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Bacia de Incomanti

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Universidade Eduardo Mondlane 
Faculdade de Ciências 
Departamento de Física 
Mestrado em Gestão do Risco de Desastres e Adaptação às Mudanças Climáticas 
 
 
 M203: Avaliação do Risco e Necessidades de Adaptação 
 
 
CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO MÉDIA MENSAL USANDO O MÉTODO DE THIESSEN 
NA ZONA SUL DE MOÇAMBIQUE: CASO DA BACIA DE INCOMÁTI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maputo, Abril de 2023 
 
Discente: 
Mundeira Tomé Mundeira 
 
Docentes: 
Prof. Dr. Agostinho Vilanculos 
MSc. Casimiro Sande 
 
 
 
 
Índice 
 
1. Breve introdução ................................................................................................................................ 1 
1.1. Contextualização de investigação .................................................................................................. 1 
1.2. Justificativa de investigação........................................................................................................... 2 
1.3. Problematização ............................................................................................................................. 3 
1.4. Objectivos ...................................................................................................................................... 5 
1.4.1. Objectivo geral ........................................................................................................................... 5 
1.4.2. Objectivos Específicos ............................................................................................................... 5 
1.5. Perguntas de Pesquisa .................................................................................................................... 6 
1.6. Delimitação de investigação .......................................................................................................... 6 
1.7. Estrutura de Trabalho ..................................................................................................................... 6 
Capitulo II. Revisão Bibbliografica ........................................................................................................ 6 
2.1. Bacias Hidrográficas ...................................................................................................................... 6 
2.2. Elementos de uma bacia hidrográfica ............................................................................................ 7 
2.3. Tipos de Bacias Hidrográficas ....................................................................................................... 9 
2.4. Principio básico de funcionamento de uma barragem ................................................................. 14 
2.5. Importância da barragem ............................................................................................................. 16 
2.6. Acordos na Bacia do Rio Incomáti .............................................................................................. 16 
2.7. Caracterização do escoamento ..................................................................................................... 19 
2.8. Bacias Hidrográficas de Moçambique ..................................................................................... 20 
2.9. Morfometria da bacia hidrográfica .............................................................................................. 21 
2.10. Mitigação de desastres.............................................................................................................. 23 
2.11. Acções Estratégicas Propostas ..................................................................................................... 24 
 
 
 
Capitulo III. Metodologia ....................................................................................................................... 27 
Localização e caracterização da área de estudo ..................................................................................... 27 
3.1. Clima e Hidrografia ..................................................................................................................... 30 
3.1.1. Geologia ................................................................................................................................... 30 
3.1.2. Agricultura................................................................................................................................ 30 
3.2. População na costa da Bacia de Incomáti .................................................................................... 31 
3.3. Método de Thiessen ..................................................................................................................... 31 
3.4. Descrição da Metodologia ........................................................................................................... 33 
3.5. Fontes de dados ............................................................................................................................ 33 
3.6. Processamento e Análise dos Dados ............................................................................................ 33 
3.7. Cálculo de Volume na Bacia de Incomáti ................................................................................... 35 
Capitulo IV. Resultados e Discussão ....................................................................................................... 37 
Capitulo V. Conclusão e Recomendações ............................................................................................... 41 
Referencias Bibliográficas ..................................................................................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Capítulo I. Introdução 
1. Breve introdução 
O presente capítulo é constituído por quatro secções. Na secção1. 1, aborda-se a contextualização de 
investigação. Na secção 1.2 é dedicada à justificativa desta investigação, na secção 1.3, apresenta-se a 
problematização, 1.4, objectivos, 1.5 questões de investigação e na secção 1.6 delimitação de 
investigação e secção 1.7 apresenta-se a estrutura do trabalho. 
1.1.Contextualização de investigação 
Apesar de apresentar 77% de sua superfície coberta por água, nem todas as regiões da Terra dispõem 
desse recurso em quantidade e qualidade suficientes para oferecer condições de sobrevivência às 
comunidades e para dar suporte aos sistemas produtivos. Em uma publicação do ano de 2005 intitulada 
Atlas da Água, Clarke e King apontaram que 67% da superfície terrestre apresentava fontes hídricas 
insuficientes, escassas ou no limite e que em 2050, 4 bilhões de pessoas viverão em países com escassez 
crônica de água. (Martins & Batista, 2020) 
A água é um dos recursos naturais de maior importância, sendo imprescindível para garantir a qualidade 
de vida e o desenvolvimento econômico e social da população, além de ser componente da paisagem e 
do meio ambiente (Andrade, Xavier, Alves, Silveira, & Oliveira, 2008). 
O efeito antrópico confirmado no quinto relatório de avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre 
Mudanças Climáticas (IPCC, 2013) reforçou que as mudanças climáticas promoverão impactos 
significativos nos recursos hídricos a nível global (Carlo & Martorano, 2022). 
No entanto a bacia hidrográfica como sendo uma área de captação natural de água da precipitação 
que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, o exutório (Santo, Serrão, Gonçalve, 
Wanzeler, & Lima, 2014). 
De acordo com PINTO et al. (2011) bacia hidrográfica é a área geográfica coletora de água de chuva que 
escoa pela superfície do solo. Para GARCEZ & ALVAREZ (1988), a bacia hidrográfica é conceituada 
como uma área definida e fechada topograficamente num ponto do curso de água, de forma que toda a 
vazão afluente possa ser medida ou descarregada através desse ponto. 
 
2 
 
A bacia hidrográfica destaca-se pelo potencial energético (hidroeletricidade),pelo abastecimento de água 
para o consumo humano e desse denteação de animais. Sendo um exemplo da função social das águas 
como um bem de consumo final ou intermediário na quase totalidade das atividades humanas, que deve 
ser utilizado pelo homem para sua sobrevivência e melhoria de suas condições econômicas, sociais e 
comunitárias. 
A atenção e preocupação com o gerenciamento dos recursos hídricos tem se tornado frequente em 
inúmeras áreas do globo terrestre, sobretudo nas áreas que são dependentes desse recurso para atender 
os usos múltiplos (Sobral, et al., 2018). 
Tal relevância, demanda pelo detalhamento do comportamento hidrológico da bacia, cujo potencial de 
uso (da hidroeletricidade ao abastecimento humano) precisa atender a uma contabilidade hídrica que 
torne as questões de oferta e demanda pelo uso dos recursos hídricos locais mais equitativa. 
A necessidade de entender o comportamento da distribuição espacial da chuva é de extrema importância 
para o desenvolvimento e planejamento na gestão dos recursos hídricos, permitindo compreender a oferta 
hídrica da bacia e quanto pode fornecer para o aproveitamento em termos de usos múltiplos e assim evitar 
situações de escassez local (seja qualitativa ou quantitativa, (Santo, Serrão, Gonçalve, Wanzeler, & Lima, 
2014). 
1.2.Justificativa de investigação 
Tradicionalmente, os sistemas de recursos hídricos foram ao longo do tempo projetados e operados com 
base no pressuposto de que as séries hidrológicas são estacionárias ou livres de tendências . 
No entanto, vários fatores como mudanças climáticas (MILLY et al., 2008), urbanização e práticas de 
manejo agrícola (FOUFOULA-GEORGIOU et al., 2015), operação de usinas hidrelétricas (RÄSÄNEN 
et al., 2017) e reservatórios (ZAJAC et al., 2017), colocam em dúvida a hipótese da estacionariedade. 
Portanto, a detecção de mudanças em séries hidrológicas constitui uma área de estudo de extrema 
importância, tanto do ponto de vista prático quanto científico (De Souza et al, 2015). Milly et al. (2008), 
afirmam que em vista da magnitude e onipresença das mudanças climáticas, aparentemente em curso, “a 
estacionariedade está morta” e não deve mais servir na avaliação do risco e planejamento de recursos 
hídricos. (Macassa, Matias, & Fill, 2018). 
 
