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Malu Giovanetti - TXXVII pág. 1 Questões Avaliação de Percurso 2 – Saúde do Adulto - Questões Endocrinologia 1. Paciente do sexo masculino, 40 anos, com história de perda de peso, cansaço, sudorese, palpitações, cefaleia esporádica há 4 meses. PA 135x90mmHg, FC 92bpm, IMC 23kg/m2. Qual dos diagnósticos abaixo não se aplicaria a este paciente? a. LADA. b. Doença de Addison. c. Doença de Cushing. d. Feocromocitoma. e. Doença de Plummer. 2. Assinale a correta: a. O SRAA independe de estímulo central hipofisário por fazer parte da medula adrenal. b. O bloqueio dos receptores alfa deve ser efetuado após o betabloqueio no feocromocitoma. c. Síndrome de Cushing aumento o risco para desenvolvimento de osteoporose por aumentar a atividade osteoclástica e reduzir a absorção intestinal de cálcio. d. Deve-se investigar feocromocitoma em pacientes que apresentem gastrinoma. e. Doença de Graves e insulinoma fazem parte da NEM2 (neoplasia endócrina múltipla). 3. Paciente masculino, 81, com quadro de confusão mental e queda no estado geral há 15 dias, com piora progressiva, sendo que hoje estava muito sonolento e o filho trouxe ao PS. Ao exame encontra-se emagrecido, descorado, desidratado, sonolento, PA 100x60mmHg. Qual destas hipóteses diagnósticas seria a menos provável para o paciente neste momento: a. Hiponatremia por insuficiência adrenal. b. Hipoglicemia associada a insulinoma. c. Hipercalcemia associada à produção de PTH-rp. d. Estado hiperosmolar hiperglicêmico desencadeado por processo infeccioso. e. Coma mixedematoso. 4. Assinale a correta: a. Os níveis de cortisol e ACTH encontram-se baixos na insuficiência adrenal primária. b. Hiperpigmentação ocorre devido ao aumento da secreção de CRH pela hipófise na doença de Addison. c. Teste de supressão com dexametasona é útil para diferencial entre suficiência adrenal primária e secundária. d. Anemia e eosinofilia fazem parte do quadro de insuficiência adrenal. e. Nenhuma está correta. 5. Das patologias abaixo, qual menos frequentemente cursa com amenorreia secundária: a. Hipofisite linfocítica. b. Hipotiroidismo. c. Apoplexia hipofisária. d. Microadenoma de hipófise não secretor. 6. Paciente masculino, 40 anos, chega em consulta com PA 85x45mmHg e glicemia 57mg/dl; qual alternativa melhor se aplica ao caso: a. Deverá ser tratado com agonista dopaminérgico por tempo prolongado. b. Provavelmente será tratado com glicocorticoide e mineralocorticoide. c. Deve apresentar hipocalcemia associada ao quadro. d. Pode apresentar diabetes mellitus secundário à Doença de Addison. 7. Paciente masculino, 40 anos, vem em consulta com PA 160x110mmHg, cefaleia, episódios de taquicardia. Nega patologias prévias ou uso de drogas. É correto afirmar: a. Se metanefrinas elevadas e apresentar lesões em ambas as adrenais, confirmo diagnóstico de paraganglioma maligno. b. Pode se tratar de feocromocitoma que é tumor originário do córtex da suprarrenal que produz adrenalina e noradrenalina. c. Se confirmado o diagnóstico de feocromocitoma deve-se iniciar uso de bloqueador alfa-adrenérgico. d. Pode fazer parte da Neoplasia Endócrina Múltipla tipo I e deve-se solicitar dosagem de calcitonina para confirmação diagnóstica. 8. Paciente 65 anos, menopausa com 52 anos, vem a consulta trazendo uma densitometria óssea e exames laboratoriais. Assinale a correta: a. Com relação a densitometria óssea, para mulheres na pós menopausa utiliza-se o T-Score, não o Z-Score. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 2 b. O uso de Bisfosfonato deve ser feito em mulheres que têm o diagnóstico de osteopenia. c. Quadros de dor em joelhos e outras articulações são pródromos da osteoporose. d. O bisfosfonato deve ser tomado com um copo de leite para aumentar a potência do medicamento. 9. Sobre a síndrome de Cushing assinale a correta: a. Devemos inicialmente descartar o uso de medicamentos contendo corticoide, após devemos solicitar ressonância de hipófise. b. A causa mais comum é síndrome de Cushing endógena. c. Se for por uso de prednisona, devemos solicitar cortisol pós dexametasona (1mg a noite). d. Se for Cushing endógeno devemos confirmar o hipercortisolismo e após solicitar ACTH (2 amostras). 10. A hiperferritinemia é um queixa comum nos consultórios de hematologia; entre as abaixo, todas são causas clássicas de aumento de ferritina, exceto: a. Hemocromatose primaria. b. Esteato-hepatite secundária a dislipidemia. c. Talassemia major com múltiplas hemotransfusões. d. Miomatose uterina com hipermenorreia. 11. Dona Clara, 57 anos, chega na consulta com uma glicemia de jejum de 126mg/dl e HbA1c de 6,2%. Faz uso de metformina 1g/dia há 2 anos. Tem IMC=31kg/m2 e o restante do exame físico normal. Qual a conduta mais adequada neste caso? a. Oriento perda de peso, exercícios e aumento a dose de metformina para melhorar resistência à insulina, já que se trata de um pré diabetes. b. Oriento dieta e exercícios e prescrevo um inibidor de DPP4 para melhorar a resistência à insulina. c. Oriento dieta e exercícios e associo agonista de GLP-1 à metformina. d. Solicito teste oral de tolerância à glicose para confirmar o diagnóstico de diabetes. 12. Loreta, 65 anos traz uma densitometria para sua análise. Coluna lombar T-score -2.0 Z-score -2.5; no colo de fêmur T-score de -1.8 Z-score de -2.5; fêmur total T-score -1.7 Z-score de -2.5. Além disso vitamina D 13, cálcio 8.9 (VR 8.5 a 10.3). Assinale a incorreta: a. Paciente possui osteoporose. b. Não está indicado o uso de alendronato. c. Clarence menor que 30 ml/kg/min não contraindica o denosumab. d. Deve ser prescrita a vitamina D, com dose de 50 mil/semana por 8 semanas. 13. Os critérios da OMS para diagnostico de osteoporose pela densitometria óssea são apenas aos seguintes sítios ósseos: a. Coluna lombar (L1L4), colo de fêmur e trocânter. b. Coluna lombar (L1L4), colo de fêmur, fêmur total e rádio 33%. c. Coluna lombar (L1L4), colo de fêmur, triangulo de Wards. d. Coluna lombar (L1L4), colo de fêmur, trocânter e triangulo de Wards. 