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REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E REABILITAÇÃO

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REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE E REABILITAÇÃO. PROGRAMAS 
DE PREVENÇÃO 
Com quais dados se constrói uma rede de atenção à saúde? É importante dizer que as 
redes de atenção são respostas deliberadas para a necessidade de saúde da população; 
então, nós contamos com esse conceito para pensar, a partir das necessidades, como 
estruturar os serviços de saúde. Consideramos necessário entender a questão 
demográfica e epidemiológica para pensarmos na estruturação de uma rede de 
atenção à saúde. 
➢ Vocês concordam que as redes são sistemas de saúde com respostas direcionadas 
às necessidades da população? É sempre assim? 
As redes precisam ser direcionadas às necessidades da população; no entanto, ainda 
estão se adequando às necessidades da população. 
 
O IDH (Índice de desenvolvimento humano) é uma métrica/medida importantíssima 
para que a gente possa discutir as condições de saúde de uma população, mas envolve 
também educação e renda. Então, temos o Brasil com 0,7 de IDH, mas temos cidades 
com índices muito menores e outras com índices muito maiores. 
Temos um país continental com inúmeras diferenças e, provavelmente, se fazemos 
um modelo padrão para todos não conseguiremos fazer uma discriminação positiva 
das ações de saúde. 
Dado do IBGE/2008: 79,9% dos brasileiros acima de 65 anos apresentam, pelo menos, 
uma entre as doze principais doenças crônicas epidemiologicamente consideradas. Isso 
é importante de citarmos porque temos um processo de envelhecimento da população 
expressivo. Ou seja, é uma realidade epidemiológica que nos traz a necessidade de 
termos que adequar diversos segmentos da nossa sociedade e necessidades para essa 
população que vem envelhecendo. 
Para estruturarmos uma rede, é importante 
entendermos que estamos em um momento 
de transição demográfica (não somos mais 
um país de jovens; a base da nossa pirâmide 
etária está menos alargada e a população 
está com uma maior expectativa de vida), 
a mudança no padrão de doenças crônicas 
não transmissíveis (DCNT) e mudanças 
sociais importantes (como o fato de 
estamos pensando, a cada ano, como oferecer melhores condições de saúde à 
população, transformações no SUS de acordo com as políticas públicas que vem sendo 
implementadas e muita resistência para a manutenção do SUS.). 
Estamos em um período de transição epidemiológica -> estamos mudando o perfil de 
adoecimento da população brasileira das doenças infecto-parasitárias para as doenças 
crônicas. No entanto, esse perfil de mudança vem ganhando também outros 
contornos: ainda hoje temos questões de doenças infecto-parasitárias, nutrição e 
problemas relacionados à saúde reprodutiva da população presentes no cenário 
brasileiro. Além disso, vivenciamos também problemas relacionados a causas externas, 
ou seja, temos uma parte da população que está tendo a expectativa de vida 
transformada devido às questões relacionadas à violência doméstica, violência no 
trânsito, acidente de trabalho, acidentes de trânsito etc. 
➢ Em qualquer especialidade vai haver o plano de fundo epidemiológico e 
demográfico e, enquanto médicos, precisaremos compreender e ampliar esse 
horizonte de investigação clínica, considerar esse contexto/cenário para pensar 
e impactar de forma mais eficiente na saúde dos pacientes. 
Então temos um contexto de: país em envelhecimento, questões relacionadas à tripla 
carga de doenças (doenças infecto-parasitárias, questões relacionadas à nutrição, 
problemas relacionados à saúde reprodutiva na população, causas externas e doenças 
crônicas não transmissíveis). 
REGIÕES DE SAÚDE 
• Regiões de Saúde (decreto 7508/11) – o espaço geográfico contínuo constituído por 
aglomerado de municípios com a finalidade de integrar a organização, o 
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. 
• As regiões de saúde serão referência para a transferência de recursos entre os entes 
federativos; cuja destinação deve contemplar ações de atenção básica, atenção 
psicossocial, vigilância à saúde, urgência-emergência, atenção ambulatorial 
especializada e hospitalar. 
Existe uma lógica de repasse – que atualmente irá ocorrer através do cadastro. 
Qual o conceito de Redes de Atenção à Saúde (RAS)? 
• São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de 
gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 – 
Portaria 4.279, de 30/12/2010). 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
• A Rede de Atenção à Saúde, corresponde ao conjunto de ações e serviços de saúde 
articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a 
integralidade da assistência à saúde. 
• Deve considerar o referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, 
conforme pactuado nas Comissões Intergestoras; 
• As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito de uma Região de 
Saúde ou em várias delas; 
• Implantação das Redes de Saúde: 2011 a 2013 
OBETIVOS DAS RAS 
• Diminuir a fragmentação histórica do sistema de saúde; 
• Evitar concorrência entre os serviços; 
• Promover a orientação dos usuários; 
• Uso adequado de recursos (diminuição dos custos); 
• Promover o seguimento horizontal dos usuários; 
• Favorecer em termos organizativos monitoramento e avaliação; 
O modelo de redes vem para reestruturar o modelo de atenção a partir da lógica de 
necessidades; Eugênio Vilaça Mendes diz que nos últimos tempos o sistema de saúde 
teve estruturado para dar conta muito mais às questões agudas, no entanto a 
realidade epidemiológica nos traz informações que existem condições 
agudas/episódicas que precisam ser abordadas de forma efetiva e com resolutividade, 
mas também temos condições crônicas acontecendo ao mesmo tempo. Por isso, o 
sistema de saúde não tem que dar conta apenas das redes de atenção de urgência e 
emergência, mas também precisa dar conta de processos crônicos. Inclusive, de 
processos que se cronificam – condições de saúde que vão se agudizando em um 
processo de cronificação. 
Assim, há a necessidade de reestruturar esse sistema para considerarmos condições 
agudas e crônicas de adoecimento – essa é a lógica das redes de atenção à saúde, 
Como era o modelo de organização sem as redes? Era um modelo de organização baseada 
na hierarquia (então precisava-se passar primeiro na atenção básica, para depois 
pensarmos em uma atenção intermediária e uma com maior complexidade), 
inexistência de continuidade na atenção, foco em condições agudas, passividade dos 
usuários (não existia uma participação social que pudesse contemplar as necessidades 
expressas dos usuários), ênfase em intervenções curativas e de reabilitação, atenção 
cuidada no cuidado profissional e médico, financiamento por procedimento (se é 
realizado muito curativo, receberá mais por isso. Ou seja, não existia uma lógica de 
repasse a partir das estratégias de ação, mas só de procedimento). 
A FIOCRUZ fez um estudo sobre como era a adesão ao tratamento e os resultados do 
tratamento de diabetes no Brasil; o que se identificou é que no Brasil apenas 25% 
(dados de 2008) dos diabéticos tipo 2 apresentavam hemoglobina glicada controlada. 
Por outro lado, nos EUA, apenas 30% dos norte-americanos apresentavam diabetes 
tipo 2 controlada em termos laboratoriais. Nessa época, o Brasil gastava 427 dólares 
per capita com saúde, e os EUA 6719 dólares. Assim, parece significar que o eixo de 
manejo nas condições crônicas não está no valor de recursos, mas na forma como se 
organizam os sistemas de atenção á saúde. Então, chegamos a esses resultados em 
que não há muita diferença nesse estudo em relação aos EUA e Brasil e notamos que 
os EUA mesmo gastando muito mais que o Brasil com saúde não consegue aumentar 
tanto a resolutividade do sistema, se comparado ao Brasil. É justamente nesse 
contexto de questionamentos dos modelos que entra o conceitode redes de atenção 
à saúde. 
COMO SE IMPLANTA UMA RAS? 
É necessária uma definição clara da 
população e do território, um diagnóstico 
situacional (pensar como é o território, a 
distribuição demográfica e epidemiológica 
do território). 
➢ RENASES (Relação Nacional de Ações e 
Serviços de Saúde) – pode oferecer 
informações para que possamos realizar o 
diagnóstico situacional. 
É necessário também pensar na criação de 
uma imagem e nos objetivos, a criação de 
um sistema logístico e de suporte (ex: exames laboratoriais e de imagem, ofertas e 
distribuição de medicamentos – toda a parte de fármacos precisa estar estruturada 
dentro do território etc.), investimento nas pessoas/equipes, criação de sistema de 
regulação e governança para funcionamento da rede, financiamento sustentável e 
suficiente com vinculação a metas e resultados. Então é assim que uma rede se 
estabelece. 
➢ Em relação ao COVID-19 tivemos uma situação bastante crítica e toda a rede 
precisou ser reestruturada para que houvesse um maior suporte. 
AS RAS ESTÃO INCLUSAS NA ATENÇÃO BÁSICA 
Hoje, as RAS estão estruturadas com a rede cegonha, a rede de atenção psicossocial, 
a rede de atenção às urgências e emergências, a rede de atenção às doenças e 
condições crônicas e a rede de cuidado a pessoa com deficiência. 
O que é transversal para todas essas redes de 
atenção? A qualificação/educação, informação, 
regulação e promoção e vigilância à saúde. Todas 
as redes precisam se estruturar nesse sentido de 
estarem qualificadas, de estabelecerem questões 
relacionadas à educação, informação, regulação 
e promoção e vigilância à saúde. 
 