3 
 
A água como recurso natural é essencial para vários aspectos da vida no geral. A disponibilidade da água 
de boa qualidade em quantidades suficientes nos momentos preciso é uma importância condição para o 
desenvolvimento sócio -económico. É por essa razão que gestão dos recursos hídricos deve merecer uma 
maior atenção por parte das entidades governamentais . 
A projeção da temperatura mostrou tendências crescentes, mas a chuva apresentou tendências incertas. 
Os impactos foram avaliados por meio de 19 modelos hidrológicos, considerando o uso da terra em 52% 
dos casos. Os modelos representaram relações robustas entre chuvas e vazão no Zambeze, Limpopo, 
Senegal e parcialmente no Níger, mas falharam no Congo e no Nilo. Os autores consideram que, neste 
caso os impactos das mudanças climáticas sobre o escoamento e na evapotranspiração devem ser 
interpretados com cautela (Macassa, Matias, & Fill, 2018). 
Shamseddin e Chaibi (2019), consideram que a incerteza é extremamente dependente à adoção de planos 
de adaptação à mudança climática, especialmente onde os recursos econômicos são escassos e mal 
atendem às necessidades básicas atuais. Por outro lado, a falta de conjuntos de dados observacionais 
longos e consistidos, contribui amplamente para as incertezas na África. 
Em Moçambique, estudos realizados por Assante & Vilankulos, (2009), sobre a hidrologia das bacias 
hidrográficas, retratando impactos futuros das mudanças climáticas nos caudais dos rios e na intrusão 
salina. O estudo detectou uma grande incerteza relativamente à magnitude dos impactos hidrológicos 
resultante das alterações climáticas. Contudo, surgiram também alguns sinais claros de alterações, os 
quais poderão formar a base para o planejamento da adaptação para o futuro. 
A precipitação é um parâmetro importante que reflete o comportamento dos demais processos envolvidos 
no ciclo hidrológico, sendo de grande relevância conhecer a entrada efetiva de água na bacia hidrográfica. 
Dado estas evidências e a incerteza do regime hidrológico futuro, o presente trabalho visa avaliar a bacia 
do Incomáti em Moçambique. 
1.3.Problematização 
A demanda pelos recursos naturais do planeta tem crescido de uma forma sem precedência na história da 
existência humana, principalmente a partir da Revolução Industrial, sendo que a existência da vida no 
universo nunca foi tão desafiada como nos dias atuais. A humanidade está pressionando tanto à Terra que 
está causando um aumento dramático na taxa de extinção de espécies, que ultrapassa um nível superior 
de mil vezes mais rápido do que antes da Revolução Industrial (Jalane, 2020). 
 
4 
 
Os anseios da humanidade do alcance do progresso tecnológico e social tem desafiado as leis naturais do 
universo de auto regeneração do meio físico e natural, através da exploração desenfreada dos recursos 
renováveis e não renováveis. 
No entanto, esse consumo desmedido dos recursos naturais não tem sido distribuído de uma forma 
equitativa no contexto global levantado, questões de natureza sócios ambientais bastantes controversos 
entre as diferentes regiões e países. A existência de grupos de países cada vez mais antagônicos, no que 
concerne as questões relacionadas ao ambiente, vem aumentando as divisões na questão de 
sustentabilidade. Os países com uma relativa estabilidade econômica e social, na maior parte deles 
chegaram a esse estágio de desenvolvimento sem o devido respeito pelas questões ambientais e que 
representam a grande fatia de consumo de cerca de 80% dos recursos naturais, apesar de concentrar 
apenas 19,9% da população mundial e há outros que ainda estão na cauda dessa equação de estabilidade, 
que se acham no direito de alcançar os primeiros, nem que para isso ignorem os problemas ambientais 
vigentes, (Jalane, 2020). 
De acordo com SACHS,( 2015) citado por Jalane, (2020). Existe uma busca incessante da humanidade 
pelos recursos naturais para a satisfação das suas necessidades e egos, que tem influenciado de 
sobremaneira nos fatores de mudança do clima global, na disponibilidade de água doce, na composição 
química dos oceanos e a transformação de ‘habitats’ de diferentes espécies. Os impactos ambientais 
atuais são agora tão grandes que a própria Terra está passando por mudanças inconfundíveis no 
funcionamento de processos-chave, como os ciclos de água, nitrogênio e carbono dos quais a vida 
depende. 
A percepção que existe atualmente é que o ser humano é o principal responsável por parte das causas que 
concorrem para as mudanças climáticas, que tem impactado negativamente a natureza, desafiado a 
capacidade de sobrevivência do planeta em futuro não distante. 
Os usos dos solos relacionam-se a fatores econômicos e provocam transformações sobre os fatores 
naturais, que se modificam e criam consequências nas características naturais (erosão, enchentes, 
inundações, secas, perdas de moradias, mortes, etc.), interferindo, portanto, nos fatores sociais. Nesse 
sentido, tem crescido o debate em relação à sustentabilidade da natureza, relacionada com as formas 
como o ser humano vêm usando, ocupando e explorando os recursos naturais, para além da sua 
capacidade de resposta natural (Jalane, 2020). 
 
5 
 
Bacia hidrográfica é a área de captação natural da água da precipitação, onde ocorre a drenagem em 
ravinas, canais e tributários, para um curso de água principal, tendo a vazão uma única saída: desaguar 
num curso d’água maior, lago ou oceano. 
A compreensão da precipitação numa bacia hidrográfica é muito ampla, pois há muitas variáveis de 
tempo e espaço envolvidas na área estudada. A precipitação dificilmente segue um padrãofísico idêntico. 
A variação espacial muda rapidamente, pois o núcleo de chuva se modifica a todo momento e a variação 
temporal é extremamente aleatória – chuvas podem ser de alguns minutos até várias horas ou dias e com 
uma grande amplitude de intensidade. 
Numa bacia hidrográfica é muito difícil saber o volume exato de chuva para toda a bacia, mas esse valor 
é indispensável para os estudos hidrológicos. Segundo Pedrazzi (1999), há 3 métodos para o cálculo da 
chuva média: método da média aritmética, método de Thiessen e método das isoietas. Dentre esses 
métodos o mais utilizado é o de Thiessen. O da média aritmética é muito simplório – por não levar em 
conta a distribuição de estações pluviométricas e o relevo; o método das isoietas é mais complexo de ser 
implementado pela necessidade de uma grade de informações pontuais de precipitação para a área 
estudada. 
Diversos autores utilizaram (e utilizam) o Método de Thiessen (1911) para aplicações em recursos 
hídricos e previsão climática obtendo resultados satisfatórios. Tal método foi desenvolvido pelo 
meteorologista americano Alfred H. Thiessen, que aplicou a teoria dodiagrama de Voronoi para o cálculo 
da precipitação média na região de estudo. 
 
1.4.Objectivos 
1.4.1. Objectivo geral 
Avaliar a bacia de Incomáti 
1.4.2. Objectivos Específicos 
✓ Determinar a precipitação média mensal da bacia do Incomáti usando o método do Thiessen; 
✓ Calcular o volume médio afluente a albufeira dos meses mais chuvosos; 
✓ Estimar o risco de enchimento da bacia de Incomáti( barragem), usando a previsões sazonais de 
JFM de 2023. 
 
 
6 
 
1.5.Perguntas de Pesquisa 
 Qual é a precipitação média mensal na bacia do Incomáti? 
 Qual é o volume médio afluente a albufeira dos meses mais chuvosos? 
 Qual é o risco de enchimento da bacia de Incomáti( barragem), usando a previsões sazonais 
de JFM de 2023? 
 
1.6. Delimitação de investigação 
 
 
Abordar assuntos relacionados com avaliação da bacia hidrográfica devia ser estendido a nível 
nacional, visto que os sistemas de vasos comunicantes não tem fronteiras. O presente estudo é 
conduzido na provincial de Maputo- caso da Bacia de Incomáti. 
 