14. Paciente com fraqueza em cintura escapular e choro fácil, relata ainda ganho de peso (5kg nos últimos 6 meses). O endocrinologista pensou em solicitar exames para rastreio de síndrome de Cushing, qual alternativa o endocrinologista não deve usar: a. Cortisol urinário de 24 horas. b. Teste de cortisol salivar as 23 horas. c. Cortisol basal. d. Teste de supressão com dexametasona de 1 mg. 15. Paciente feminina, 33 anos, com amenorreia há 3 meses e dificuldade para engravidar, passa no ginecologista e faz os seguintes exames: LH – 5mUI/ml (VR: 0.8-9.0) FSH – 5mUI/ml (VR: 0.8-9.0) prolactina – 113ng/ml (VR: 8-25) estradiol – 1,0ng/ml (5-50) TSH – 2,5 (0.5-4.4) T4livre – 1,0 (0.8-1.4) Qual alternativa correta? a. Deve ser prescrita levotiroxina para correção hipotiroidismo. b. Provavelmente menopausa precoce. c. Hipogonadismo hipogonadotrófico. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 3 d. Infertilidade autoimune. 16. Mulher com 66 anos vem ao seu consultório com densitometria óssea, Clearence de creatinina 65 ml/kg/min, menopausa aos 50 anos. Coluna Lombar T-Score -2.6 Z-Score -2.0, colo de fêmur T-Score -1.3 Z-Score -1.3 e fêmur total T-Score -1.0 Z- Score -1.0, é correto afirmar: a. Já que o diagnóstico é osteopatia, deve ser feito carbonato de cálcio e vitamina D. b. Está contraindicado bisfosfonato, pela função renal. c. Deve ser realizado apenas terapia de reposição hormonal, já que o estrógeno pode melhorar a massa óssea. d. O tratamento inicial pode ser denosumab. 17. Sobre o feocromocitoma, é correto afirmar: a. Costumam ser bilaterais quando se manifestam com hipertensão arterial sistêmica paroxística. b. São originários do córtex da suprarrenal e produzem adrenalina e noradrenalina. c. Quando decorrentes de paragangliomas produzem preferencialmente noradrenalina. d. Podem fazer parteda Neoplasia Endócrina Múltipla tipo I, com ou sem hipertensão arterial. 18. Paciente com 45 anos, tem queixas de parestesias em membros superiores após tireoidectomia total, a cirurgia foi há 3 meses. Na emergência foi realizado um ECG, que tem intervalo QRS aumentado. Assinale a alternativa correta: a. Provavelmente essa queixa é devido ao excesso da dose de levotiroxina, para a reposição após cirurgia. b. Provavelmente devido ao hipotiroidismo, mesmo usando levotiroxina. c. Ao solicitar o PTH provavelmente estaria aumentando. d. Pode estar presente o sinal de Trousseau e Chvostek. 19. Mulher de 45 anos, procura o médico por amenorreia, sem outras queixas. Assinale a alternativa que melhor se aplica ao caso: a. Se LH e FSH abaixo do valor normal, estradiol baixo e prolactina discretamente elevada, devo solicitar uma ressonância magnética para afastar a presença de um macroadenoma de hipófise não secretor. b. Se LH e FSH elevados, TSH elevado, prolactina discretamente elevada, penso como primeira hipótese um macroadenoma de hipófise secretor destes hormônios. c. Se GH e IGF-1 elevados, espero encontrar prolactina abaixo do normal para justificar a amenorreia. d. O primeiro exame a ser pedido é o beta HCG e se este vier normal, a seguir solicito ressonância de hipófise. 20. Paciente do sexo feminino, 46 anos, queixa-se de cefaleia esporádica, irregularidade menstrual, cansaço, sonolência durante o dia que pioraram progressivamente. Assinale a alternativa que se correlaciona melhor com o caso: a. Se FSH e LH elevados devo pensar como primeira hipótese em adenoma de hipófise secretor de gonadotrofinas. b. Se hipófise aumentada à ressonância e com compressão de quiasma devo pensar como primeira hipótese em apoplexia hipofisária. c. Se FSH, LH, TSH, T4 livre, cortisol e ACTH baixos posso pensar em macroadenoma não secretor ou hipofisite linfocítica. d. Como não teve quadro de cefaleia súbita não posso afirmar que se trata de hipofisite linfocítica. 21. Assinale a correta: a. Adrenalite autoimune é causa frequente de insuficiência adrenal secundária. b. Deve-se investigar feocromocitoma em paciente com carcinoma medular de tiroide. c. A insuficiência adrenal que ocorre pós secção da haste hipofisária leva a hiperpigmentação cutânea. d. A secreção de aldosterona, sob controle da renina, mantém -se totalmente preservada na insuficiência adrenal primária. 22. Paciente de 82 anos, sem antecedentes prévios, chega ao PS com quadro de confusão mental e queda do estado geral há 3 semanas, com piora há 5 dias. Ao exame encontra-se bastante emagrecido, descorado +++/4+, desidratado +/4+, afebril, sonolento, PA 110x60mmHg. Ausculta cardíaca e pulmonar normais; abdômen flácido, indolor, ruídos presentes e normais. Qual destas seria a principal hipótese diagnóstica para este paciente: a. Hipocalcemia devido à deficiência de vitD. b. Hipercalcemia associada à produção de PTH-rp. c. Cetoacidose diabética desencadeada por infecção aguda. d. Crise addisoniana desencadeada por infecção aguda. 23. Paciente de 41 anos, feminina procura o médico endocrinologista por ganho de peso, relata ganho de 12 Kg em 6 meses, no exame físico observamos estrias violáceas, obesidade centrípeta e amenorreia secundária. Assinale a incorreta: a. Pode ser uma síndrome de Cushing, então na anamnese devemos investigar o uso de medicamentos que contenham glicocorticoides. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 4 b. A causa de Cushing ACTH independente mais comum é o carcinoma de adrenal, que se caracteriza por um tumor maior que 6 cm. c. Se for uma síndrome de Cushing endógena, o mais comum é ser ACTH dependente causada por um microadenoma hipofisário produtor de ACTH. d. Para se caracterizar hipercortisolismo, devemos solicitar testes laboratoriais, que consistem em: cortisol pós 1 mg de dexametasona, cortisol urinário livre e cortisol salivar. 24. Josefa, 67 anos, relata estar na menopausa desde 52 anos. Nega consumo de leite e derivados e vem a consulta por alteração no exame de densitometria óssea. No exame a paciente apresenta T-Score de coluna lombar -2,8, T-Score de colo de fêmur- 2,1 e de fêmur total -2,3. Sobre essa paciente é correto afirmar: a. A paciente do caso clínico apresenta baixo risco de apresentar fratura por fragilidade. b. O diagnóstico densitométrico é osteoporose em coluna lombar e osteopenia em quadril. c. Não é necessário solicitar exames laboratoriais complementares. d. O tratamento pode ser realizado com bisfosfonato, que inibe osteoclastos. 