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MATERIAIS DENTÁRIOS II - ufsm Elastômeros Moldeira: abriga o material de moldagem. Moldeira individual: moldeira personalidade para determinado paciente. Moldeira de estoque: serve para um grande número de pacientes. Molde: reprodução negativa dos tecidos. Modelo: obtido através do molde, é uma produção positiva dos tecidos. Modelo de estudo: modelo positivo usado para estudo. Modelo de trabalho: modelo positivo em que será executado o trabalho. Moldagem: Modelo antagonista: modelo oposto da arcada que se está trabalhando. Tem-se referencia de oclusão. Troquel: modelo individualizado (de um dente). Tempo de presa: tempo decorrido do inicio da manipulação até o ponto no qual o material perde seu potencial de escoamento ou sua plasticidade. Retenções: áreas retentivas das estruturas dentárias, incluindo dentes, cristas edêntulas, próteses e restaurações. Material de moldagem silicona de condensação, alginato, godibar, polissulfeto, poliéter, basta enólica. escolha depende da finalidade. fluidez: ser suficientemente fluidos para se adaptarem aos tecidos orais. viscosidade: ser suficientemente viscosos para ficarem contidos em uma moldeira. presa: ser capazes de se transformas (tomar presa) em um sólido borrachoide ou rígido na boca em um tempo razoável (menos de 7 minutos). toxicidade: devem ser biocompatíveis. custo benefício: devem apresentar um com custo beneficio em termos de tempo gasto na obtenção do molde, bem como em relação aos custos dos equipamentos utilizados no processamento do material. resistência: ser resistente à distorção ou ao rasgamento quando removidos da boca. estabilidade dimensional: por um tempo suficiente para permitir que um ou mais modelos sejam construídos. manuseio RÍGIDOS: anelásticos: altamente resistente à flexão e sofre fratura repentinamente sob tensão, de forma semelhante ao giz. São ideais para obter moldes de mandíbulas edêntulas ou tecidos moles, porque na consistência apropriada eles não comprimem os tecidos durante o assentamento da moldeira. ex: gesso para moldagem, pasta OZE, godiva. Godiva: utilizada com frequência na construção de molderias usadas na confecção de próteses totais. ELÁSTICOS: material flexível e pode ser deformado, retornando à sua forma original quando a tensão for eliminada. Hidrocolóides: ágar; alginato. Elastômeros: polissulfeto; poliéter; silicone de condensação; silicone de adição. REAÇÃO REVERSÍVEL OU IRREVERSÍVEL Irreversível implica que as reações químicas ocorreram e que o material não pode retornar ao estado prévio. Materiais reversíveis amolecem quando aquecidos e se solidificam levemente acima da temperatura corpórea sem que ocorra reação química. Reversível: ágar; godiva. Irreversível: alginato; polissulfeto; poliéter; silicona de condensação; silicona de adição; pasta zinco-enólica. Restaurações indiretas grande perda da estrutura dental: coroa total, onlay e inlay. estética: facetas laminadas. substituir dentes ausentes: prótese parcial fixa, prótese parcial removível, prótese total. maior resistência à fratura. melhor reconstrução anatômica. estética. terceirização de serviços. maior desgaste dentário. maior número de materiais. maiores consultas. custo maior. Elastômeros Qualquer um dos diversos polímeros que apresenta as propriedades elásticas da borracha natural vulcanizada, tais como quando esticados, recuperando rapidamente suas dimensões quando a tensão é liberada. São fornecidos em dois componentes, a pasta base e a pasta catalisadora (ou liquido catalisados), que são misturados antes de se realizar a moldagem. Pasta base (massa-base): componente que forma a estrutura tridimensional principal de um molde. Pasta catalisadora (massa catalisadora): componente da reação de polimerização que diminui a energia necessária para a reação e normalmente não se torna parte do produto final; entretanto, o termo catalisador tem sido utilizado para se referir ao componente estrutural de materiais