1.7.Estrutura de Trabalho 
O presente trabalho esta divido em quatro capítulos, onde no capitulo I, contém a introdução , capitulo 
II , revisão da literatura, capitulo III, metodologia, capitulo IV, resultados e suas analises e capitulo V, 
conclusões, recomendações e limitações . Também é apresentado as referências bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
Capitulo II. Revisão Bibbliografica 
2.1.Bacias Hidrográficas 
 
7 
 
Existem várias situações para definir uma bacia hidrográfica devido à sua vasta caracterização natural e 
importância (Silva, Anjos, Gomes, Bezerra, & Guimarães, 2020). 
 De acordo com Theodoro et al. (2007) cite em Silva, Anjos, Gomes, Bezerra, & Guimarães, (2020) 
define como sendo um conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões mais 
altas do relevo por divisores de água, onde suas águas pluviais, ou escoam superficialmente formando os 
canais principais e secundários, ou infiltram no solo influenciando na formação de nascentes e do lençol 
freático. 
As bacias hidrográficas para além de constituir espaços onde se desencadeiam processos físicos 
geográficos através da troca de matéria e energia, também se afiguram como espaços de assentamentos 
humanos e de produção socioeconómica, pelo que as particularidades da sua Geodiversidade e 
biodiversidade quanto às potencialidades e fragilidades, revestem-se de suma importância para a 
planificação de acções ambientalmente sustentáveis (Arrone, Amorim, Macarringue, & Ombe, 2021) 
As formas de ocupação e usos de terra que se desenvolvem ao longo duma bacia hidrográfica, interferem 
nos processos ecológicos, podendo gerar riscos ou impactos ambientais, sobretudo quando não se 
observam as particularidades geofísicas no que tange as potencialidades ou fragilidades (Arrone, 
Amorim, Macarringue, & Ombe, 2021). 
2.2.Elementos de uma bacia hidrográfica 
As bacias hidrográficas possuem alguns elementos básicos, que também são chamados de estruturas da 
bacia. São eles: nascente, rio principal, divisor de águas, afluentes e foz ou exutório. 
 Nascente é local onde se inicia uma bacia hidrográfica. Geralmente é o ponto mais elevado do 
relevo e também onde se encontra a principal nascente do rio que dá nome à bacia; 
 Rio principal é rio de maior volume e extensão da bacia. Recebe águas dos rios menores que têm 
função de abastecê-lo; 
 Divisor de águas: estruturas do relevo que têm o papel de dividir as áreas das bacias. 
Normalmente são morros, serras, picos, montanhas ou outras estruturas elevadas do relevo; 
 Afluentes, consistem nos rios menores que desaguam no rio principal e têm a função de abastecer 
esse rio maior; 
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/montanhas.htm
 
8 
 
 Foz: é o final da bacia e o local onde as águas encontram o oceano ou desaguam em uma bacia 
hidrográfica maior. É também conhecida cientificamente como exutório. Pode ser do tipo estuário 
ou delta. 
 
Figura 1. Elementos de uma bacia hidrográfica. Fonte: 
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/06/bacias-hidrograficas.jpg 
 
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/06/bacias-hidrograficas.jpg
 
9 
 
 
Figura 2. Constituição de uma barragem. Fonte: https://i1.wp.com/www.inovacivil.com.br/wp-
content/uploads/2019/02/estrutura.png?resize=495%2C296 
2.3.Tipos de Bacias Hidrográficas 
Nem todas as bacias hidrográficas são iguais, diferenciando-se no tamanho, no perfil do relevo, na 
estrutura territorial e até mesmo nas suas funções. Os tipos de bacias hidrográficas são definidos pelo 
destino das águas dessa bacia. Existem vários padrões de drenagem das águas dos rios, que se direcionam 
a vários lugares. Os tipos de bacias hidrográficas e o perfil de drenagem dessas águas. 
 
https://i1.wp.com/www.inovacivil.com.br/wp-content/uploads/2019/02/estrutura.png?resize=495%2C296
https://i1.wp.com/www.inovacivil.com.br/wp-content/uploads/2019/02/estrutura.png?resize=495%2C296
 
10 
 
 
Figura 3. Tipos de Barragem. Fonte: Autor 
 Exorreicas: aquelas bacias que as águas escoam diretamente para o mar; 
 Endorreicas: aquelas bacias que as águas desaguam em lagos, lagoas ou em algum mar fechado; 
 Arreicas: aquelas bacias onde as águas não se direcionam a um lugar específico, perdendo-se no 
meio do caminho, podendo evaporar ou infiltrar no solo; 
 Criptorreicas: bacias que se direcionam ao interior da Terra, alimentando, assim, lagos, cavernas, 
grutas e rios subterrâneos. 
 
11 
 
 
Figura 4. Tipos de Barragens concrecto. Fonte: Autor 
Barragem de Gravidade 
Uma barragem resiste a todas a todas as forcas através do seu peso, dai o nome gravidade em 
consequência a barragem deve ser maciça com o material construtivo apresentando densidade elevada . 
 
12 
 
 
Figura 5. Barragem de gravidade. Fonte: 
https://www.google.com/search?q=barragem+de+gravidade+em+concreto&sxsrf=APwXEddhJoksaeY25YO9y8PYuGdwb74DaQ:1681938
444711&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=__JsTR0dWCjXiM%252CS_zdWVF0oSZn9M%252C%252Fm%252F0wywn2z%253BHH5v
1aTziHZeLM%252C-JNt7p3aXdtUfM%252C_%253Bfof3upyep6-zDM%252Ciz0-
2mzywKoYvM%252C_%253BXbYqk0eR_ePMVM%252ClFMtvQcbxKB7VM%252C_&usg=AI4_-
kQrZ4KWT7doTyMxyGQt9hxfY92cDA&sa=X&ved=2ahUKEwiUs5_87Lb-AhV8if0HHQtFCckQ_B16BAhaEAE#imgrc=__JsTR0dWCjXiM 
Barragem de arco 
É um tipo de barragem que exige grande escavação para atingir a rocha sã e para garantir geometria 
adequada. A estabilidade depende da geologia, principalmente das descontinuidades. 
https://www.google.com/search?q=barragem+de+gravidade+em+concreto&sxsrf=APwXEddhJoksaeY25YO9y8PYuGdwb74DaQ:1681938444711&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=__JsTR0dWCjXiM%252CS_zdWVF0oSZn9M%252C%252Fm%252F0wywn2z%253BHH5v1aTziHZeLM%252C-JNt7p3aXdtUfM%252C_%253Bfof3upyep6-zDM%252Ciz0-2mzywKoYvM%252C_%253BXbYqk0eR_ePMVM%252ClFMtvQcbxKB7VM%252C_&usg=AI4_-kQrZ4KWT7doTyMxyGQt9hxfY92cDA&sa=X&ved=2ahUKEwiUs5_87Lb-AhV8if0HHQtFCckQ_B16BAhaEAE#imgrc=__JsTR0dWCjXiMhttps://www.google.com/search?q=barragem+de+gravidade+em+concreto&sxsrf=APwXEddhJoksaeY25YO9y8PYuGdwb74DaQ:1681938444711&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=__JsTR0dWCjXiM%252CS_zdWVF0oSZn9M%252C%252Fm%252F0wywn2z%253BHH5v1aTziHZeLM%252C-JNt7p3aXdtUfM%252C_%253Bfof3upyep6-zDM%252Ciz0-2mzywKoYvM%252C_%253BXbYqk0eR_ePMVM%252ClFMtvQcbxKB7VM%252C_&usg=AI4_-kQrZ4KWT7doTyMxyGQt9hxfY92cDA&sa=X&ved=2ahUKEwiUs5_87Lb-AhV8if0HHQtFCckQ_B16BAhaEAE#imgrc=__JsTR0dWCjXiM
https://www.google.com/search?q=barragem+de+gravidade+em+concreto&sxsrf=APwXEddhJoksaeY25YO9y8PYuGdwb74DaQ:1681938444711&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=__JsTR0dWCjXiM%252CS_zdWVF0oSZn9M%252C%252Fm%252F0wywn2z%253BHH5v1aTziHZeLM%252C-JNt7p3aXdtUfM%252C_%253Bfof3upyep6-zDM%252Ciz0-2mzywKoYvM%252C_%253BXbYqk0eR_ePMVM%252ClFMtvQcbxKB7VM%252C_&usg=AI4_-kQrZ4KWT7doTyMxyGQt9hxfY92cDA&sa=X&ved=2ahUKEwiUs5_87Lb-AhV8if0HHQtFCckQ_B16BAhaEAE#imgrc=__JsTR0dWCjXiM
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13 
 