25. Gabi, 35 anos vem a consulta com endocrinologista por ganho de peso. Relata estar com IMC =33Kg/m2. Gabi ganhou peso muito rápido, ela é estudante de medicina e cogita a hipótese de Síndrome de Cushing. Assinale a alternativa correta: a. A Síndrome de Cushing exógena é mais rara que a endógena. b. Giba, estrias violáceas e cortisol basal aumentado confirmam o diagnóstico. c. Na suspeita de Cushing endógeno a causa mais comum é adenoma adrenal. d. Um dos testes para confirmar Cushing endógeno é cortisol salivar da meia noite. Pneumologia 1. Paciente feminina, obesa, sedentária, apresenta episódio de dispneia súbita. É realizada uma angiotomografia multislice que revela ser negativa para tromboembolismo pulmonar (TEP). Neste caso, devemos: a. Indicar a realização de D-dímero para exclusão do diagnóstico de TEP. b. Excluir o diagnóstico de TEP. c. Indicar a realização de ressonância magnética, método mais sensível para o diagnóstico de TEP. d. Indicar a realização de ecocardiograma, que deve ser feito de rotina na suspeita de TEP. e. Indicar a anticoagulação com heparinização plena e manutenção com varfarina por 6 meses devido à suspeita clínica elevada. 2. Leia o poema Pneumotórax, publicado por Manuel Bandeira, em 1930, no livro Libertinagem, e responda à questão proposta: “Pneumotórax Febre, hemoptise, dispneia, suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três, trinta e três... trinta e três. - Respire... .............................................................................. - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax. - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.” O poema se refere a uma doença pulmonar de relevante prevalência no Brasil. Escolha entre as alternativas abaixo a que melhor se enquadra na categoria de diagnóstico diferencial da doença em questão no poema: a. Doenças intersticiais pulmonares granulomatosas, como a sarcoidose. b. Pneumonia intersticial não específica (NSIP), secundária a colagenoses. c. Pneumonia intersticial aguda, na fase exsudativa. d. Pneumonia intersticial usual (UIP), secundária a drogas. e. Pneumonias intersticiais idiopáticas, como a fibrose pulmonar idiopática. 3. Paciente 50 anos, morador de rua há 2 anos, apresenta quadro de tosse com expectoração escassa, febre, episódios de escarro com sangue e emagrecimento de 8 kg há 2 meses. Relata tuberculose pulmonar tratada há 5 anos. Tabagista 50 anos.maço e etilista importante. No exame físico, presença de alguns estertores em base HTD. Dado a hipótese diagnóstica inicial é submetido a investigação complementar com baciloscopia de escarro, sendo 3 amostras que resultaram negativas para bacilo Malu Giovanetti - TXXVII pág. 5 álcool-ácido resistente. Sua radiografia de tórax mostra opacidade homogênea que acomete todo lobo inferior direito, sem broncograma aéreo. Neste caso, a hipótese diagnóstica mais provável é: a. Tuberculose pulmonar. b. Aspergiloma (bola fúngica). c. Criptococose. d. Paracoccidioidomicose. 4. Mulher 30 anos, evolui com quadro de dispneia súbita de moderada intensidade, acompanhada de dor torácica tipo pleurítica em base de tórax à direita, palpitações e episódiode hemoptise. Nega outros sintomas. Faz uso crônico de omeprazol para doença do refluxo gastroesofágico e contraceptivo oral. Nega etilismo e tabagismo. No exame físico: FR= 25 irpm, FC=90 bpm, PA= 110 x 75 mmHg, SatO2= 97% ar ambiente, consciente, contactuante, orientada, exame cardíaco, pulmonar, abdominal e extremidades sem alterações. Rx de tórax com pequeno derrame pleural a direita (< 10 mm); ECG sem alterações. Devido à hipótese diagnóstica levantada pela equipe médica que conduzia o caso, foi solicitada angiotomografia de tórax. Assinale a alternativa correta em relação à conduta neste caso: a. Dosagem de D-dímero seria a melhor escolha. b. ECG e troponina (seriados) seria a melhor escolha. c. A conduta adotada pela equipe foi a melhor escolha. d. Toracocentese diagnóstica seria a melhor escolha. 5. Homem 60 anos, tabagista 60 anos.maço, quadro de dispneia há 9 meses, que vem progredindo de intensidade, atualmente MRC=2, acompanhada de tosse seca. Nega patologias prévias. Ao exame físico: FC=92 bpm, FR=26 irpm, SatO2= 88% em ar ambiente, leve cianose labial, ausculta pulmonar com MV+ bilateralmente com estertores finos 1/2 inferior de ambos hemitórax, percussão com som claro pulmonar, ausculta cardíaca sem alterações, baqueteamento digital bilateral, ausência de edemas. Exames complementares: ECG normal, Ecocardiograma normal, hemograma sem alterações e espirometria revelando um distúrbio ventilatório restritivo moderado. Com base na hipótese diagnóstica mais provável, assinale abaixo o que seria mais provável de ser observado em exame de imagem deste paciente: a. Enfisema centro lobular em regiões superiores pulmonares. b. Padrão UIP (pneumonia intersticial usual) / faveolamento. c. Cardiomegalia e congestão pulmonar bilateralmente. d. Bronquiectasias císticas e varicosas, centrais e bilaterais. 6. Um paciente está internado com tratamento para pneumonia adquirida na comunidade. Na evolução, nota-se aparecimento de derrame pleural ipsilateral a pneumonia. Realizada toracocentese que revelou as seguintes características do líquido puncionado: DHL= 1200, proteínas totais = 5,1, pH=7,1, glicose=60, citologia diferencial com 70% de neutrófilos, ausência de bactérias no gram. Exames séricos: DHL = 700, Proteínas totais= 6,5. Qual a conduta correta neste caso? a. Drenagem de tórax. b. Como se trata de um transudato deve-se tratar a doença de base. c. Antibioticoterapia e toracocentese de alívio se necessário. d. Biópsia de pleura para estabelecer melhor o diagnóstico etiológico. 7. Paciente 60 anos com diagnóstico de Insuficiência cardíaca congestiva, evolui com derrame pleural, após 5 dias de internação para tratamento do quadro de ICC. Realizado, então, toracocentese diagnóstica e após análise do líquido evidenciou-se que o derrame tinha características de exsudato com predomínio de neutrófilos. Optado por toracocentese de alívio e aumentar diuréticos em uso. A conduta neste caso está: a. Correta, pois quando não há melhora do derrame pleural com o tratamento da ICC deve-se realizar toracocentese diagnóstica e se necessário também de alívio. b. Incorreta, pois o derrame pleural em questão possui outra etiologia. c. Correta, pois a toracocentese de alívio ajuda na melhora mais rápida do paciente. d. Incorreta, pois ao realizar punção pleural mais de uma vez traz mais riscos de contaminação e infecções para o paciente, já que se trata de procedimento invasivo. 