas-da-coluna-cervical.pdf
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/lesoes-traumaticas-da-coluna-cervical.pdf

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