 
Figura 6. Barragem de Arco. Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FBb 
Barragem da terra 
As barragens desse tipo são formadas pela deposição de grandes quantidades de terra sobre os cursos de 
água, sendo posteriormente compactada por equipamentos mecanismos específicos. Porém, também 
podem ser o resultado de escavações junto aos cursos de água. 
 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FBb
 
14 
 
Figura 7. Barragem da terra 
2.4.Principio básico de funcionamento de uma barragem 
O fluxo de água vindo da montante por baixo da Barragem, vai infiltrar de qualquer maneira, mas ela 
não deve infiltrar no Núcleo, pois podemos ter problemas de estabilidade, para evitar tais problemas, a 
água deve infiltrar pela fundação e sair pela Talude de Jusante, e quando ela sai da Jusante temos um 
Fluxo Ascendente, temos também uma estabilidade hidráulica que a melhor maneira de combate-la é 
drenando essa água da Jusante. 
 A energia hídrica obtém-se através do aproveitamento do movimento das águas que movimentam 
mecanismos no interior da barragem e ligados a geradores que convertem a energia do movimento 
em energia eléctrica; 
 Este processo recorre a um sistema de turbinas que é atravessado por grandes massas de água, 
que as fazem mover, gerando um corrente electromotriz induzida devido à presença de dois 
conjuntos de ímanes que produzem dois campos magnéticos que ao girarem se tornam campos 
magnéticos variáveis, produzindo corrente que depois atravessa transformadores para poder ser 
transportada até as nossas casas; 
 A barreira que as barragens constituem para peixes e outros seres aquáticos migratórios faz com 
que este processo leve à morte de muitas comunidades de seres aquáticos ou que dependem 
directa ou indirecta deles. 
 
 
15 
 
 
a) 
 
b) 
 
 
 
c) 
 
d) 
Figura 8. Principio de funcionamento básico das bacias ou barragens (a,b,c,d). 
 
16 
 
2.5.Importância da barragem 
A barragem tem importância, tais como: 
 Armazenamento de água durante períodos chuvosos; 
 Controle de abastecimento durante estiagem; 
 Preservação da vazão; 
 Irrigação; 
 Abastecimento; 
 Geração de energias. 
2.6.Acordos na Bacia do Rio Incomáti 
A bacia do rio Incomáti ocupa parte dos territórios da África do Sul com 62% de área total da bacia, 
Suazilândia com 5% de área total da bacia e Moçambique com 33% da área total da bacia (figura 2). A 
contribuição de cada país para o escoamento não é proporcional à área ocupada dentro do seu território. 
Ou seja, embora a Suazilândia tenha uma área menor da bacia em relação à área da bacia em 
Moçambique, contribui para o escoamento total médio anual em 8% a mais em relação a Moçambique , 
(Muaievel, 2011). 
No acordo de Cunene estavam previstas consultas em relação à execução de obras hidráulicas maiores 
que afetassem os interesses dos estados ripários e estudos conjuntos com vista ao desenvolvimento de 
planos gerais dos recursos hídricos de cada bacia . 
Em 1983 foi estabelecido um Comitê Técnico Permanente Tripartite (CTPT) representado pelos três 
países. As funções e obrigações deste comitê eram essencialmente de natureza aconselhadora no que diz 
respeito a medidas a serem tomadas em casos de ocorrência de secas, modalidades de alocação de água, 
estudos e desenvolvimento de esquemas de aproveitamentos conjuntos, (Muaievel, 2011). 
Em 1991, seguindo orientações do CTPT, os países concordaram em conduzir um estudo conjunto dos 
recursos hídricos. Foram acordadas algumas medidas provisórias a serem implementadas, enquanto se 
esperava pelos resultados do estudo conjunto, incluindo: 
❖ A garantia, por parte da África do Sul, de uma descarga mínima de 2 
𝑚3
𝑠
 em média num ciclo de 
três dias na fronteira com Moçambique, em Ressano Garcia, para satisfazer às demandas no 
trecho do rio Incomáti até a confluência com rio Sabié. 
 
17 
 
❖ A não construção por parte da África do Sul de algum aproveitamento com capacidade de 
armazenamento acima de 250.000 𝑚3ou uma taxa de abstração excedendo 110 litros por segundo 
na sub-bacia do rio Sabié, sem consulta prévia ao comitê. 
De acordo com Vaz & van der Zaag, (2003), citado por Muaievel, (2011)Estas medidas provisórias não 
foram cumpridas porque a África do Sul em 1996 avançou com um plano de construção da barragem de 
Injaka no rio Sabié com um reservatório de 120 Mm3 sem prévia consulta às partes e ademais, o mínimo 
escoamento de 2 
𝑚3
𝑠
 em média de três dias não foi garantido porque em situações de escassez o governo 
da África do Sul não conseguiu obrigar os fazendeiros a descarregar água dos seus reservatórios . 
O estudo conjunto dos recursos hídricos sobre a disponibilidade, necessidades e potenciais 
desenvolvimentos em toda bacia do rio Incomáti foi iniciado em 1992 e interrompido em 1995, devido 
a dificuldades mostradas por Moçambique em cooperar, no que diz respeito ao fornecimento de 
informações consideradas fundamentais. 
Tendo sido reiniciado em 2000 na parte moçambicana e concluído em finais de 2001. Em 1992, a África 
do Sul e a Suazilândia assinaram dois acordos bilaterais: o Tratado de Desenvolvimento e Utilização dos 
Recursos Hídricos e o Tratado de Estabelecimento e Funcionamento da Comissão Conjunta da Água, 
ambos para a sub-bacia do rio Komati16. No acordo, as partes reconhecem o direito de Moçambique no 
uso racional e equitativo dos recursos hídricos da bacia do Incomáti, da qual a sub- 
bacia do Komati é parte integrante. 
Este acordo em geral pode ser considerado um sucesso e isto poderá ser atribuído pelo fato de um único 
país (África do Sul) possuir parte do seu território a montante e a jusante da mesma bacia. Permitindo 
que haja um equilíbrio na sustentabilidade, uma vez que todos podem impactar negativamente os outros. 
Em 1996, a África do Sul e Moçambique concordaram em estabelecer uma Comissão Conjunta da Em 
1999 a Suazilândia e Moçambique assinaram um acordo bilateral para o estabelecimento de uma 
Comissão Conjunta similar àquele assinado entre a África do Sul e aSuazilândia (Muaievel, 2011). 
Negociações para o estabelecimento de um acordo provisório e abrangente no nível de toda a bacia 
envolvendo todos os países se iniciaram em 1999 e em 2002 as três partes assinaram um acordo 
provisório para cooperação na proteção e utilização este acordo provisório de 2002, que teria validade 
até 2006 ou até que fosse substituído por outro acordo mais abrangente, baseia-se nos princípios de gestão 
 