8. Paciente encaminhado para a pneumologia pelo clínico pois há 6 meses apresenta quadro de dores nas costas constantes, sem fator de melhora. Realizou uma Radiografia de Tórax que foi normal, mesmo assim foi pedida uma Tomografia de Tórax que evidenciou nódulo pulmonar, medindo 3 mm, sem sinais de calcificações, com bordas lisas. O paciente tem 35 anos, nega tabagismo e sem antecedentes de neoplasia na família. Qual das alternativas abaixo é a melhor opção para este paciente no momento: a. Orientações e sem necessidade de seguimento. b. Encaminhar paciente para cirurgia. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 6 c. Pedir nova Tomografia em 3 meses. d. Pedir nova Tomografia em 6 meses. 9. Analise as afirmações sobre bronquiectasia abaixo e responda: I. Corpo estranho, neoplasia, adenopatia hilar e impactação mucoide podem causar obstrução brônquica, levando a bronquiectasias. II. Deficiências imunológicas como hipogamaglobulinemia, deficiência de IGA ou AIDS não são causas de bronquiectasias. III. Lesões do sistema mucociliar levam a acúmulo de muco e bactérias, o que pode causar inflamação crônica, infecções recorrentes e formação de bronquiectasias. IV. Quanto a morfologia, as bronquiectasias podem ser classificadas em cilíndricas, císticas ou varicosas. a. Uma alternativa é falsa. b. Duas alternativas são falsas. c. Três alternativas são falsas. d. Todas as alternativas são verdadeiras. 10. Carolina tem 22 anos, portadora de asma desde a infância. Já em tratamento com B2 de longa e corticoide inalatório. Nos últimos meses procurou o PS por quadros de tosse com expectoração amarelada, sendo diagnosticada com pneumonias. Traz 2 radiografias, uma com opacidade em LID, e outra que esta opacidade do LID havia sumido e apresentava uma nova em LSE. Todas tratadas com antibióticos. No momento refere que mesmo com uso das medicações para asma apresenta quadro de chiado quase diários, necessitando de broncodilatador de curta ação todos os dias. Ao exame: BEG. Sat – 94% / AR: MV+, com sibilos difusos. Diante do exposto qual o diagnóstico provável e qual exame deve ser pedido: a. Aspergilose pulmonar invasiva e novo Rx de tórax. b. Aspergiloma e tomografia de tórax. c. Aspergilose broncopulmonar alérgica e tomografia de tórax. d. Aspergilose broncopulmonar alérgica e dosagem de galactomana. 11. Paciente 72 anos, antecedentes de 40 anos.maço, apresentou no Rx de Tórax uma massa peri-hilar direita. Analise as afirmações abaixo e responda a alternativa correta: I. Para fazermos o diagnóstico é necessária uma biópsia mesmo que a imagem seja totalmente sugestiva de tumor. II. Como a lesão é central os sintomas mais frequentes são dor e tosse seca. III. Como a lesão é central os sintomas mais frequentes são de tosse com expectoração, podendo ocorrer hemoptise e dispneia. IV. Se o diagnóstico for de carcinoma de pequenas Células, deve-se realizar o estadiamento e se não houver metástases, uma opção terapêutica é a ressecção cirúrgica do tumor. a. I e II estão corretas. b. II e IV estão corretas. c. I, III, IV estão corretas. d. I e III estão corretas. 12. Você está atendendo no Promove e vem um paciente em consulta com 82 anos, tabagista 50 anos.maço, referindo que procurou o PS no domingo por quadro de tosse com expectoração hialina, sem febre e realizou uma Radiografia de Tórax que evidenciou presença de uma opacidade bem limitada no LSE, homogênea, sem broncograma aéreo, menor que 3 cm, associada a aumento peri-hilar direito sugestivo de linfonodos aumentados. Trazia também exames com Hb- 10/HT- 32, Leucócitos - 4.000 / Creatinina - 1,0/ Ureia - 40/ Na - 138 / K - 4,8. O paciente já havia procurado atendimento em outro local em fevereiro e realizado uma tomografia que no laudo estava descrito presença de nódulo de 16 mm em LSE, espiculado. Diante do exposto qual a melhor conduta a ser tomada nesta consulta: a. Encaminhar para biópsia. b. PET-CT. c. Tomografia de tórax com contraste. d. Ressonância magnética do Tórax. 13. Em relação ao câncer de pulmão, analise as associações abaixo e responda qual não está correta: a. Carcinoma espinocelular e trombose venosa profunda. b. Carcinoma pequenas células e tabagismo. c. Carcinoma espinocelular e tumor de Pancoast. d. Carcinoma pequenas células e hipercalcemia. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 7 14. Carlos tem 28 anos e está procurando o PS desde maio por quadro de tosse associado a dispneia aos grandesesforços e febre baixa. É tabagista 8 anos.maço, e já foi 4 vezes ao PS este ano. Neste período também referiu perda de 5 kg. Foi suspeitado de Covid-19, e realizou duas pesquisas com RT-PCR negativas. Durante estas passagens no PS fez 3 radiografias de tórax com imagem semelhante em todas, apresentando opacidade, bem limitada, homogenia, em LIE, sem broncograma aéreo e maior que 3 cm. Fez uma tomografia na última passagem no PS que confirmou a presença de uma massa pulmonar em LIE. Diante do exposto qual o mais provável diagnóstico e qual exame pode confirmá-lo: a. Neoplasia pulmonar e broncoscopia. b. Neoplasia pulmonar e biópsia transparietal. c. Criptococose pulmonar e sorologia para Cryptococcus. d. Criptococose pulmonar e broncoscopia. 15. Paciente de 19 anos relata história de tosse seca, febre de 39° C e falta de ar há 7 dias. Está no 26° dia pós transplante de medula óssea. Ante a hipótese de Aspergilose pulmonar invasiva, indique quais os fatores de risco associados à ocorrência desta doença: a. Uso de cateter venoso central, neutropenia prolongada, uso de sonda vesical de demora. b. Neutropenia prolongada, reação enxerto versus hospedeiro, corticoterapia prolongada e em altas doses. c. Neutropenia prolongada, Intubação Orotraqueal + Ventilação Mecânica, Uso de cateter venoso central. d. Cirurgia, reação enxerto versus hospedeiro, quimioterapia. 16. A respeito das bronquiectasias, é correto afirmar, exceto: a. Quando localizadas predominantemente nos lobos superiores podem ser sequela de tuberculose pulmonar. b. Quando localizadas de forma difusa sugerem mais etiologia genética, como a fibrose cística. c. A vacinação anti-pneumococo é recomendada para os portadores. d. Na presença de lesões periféricas, o diagnóstico de aspergilose broncopulmonar alérgica aguda ou subaguda deve ser considerado. 17. O câncer de pulmão é a neoplasia que mais causa óbito no mundo. Em relação ao câncer de pulmão marque a alternativa correta: a. O tumor de pequenas células é subtipo histológico oriundo da mucosa brônquica, com localização mais frequentemente central. b. O tratamento cirúrgico é o tratamento de escolha nos estadiamentos IIIa, IIIb e IV. c. Os adenocarcinomas habitualmente possuem localização mais periférica no parênquima e forte associação com tabagismo, enquanto os carcinomas espinocelulares são mais centrais. d. O carcinoma espinocelular é o tipo histológico mais frequente no mundo, seguido pelo adenocarcinoma. 