REDE CEGONHA – COMPONENTES 
• Pré-natal; 
• Parto e nascimento; 
• Puerpério e Atenção Integral à 
Saúde da Criança; 
• Sistema Logístico: Transporte 
Sanitário e Regulação. 
 
Nesse modelo há uma hierarquia 
de risco: unidade básica de saúde -
> casa da gestante, bebê e 
puérpera -> centro de parto 
normal -> maternidade -> 
maternidade de risco. 
Referência: a gestante sai de uma 
UBS e será referenciada para uma 
casa da gestante e, se houver 
necessidade, para um hospital. 
Contrarreferência: a gestante será 
referenciada para onde ela veio de 
origem, ou seja, no pós-parto ela e 
a criança serão acompanhadas 
pela UBS. Isso é importante para 
que haja longitudinalidade. 
 
 
Os centros de referência em assistência social são aqueles que identificam as 
condições de vulnerabilidade; então, vão pensar em como agir a partir daquela 
realidade. Os centros de referência especializada são estruturados para dar conta aos 
já vulnerabilizados, dos efeitos dessa vulnerabilidade; assim, eles vão pensar nas 
necessidades específicas, qual a unidade de tratamento, para quem referenciar aquele 
indivíduo etc. 
As comunidades terapêuticas são as estruturas montadas para dar conta do 
tratamento relacionado à saúde mental.

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