18 
 
integrada dos recursos hídricos das Declarações de Dublin e Rio de Janeiro, a Convenção das Nações 
Unidas para Usos Não Navegáveis dos Cursos de Água Internacionais e o Protocolo Revisado de Partilha 
das Águas da SADC. Representa o primeiro acordo elaborado nesta base e negociado somente pelos 
países envolvidos na bacia transfronteiriça (Muaievel, 2011). 
Com a premissa de que haverá um incremento na disponibilidade de água com a construção de novas 
infraestruturas de armazenamento e aumento da capacidade das existentes, o acordo permite que os países 
aumentem o nível de captação da água com vista a satisfazer as suas necessidades de desenvolvimento. 
A bacia passa de um nível de consumo de 51% em 2002 para um nível de 65% num futuro próximo 
(Muaievel, 2011). 
Equação de chuva 
No intuito de validação e calibração dos dados, mantendo relação entre a intensidade (mm/h) e a duração 
(mim) em função do período de retorno, foi aplicado um Teste de Ajuste (Aderência) para cada período 
de retorno. Os produtos gerados da regressão são a Constante de Regressão (A) e o Coeficiente de 
Regressão (B), parâmetros estes encontrados na equação da linha de tendência dos gráficos de regressão. 
O intuito de realizar regressão para cada período de retorno específico é que, no ato da substituição das 
variáveis pelos valores correspondentes, o parâmetro “c” é resultado da média dos coeficientes de 
regressão (B) encontrados para cada retorno e não o coeficiente de regressão (B) encontrado quando 
realizada regressão geral para todos os períodos, (Olivera, 2019). 
Determinadas as variáveis, a Equação de Chuvas Intensas construída é: 
 𝐼 =
𝑎.𝑇𝑏
𝑇𝑐
 Equação 
1 
Onde:I é a intensidade da chuva (mm/h); “a” é a constante de regressão; é 𝑇𝑏o período de retorno elevado 
ao seu coeficiente de regressão; 𝑇𝑐é a duração da chuva elevada ao seu coeficiente de regressão. 
Também pode ser determinado a intensidade de ocorrência de chuvas a partir da equação 2. 
 
 𝐼 =
330,4083.𝑇0,1452
𝑡0,6164
 Equação 2 
 
 Onde: I é a intensidade da chuva, T é o período de retorno em anos e, t é a duração em minutos. 
 
19 
 
2.7.Caracterização do escoamento 
Na caracterização do fluxo dos fluidos homogéneos e estratificados nas bacias, dois números a 
dimensionais são tomados em consideração que são o número de Reynolds e número de Richardson. 
O número de Reynolds compara a importância relativa das forças inercial e viscosa. Para a determinação 
da resistência do fluxo teremos a seguinte equação. 
 𝑅𝑒 =
𝐷.𝑉.𝜌
𝜇
 Equação 
3 
Onde: 𝑅𝑒 é número de Reynolds; 𝐷 é a distância entre as placas ou a profundidade da água; 𝑣 é a 
velocidade de escoamento; 𝜌 é a densidade da substância e 𝜇 é coeficiente de viscosidade. 
 
Número de Reynold Caracterização do escoamento 
𝑅𝑒 < 2000 laminar 
2000 < 𝑅𝑒 < 10
5 Intermédio 
𝑅𝑒 > 10
5 turbulento 
Tabela 1: Caracterização do escoamento de acordo com número de Reynold 
O número de Richardson é um parâmetro de comparação entre as forças que estabelecem a 
estratificação da densidade e as forças de desestabilização da velocidade critica e é definido pela 
formula a abaixo: 
 𝑅𝑖 =
𝑔.
𝜕𝜌
𝜕𝑧
(
𝜕𝑢
𝜕𝑧
)
2 Equação 4 
 
Quando a estratificação está acima de um certo valor a turbulência será amortecida e o fluxo será laminar. 
Esta transição do fluxo laminar para o fluxo turbulento abaixo das condições uniformes ocorre quando o 
número de Richardson for igual a 0,25 (𝑅𝑖 = 0,25). 
Devido ás dificuldades de medições os valores do número de Richardson têm sido derivados tomando 
em conta as variações temporal de 
𝜕𝜌
𝜕𝑧
 e de (
𝜕𝑢
𝜕𝑧
)
2
 determinando a sua media através do ciclo das marés, 
(Macuiane, 2003). 
 
20 
 
Número de Richardson Caracterização do escoamento 
𝑅𝑖 > 0 Estratificação estável 
𝑅𝑖 = 0 Estratificação neutra, o fluido não estratificado 
entre as duas camadas 
𝑅𝑖 < 0 Estratificação instável 
Tabela 2. Caracterização de fluxo por número de Richardson. 
2.8. Bacias Hidrográficas de Moçambique 
 De acordo com Carlo & Martorano, (2022) em Moçambique é um país a jusante, partilhando nove (9) 
das quinze (15) bacias hidrográficas internacionais da região da (Comunidade para o Desenvolvimento 
da Afica Austral (SADC). 
 Segundo ENDRH, (2007) cite em Carlo & Martorano, (2022)Os rios são os maiores transportadores dos 
principais recursos hídricos do país, dos quais mais de 50% são originados nos países a montante. São 
de notar as diferenças que se verificam entre regiões no que se refere à variação da precipitação, período 
húmido e seco e de ano para ano com cheias e secas. De acordo com dados disponíveis, o escoamento 
superficial total é de cerca 216 km³/ano, dos quais cerca de 100 km³ (46%) são gerados no país. 
Moçambique é vulnerável aos desastres causados pelas irregularidades climáticas, com uma forte 
incidência de fenómenos como secas, cheias e ciclones causando impacto negativo no desenvolvimento 
social e económico. 
Os desafios em Moçambique na gestão e desenvolvimento dos recursos hídricos incluem o 
gerenciamento da água potável e melhorias no saneamento, água para segurança alimentar e 
desenvolvimento rural, prevenção da poluição da água, e conservação dos ecossistemas, mitigação 
dos desastres e gestão dos riscos, gestão dos recursos hídricos transfronteiriços e partilhas dos 
benefícios. 
Torna-se importante a contribuição deste trabalho para monitoramento e diagnóstico das bacias 
hidrográficas nas áreas estudadas, podendo ser uma ferramenta de planejamento e contribuição na 
tomada de decisão sobre o desenvolvimento de atividades conservando os recursos hídricos (Carlo & 
Martorano, 2022). 
 
21 
 
 
Figura 9. Bacias Hidrográficas de Moçambique . Fonte : Autor 
 
2.9.Morfometria da bacia hidrográfica 
De posse dos resultados obtidos por meio das cartas topográficas, diferentes características físicas da 
bacia hidrográfica em estudo foram comparadas, tais como: área da bacia; perímetro; coeficiente de 
compacidade; factor de forma; índice de circularidade; declividade; altitude; densidade de drenagem e 
ordem dos cursos de água. O coeficiente de compacidade (Kc) obtido pela Eq. abaixo, relaciona a forma 
da bacia com um círculo e constitui a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo 
de área igual à da bacia (Oliveira, Sobrinho, Steffen, & Rodrigues, 2010). 
 
22 
 
 
 Kc = 0,28.
P
√A
 Equação 5 
onde: 
Kc – coeficiente de compacidade 
P – perímetro da bacia, m 
A – área de drenagem, 𝑚2 
 
Bacias hidrográficas cuja forma se aproxima à de um circulo, tendem a proporcionar a conversão do 
escoamento superficial para um trecho pequeno do rio principal; assim quanto mais próximo a 1 for este 
índice maior a potencialidade de picos de enchentes na bacia hidrográfica. 
O fator de forma(F) relaciona a forma da bacia com a de um retângulo, correspondendo à razão entre a 
largura média e o comprimento axial da bacia . 
 F =
A
L2
 Equação 6 
em que: 
F – fator de forma 
A – área de drenagem, 𝑚2 
L – comprimento do eixo da bacia, 𝑚 
Uma bacia com F baixo possui menor propensão a enchentes que outra com a mesma área mas com F 
maior, em virtude de que em uma bacia estreita e longa (F baixo), ocorre menor possibilidade de 
ocorrência de chuvas intensas cobrindo, simultaneamente, toda a sua extensão (Oliveira, Sobrinho, 
Steffen, & Rodrigues, 2010). 
Segundo Cardoso et al. (2006), simultaneamente ao Kc, o índice de circularidade (IC) tende para a 
unidade à medida em que a bacia se aproxima da forma circular e diminui sempre que a forma se torna 
alongada. No cálculo do IC utilizou-se a Equação abaixo. 
 Ic =
12.57.A
P2
 Equação 7 
em que: 
IC – índice de circularidade 
A – área de drenagem, 𝑚2 
P – perímetro, m 
 