18. Paciente de 58 anos, ex-tabagista de 30 anos.maço, previamente hígido, apresenta em exame de rotina o achado radiológico abaixo (tamanho da lesão 2,5x2,0cm). Com base nos dados clínicos informados e na imagem, considere as seguintes afirmativas: I. Está indicada avaliação histológica do nódulo, que pode ser realizada por meio de punção transtorácica guiada por imagem. II. A possibilidade de neoplasia seria afastada caso o nódulo fosse difusamente calcificado. III. O paciente é um potencial candidato a tratamento cirúrgico. IV. O seguimento mais indicado nesse paciente é repetir a tomografia de tórax em 6 meses, para avaliar o crescimento da lesão. V. O diagnóstico mais provável é hematoma pulmonar. Assinale a alternativa correta: a. Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 8 b. Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c. Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. d. Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. 19. Considere as afirmações abaixo a respeito de nódulo pulmonar: I. A prevalência de malignidade nessa lesão se correlaciona com suas respectivas dimensões. Por exemplo: 15% de chance de malignidade em nódulos de 6mm. II. Protocolo de Swensen positivo, ou seja, alta captação de glicose marcada pelo nódulo, sugere fortemente malignidade. III. Presença de calcificação periférica é sugestiva de benignidade. IV. Localização em lobo superior se correlaciona com maior chance de malignidade. Assinale a correta: a. Apenas 1 afirmação está correta. b. Apenas 2 afirmações estão corretas. c. Todas as afirmações estão corretas. d. Nenhuma afirmação está correta. 20. Em relação às bronquiectasias podemos afirmar que: a. A Radiografia de tórax é um bom exame de investigação e em caso de normal exclui o diagnóstico. b. Uma espirometria normal exclui o diagnóstico de bronquiectasias. c. São responsáveis por quadros de infecções de repetição e podem ser divididas em cilíndricas ou císticas. d. Uma tomografia de tórax normal, não exclui o diagnóstico e devemos pedir ressonância magnética. 21. Paciente procura atendimento médico, pois apresenta quadro de dores nas costas constantes, sem fator de melhora. Realizou uma Radiografia de Tórax que foi normal, mesmo assim foi pedida uma Tomografia de Tórax que evidenciou nódulo pulmonar em Lobo inferior direito, medindo 5 mm, sem sinais de calcificações, com bordas lisas. O paciente tem 30 anos, nega tabagismo e sem antecedentes de neoplasia na família. Qual das alternativas abaixo é a melhor conduta para este caso? a. Orientações e sem necessidade de seguimento. b. Encaminhar paciente para cirurgia. c. Pedir nova Tomografia em 3 meses. d. Pedir nova Tomografia em 6 meses. 22. Sofia tem 25 anos, portadora de asma desde a infância, já em tratamento com B2 de longa e corticoide inalatório regular. Nos últimos meses procurou o PS por quadros de tosse com expectoração amarelada, sendo diagnosticada com pneumonias, todas tratadas com antibióticos. Traz 2 radiografias dos últimos 4 meses, uma com opacidade em LID, e outra que esta opacidade do LID havia sumido e apresentava uma nova em LSE. No momento refere que mesmo com uso das medicações para asma apresenta quadro de chiado quase diário, necessitando de broncodilatador de curta ação todos os dias. Realizado, então uma tomografia de tórax para melhor investigação, a qual evidenciou presença de bronquiectasias em região peri-hilar a direita. Diante do exposto qual o diagnóstico mais provável para Sofia? a. Fibrose cística. b. Aspergilose broncopulmonar alérgica. c. Tuberculose pulmonar. d. Asma remodelada. 23. Nódulo pulmonar é uma lesão relativamente comum de ser encontrada em exames de imagens. Em relação a esse tema, analise as assertivas abaixo: I. As malformações arteriovenosas pulmonares podem ser confundidas com nódulos. II. O PET-CT pode diferenciar nódulo de tuberculose de nódulo neoplásico. III. A presença de calcificação central no nódulo é sugestiva de lesão benigna. IV. Nódulo único de 8 mm em paciente jovem de baixo risco dispensa qualquer seguimento. Assinale a resposta correta: a. Apenas 1 afirmação está correta. b. Somente 2 afirmações estão corretas. c. Somente 3 afirmações estão corretas. d. Todas as afirmações estão corretas. 24. Analise as assertivas abaixo em relação ao câncer de pulmão: I. O tumor de Pancoast se correlaciona com Carcinoma Espinocelular. II. Síndrome de Cushing se correlaciona com Carcinoma Espinocelular. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 9 III. Tumor central está correlacionado com Adenocarcinoma. IV. Hiponatremia está correlacionada com Adenocarcinoma. Assinale a resposta correta: a. Apenas 1 afirmação está correta. b. Somente 2 afirmações estão corretas. c. Somente 3 afirmações estão corretas. d. Todas as afirmações estão corretas. 25. Paciente HIV+, apresenta quadro de tosse produtiva, dor torácica e febre alta há 5 dias. Procurou PS onde foi realizada a seguinte Radiografia de Tórax: Qual alternativa descreve a melhor conduta e mais provável diagnóstico? a. Realização de toracocentese diagnóstica e análise do líquido e neste caso provavelmente trata-se de um exsudato com predomínio de linfócitos. b. Realização de toracocentese diagnóstica e análise do líquido e neste caso provavelmente trata-se de um exsudato com predomínio de neutrófilos. c. Realização detoracocentese esvaziadora e introdução de antibiótico, pois neste caso provavelmente trata-se de um transudato com predomínio de neutrófilos. d. Realização de toracocentese diagnóstica e drenagem do tórax, pois neste caso provavelmente trata-se de derrame parapneumônico complicado. Cardiologia 1. Paciente, 64 anos, é trazido ao hospital por familiares após perda súbita da consciência. Ao exame físico: RCR bradicárdico, pulsos periféricos palpáveis, tempo de enchimento capilar de quatro segundos, PA 65x30mmHg. É realizado o ECG abaixo: Após seu elegante diagnóstico de BAV-T, qual das afirmativas abaixo está correta? a. O escape está ocorrendo em átrio baixo. b. O escape pode ser observado no feixe de His. c. O escape se origina no VE. d. O escape ocorre no VD. e. O escape se origina próximo ao nó sinusal. 