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Juliana Silva | 1 Psiquiatria Síndromes Ansiosas e Síndromes com componente de Ansiedade As síndromes ansiosas representam os transtornos mentais mais frequentes e uma prevalência na vida em torno de até 17-30%. Síndromes ansiosas “puras” São ordenadas em dois grupos Transtorno de ansiedade generalizada: → Ansiedade generalizada, livre e f lutuante → É constante e permanente Crises de pânico: → Quadros em que há crises de ansiedade abruptas e mais ou menos intensas → Se ocorrerem de modo repetido, podem conf igurar o transtorno de pânico Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Caracterizada pela presença de sintomas ansiosos excessivos na maior parte dos dias, por vários meses, em diversas situações e atividades da vida. DMS-5: por pelo menos 6 meses O indivíduo vive angustiado, tenso, preocupado, permanentemente nervoso ou irritado e não consegue controlar a preocupação e a ansiedade. Quadro clínico: A ansiedade e a preocupação estão associadas a pelo menos mais três dos seguintes sintomas: → Insônia → Dif iculdade em relaxar → Angústia constante → Irritabilidade aumentada → Dif iculdade em se concentrar → Cefaleias → Dores musculares → Dores ou queimação no estômago Juliana Silva | 2 Psiquiatria → Taquicardia → Tontura → Formigamento → Sudorese fria Para o diagnóstico, é necessário verif icar se os sintomas causam sofrimento clinicamente signif icativo e prejudicam a vida pessoal, social e ocupacional do indivíduo. → Transtornos de personalidade ocorrem com frequência associados ao TAG — borderline e paranoide O foco da ansiedade e preocupação não é decorrente de outro transtorno mental. A TAG é um dos transtornos mais subdiagnosticados. → É um dos transtornos mentais mais comuns nos serviços de cuidados primários Diagnóstico diferencial: Nem sempre é fácil distinguir de depressão e distimia - apresentam sintomas em comum → Os pacientes com depressão costumam ser mais críticos com relação a sua própria atuação em eventos do pasado, enquanto os pacientes com TAG tendem a se preocuparem com eventos futuros. → O TAG e em particular a preocupação têm sido associadas à hipertensão arterial e a problemas cardíacos. Juliana Silva | 3 Psiquiatria Crises de Pânico São crises marcantes de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo. Durante elas ocorre sintomas como batedeira ou taquicardia, suor frio, tremores, desconforto respiratório ou sensação de asf ixia, náuseas, formigamentos em membros, dedos e/ou lábios. Despersonalização: → Ocorre nas crises intensas → Revela-se como sensação de a cabeça f icar leve, o corpo f icar estranho, sensação de perda do controle, estranhar-se a si mesmo. Desrealização: → Sensação de que o ambiente, antes familiar, parece estranho, diferente, não familiar Ocorre também durante as crises o medo de ter um ataque do coração, um infarto, de morrer e/ou enlouquecer Duração das crises: → São de início abrupto (pico em 5 a 10 minutos) e de curta duração (duram em geral 15 minutos, raramente mais de 1 hora) Muitas vezes desencadeadas por condições como estar em aglomerados humanos, f icar “presos" (ou com dif iculdade para sair) em locais congestionadas, no transito, supermercado, etc, ou estar em situações de ameaças Transtorno de pânico Chamamos de "transtorno de pânico” se as crises de pânico forem recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupações com possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer) e sofrimento signif icativo. → Indivíduos com transtorno de pânico apresentam frequentemente transtornos de personalidade (TP) → Até um terço dos pacientes com transtorno de pânico pode ter um TP associado, como TP borderline, evitativa e paranoide → Começa em torno do 24 anos Juliana Silva | 4 Psiquiatria Transtorno da ansiedade de separação Ocorre principalmente em crianças, pode haver medo e ansiedade importantes relacionados a se separar de outras pessoas signif icativas, percebidas como protetoras. → Criança chora muito, f ica ansiosa e amedrontada, tem medo de que algo muito ruim ocorra → Pode acontecer de a criança pedir para mãe f icar com ela na sala