dentários que inicia a reação de polimerização. PROPRIEDADES dos materiais elásticos para moldagem tempo transcorrido do início da mistura até que o processo de polimerização tenha avançado suficientemente para que o molde possa ser removido da boca sem distorção. deve ser maior que o tempo de mistura, preenchimento da seringa e/ou moldeira, injeção do material sobre o dente preparado e assentamento da moldeira. TT e o TP diminuem à medida que o conteúdo de carga dos materiais aumenta. proporção pó-catalisador: se aumenta, aumenta o TP e o TP. Não é uma forma econômica, uma vez que uma porção de pasta catalisadora será desperdiçada. Além disso, como a pasta aceleradora contem um retardador além do reagente, o aumento da relação base/acelerador pode não produzir uma mudança previsível na taxa de polimerização. os materiais de moldagem elastoméricos são capazes de reproduzir detalhes de maneira mais precisa do que estes podem ser transferidos para um modelo ou troquel de gesso, que pode não ser capaz de tamanha precisão. o material de moldagem deve fluir livremente e molhar o tecido à medida que é injetado para conseguir uma boa adaptação, e então resistir ao escoamento que possa afasta-los das áreas de interesse. todos os materiais elastoméricos exibem características de afinamento sob cisalhamento antes da presa, ou seja, o material se torna menos viscoso sob tensão (por exemplo durante a injeção), e recupera sua viscosidade quando em repouso sobre o tecido ou moldeira. à medida que é removido da boca, o material sobre alguma deformação, mas é essencial que ele retorne a suas dimensões pré-remoção. ordem crescente da rigidez (módulo de elasticidade): polissulfeto, silicone por condensação, por adição e poliéster. quanto menor o tempo durante o qual a força é aplicada ao molde, menor será a quantidade de deformação permanente. Assim a remoção do molde deve ser feita em um golpe único, se possível, e movimentos de báscula devem ser evitados. Entretanto, uma leve báscula será necessária inicialmente para quebrar o selamento entre o material de moldagem e os tecidos duros e moles. A quantidade relativa de deformação permanente em compressão decorrente da deformação induzida durante a remoção aumenta na ordem: silicone por adição, por condensação, poliéster e polissulfeto. A recuperação elástica é mais lente para o polissulfeto do que para os demais. Entretanto, excelentes propriedades elásticas representam um problema em relação ao fato de que o material pesado começa a adquirir propriedades elásticas enquanto ainda está no estágio de TA. Se o material estiver em um estágio avançado de elasticidade e for comprimido excessivamente durante o assentamento, pode ocorrer distorção quando o material se recuperar elasticamente. fontes principais de alteração dimensional: contração de polimerização; perda de subprodutos da reação de condensação (água e álcool); contração térmica entre a temperatura oral e a ambiente; absorção de água ou desinfetante ao longo do tempo; recuperação incompleta da deformação devido ao comportamento viscoelástico; recuperação incompleta devido à deformação plástica. quantidade de força necessária para rasgar um corpo de prova especifico dividido pela espessura do espécime. alta em material com consistência mais espessa. reduz com a adição de um solvente à mistura, o qual, entretanto, também aumenta a flexibilidade. normalmente aumenta pelo movimento rápido durante a remoção do molde. polissulfeto causa a contagem mais baixa de morte celular e o poliéster produz o maior valor de citotoxicidade. problema mais provável é quando um fragmento de material de moldagem fica aprisionado no sulco gengival.Se uma evidência de rasgamento for detectada durante a inspeção visual do molde, é importante examinar o sulco gengival imediatamente e remover qualquer remanescente do molde ou qualquer outro corpo estranho, tal como um pedaço de fio retrator. A radiopacidade do polissulfeto é uma vantagem. Requisitos de materiais