 
23 
 
A rede hidrográfica foi ordenada de acordo com Strahler (1957), que considera todos os canais sem 
tributários como de primeira ordem; os canais de segunda ordem, por outro lado, se originam da 
confluência de dois canais de primeira ordem; os de terceira ordem, por sua vez, se formam pela 
junção de canais de ordem 2. A declividade do terreno consiste entre variação de altitude entre dois pontos 
do terreno e a distância horizontal que os separa. Na obtenção dos dados de declividade utilizaram se os 
MDE gerados a partir das diferentes base de dados cxartas topográficas e se aplicou a função slope 
disponível na extensão Spatial Analyst do ArcGIS 10.5. 
A densidade de drenagem (Dd) indica o nível de desenvolvimento do sistema de drenagem de uma bacia 
hidrográfica, fornecendo uma indicação da sua eficiência. O cálculo de Dd é expresso pela relação entre 
o somatório do comprimento total dos canais com a área da bacia de drenagem (Eq. 4). 
em que: 
 Dd =
Lt
A
 Equação 8 
Dd – densidade de drenagem, km 𝑘𝑚−2 
Lt – comprimento total de todos os canais, 𝑘𝑚 
A – área de drenagem, 𝑘𝑚. 
2.10. Mitigação de desastres 
Situação actual 
Moçambique é um país altamente vulnerável a desastres naturais (cheias e secas), que não podem ser 
ignorados no processo de planificação estratégica de desenvolvimento pelos impactos negativos que têm 
criado na vida das populações e nas infra-estruturas sociais e económicas, (DNGH, 2017). 
 O país tem experimentado períodos cíclicos de cheias e secas que estão a tornar-se cada vez mais 
frequentes e intensos e atendendo e considerando que existem muitos assentamentos populacionais e 
infraestruturas sociais e económicas vulneráveis a cheias, inundações e secas, há uma necessidade de 
abordar esta questão em ambas vertentes, medidas estruturais e não estruturais. (DNGH, 2017) 
No objectivo de aumento de armazenamento, espera-se que as infra-estruturas projectadas neste âmbito, 
contribuam estruturalmente para a mitigação dos desastres. Mais ainda, em algumas áreas específicas há 
necessidade de medidas de protecção estrutural adicional contra cheias (reabilitar e/ou construir á diques 
de protecção),(DNGH, 2017). 
 
24 
 
Por outro lado, a área de recursos hídricos deve também considerar medidas não estruturais robustas de 
apoio as decisões quer de mitigação de impactos de cheias inevitáveis, quer de planificação antecipada 
para períodos de secas previstas. Das 21 bacias principais, 13 foram identificadas com as mais 
vulneráveis a desastres naturais e com consequências mais agravadas para pessoas e infra-estruturas 
(DNGH, 2017). 
Destas 13 bacias, 6 delas encontram-se numa fase avançada de desenvolvimento de sistemas de partilha 
de dados com os países vizinhos com os quais Moçambique compartilha as bacias hidrográficas e com 
sistemas de avisos prévios de cheias, nomeadamente Umbeluzi, Incomáti, Maputo, Limpopo, Pungoe e 
Zambeze. Destas, 8 foram identificadas como prioritárias para medidas estruturais de protecção adicional 
contra cheias (DNGH, 2017). 
2.11. Acções Estratégicas Propostas 
Aumento da capacidade de armazenamento: será priorizado o desenvolvimento mais integrado das 
infra-estruturas hidráulicas estratégias para usos múltiplos, sempre que isso se mostre viável, para 
simplificar o processo de sua planificação, financiamento e gestão. Prioridade será dada às satisfações 
das necessidades básicas nas áreas críticas. As infra-estruturas propostas por ordem de prioridade por 
região são: reabilitação de Chipembe e construção de Megaruma e Luatize (Região Norte); construção 
de Mutalele, Mugeba e Lúrio (Região Centro-Norte); construção de Rovubwe e Luía (Região do 
Zambeze), construção de Nhacangale e Massangena (região Centro) e reabilitação de Corrumana e 
construção de Moamba Major, 3 fronteiras, Mapai, Movene e Tembe. Estas acções serão 
complementadas pela construção combinada de 100 represas e reservatórios escavados para 
usos e situações específicas (DNGH, 2017). 
 Prevenção e mitigação de impactos de eventos extremos: assegurar que nas 13 bacias mais críticas 
do país (Rovuma/Lugela, Messalo, Orla Marítima, Licungo, Lúrio, Zambeze, Pungoe, Búzi, Save, 
Limpopo, Incomáti, Umbeluzi e Maputo) sejam estabelecidos de forma graduais sistemas 
completos de prevenção de desastres (cheias e secas) eficientes, em coordenação com os países 
ribeirinhos de montante. Estas incluem o desenvolvimento e implementação para cada bacia de 
modelos hidráulicos de cheias e de secas e os respectivos sistemas de aviso prévio de cheias e secas, 
identificar e implementar medidas para melhorar o uso de solos nas áreas potenciais de inundações 
dando espaço aos curso de água, incluindo onde aplicável a construção de reservatórios de 
respiração e encaixe de cheias. Para a situação específica das bacias do Licungo, Zambeze, Pungoe, 
 
25 
 
Búzi, Save, Limpopo, Incomáti e Maputo onde já se encontram assentamentos significativos em 
áreas potenciais a cheias e inundações, propõe-se a construção de um total de 333km de diques de 
protecção. 
Melhoria da cobertura da rede de monitoria: expandir a rede hidrométrica pela construção de 333 
estações hidrométricas adicionais de modo a alcançar a rede óptima e apoiar outros sectores no 
estabelecimento de outros instrumentos de monitoria hidriclimatológica necessária até 2030. As 
principais finalidades das estações são: operação de infra-estruturas hidráulicas (110), previsão de 
cheias (122), balanço hídrico (36), monitoria de escoamento transfronteiriço (11), monitoria da 
água subterrânea (24) e monitoria de qualidade da água (30). A sua distribuição por regiões 
hidrológicas.Introduzir tecnologias modernas, com a utilização de registos digitais, informação via 
satélite, telemetria e radar, para aumentar a cobertura e a frequência das medições (DNGH, 2017). 
 Desenvolvimento de instrumentos de gestão: prosseguir com o desenvolvimento dos planos e 
estratégias de modo que até em 2030 as 21 bacias estratégicas principais do país tenham os planos 
e as respectivas estratégias de investimentos elaborados e actualizados e promover práticas de 
gestão da demanda de recursos hídricos, tanto nas zonas urbanas como rurais, tomando em consideração 
a utilização eficiente e sustentável, bem como a conservação do recurso. Os planos a 
serem elaborados são: Norte - Messalo, Montepuez, Megaruma e Rovuma; Centro-Norte - Licungo, 
Lúrio, Malema, Lugela, Meluli, Monapo e Mecuburi; Zambeze - Zambeze; Centro - Pungoe, Búzi 
e Save; e Sul - Umbeluzi, Maputo, Incomáti, Limpopo, Inhanombe e Guvuro. 
 Implementaçãoda estratégia de cooperação internacional: assegurar uma cooperação internacional 
e regional eficiente e efectiva sobre os cursos de água compartilhados no âmbito da SADC, pelo 
estabelecimento e operacionalização de todos os instrumentos básicos de cooperação definidos nos 
protocolos regionais. Reforçar as capacidades das administrações regionais com cursos de água 
compartilhados, com pessoal e recursos materiais necessários de modo a implementarem a agenda 
2030 para cooperação internacional com os países ribeirinhos a montante. As acções específicas 
incluem a elaboração das estratégias integradas de GIRH para as bacias que ainda não as têm, 
assinatura de acordos de partilha de recursos hídricos e estabelecimento e operacionalização das 
instituições transfronteiriças para a implementação dos acordos. No total será elaborada 1 estratégia, 
assinados 4 acordos e estabelecidas 3 instituições (DNGH, 2017). 
 
