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Diagnóstico e Planejamento Periodontal no contexto da Clínica Integrada

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DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
Diagnóstico e Planejamento Periodontal no contexto da Clínica Integrada 
 Objetivo Geral: 
Contextualizar o exame clínico, o diagnóstico, planejamento e plano de tratamento 
periodontal na Clínica Integrada, com ênfase à proservação dos casos clínicos e da vida, 
como foco na biossegurança e na terapêutica correta. 
 
 Objetivos Específicos: 
1) Relembrar conceitos básicos, anamnese e diagnóstico em periodontia; 
2) Familiarizar-se com a contextualização da periodontia no planejamento e plano de 
tratamento em Clínica Integrada Profissionalizante; 
3) Aplicar no cliente os melhores conceitos e tratamentos para saúde periodontal e 
holística, baseados em evidências clínicas 
 
• 40% dos pacientes atendidos no INCOR com endocardite bacteriana apresentam má 
higiene bucal 
• 60% dos abortos e neonatais com baixo peso poderia ser evitados se a gestante tivesse 
saúde periodontal 
 
*O uso do bochecho de clorexidina por 2 min, reduz a microbiota transitória livre em até 1h 
na saliva, diminuindo a contaminação. 
*A presença de água em alguns antissépticos é importante pela hidrólise realizada. 
*O gluconato de clorexidina é padrão ouro por ser desinfetante das superfícies cruentas e 
antissépticos das superfícies vivas. 
*O gluconato de clorexidina é usado justamente para reduzir a quantidade de 
Staphylococcus alfa e beta hemolíticos durante a manipulação de tecidos moles, microbiota 
essa que é responsável por provocar a endocardite bacteriana subaguda. 
 
 Saúde Bucal X Saúde Sistêmica: 
➔ Doença periodontal – risco 3 vezes maior em ataque cardíaco, doença cardíaca ou 
derrame cerebral 
➔ Doença periodontal, segundo pesquisa, está presente em 75% dos adultos nos EUA; 
causa perda dental em adultos 
➔ Apenas 25% dos norte-americanos usa fio dental 
 
“Nenhuma reabilitação oral pode ser melhor que o suporte que a contém” 
Não adianta fazer uma prótese perfeita, implante perfeito ou qualquer outro tratamento se os 
dentes não possuírem saúde endodôntica e periodontal. 
 
Periodonto de proteção: 
• Gengiva Livre 
• Gengiva Inserida 
• Mucosa alveolar 
• Sulco gengival 
Periodonto de sustentação (inserção): 
• Cemento 
• Ligamento periodontal 
• Osso alveolar 
 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
 
Profundidade Clínica à sondagem: 1 a 3mm 
 
 
 
Periodonto Sadio: 
➢ Coloração rosa opaca 
➢ Estruturas livres de edema e sangramento facilmente induzido 
➢ Ausência de contornos gengivais alterados 
 
 
 
 
 
 
Todo quadro de dor deve ser imediatamente sanado! 
Saúde como conceito de harmonia de bem estar social, econômico, espiritual, físico e menal. 
(Equilíbrio entre Resistência e Agressão) 
 
 Anamnese específica: 
Pontos importantes a serem observados na anamnese 
• Queixa principal / indicação de colega 
• Diabetes 
• Fumo (tabagista) / álcool (etilismo) 
• Estresse (apertamento / bruxismo / fraturas dentárias) 
• Problemas hormonais / gravidez (se sexo feminino) 
• Experiencia de doença periodontal prévia (como foi a aderência ao tratamento) 
• Fator genético 
• Tipo de trabalho (hábitos deletérios) 
• Uso de medicamentos (dilantina) / outros fármacos que causam o crescimento gengival 
 
 Importância do Diagnóstico: 
Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha. 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
• Diagnóstico correto, terapêutica acertada! Buscar todos os detalhes ao realizar o exame 
clínico, o exame radiográfico e os exames complementares que se fizerem necessários, 
para a obtenção de um diagnóstico correto. 
• Em suma, o diagnóstico correto e elucidativo depende de um exame clínico (intraoral e 
extraoral) minucioso, para se atingir o objetivo e estabelecer o planejamento e o plano 
de tratamento 
• Para realizar um bom diagnóstico é necessário: 
➔ Identificar a queixa principal, o motivo da consulta 
➔ Dados importantes são obtidos com perguntas orientadas e de acordo com o 
intelecto do paciente (“qual a intensidade, de 0 a 10, frequência, localização e 
duração da dor?”) 
 
 Anamnese detalhada e precisa: 
• História odontológica: experiências dentais anteriores (quais tratamentos foram 
realizados, qual a frequência, os tratamentos atenderam às expectativas?) 
• História médica anterior e atual: condições sistêmicas (alergias, doenças preexistentes, 
medicamentos que faz ou fez uso; cirurgias que foram realizadas). Considerar 
solicitações de exames laboratoriais complementares, sempre mantendo diálogo 
harmonioso com os outros profissionais que tratam o paciente. 
 
 Exame Clínico / Bucal: 
• Características normais e alteradas do periodonto; 
• Quantidade e qualidade de gengiva inserida; 
• Presença de retração / recessão gengival; 
• Presença de cálculo dental (supra / subgengival); 
• Dentes presentes / ausentes; posicionamento; próteses; 
• Dentisteria (presença de fatores iatrogênicos); halitose bucal; 
• Diastemas; mobilidade; impacção alimentar 
• Bruxismo 
• Uso de medicamentos 
 
 Registros: convencionais e/ou digitalizados: 
• Radiográficos: lâmina dura, relação coroa / raiz, forma radicular, nível ósseo, reabsorções 
ósseas horizontal e/ou vertical, fraturas e reabsorções radiculares, cáries, raízes 
residuais, dentes inclusos/impactados, cálculos dentários supra e/ou subgengival, 
envolvimento de furca, tumores, lesões periapicais, lesões endopério e periodonto, 
restaurações e coroas protéticas, implantes e próteses implantossuportadas, saúde do 
sistema de canais radiculares. 
 
