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1 Nome: Cláudia Cristina Neves de Sousa Matrícula: 18116080312 Polo: Volta Redonda DISCIPLINA: LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Coordenação: VERA REGINA LOUREIRO AP1 2021.1 Questão 1 (1 ponto) Assinale a causa de surdez na infância que ocorre no período pré–natal. a) ( ) meningite b) ( X ) rubéola congênita c) ( ) anóxia no parto d) ( ) medicamentos ototóxicos Questão 2 ( 1 ponto) No artigo "Surdez e preconceito: a norma da fala e o mito da leitura da palavra falada”, de Silvia Witkoski (2009), a autora analisa o termo “ouvintismo”, utilizado pela primeira vez por Carlos Skliar em 1999. Apresente uma definição do termo. Resposta: O termo “ouvintismo” pode ser definido como um certo preconceito, nas “entrelinhas”, em relação aos surdos, ou seja, as pessoas veem o surdo como uma incompletude, um déficit sensorial, alguém inapto à produtividade que está em situação de desvantagem constantemente e, por muitas vezes tentam “normalizá-los”. Isso acontece até mesmo entre os surdos quando negam a própria surdez, escondendo o fato de não entenderem o que está sendo dito, renunciando ao seu direito de expressão e, também dentro da família quando querem impor-lhes a fala, impõem o uso de aparelhos auditivos por longas horas a fio negando sua surdez e não lhes deixam escolher como eles preferem se comunicar. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2 Questão 3 ( 1 ponto) Das alternativas abaixo marque a opção que NÃO corresponde a um discurso influenciado pelo ouvintismo: ( ) Na minha história de ensurdecimento, desde que tive detectada a perda auditiva, passei pelo processo de autonegação. Na tentativa de manter-me entre os ouvintes, tentava disfarçar a surdez, escondendo-a permanentemente. ( ) Sentia um grande constrangimento de ter um filho visto como deficiente e resistia ao uso da língua de sinais – “símbolo por excelência da surdez”. ( ) Eu tive uma amiga que teve um problema como o seu (referindo-se ao meu processo de ensurdecimento), foi operada e ficou normal ! (X) Quando recebi o diagnóstico de surdez de minha filha, ingressei num curso de língua de sinais para poder me comunicar com ela o mais cedo possível. ( ) Eu fingia entender tudo que era falado, abdicando de meu direito de expressão, de participação; enfim, de viver plenamente. Questão 4 ( 1 ponto) Juliana tem 8 anos e é uma criança com surdez profunda. A causa foi a meningite contraída aos 18 meses de idade. Em sua família não há outros surdos. Sobre as principais causas de surdez na infância e os períodos de sua ocorrência, analise as afirmativas a seguir: I- A surdez de Juliana ocorreu no período pré-natal. II- A meningite é umas das principais causas de surdez pós-natal. III- As causas da surdez pré-natal podem ser a hereditariedade, a rubéola congênita e fatores genéticos. IV- A anóxia ou falta de oxigenação no parto é causa de surdez que ocorre no período peri-natal. Assinale o item correto: a) ( ) As afirmativas I e IV estão incorretas. b) ( X ) As afirmativas II, III e IV estão corretas. c) ( ) Todas as afirmativas estão corretas. d) ( ) Apenas a I está correta. 3 Questão 5 ( 2 pontos) Em relação abordagens educacionais utilizadas na escolarização de surdos relacione as colunas, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira: 1- Abordagem Oralista (3) Defende a ideia de que a língua de sinais é a língua natural dos surdos, e que estes podem desenvolver plenamente uma língua visual gestual. 2- Abordagem da Comunicação Total (2) Favoreceu o contato com a língua de sinais e a disposição para o aprendizado dessa língua, no entanto, o lugar que esta ocupa é de recurso para auxiliar a fala. 3 - Abordagem Bilíngue (3) Propõe que sejam ensinadas duas línguas, a língua de sinais e, secundariamente, a língua do grupo ouvinte majoritário. (2) Teve como propósito fornecer à criança surda a possibilidade de desenvolver uma comunicação real com seus familiares e professores, por meio do uso de sinais, leitura orofacial, amplificação sonora e alfabeto digital. (1) Preconizou o ensino de palavras isoladas e de leitura labial para crianças ainda muito pequenas, sendo o processo de aprendizado da língua oral extremamente difícil, artificial e descontextualizado. 4 Questão 6 (1 ponto): Considere a cena abaixo no filme “Mr. Holland - Adorável Professor”. Sobre o momento do diagnóstico de surdez emitido pelo médico e as indicações prescritas, qual a abordagem do especialista? Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) os enunciados abaixo acerca da abordagem apresentada aos pais pelo médico. a) (F) A abordagem gestualista cuja prioridade era o uso dos sinais. b) (F) A abordagem bilíngue que propõe que seja prioritário o aprendizado da Língua de Sinais. c) (V) A abordagem oralista que exigiu dos surdos que se reabilitassem e superassem sua surdez através da fala e, de certo modo, que se comportassem como se não fossem surdos. d) (F ) A abordagem da Comunicação Total que utiliza todas as formas possíveis de comunicação. e) (V) A abordagem oralista que proíbe o uso de gestos e da língua de sinais. Questão 7 ( 1 ponto) Sabe-se que para os oralistas a linguagem falada é prioritária como forma de comunicação e aprendizagem dos surdos. No filme “Sou surda e não sabia” podemos ver a escola especial para surdos de base oralista onde Sandrine teve seu primeiro contato com crianças surdas e fez suas primeiras amizades. Esta abordagem perdurou na educação de surdos por muitas décadas, resultando em fracasso escolar na maioria dos casos. Apresente as principais críticas à abordagem oralista. Resposta: A maioria dos surdos não conseguiu desenvolver a fala satisfatoriamente, tendo um avanço precário, parcial e tardio relativamente à fala pronunciada por quem ouve, provocando grande atraso no desenvolvimento global; dificuldades relativas ao aprendizado da leitura e da escrita, gerando indivíduos parcialmente alfabetizados mesmo após muitos anos na escola; indivíduos sem preparo para a convivência social com graves problemas de comunicação e expressão falada e/ou escrita. CENA Mr. Holland e sua esposa na 1ª consulta com o médico: Médico: “Cole só tem 10% da audição. Treinando, ele aprenderá a usar o que tem. Tratem- no como se fosse normal. Falem como se ouvisse. Percebi que Cole usa gestos para ser entendido. Eu os previno, não lhe respondam com gestos. Os gestos não vão ajudá-lo a achar lugar no mundo dos que ouvem. Quando crescer, há escolas que o ajudarão a achar a sua voz”. 5 Questão 8 (2 pontos) Para Vera Loureiro, Vygotsky colocava o problema da educação de surdos como o mais difícil da pedagogia por se fundamentar na contradição com a natureza da criança e reconhecia, já em um primeiro estudo, realizado em 1925, “a linguagem dos gestos” como natural para as pessoas surdas. No tocante à questão da surdez, o autor apresenta reflexões particularmente voltadas para a linguagem, considerada por ele como o núcleo do problema, e passa, no decorrer de seus estudos, a perceber a língua gestual utilizada pelos surdos como uma língua própria. O aprofundamento de suas reflexões acerca da linguagem dos surdos serve-lhe de subsídio para as discussões sobre pensamento e linguagem. O autor conclui que certas formas de pensamento e de abstração dependem da linguagem. No documentário o Viajante da Mente podemos acompanhar casos de sujeitos surdos que não tiveram oportunidade de adquirir a língua de sinais como os irmãos mexicanos e Lucy Doe. Analise as consequências para o desenvolvimento socioemocional e linguístico-cognitivo de crianças e jovens surdos que não foram expostos à Língua de Sinais e não tiverem contato com usuários dessa língua. Ilustre seus argumentos com situações abordadas no documentário. Resposta: A linguagem de sinais é uma configuração de linguagem natural para as crianças surdas, que se constitui de maneira autônoma por meio de gestos manuais e acha-se direcionada para os olhos, mas frequentemente a família desconhece essa realidade, passa pela fase da não aceitação reprimindo a criança surda e dificultado sua comunicação e expressão e, consequentemente, tolhendo seus sentimentos e dificultando a organização de suas ideias. Em Viajante da Mente podemos conhecer a história dos irmãos mexicanos, onde vemos uma família sem recursos para a instrução da língua de sinais e que constroem juntos uma linguagem própria, onde conseguiam se entender. Mas, socialmente falando, as dificuldades eram enormes, pois para se comunicarem com outras pessoas fora do âmbito familiar, os irmãos necessitavam da ajuda do pai. Com Lucy podemos perceber uma circunstância semelhante, porém muito pior, pois ela dá uma interpretação bem pessoal na descrição de elementos normais e habituais, tem imensas dificuldades de comunicação, de se fazer compreender, sem domínio nenhum de língua falada, escrita ou gestual. Sabemos que o desenvolvimento e o domínio da linguagem transforma o indivíduo e sua maneira de conceber o mundo, por isso a importância de oportunizar ao indivíduo surdo diversas formas de se comunicar, de entender e se fazer entender para um pleno desenvolvimento socioemocional e linguístico cognitivo. As crianças e jovens surdos precisam conceber sua realidade social e se encontrar pela capacidade de comunicação, isto é, através das inter-relações eles vão se percebendo e se identificando com seus iguais, instituindo, dessa forma, as distinções e diversidades entre os sujeitos estabelecidos em seu meio.
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