26 
 
 
Consolidação da gestão descentralizada dos recursos hídricos: estabelecer e operacionalizar as 5 
Unidades de Gestão de Bacias Hidrográficas ainda em falta; criar e operacionalizar 9 Comités em falta 
(como detalhado na tabela 2), consolidar o quadro, principalmente através da melhoria dos recursos 
humanos e materiais para melhorar o desempenho a todos os níveis e com particular atenção para a gestão 
operacional (DNGH, 2017). 
Melhorar a sustentabilidade das instituições: Os objectivos da área para 2030 são os de 
gradualmente aumentar a arrecadação de receitas das instituições de gestão operacional através das 
taxas de uso da água bruta, taxas de descargas de efluentes e outras receitas próprias. O objectivo 
global médio é melhorar a cobertura de custos operacionais dos actuais 35% para cerca de 60% em 
2030. Para que estes objectivos sejam alcançados algumas acções específicas propostas incluem a 
melhoria do registo e cadastramento dos utentes, consolidação do quadro legal, incluindo a revisão 
da legislação pertinente, garantir a fiabilidade da provisão da água aos utentes com medidas de 
regularização dos escoamentos por meios estruturais, provisão regular de informação relevante e 
envolvimento dos utentes na gestão da bacia (DNGH, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Capitulo III. Metodologia 
Localização e caracterização da área de estudo 
O rio Incomati ou Komati, é um rio internacional que nasce na província sul-africana de Mpumalanga. 
Discorre para o leste, descendo por uma planície cortando um vale de 900 metros de profundidade no 
noroeste de Essuatíni antes de atingir a Cordilheira Lebombo. Neste ponto se une ao Rio Crocodile e 
corta outro vale - o de Komatipoort, de 210 metros de profundidade - através da cordilheira. Atravessa a 
fronteira de Moçambique em Ressano Garcia e desemboca ao Oceano Índico na parte norte da Baía de 
Maputo (https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Incomati ). 
 
Figura 10: Localização da bacia de Incomáti. Fonte: Autor 
Em Moçambique, a bacia do rio Incomáti ocupa uma área de 6.692 km2 e o comprimento do rio principal 
é de cerca de 280 km. O clima varia de tropical húmido de savana na região costeira a tropical seco de 
estepe nas regiões oeste e central (Muaievel, 2011). 
A temperatura média anual varia de 22,4ºC a 23,9ºC. Valores altos da precipitação registram-se na região 
costeira, decrescendo em direção à região Oeste, com média total anual de cerca de 650 mm. É importante 
mencionar que observa-se um déficit entre a precipitação e a evaporação potencial (http://www.ara-
sul.co.mz/subindex.asp?lang=pt&page=ugbi ) 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mpumalanga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plan%C3%ADcie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Essuat%C3%ADni
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cordilheira_Lebombo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Crocodile_(Mpumalanga)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Komatipoort
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ressano_Garcia_(Mo%C3%A7ambique)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%8Dndico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Maputo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Maputo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Incomati
http://www.ara-sul.co.mz/subindex.asp?lang=pt&page=ugbi
http://www.ara-sul.co.mz/subindex.asp?lang=pt&page=ugbi
 
28 
 
 
Figura 11: Principais sub-bacias da bacia de Incomáti. Fonte: Vaz e Van (2003) 
 
29 
 
 
Figura 12: Bacias Africanas: Fonte: Autor 
O escoamento médio anual total gerado na sub-bacia do rio Incomáti corresponde a cerca de 80% do 
total gerado em território moçambicano e a 3,7 % do escoamento total gerado na bacia transfronteiriça 
do rio Incomáti (Muaievel, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Distribuição por sub-bacias das áreas do Incomáti 
Rio Africa do Sul 
(𝑘𝑚2) 
Moçambique 
(𝑘𝑚2) 
Swazilândia 
(𝑘𝑚2) 
Total 
(𝒌𝒎𝟐) 
Komati 8500 6000 2600 𝟏𝟕𝟏𝟎𝟎 
Incomáti 10500 - - 𝟏𝟎𝟓𝟎𝟎 
Crocodile 6400 700 - 𝟕𝟏𝟎𝟎 
Sabié 3300 8200 - 𝟏𝟏𝟓𝟎𝟎 
Total 𝟐𝟖𝟕𝟎𝟎 𝟐𝟔𝟎𝟎 𝟏𝟒𝟗𝟎𝟎 𝟒𝟔𝟐𝟎𝟎 
Tabela 3. Distribuição por sub-bacias das áreas do Incomati. Fonte: (Macuiane, 2003) 
3.1.Clima e Hidrografia 
No distrito de Manhiça o clima predominante é tropical húmido no litoral e tropical seco à medida que 
se entra para o interior do distrito. A precipitação é de 807mm, concentrada nos meses de Dezembro a 
Fevereiro. A temperatura média anual é de 23º C. O distrito de Marracuene tem o clima tropical chuvoso 
pela proximidade do mar. Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 
20º C. A precipitação é moderada, a estação chuvosa vai de Outubro a Abril (MAE, 2005) 
3.1.1. Geologia 
Geologia O distrito de Manhiça possui solos de fertilidade média, com uma zona alta, de sedimentos 
arenosos eólicos e uma zona de dunas costeiras e planície aluvionar ao longo do rio Incomáti com solos 
argilosos de textura estratificada (MAE, 2005) 
A zona alta do distrito de Marracuene é constituída principalmente por sedimentos arenosos eólicos (a 
ocidente e ao longo da costa) com ocorrência de areias siliciosas (MAE, 2005). 
3.1.2. Agricultura 
 A agricultura no distrito de Manhiça é praticada em explorações familiares que se dedicam 
principalmente ao cultivo de milho, batata-doce, amendoim, feijão, banana, mandioca e arroz. A 
exploração privada do distrito é dominada pelas açucareiras da Maragra e de Xinavane, que ocupam uma 
área de 20mil hectares de cana-de-açucar (MAE, 2005). 
 No distrito de Marracuene a agricultura é a base da economia distrital, tendo como principais culturas, 
hortícolas, arroz, milho, batata-doce e banana (MAE, 2005). 
 
31 
 
3.2.População na costa da Bacia de Incomáti 
É esperado que o abastecimento de água fique aquém do esperado se a população continuar a crescer ao 
ritmo actual de 1.8- 2% ao ano 
3.3.Método de Thiessen 
Esse método foi utilizado para determinar a precipitação média da BHI (Bacia Hidrográfica de Incomáti) 
associado às linhas cumeadas, ou divisores de água, delimitadas, onde foi gerada uma média ponderada 
dos índices pluviométricos registrados pelos pluviômetros diretamente proporcional à área de influência 
da bacia levando em consideração a distribuição espacial desuniforme das estações de coleta de dados, 
desprezando a relação topográfica da região (Silva, Anjos, Gomes, Bezerra, & Guimarães, 2020). 
O Método de Thiessen (1911) consistiu em unir as estações por trechos retilíneos açando linhas 
perpendiculares a esses trechos sobre a mediatriz da linha que liga as estações. Logo depois foram 
alongadas essas linhas perpendiculares até encontrar outra mediatriz, (Silva, Anjos, Gomes, Bezerra, & 
Guimarães, 2020). 
A partir de imagens SRTM, o software Global Mapper em sua versão 20.1 foi usado para delimitar as 
linhas cumeadas com base no relevo do terreno, entende-se como linha cumeada, partes do relevo com 
altitude maisalta em relação ao seu entorno, sendo estas o ponto mais alto nas montanhas, sendo 
considerados divisores de águas para delimitação de bacias hidrográficas. 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
A partir destes dados realizou-se a delimitação da área de influência de cada estação pluviométrica, 
usando também o relevo como fator limitante. O polígono de Thiessen foi formado pela interseção das 
linhas das mediatrizes, correspondendo à área de influência de cada estação. Essa área de influência 
possuiu um peso perante a área total, expresso pela Equação 1: 
 𝑊𝑖 =
𝐴𝑖
𝐴 
 Equação 9 
Onde: 
𝑊𝑖= foi o factor de peso; 𝐴𝑖 = foi a área de influência da estação; 𝐴 = foi a área total da bacia 
hidrográfica. 
Para o cálculo da precipitação média na área da BHI foi expressa pela seguinte 
Equação 2: 
 𝑃𝑀 =
∑ 𝐴𝑖.𝑃𝑖
𝐴
 Equação 10 
Onde: 
Pm = foi a precipitação média na bacia (mm); Pi = foi a precipitação na estação (mm); Ai = foi a área de 
influência da estação; A = foi a área total da bacia. 
 