de aula → Pode ter dif iculdades para dormir sozinha e/ ou ter pesadelos relacionados à separação Em adultos pode ocorrer com o companheiro romântico! → Começam durante a infância, com uma idade média de início de 7 anos Diagnóstico: Para realizar o diagnóstico, os sintomas devem durar muitos meses e ser suf icientemente graves, prejudicando o desenvolvimento escolar, pessoal e social da criança, adolescente ou adulto. Síndromes ansiosas de base orgânica É caracterizada quando ocorre uma síndrome ansiosa (em crises de pânico ou ansiedade generalizada) que é claramente resultante de doença física, uso de fármacos, substâncias ou outra condição orgânica. → A síndrome ansiosa se associada temporalmente a instalação de uma doença orgânica (por exemplo, hipertireoidismo, DPOC, câncer…) ou ao uso de medicamentos (corticoides, antiparkinsonianos, anti- hipertensivo) ou substâncias tóxicas (álcool, cocaína, maconha, gasolina, chumbo ou mercúrio). Também são comuns nos quadros psicopatológicos associados ao período pré- menstrual e ao puerpério e relacionada a grandes cirurgias. Frequente a presença da irritabilidade e da habilidade do humor! Engloba as fobias e ansiedade social, dissociações, conversões, somatizações, transtorno de estresse pós-traumático e transtornos obsessivo-compulsivo. Juliana Silva | 5 Psiquiatria Antigamente eram chamados de “neuroses”. Transtornos fóbicos Caracterizam-se por medos intensos e irracionais, desproporcionados, desencadeados por situações, objetos ou animais que não oferecem ao indivíduo perigo real e proporcional a intensidade do medo. Agorafobia: O medo e a angústia se relacionam a um aglomerado de pessoas em espaços amplos ou em locais de onde possa ser difícil escapar ou onde o auxílio ou a presença de pessoas próximas não seja rapidamente acessível. • Tem frequentemente crises de medo • Tem, com frequência, medo de viajar de ônibus, automóvel ou avião • O indivíduo se restringe para evitar viver essas possibilidades que lhe causem essa fobia Fobia simples ou específica: Caracteriza-se por medo intenso, persistente, desproporcional e irracional, como medo de animais, medo de ver objetos cortantes ou medo de ver sangue. • A exposição ao objeto ou animal fobígenos geralmente def lagra um estado de angústia, que pode chegar a uma crise de pânico • Os indivíduos acometidos reconhecem o caráter irracional e desproporcional de seus medos Ansiedade social/fobia social: Caracterizam-se por medo intenso e persistente de situações sociais, que envolvam expor-se ao contato interpessoal, demonstrar capacidade de desempenho ou participar de situações competitivas e de cobrança. • Presença de angústia intensa • O medo da exposição é mais forte com pessoas estranhas ou tidas, por alguma Síndromes com importante componente de ansiedade Juliana Silva | 6 Psiquiatria forma, como hierarquicamente em posição superior • O indivíduo reconhece o seu caráter de temores • Podem causar danos/prejudicar a vida estudantil, prof issional, social, emocional e de lazer Pessoas com fobia social têm, com muita frequência, como comodidade o TP evitativa. Transtornos dissociativos e transtornos conversivos: Histeria CID-11: agrupa todas ou quase todas as condições dissociativos e conversivas ⇢ transtornos dissociativos O DSM-5 e a CID-11 mantém separado o transtorno de personalidade histriônica. hISTERIA: As crises histéricas, com acometimento da consciência, desmaios, movimentos abruptos e marcantes, parecidos (mas distintos) com a crise tônico-clônica de epilepsia, ou os quadros conversivoscom afonia, cegueira ou paralisias psicogênicas. Ocorriam em pessoas com comportamento e personalidade caracteristicamente dramáticos, certo infantilismo e, eventualmente, sedução pueril e necessidade de ser o centro das atenções. • Necessitam de contato e tem incapacidade de mantê-lo e aprofundá-lo • Vivem em contexto de inautenticidade no contato interpessoal Subdivisão dos quadros histéricos: → Histeria de conversao ou conversivo: atualmente corresponde ao transtorno conversivo (pelo DMS-5) → Histeria de dissociativa: corresponde ao transtorno dissociativo → Forma mista de histeria: com