2. Sr. Rodolfo, 73 anos, diabético há 25 anos, hipertenso há 20 anos, tabagista, portador de miocardiopatia isquêmica e evoluindo com queixa de claudicação intermitente. Esteve internado recentemente com edema agudo de pulmão por emergência hipertensiva. Apresenta creatinina sérica encontrava-se em 3,4mg/dL. Com base no caso acima, assinale a alternativa incorreta: Malu Giovanetti - TXXVII pág. 10 a. Assimetria renal à ultrassonografia é sugestiva de hipertensão renovascular. b. Edema agudo pulmonar súbito é indicador clínico de alta probabilidade para hipertensão renovascular. c. Visando a recuperação da função renal, a abordagem invasiva com angioplastia e Stent da artéria renal não mostra benefícios superiores em relação ao tratamento medicamentoso. d. A piora significativa da função renal pode estar relacionada com estenose unilateral da artéria renal em paciente com os dois rins presentes. e. A realização da cintilografia renal com uso de captopril seria exame funcional com grande utilidade para diagnóstico de hipertensão renovascular. 3. Paciente, 41 anos, com história de infecção de vias aéreas superiores há 10 dias, é encaminhado ao PS para sua avaliação. Ao exame, encontra-se torporoso com desconforto respiratório ++/4+ e dor torácica tipo C, turgência jugular e bulhas hipofonéticas. PA 70x40mmHg. FC 120 bpm. Tempo de enchimento capilar > 4 segundos. A respeito da primeira hipótese diagnóstica que deve ser suspeitada, nós podemos dizer: a. Pode levar a um choque cardiogênico. b. É rara a presença do sinal de Kussmaul. c. Queda na PAS acima de 10mmHg durante a inspiração é regra. d. Diante do cenário atual em que o paciente se encontra, o tratamento definitivo deve ser feito com AAS em doses antinflamatórias. e. É esperado um ECG e RX normais. 4. A respeito da Fibrilação Atrial Permanente não valvular, podemos afirmar, exceto: a. É caracterizada por aquela situação em que tanto o médico como o paciente e seus familiares desistiram de fazer controle do ritmo. b. O ECG revela ausência de ondas P e complexos QRS irregulares. c. A anticoagulação tem recomendação classe I em todos os pacientes com CHAD2SVASC2 > 2. d. Se usarmos varfarina para anticoagulação, o INR deve permanecer entre 2-3. e. Visto ser patologia que afeta particularmente idosos, portanto, com disfunção diastólica, o achado de uma quarta bulha é regra. 5. A respeito da Cardiomiopatia Chagásica Crônica (CCC) nós podemos afirmar: a. A presença de cardiomegalia no RX de tórax não está relacionada a aumento da mortalidade. b. Aproximadamente metade dos indivíduos possuem bloqueio bi-fascicular (BCRD+BDASE) no ECG. c. Devido as complicações relacionadas à trombosidades, praticamente em todos os pacientes são observados aneurismas do VE. d. É a causa mais importante de mortalidade entre as doenças cardiovasculares. 6. O Sr. Lemos é um paciente de 69 anos, aposentado da construção civil que vem ao ambulatório, acompanhado da mulher devido queixas de dispneia progressiva há seis meses. De um mês para cá, refere que não consegue dormir sem pelo menos três almofadas sendo necessário levantar-se durante a noite algumas vezes "para respirar". É portador de hipercolesterolemia e DM-2 controlada com sinvastatina e metformina respectivamente. Refere também ser portador de angina estável. Ao exame clínico apresenta-se consciente, orientado no tempo e no espaço. PA=110 x 90 mmHg, FC=118 bpm, estertores crepitantes em bases pulmonares e edema de MMII com sinal de Godet ++/4. Levando em conta a fisiopatologia de base da doença que o Sr. Lemos provavelmente apresenta, qual das seguintes opções você considera encontrar aumentado? a. Débito cardíaco. b. Perfusão renal. c. Complacência pulmonar. d. Resistência vascular periférica. 7. Paciente, sexo masculino, 73 anos vem ao serviço de urgência com quadro súbito de dispneia e palpitação de início há 3h. Possui antecedentes pessoais de DM-2 e tabagismo (60 anos/maço). Refere pelo menos quatro episódios de palpitações semelhantes com duração de aproximadamente cinco minutos que se resolveram espontaneamente. Nega outros sintomas. Faz uso atualmente apenas de metformina. Ao exame físico apresentava: PA=140 x 90 mmHg, FR=24 IPM, TA=37oC. Ausculta pulmonar normal e cardíaca com ritmo cardíaco irregular. Nesse contexto foi solicitado um ECG (abaixo). Tendo em vista o contexto clínico, qual seria a abordagem mais adequada para esse paciente? Malu Giovanetti - TXXVII pág. 11 a. Realizar cardioversão elétrica. b. Realizar cardioversão química. c. Realizar desfibrilação. d. Anticoagular durante seis semanas e depois realizar cardioversão. 8. Um homem de 63 anos, internado após revascularização percutânea (ATC com Stent) na fase aguda o IAM dois dias antes, inicia novamente com dor torácica. Refere que a dor agrava com a inspiração profunda e em decúbito dorsal e alivia quando na posição sentada. Tem como antecedentes pessoais doença arterial coronária (DAC), DM-2, HAS, e dislipidemia. Está medicado com metoprolol, insulina, AAS (100mg) e pantoprazol. Os sinais vitais são TA=36.5oC, FC=120 bpm, FR=14 IPM e PA=145 x 82 mmHg. ECG abaixo. Qual das seguintes alternativas é a abordagem inicial mais adequada pensando no diagnóstico mais provável? a. Aspirina (duas gramas/dia). b. Cinecoronariografia. c. Pericardiocentese. d. Morfina. 9. Homem, 83 anos é levado por familiares até o serviço de urgência mais próximo devido quadro de dispneia e letargia com piora progressiva. Ao avaliar o prontuário desse paciente constata-se que existe um ecocardiograma onde se documenta uma área valvar aórtica de 0.7cm2 com uma velocidade de pico envelopado de 4.5m/s. Observa-se ainda que já tinha sido proposto cirurgia o qual tinha recusado. Ao exame clínico apresenta-se PA=80 x 56 mmHg e uma FC-109 bpm. Ausculta-se uma B4 e um sopro ++++/6 em todo o precórdio mais audível no 2oEIC direito. O ECG revela sobrecarga ventricular E com padrão strain. Exames complementares realizados revela ureia=99 e creatinina=1.9, e disfunção hepática. Tendo em vista o quadro clínico exposto, qual deve ser a melhor abordagem para esse paciente? a. Administração de metroprolol para reduzir a FC para um valor alvo de 60-70bpm. b. Infusão de norepinefrina para elevação da PA para valores acima de 65 mmHg. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 12 c. Administração de anlodipina para reduzir a FC para um valor alvo de 80 bpm. d. Realização de valvoplastia percutânea. 