elásticos para moldagem reprodução passiva de detalhes sabor/odor facilidade de remoção recuperação elástica poder de cópia desinfecção estabilidade dimensional resistência ao rasgamento compatibilidade com material de moldagem preparo da moldeira. condicionamento do tecido. preparo do material. moldagem. remoção do molde. confecção de modelos e troqueis de gesso. polissulfetos poliéteres silicones por condensação silicones por adição Polissulfetos Base: polímero de polissulfeto (80%) + dióxido de Ti/Sílica (resistência mecânica) + plastificantes (viscosidade). Catalisador: dióxido de Pb (20%) (cor marrom) + enxofre + óleo de rícino basicamente é um polímero que reage com o dióxido de chumbo, formando um subproduto (água) que confere baixa estabilidade dimensional. Condições quentes e úmidas irão acelerar a presa do polissulfeto. exibe maior recuperação elástica boa recuperação de detalhes. baixo custo alta resistência ao rasgamento precisão comprovada Distorções causadas pela remoção de áreas retentivas são virtualmente ausentes, porque esses materiais exibem o nível mais baixo de deformação permanente (distorção) após deformação excessiva em compressão. odor desagradável baixa recuperação elástica tempos de trabalho e presa longos alteração dimensional médio/alta: assim deve-se vazar rapidamente. GC Coe-Flex (Kerr): mais usada. Neo-Plex (Miles) Omiflex (GC America) Permlastic (Kerr) Poliéteres Base: polímero de poliéter. Catalisador: principal é o sulfonato alquílico aromático Base + catalisador = sílica coloidal + plastificante não tem subproduto. é o material mais hidrofílico dentre todos os elastoméricos. : hidrofílico: escoa e molhamento excelente. alteração dimensional baixa = alta estabilidade dimensional. resistência ao rasgamento médio/alto recuperação elástica médio/alta : flexibilidade moderada TT e TP curtos manipulação: limpa/gosto ruim custo moderado/alto Deve-se ter cuidados quanto ao armazenamento, uma vez que apresenta boa estabilidade, no entanto deve ser armazenado em campo seco. Se estiver em campo úmido, pode absorver água e expandir, perdendo a capacidade da estabilidade dimensional. L Impregum F (3M-ESPE) OBS: não trabalha-se com volume, mas sim com comprimentos iguais de cada pasta, ou seja, por exemplo, 2 cm de uma e 2 cm de outra. não se adere por si só na moldeira. usado com moldeira personalidade de acrílico precisa de adesivo para aderir na moldeira. Técnica do casquete 1. adiciona alginato dentro do pote dappen. 2. adiciona alginato no provisório, em seguida, coloca-o dentro do dappen (que contém alginato). 3. passado algum tempo, remove o provisório, resultando em um espaço negativo. : 4. neste espaço, recorta um pouco a fim de aumentar a área, e em seguida, preenche com resina, obtendo uma cópia do provisório, o casquete. 5. ajusta-se o casquete em boca. 6. realiza-se um alivio na parte interna. 7. Reembasamento: adiciona resina acrílica no término do preparo, e em seguida coloca o casquete, resultando nos detalhes do mesmo. 8. recorta. 9. como esse acrílico não cola no poliéter, passa o adesivo. 10. deixa secar o adesivo. 11. coloca o poliéter dentro do casquete, e eleva ao dente. 12. obtém-se o molde. Vantagens da moldeira individual: menor quantidade de material de moldagem, que resulta em menos contração e risco de falhas. Silicona por condensação Base: polímetil siloxano + carga Catalisador: silicato alquílico + octoato de Sn + carga. polímetil siloxano + carga + silicato alquílico + octoato de Sn + carga = polisiloxano + etanol Devido à formação de subproduto etanol, quando este evapora, ocasiona em contração, assim, apresenta baixa estabilidade dimensional, assim, deve-se vazar o mais breve possível (entre 20-30 minutos). Não se deve vazar imediatamente, uma vez que possui uma recuperação elástica lenta; assim, quando tira da boca do paciente, acontece uma deformação natural a qual demora algum tempo para retornar. pesada (+/- 75% de carga) ou leve (+/- 35% de carga). quanto