conversão e dissociação Conversão: Ocorrem alterações das funções sensoriais ou das funções motoras, que lembram sintomas neurológicos, mas que são claramente distintos. • Presença de conversão de um conf lito psíquico inconsciente (desejos, temores inconscientes e inaceitáveis para o indivíduo) para o corpo Juliana Silva | 7 Psiquiatria Conversão signif ica “salto" do plano psíquico para o plano de sintomas corporais • Pode haver anestesias de partes do corpo, perda de visão, do ol fato ou da audição • Pode haver fraqueza ou paralisias, con traturas , mov imen tos anorma is , perturbações do andar e no f icar de pé (astasia-abasia) ou rouquidão psicogênica ou perda total da voz (afonia conversiva) Todos esses sintomas são de causa psicogênica (de causa predominantemente psicológica). • Também chamados pelo DSM-5 como transtornos de sintomas neurológicos funcionais (mas não apresentam sintomas funcionais) Os pacientes notam seus disturbios corporais que aparentam graves e agem com certa indiferença. Essa indiferença pode ser devido a noção (mesmo inconsciente) de que tal alteração é, na realidade, transitória e passageira. Dissociação: Ocorre a perturbação, a separação e o isolamento de aspectos da mente e da personalidade. A dissociação signif ica “separação” de uma parte da mente inaceitável do indivíduo Pode ocorrer por meio de crises em que se perde parcialmente a consciência (a pessoa se “desliga" do ambiente e de si mesma, com desmaio parcial e abalos musculares) ou em episódios em que parte da memória é momentaneamente apagada, como a memória retrógrada de eventos traumáticos do passado. Transtornos conversivos De acordo com o DSM-5: são quadros em que um ou mais sintomas de alteração de função motora ou sensorial psicogênica estão presentes. Sintomas: devem causar sofrimento e/ou disfunção e não são explicados por causas neurológicas ou médicas somáticas → Fraqueza ou paralisia (das pernas, de um braço, de uma mão) Juliana Silva | 8 Psiquiatria → Movimentos anormais, como tremores, distonias, mioclonias, distúrbios da marcha → Dif iculdades ou impossibilidade de deglutição → Alterações da fala, como afonia ou disfonia, rouquidão ou fala arrastada → Ataques semelhantes a uma convulsão epiléptica (“crise histérica”) → Anestesia ou perda sensorial (cegueira ou visão em túnel, perda auditiva ou ol fativa → Sintomas mistos Transtornos dissociativos Caracterizam-se por perda na continuidade da experiência subjetiva e perturbação da integração normal (por isso dissociação), da consciência, da memória, da identidade, das emoções, das percepções, da representação corporal, do controle motor e/ou do comportamento O paciente cinde parte de suas funções mentais devido a traumas emocionais graves ou conf litos psíquicos Amnésia dissociativa (DSM-5 e CID-11):! O indivíduo esquece elementos seletivos e signif icantes do ponto de vista psicológico (amnésia psicologicamente seletiva). Trata-se de uma amnésia retrógrada, com o indivíduo esquecendo ou apagando todos ou alguns aspectos seletivos do passado ou de um evento particular (traumático ou inaceitável) Associada a ela, pode ocorrer fuga dissociativa ⇢ paciente perambula sem uso, por horas ou dias, em estado parcialmente alterado da consciência → Pode apresentar o estado crepuscular da consciência Transtorno dissociativo de identidade (DSM-5 e CID-11):! Há ruptura da identidade e presença de dois ou mais estados de personalidades distintos (identidades dissociadas). → Implica em marcante descontinuidade no senso de si mesmo, no senso de agência e no domínio das próprias acoes O comportamento é observado por outras pessoas ou é relatado pelo indivíduo. Há pelo menos duas “personalidades distintas” recorrentemente que tomam o controle da Juliana Silva | 9 Psiquiatria consciência e do funcionamento do paciente e atuam em áreas específ icas da vida diária. → Mudanças na persona l i d ade são acompanhadas de alterações correlatas na sensopercepção, na cognição, no afeto, no controle motor, na memória e nos comportamentos Transtorno de despersonalizaçao/ desrealizaçao (DSM-5 e CID-11):! Despersonalização: estranhamento e sensação de