10. Paciente, 75 anos, dá entrada no Pronto- Socorro com queixas de dor torácica importante (10/10) a cerca de uma hora que iniciou na região precordial e irradiou para o dorso. O paciente está pálido e suando frio. Tem antecedentes de HAS + DM-2 e dislipidemia. É fumante (54 a/m). Ao exame nota-se redução significativa da amplitude do pulso radial D quando comparado com o E, e um sopro diastólico suave ++/6 bem audível em 2oEID. PA: 120 x 75 mmHg. Baseado na hipótese mais provável, qual seria o melhor exame para a documentação do diagnóstico definitivo? a. Eletrocardiogramacom derivações direitas. b. Ecocardiograma transtorácico. c. Angiotomografia. d. Troponina. 11. Em relação ao tamponamento cardíaco secundário ao derrame pericárdico nós podemos afirmar, EXCETO: a. Poderá ser observado pulso paradoxal. b. O débito cardíaco tenderá a estar elevado principalmente devido à elevação da frequência cardíaca. c. A pressão capilar pulmonar estará reduzida. d. O tratamento recomendado é a pericardiocentese. 12. Todas as considerações abaixo, considerando o ciclo cardíaco são verdadeiras, EXCETO: a. A terceira bulha (B3), corresponde à fase de enchimento rápido passivo. b. A presença da onda A no PVJ é típica de pacientes portadores de fibrilação atrial. c. O complexo QRS se inscreve imediatamente antes do início da fase de contração isovolúmica. d. A valva mitral abre quando a pressão ventricular E cai abaixo da pressão atrial. 13. Paciente, sexo masculino, 72 anos, admitida no PS do Hospital Carapicuíba com quadro de edema agudo de pulmão, precedido de dor torácica importante há duas horas, e um sopro diastólico +++/6 em segundo espaço intercostal D. Qual a hipótese diagnóstica mais provável? a. Infarto agudo do miocárdio complicado com insuficiência mitral aguda. b. Estenose mitral complicada com IAM por embolia coronária. c. IAM complicado com rotura do septo interventricular. d. Dissecção aórtica com insuficiência aórtica aguda. 14. Paciente, 60 anos, evoluindo no 2o pós-operatório de cirurgia pélvica de grande porte... Subitamente queixa-se de desconforto respiratório e precordialgia intensa. Você é chamado para avaliá-la e a encontra dispneica ++/4 com sudorese e náuseas. Ao exame, RCR em 3t (B4) taquicárdico. Oximetria de pulso 89%. PA 120 x 90. Tempo de enchimento capilar (TEC) de 2 segundos. Pulmões com estertores em ambas as bases. Realizado ECG que revelou supradesnível do segmento ST em DII, DIII e aVF sendo o supra de DIII maior que o de DII. Derivações direitas (V3R e V4R) normais. Como podemos explicar o aparecimento da B4 nessa paciente? a. Disfunção diastólica do VE. b. Disfunção sistólica do VE. c. Disfunção diastólica do VD. d. Disfunção sistólica do VD. 15. Paciente, 64 anos, com história de dor precordial relacionada aos esforços. Ao exame clínico: PA 110 x 80, RCR 3t (B4). Pulsos periféricos com ascensão e descida lentificada. SS ++++/6+ audível em todo o precórdio com irradiação para pescoço, B2 inaudível. ECG com sobrecarga ventricular esquerda importante. Esses dados semiológicos são mais compatíveis com: a. Insuficiência mitral. b. Estenose mitral. c. Insuficiência aórtica. d. Estenose aórtica. 16. Paciente, 58 anos com dor precordial Tipo A há aproximadamente duas horas. Realizado o ECG abaixo. Qual a conduta considerada Classe I pelas diretrizes atuais? Malu Giovanetti - TXXVII pág. 13 a. Solicitar cinecoronariografia. b. Estratificar risco. c. Solicitar angiotomografia. d. Solicitar ecocardiografia transtorácica. 17. Paciente, 64 anos, sexo masculino, apresenta-se no Pronto-Socorro com queixa de dor torácica Tipo A há uma hora após libação alimentar. Ao exame físico apresenta dispneico ++/4 (22 IRM), taquicárdico (110 bpm) e com PA=100 X 85 mmHg. Realizado ECG nos primeiros 10 minutos (apresentado abaixo). Qual a provável artéria culpada? a. Tronco da artéria coronária esquerda. b. Descendente anterior antes da primeira septal. c. Coronária direita proximal. d. Circunflexa distal. 18. Paciente, 53 anos comparece ao departamento de hemodinâmica para realização de ablação percutânea de uma taquicardia ventricular. O procedimento é bem tolerado, entretanto poucas horas após o procedimento, desenvolve taquicardia sinusal e hipotensão. Um ecocardiograma de urgência é realizado e revela um grande derrame pericárdico consistente com tamponamento. Todas as assertivas abaixo a respeito da fisiopatologia do tamponamento cardíaco são verdadeiras, EXCETO: a. O tamponamento cardíaco ocorre quando a pressão intrapericárdica supera a pressão média atrial direita e a pressão diastólica final do VD. b. Na presença de hipovolemia o tamponamento ocorre mais rapidamente. c. No tamponamento nós temos um aumento do volume sistólico do VE durante a inspiração. d. Taquicardia, hipotensão e dispneia são achados comuns no tamponamento cardíaco. Hematologia 1. Analise os dois cenários clínicos abaixo e marque a opção mais correta: a. No cenário 1, analisando história clínica e epidemiologia, a paciente provavelmente tem biopsia com células de Reed Sternberg em abundância e imuno-histoquímica com positividade para CD20. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 14 b. No cenário 2, analisando história clínica e epidemiologia, temos um linfoma não Hodgkin, provavelmente um linfoma folicular. c. Em ambos os cenários os achados mais prováveis na imuno-histoquímica são CD15(+) e CD30(+). d. No cenário 2, analisando história clínica e epidemiologia, podemos tem um linfoma não Hodgkin, provavelmente um difuso de grandes células. e. No cenário 1, analisando história clínica e epidemiologia, células de Reed Sternberg em um painel inflamatório de fundo associadas a imuno-histoquímica com positividade para CD15 e CD30 não são esperados. 2. Paciente feminina, 38 anos, comparece ao Promove para investigação de coagulopatia. Refere que desde a menarca sempre teve hipermenorreia e que necessitou de transfusão sanguínea no parto de seus dois filhos (ambos partos normais), além disso, relata história de epistaxe eventual desde a infância. Traz os seguintes exames: hemograma com anemia hipocrômica microcítica, leucócitos normais e plaquetas de 226.000 (150.000-450.000), INR 1,0 (0,8-1,25), TTPa 2,2 (0,8-1,2). Marque a correta das opções abaixo: a. Hemofilia A leve, devido história clínica e o TTPa prolongado. b. Doença de Von Willebrand, história clínica e laboratório compatíveis. c. Deficiência de fator VII, devido a prolongamento do TTPa. d. Doença de Von Willebrand, TTPa prolongado por deficiência secundária de fator IX. e. Hemofilia A leve, devido a história clínica e o TTPa prolongado. 