mais carga, menos contração se tem. se tem pouca carga e muito polímero, se tem grande contração. quanto mais leve, mais copia os detalhes, uma vez que é mais fluido e escoa mais. como ambas as consistências apresentam características ímpares, geralmente usa-se as duas pastas, com grande proporção da carga pesada, e pequena da leve. o catalisador que polimeriza a pasta pesada, polimeriza a pasta leve. resistência ao rasgamento moderada. sabor e odor neutros. facilidade de manipulação. alta alteração dimensional. recuperação elástica mediana. tempo máximo de vazamento curto = 1 hora . Silicona por adição (em função da % de carga inorgânica) Consistência Viscosidade pasta densa altíssima pasta pesada alta pasta regular média pasta leve baixa pasta base: polidimetil siloxano com grupamentos funcionais. pasta catalisadora: cadeias de polidimetil vinil siloxano e sais de platina. Obs: cadeia vinílica é muito importante, uma vez que reage e não permite a formação de um subproduto (etanol). Pasta base + Pasta catalisadora = polivinilsiloxano reação por polimerização, diferente da silicona por condensação. não formam subprodutos boa estabilidade dimensional. vazamento até 7 dias (algumas marcas melhores, até 14 dias). permite repetir o vazamento. na prática tem uma característica hidrofílica, mas por si só, a silicona de adição é hidrofóbica. Ou seja, é hidrofóbica, no entanto os fabricantes adicionam surfactantes, os quais diminuem a tensão superficial, e tornam esse material com características hidrofílicas (boa capacidade de molhamento). O vazamento do molde após a presa com uma mistura de gesso é facilitada porque o gesso tem uma maior afinidade com a superfície hidrofílica. 1. Enxofre retarda a reação de presa Evitar luvas de látex, além de fios retratores com sulfato férrico e de alumínio. Parte pesada deve ser manipulada manualmente. A contaminação é tão insidiosa que o simples contato do dente com as luvas de látex antes da inserção da moldeira pode inibir a presa na superfície próxima ao dente. 2. Liberação de hidrogênio: não é um subproduto, assim, não altera a dimensão. É uma reação externa que ocorre com saliva ou água, formando uma pequena camada de hidrogênio, que no momento do vazamento, pode tornar o gesso rugoso, com bolhas na superfície do modelo. Moléculas residuais do polidimetilvinilsiloxano podem sofrer reações secundárias entre si ou com a umidade, produzindo gás hidrogênio. Tecnicamente, o H é um subproduto da reação que não afeta a estabilidade dimensional do molde. Entretanto, o gás hidrogênio formado pode resultar em porosidades diminutas dos modelos de gesso vazados logo após a remoção do molde da boca. Os fabricantes podem adicionar um metal nobre, como o paládio, como um reagente para o gás hidrogênio liberado. Se o modelo for construído com resina epóxi, o molde deve ser vazado apenas no dia seguinte. Solução: retardar vazamento por 60 minutos. Além disso, alguns produtos já têm captadores de hidrogênio. excelente estabilidade dimensional. boa recuperação elástica. boa resistência ao rasgamento. ótima precisão de cópia. facilidade de manipulação. pequeno tempo de presa. Siliconas de adição de consistência media podem ser utilizados para moldagem com o propósito de se obter modelos para diagnóstico, como um substituto do alginato. A vantagem destes, é a capacidade de se produzir múltiplos modelos de diagnóstico precisos a partir de um mesmo molde. luvas de látex devem ser evitadas. liberação de hidrogênio pode provocar bolhas na superfície do molde. custo relativamente elevado. Futura (Nova DFL) Express e Express XT (3M-ESPE) Aquasil (Dentsply) Presidente (Coltène) Elite HD (Zhermack) Virtual (Ivoclar Vivadent) Material pesado – “putty”” Material leve – “fluido” TÉCNICAS : primeiro a pasta pesada, depois coloca o leve dentro do pesado. leve e pesado ao mesmo tempo, sendo necessário primeiro fazer um alívio (molda com o pesado, mas tira um pouco deste a fim de criar um espaço para colocar o leve).