irrealidade em relação ao próprio Eu. A pessoa percebe o seu sel f como algo estranho ou irreal, sente-se distante de si mesma Desrealização: caracterizada por perceber o mundo ao redor, pessoas e objetos conhecidos e familiares como se fossem irreais ou estranhos, como se estivessem em um sonho, em cenas distantes ou nubladas, sem cor ou visualmente distorcidas Para o diagnóstico desse transtorno é necessário que o indivíduo tenha seu senso de realidade bem preservado! → Não deve estar psicótico ou apresentar sintomas psicóticos associados (como delírios e/ou alucinações) Transtorno do transe e transtorno do transe com possessao (CID-11):! O indivíduo deve apresentar estados de transe nos quais há alteração de seu estado de consciência, e o senso de identidade pessoal é alterado. No transe com possessão, a consciência e a identidade da pessoa é substituída por uma instantânea ou identidade externa “possuidora”. → O indivíduo se comporta com a sensação de estar sendo controlado pela entidade ou agente “possuidor" Esses quadros de transe são recorrentes e, se o diagnóstico for feito em um único episódio, devem durar vários dias. • Os transtornos de transe e de transe com possessão são involuntários e indesejados • Diferenciam-de de transes religiosos culturas Juliana Silva | 10 Psiquiatria Crises histéricas:! Denominadas pelo DSM-5 como transtorno conversivo com ataques semelhantes a uma convulsão epiléptica. Trata-se de um mecanismo de dissociação da consciência, e não de conversão. → Crises de curta duração (minutos a poucas horas), com turvação mais ou menos profunda da consciência, espasmos, tremores, abalos, hipertonia ou atonia muscular → Paciente range os dentes, saliva pela boca e as vezes geme ou grita → Crises desencadeadas por situações de estresse que ocorrem após discussão ou briga pessoal, recebimento de uma notícia inesperada ou ao presenciar uma cena carregada emocionalmente → É raro durarem mais do que algumas horas → Nunca surgem durante o sono e quase nunca ocorrem sem a presença de outras pessoas Transtorno de estresse pós-traumático É um transtorno com forte componente de ansiedade que se desenvolve após a exposição do indivíduo a um ou mais eventos extremamente ameaçadores, traumáticos e horríveis (como estupro, sequestro, assalto, homicídio, desabamentos, incêndios…). Caracteriza-se por lembranças ou recordações vividas que invadem a consciência do indivíduo que passou pelo trauma ⇢ f lashbacks (ou em forma de pesadelos) ⇢ acompanham-se de emoções fortes e profundas, com ansiedade, Juliana Silva | 11 Psiquiatria medo e/ou horror e sensações físicas marcantes. O paciente busca evitar os pensamentos e as recordações do evento traumático ou, ainda, evitar atividades, situações ou pessoas que de alguma forma representem reminiscências do evento. → Indivíduo experimenta um estado de continua sensação de ameaça, tende a estar hipervígil ou pronto para reagir a estímulos → Os sintomas duram muitas semanas ou meses e causamgrande sofrimento. Transtorno obsessivo- compulsivo Caracterizam-se por ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos, rituais ou comportamentos compulsivos. Esses quadros são vividos como uma pressão sobre o indivíduo, como algo que o obriga e a que se submete. Apresentam marcante componente de ansiedade! Quadros: → Ideias obsessivas → Atos e comportamentos compulsivos Muito frequentemente se observam formas mistas! Quadros obsessivos: → Caracterizam-se por ideais, pensamentos, fantasias ou imagens persistentes que surgem de forma recorrente na consciência → São vivenciadas com angústia e como algo que “invade" a consciência → O indivíduo reconhece o caráter irracional dos pensamentos e tenta, muitas vezes, lutar contra eles ou neutralizá-los com outros pensamentos ou com atos e rituais específ icos. Mas geralmente as tentativas fracassam Quadros compulsivos: → Predominam comportamentos e rituais repetitivos, assim como atos mentais → Os comportamentos e atos compulsivos podem surgir como forma de cumprir regras mágicas que precisam ser rigidamente seguidas Juliana Silva | 12 Psiquiatria Somatização: processo pelo qual o indivíduo