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1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 Doença arterial periférica A DAP OU Doença arterial obstrutiva crônica periférica (DAOP) tem como característica a oclusão ou semioclusão de um ou mais segmentos de artérias que nutrem os MMII. É secundaria a aterosclerose e é caracterizada pelo acumulo de lipídios e de tecido fibroso na parede das artérias, levando ao estreitamento progressivo e reduzindo o fluxo sanguíneo. Os principais sítios incluem as artérias poplíteas e femorais (80 a 90% dos casos), artérias tibiais e fibulares (40 a 50% dos casos) e aorta abdominal e artérias ilíacas (30% dos pacientes sintomáticos). FATORES DE RISCO Tabagismo Hipercolesterolemia HAS/DM Dislipidemia Hiper-homocisteinemia Negros QUADRO CLÍNICO Claudicação intermitente: dor na panturrilha após alguns minutos de caminhada que alivia após 2-5 minutos de repouso. Síndrome de Leriche: oclusão bilateral ao nível do segmento aorto-iliaco. Cursa com claudicação na panturrilha, coxa e nadegas e história de impotência. Isquemia crítica: dor em repouso, geralmente com o membro em posição horizontal e melhora com o membro pendente ou em ortostase. Ulcera isquêmica: porção distal dos pés (pododáctilos), são dolorosas e não apresentam sinais de cicatrização (ulceras secas). Pele seca, brilhante e sem pelos Diminuição dos pulsos dos MMII DIAGNÓSTICO História clínica + fatores de risco + exame físico Índice tornozelo braquial (ITB): PAS: tornozelo/braço Normal: 1,1 +/-0,1 Claudicação: 0,5-0,9 Isquemia critica: <0,4 USG doppler: presença de estenose Angio TC e Angiografia (padrão ouro): usado mais para avaliação pré-operatória. TRATAMENTO Medidas gerais: - Interromper o tabagismo - Controle do DM - Controle da dislipidemia: estatinas (LDH <100-70) - Antiagregação plaquetária: reduz eventos cerebrobasculares; - Controle da PA 2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 Claudicação intermitente: - Exercícios supervisionados - Cilostasol (antiagregante e vasodilatador) Intervenção: - Sintomas significativos mesmo com as medidas conservadoras - Isquemia ameaçadora; isquemia crítica, ulcera que não cicatriza. - Angioplastia + stent OU revascularização. - Amputação: terapia de exceção. É quando ocorre uma oclusão arterial de forma súbita nos membros inferiores. CAUSAS 1. EMBOLIA Fonte emboligênica: coração (fibrilação atrial); Locais; bifurcação femoral (40%) > bifurcações ilíacas (15%) > aorta > poplíteo. Tende a ser catastrófica com quadro mais exuberante. 2. TROMBOSE Doença aterosclerótica - evolução da DAP Quadro mais brando (presença de circulação colateral) QUADRO CLÍNICO 6 Ps: - Pain (dor) - Palidez - Ausência de Pulso (a presença de pulso não afasta) - Parestesia - Poliquilotermia (hipotermia do membro) A dor é a queixa mais comum e o seu aparecimento súbito em pacientes previamente assintomáticos fala a favor de evento embólico. A dor é inicialmente distal e vai se propagando para regiões proximais e mais tardiamente tende a melhorar devido à perda sensorial decorrente da necrose isquêmica. A ausência de pulsos faz com que o cirurgião determine com precisão o nível da oclusão. Déficits sensoriais no dorso do pé é um dos sinais mais precoces. A evolução de parestesia está associada ao nível de isquemia. CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO Proteção térmica: algodão ortopédico; Heparinização sistêmica Analgesia OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DOS MMII
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