Figura 13: Imagem de Satélite, usada para determinar a precipitação na bacia de Incomáti processado por software FIT 
Toll 
 
 
33 
 
3.4.Descrição da Metodologia 
O presente trabalho é um estudo de caso que descreve grau de inundação na cidade de Maputo. Tratando-
se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa (mista) , descritiva, exploratória, buscou-se no 
aprofundamento das área que apresenta maior risco de inundações na cidade de Maputo e os mesmos 
dados foram manipulados através de software SIG 10.5. 
3.5.Fontes de dados 
Os dados usados foram obtidos na Direcção Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos (DNGRH), 
recomendado por Prof. Dr. Agostinho Vilanculos. 
3.6.Processamento e Análise dos Dados 
Para processamento e analise dos dados foi usado o software SIG 10.5. Onde foram criados mapas dos 
factores que contribuem para ocorrência de inundações na cidade de Maputo, sendo como: Mapa de 
elevação, solo, ocupação da terra, áreas administrativas ou seja limites de bairros e precipitação. 
Também foi usado o Fit Tool, para processamento da precipitação e vinde em anexo a foto . 
 
34 
 
 
Figura 14. FIT Tool 
 
 
35 
 
 
Figura 15: A precipitação na Bacia de Incomáti no período de JFM de 2023. Fonte : Autor 
 
3.7.Cálculo de Volume na Bacia de Incomáti 
Vazão ou caudal é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção de um conduto 
livre ou forçado, por uma unidade de tempo. Ou seja, vazão é a rapidez com a qual um volume escoa. 
 𝑉 = 𝑄. ∆𝑡 [
𝑚3
𝑠
] Equação 11 
Para a situação da bacia, usou -se a seguinte expressão: 
 𝑉 = 𝑃𝑀. 𝐴𝑖 Equação 12 
Associando a equação 2, substituindo em Eq.4, teremos: 
 
 
 
36 
 
 𝑉 =
∑ 𝐴𝑖.𝑃𝑖
𝐴
. 𝐴𝑖 Equação 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Capitulo IV. Resultados e Discussão 
 Tendo em consideração o primeiro objectivo específico, determinou se a precipitação média mensal de acordo com os seguintes dados: 
 
Pmar Papr Pmay Pjun Pjul Paug Psep Poct Pnov Pdec Pann 
105 45 25 21 20 15 28 37 87 105 721 
108 49 27 23 23 17 31 41 91 112 742 
124 67 42 42 32 27 35 49 88 115 900 
95 56 23 15 13 11 31 53 99 116 758 
Total 
432 217 117 101 88 70 125 180 365 448 3121 
 
Quadro 1. Precipitação Sazonal de 2023 na Bacia de Incomáti. Fonte Autor 
 
 
 
 
 
 
Quadro 2. Área na bacia de Incomáti, tendo em consideração o polígono de Thiessen 
Shape_Area 
0.187793658 
0.427114637 
0.281523148 
0.393767715 
Total 1 
 
38 
 
 
Figura 16. Diagrama de Precipitação Sazonal para 2023 na Bacia de Incomáti. Fonte Autor 
Associando os dados de precipitação e área foi possível terminar 𝑊𝑖 de acordo com as equações 9 e 10 e foi de 3121 𝑚𝑚. Essa 
quantidade de precipitação, tendo em consideração a morfologia da bacia de Incomáti o nível de risco de inundação nas áreas em causa 
é muito menor. 
Apesar da precipitação media mensal estivesse acima da precipitação sazonal mensal ela não mostra perigo de enchimento no período 
estabelecido. 
Para cálculo de volume médio de afluente da albufeira dos meses mais chuvosos, o valor foi de 4026711.572𝑚3. Este valor foi 
determinado a partir da equação 12 e foi necessário converter os valores de área para 𝑚2 e precipitação para 𝑚. 
0
100
200
300
400
500
600
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Juh Julh Agos Set
Precipitação sazonal de 2023
Prec
 
39 
 
O valor mostra que a bacia de Incomáti na época chuvosa, a probabilidade de enchimento é muito maior, principalmente com as águas 
proveniente nos países vizinhos, aumenta a possibilidade de ocorrência de cheias. 
 
40 
 
Considerando o terceiro objectivo especifico e observando na figura abaixo, pode se concluir : 
 
Para bacia de Incomáti a probabilidade de enchimento no período de JFM de 2023 é muito menor ou seja 
é baixo. Dizer que não foi possível determinar a precipitação somente para a região da bacia. A analise 
esta sendo feita olhando a precipitação da correspondente ao local onde se encontra a bacia de Incomáti. 
Comparando as conclusões tendo em consideração a figura 14, nota-se que é improvável estimar a 
precipitação somente a região onde se localiza a bacia. 
 
 
 
 
Figura 17. Precipitação sazonal de JFM de 2023, na bacia de Incomáti . Fonte: Autor 
 
41 
 
Capitulo V. Conclusão e Recomendações 
Tendo em conta a primeira questão de pesquisa, verificou se que a precipitação média mensal na bacia 
de Incomáti ela varia em áreas. Verificando o polígono de Thiessen, isso mostra se com mais clareza. 
Essa precipitação só pode ser avaliada duma forma mais estendida. O método é mais preciso para cálculo 
da precipitação média a margem de erro é de 0,02. 
Na segunda questão, verifica-se que o volume da bacia de Incomáti é mais elevado no período chuvoso 
e o valor foi comparado com o resultado estabelecido na literatura. 
A época chuvosa mostra uma ameaça para as bacias da terra, e sua transformação tendo em consideração 
as mudanças climáticas, tem ocorrendo com mais frequência a nível nacional. E isso trona preocupação 
para MGRH, no controle de todas bacias. 
No que concerne a terceira questão de pesquisa, verifica-se que na região onde se encontra a bacia de 
Incomáti a precipitação para período de JFM de 20023, é baixo com a tendência de mais baixo. Isso 
mostra que a bacia de Incomáti não mostra ameaça. 
Como recomendação, o mesmo trabalho de género deveria ser feito com mais frequência na região centro 
do pais, visto que os eventos climáticos de grande magnitude têm ocorrido a probabilidade muito maior 
nessa região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
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https://www.google.com/search?sxsrf=APwXEdc-KtmeRqrUjOwYGKmQYMctDSpIxw:1681987308337&q=Marvel,+N.+M.+(2011).+Gest%C3%A3o+de+recursos+h%C3%ADdricos+de+bacias+de+rios+transfronteiri%C3%A7os:+An%C3%A1lise+do+grau+de+atendimento+%C3%A0+demana+de+%C3%A1gua+na+bacia+do+rio+incomati+em+Mo%C3%A7ambique.+Rio+de+Janeiro.&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwjWvJ6Ao7j-AhWMYsAKHQkKB3gQBSgAegQICBAB
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https://www.researchgate.net/publication/250985697_Morphometric_characterization_of_watershed_through_SRTM_data
https://www.researchgate.net/publication/250985697_Morphometric_characterization_of_watershed_through_SRTM_data
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/rbclima/article/download/15484/8593
http://mtc-m16b.sid.inpe.br/ibi/8JMKD3MGPCW/3EQCCU5?ibiurl.backgroundlanguage=pt-BR
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https://docplayer.com.br/27582889-Universidade-federal-do-ceara-pro-reitoria-de-pesquisa-e-pos-graduacao-mestrado-em-desenvolvimento-e-meio-ambiente.html
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