padece em seu corpo sintomas físicos, que não tem origem exclusiva em uma doença física, mas se relacionam bem mais a dif iculdades psicológicas, psicossociais ou interpessoais. → Sintomas: dores difusas (cefaleias, lombalgia, artralgias, dores abdominais…), sintomas gastrointestinais (náuseas, diarréia, dispepsia), fadiga, sono ruim e sintomas psicopatológicos inespecíf icos, como ansiedade, depressão e irritabilidade. São muito frequentes em adul tos - principalmente mulheres É possível que a somatização sirva como um meio de comunicação quando a expressão verbal mais direta está bloqueada. Pode haver o desejo, consciente e inconsciente, de estar no papel de doente físico a f im de obter de alguma forma ganhos primários (tentativa inconsciente de se reequilibrar psicologicamente) ou ganhos secundários (benefícios sociais ou interpessoais concretos, como licenças médicas e aposentadorias). Alexitimia: dif iculdade de identif icar sentimentos e outras experiencias subjetivas e diferenciá-las de sensações corporais, assim como a dif iculdade de falar sobre as próprias emoções e dif iculdades subjetivas e a tendência a ter um estilo de pensamento orientado para o externo, para o concreto. Ná prática clínica nem sempre é facill demarcar com precisão o limite entre a obsessão e a fobia ou entre a ideia delirante e a obsessão com pouca crítica e insight. Em alguns casos é difícil diferenciar entre o ato compulsivo e o ato impulsivo. Pessoas com TOC tem com frequência TP, sobre tudo: TP obsessivo-compulsiva, TP evitativa e TP dependente. Também pode apresentar TP paranoide e TP narcisista. → Tende a ser mais frequente em alguns grupos sociais e culturais e possivelmente se associa a certos traços de personalidade, como isolamento, introversão e dif iculdades nas relações interpessoais Condições psicopatológicas vivenciadas no corpo Juliana Silva | 13 Psiquiatria Os quadros de somatização podem ser situacionais e transitórios (durante uma fase difícil da vida) ou estáveis e duradouros, passando a ser um estilo ou modo de conduzir a vida! Fibromialgia Condição na qual pacientes relatam dores corporais difusas, mas com maior importância nos músculos. A dor é real e se concentra em determinados pontos do corpo, principalmente aqueles associados às articulações. Há maior sensibilidade à dor! → Indivíduos tem sono de má qualidade, mais ansiedade e depressão → O sedentarismo piora as dores e tensões musculares → Síndrome da fadiga crônica Há cansaço ou fadiga persistentes e relevantes, que duram de vários meses a vários anos (pelo menos 6 meses para o diagnóstico), sem o diagnóstico de uma doença física ou mental que explique melhor esses sintomas. → Acomete mais adultos → Acompanhada por outros sintomas como: sono ruim e não reparador, dif iculdades de atenção, na concentração e na memória, mal-estar após exercícios, dores musculares e nas articulares, sensibilidade aumentada para linfonodos cervicais ou axilares, dor de garganta e cefaleia Tanto a f ibromialgia como a síndrome da fadiga crônica se assemelham à categoria de neurastenia! Neurastenia: Caracteriza-se por cansaço fácil depois de esforço físico ou mental, dores musculares, dif iculdade em relaxar, sensação de fraqueza e exaustão corporal, irritabilidade, dif iculdade em se concentrar, tonturas, cefaleias e insegurança. → Pode haver dif iculdades com o sono → Sintomas depressivos sobrepõem-se amplamente aos da neurastenia Juliana Silva | 14 Psiquiatria Hipocondria ou transtorno hipocondríaco Predominam os temores e as preocupações intensas com a ideia de ter uma patologia grave. Essas ideias surgem geralmente a partir de sensações corporais ou sinais físicos mínimos ou insignif icantes. O indivíduo procura constantemente médicos e serviços de saúde para ver se “agora tem a doença mesmo” ou para receber garantias do contrário. São frequentes alterações comórbidas de personalidade: 40 - 70% das pessoas com transtorno hipocondríaco tem TP: → Paranoide → Evitativa → Obssessivo-compulsiva → Histriônica Agorafobia: Fobia simples ou específica: Ansiedade social/fobia social: Transtornos dissociativos e transtornos conversivos: Histeria