O tratamento de qualquer situação oral é dependente de um plano bem organizado que 
deverá incluir o conhecimento e as consequências para eliminar as doenças. 
 
 Exame clínico: 
Observações clínicas: o que observar? 
• Mucosas e músculos: 
➔ Presença de freios e bridas 
➔ Coloração 
➔ Tumefações 
• Periodonto: 
➔ Higiene oral, cálculo dental, exsudatos, bolsas, qualidade das furcas, cáries cervicais, 
presença de traumas físicos e/ou químicos 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
• Gengiva: 
➔ Cor, contorno, volume, consistência, superfície, retrações, fístulas, dor, coceira, 
quantidade de gengiva inserida, presença de halitose, sangramento 
 
Sondagem e preenchimento do periograma: 
Sempre que sondar e perceber que sai sangue ou pus, fazer a técnica Muralha: fazer a 
desinfecção da ponta da sonda com gaze clorexidina ou álcool 70% antes de partir para outro 
sitio. 
Isso é importante para evitar que uma região contamine outra. Clorexidina não age em 
biofilme. 
 
Lesões da Furca: 
Prognóstico negativo: 
➢ Envolvimento das trifurcações 
➢ Primeiros pré molares superiores com bifurcações lesionadas 
➢ Raízes próximas: septo ósseo fino 
➢ Endo presente – assoalho pulpar (?) 
 
Perda óssea: 
➢ Observar a quantidade do nível ósseo em relação à idade (senescência x senilidade) 
➢ Comparar o nível ósseo radiográfico ao nível ósseo fisiológico 
 
Testes de vitalidade pulpar: 
➢ Percussão vertical: para diagnostico endodôntico. 
➢ Percussão horizontal: para diagnostico periodontal. 
Quando for realizar teste de vitalidade pulpar, realizar primeiro o teste com frio antes do teste 
com calor porque a vasoconstrição é revertida rapidamente; a vasoconstrição gera uma 
pequena inflamação que pode demorar até horas para ser revertida, além de aumento de 
edema no local. 
 
Observações clínica que podem causar aumento gengival ou alterações periodontais: 
➢ Uso de clorexidina: 
➔ A clorexidina só não é o melhor método de higienização porque não pode ser usado 
em casa de forma rotineira. 
➔ O uso continuo de clorexidina, além de causar o manchamento de restaurações de 
resina composta, de porcelana e componentes protéticos de implantes, causa 
também a perda da sensibilidade gustativa das papilas piriformes de forma reversível 
(cessa após cessar o uso), ulcerações em mucosa alveolar e na língua e aumenta o 
crescimento de cálculo supra e subgengival (favorece a fixação de cálcio acima do 
biofilme). 
➢ Aspirina:➔ Queimadura/ulcerações por AAS. Antigos tinham o costume de colocar aspirina na 
mucosa para diminuir dor de dente. 
➢ Coceira na gengiva: 
➔ Existe por conta da presença de histamina. O paciente pode estar com algum 
problema alérgico, respiratório ou fazendo uso de algum medicamento. 
➢ Presença de restaurações: 
➔ Muitas restaurações do tipo classe V podem indicar que o paciente não faz uma boa 
higiene oral. 
➢ Associação de medicamentos 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP/USP 
➔ Pacientes cardíacos, hipertensos: esses pacientes, além de terem sangramento 
gengival por tomarem anticoagulantes, podem apresentar hiperplasia gengival se 
associado ao dilantina. 
➔ Medicamentos psiquiátricos, para tratamento de tumores ou anticonvulsivantes. 
➢ Gengivite gravídica: 
➔ Alteração hormonal X má higiene oral preexistente 
➢ GUN – gengivite ulcerativa necrosante: 
➔ Também conhecida como “boca de trincheira”, trata-se de uma gengivite 
extremamente dolorosa com odor fétido. 
➔ Acomete pacientes em período de muito estresse e diminuição na qualidade da 
higiene oral; presença de pseudomembrana e papilas invertidas 
➢ Papila hiperplásica (dolorida, sangrante): 
➔ Presença de biofilme periodonto patogênico e cálculo dental supra e subgengival 
➢ Ameloblastoma: 
➔ Tumor odontogênico benigno de crescimento lento, que dificulta a higiene oral, no 
caso. 
➢ Exostose óssea: 
➔ Caso avançado pode levar a retenção de alimentos, halitose e dificuldade de 
higienização 
➢ Tórus mandibular: 
➔ Dificuldade na moldagem, limitação de reabilitação protética 
➢ Abfração: 
➔ Lesão em forma de cunha na junção amelocementária 
➔ Processo demorado; pode levar a perda da coroa dental 
➢ Amelogênese imperfeita (caso atípico): 
➔ Sem a formação do esmalte dental 
➔ Processo inflamatório gengival agudo, extremamente dolorido e dificultando a 
higiene oral 
➢ Tabagismo: 
➔ Paciente fumante: má higiene oral preexistente, biofilme e cálculo supra e 
subgengivais, abscessos periodontais e alteração da semimucosa labial

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