3. Paciente em uso regular de anticoagulante oral sofreu acidente de carro necessita de neurocirurgia de urgência. No laboratório de entrada apresentava TP e TTPa normais. Qual das abaixo contempla o provável anticoagulante e seu antídoto/reversor que deve ser utilizado: a. Marevam (varfarina), Vitamina K, plasma e concentrado de complexo protrombínico (CCP). b. Dabrigatana, Plasma e CCP. c. Dabrigatana, Andexanete e plasma. d. Rivoraxabana, Idarucizumab e CCP. e. Rivoraxabana, Andexanete, plasma e CCP. 4. Paciente com diagnóstico recente de leucemia promielocítica aguda, apresenta o seguinte laboratório: Hb 5,8; HTC 16,1; VCM 91 (80-100); HCM 29 (28-31); RDW 12% (12-15); Leuco 300 (diferencial não liberado por intensa leucopenia); plaquetas 15.000 (150.000-450.000). INR 1,0 (0,8-1,25); TTPa 0,9 (0,8-1,2); fibrinogênio < 60 (200-400). Esta paciente está com sangramento ativo do cateter e metrorragia, possui sangue B(-), marque abaixo a melhor opção de transfusão: a. Concentrado de hemácias O(+) filtrado e irradiado; plaquetas B(+) filtrada e irradiada; crioprecipitado B(-), filtrado e irradiado. b. Concentrado de hemácias O(-) filtrado e irradiado; plaquetas AB(-) filtrada e irradiada; crioprecipitado B(+), não há necessidade de filtração deste hemocomponente, apenas irradiação. c. Concentrado de hemácias B(+) filtrado e irradiado; plaquetas O(-) filtrada e irradiada; crioprecipitado B(-), não há necessidade de irradiação deste hemocomponente, apenas filtração. d. Concentrado de hemácias B(-) filtrado e irradiado; plaquetas O(-) filtrada e irradiada; crioprecipitado B(-), não há necessidade de filtração ou irradiação deste hemocomponente. e. Concentrado de hemácias O(-) filtrado e irradiado; plaquetas B(-) filtrada e irradiada; crioprecipitado AB(-), filtrado e irradiado. Exames III III IV V VI VII Hb (12-15) 9 12,8 13,8 6,1 11,4 9,1 4,0 HTC (36-45) 28,2 38,2 36,3 18,5 32,2 27,4 12,2 VCM (80-100) 85 89 92 98 90 118 85 HCM (28-31) 29 29 29 29 30 31 29 RDW (<15%) 18% 15% 14% 17% 14% 20% 13% Leucócitos (5.000-10.000) 220.000 33.402 8.200 800 62.000 3.200 1.500 Blastos (0%) 1% 0% 0% 95% 0% 0% 50% Promielo (0%) 5% 0% 0% 0% 0% 0% 17% Mielócitos (0%) 6% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Meta (0%) 8% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Bastão (4-8%) 17% 0% 5% 0% 1% 4% 0% Seg. (50-70%) 41% 12% 53% 2% 4% 32% 1% Eosinófilos (2-5%) 2% 2% 4% 2% 2% 4% 0% Basófilos (0-3%) 8% 1% 2% 0% 1% 2% 1% Malu Giovanetti - TXXVII pág. 15 Linfócitos (30-50%) 10% 83% 37% 1% 94% 50% 38% Monócitos (2-10%) 2% 2% 4% 0% 2% 8% 1% Plaquetas (150.000-450.000) 158.000 127.000 3.000 15.000 5.000 56.000 12.000 Exames I II III IV V TP (0,8-1,2) 1,9 3,6 0,9 1,2 1,0 TTPa (0,8-1,2) 2,8 1,1 1,1 2,89 1,3 Fibrinogênio (200-400) <60 280 120 250 280 Utilize o caso clínico abaixo para responder as questões 5 e 6: HDA: Paciente feminina, 28 anos, comparece ao pronto socorro com queixa de mal-estar, astenia e fadiga há duas semanas. Além disso, refere múltiplas lesões em MMII e MMSS, edema e dor no tornozelo esquerdo, sem trauma local. Há um dia iniciou febre e buscou o pronto atendimento. Nega dispneia, cefaleia, sudorese noturna ou outros sintomas. PA: 120*80mmHg, FC: 118 bpm, FR: 19 irpm, Tax: 37,9°C. HPP: nega história de sangramentos importantes previamente. H. Familiar: nega história de doenças hematológicas na família. Ao exame: BEG, hipocorada +++/4+, anictérica, acianótica e afebril, múltiplas lesões petéquias em MMII e MMSS alguns confluentes formando equimoses. Aparelho respiratório: sem alterações. ACV: Taquicárdica, sem sopros ou bulhas acessórias. Abdome: sem alterações. Tornozelo esquerdo quente, doloroso e edemaciado, realizado punção com saída de sangue. 5. Considerando o quadro clínico da paciente e a principal hipótese diagnóstica. O diagnóstico e as colunas de exame que iriam corroborar este quadro são: a. Leucemia linfoblástica aguda, hemograma V e exames de coagulação da coluna II. b. Leucemia mieloide aguda com componente monocítico, hemograma IV, exames de coagulação coluna V. c. Leucemia promielocítica aguda, hemograma VII, exames de coagulação coluna I. d. Leucemia mieloide crônica, hemograma I, exames de coagulação da coluna I. 6. Ainda considerando o caso I e baseado na principal hipótese para o caso; o conjunto de hemocomponentes que melhor realizaria o tratamento suportivo desta paciente se encontra em qual das alternativas abaixo: a. Concentrado de hemácias O (-), por se tratar de uma urgência; concentrado de plaquetas filtrado e irradiado, não necessariamente ABO e RH compatível e Crioprecipitado. b. Concentrado de plaquetas e hemácias ABO e RH compatível. Plasma fresco congelado (PFC) e Crioprecipitado filtrado e irradiado. c. Hemácias filtradas e irradiadas, ABO e RH compatíveis; plaquetas irradiadas e filtradas preferencialmente ABO e RH compatível. Crioprecipitado e PFC, ABO e RH compatíveis. d. Crioprecipitado e PFC, filtrado e irradiado, ABO e RH compatíveis. Concentrado de hemácias imunofenotipado e aférese de plaquetas filtrada e irradiada. 7. Considere os três casos apresentados de forma resumida abaixo: Caso 1- Homem de 75 anos, comparece a UBS com queixa de alteração no exame de sangue, sem nenhum outro sintoma. Ao exame: linfonodos palpáveis em região cervical bilateralmente, no máximo de 1,5 cm e discreta esplenomegalia palpável na posição de Schuster, não se observam petéquias ou equimoses ao exame. Caso 2- Mulher de 42 anos, comparece com queixa de astenia e fraqueza há 8 meses, associada a plenitude pós prandial e raros episódios de sudorese noturna. Ao exame apresenta esplenomegalia abaixo da cicatriz umbilical. Caso 3- Mulher de 28 anos, iniciou, há dois dias, quadro de gengivorragia, epistaxe e múltiplas petéquias. Ao exame: BEG, corada, hidratada, anictérica e acianótica. Sem alteração nos outros órgãos e sistemas. Após avaliar os cenários acima e, de acordo com a tabela disponibilizada de hemogramas, as principais hipóteses e os respectivos hemogramas se encontram em qual das alternativas: a. Caso 1, Leucemia linfocítica crônica, hemograma II. Caso 2 Leucemia mieloide crônica, hemograma I. Caso III, Purpura Trombocitopênica Imune, hemograma III. b. Caso 1, Leucemia linfocítica crônica, hemograma V. Caso 2 Leucemia mieloide aguda, hemograma IV. Caso III, leucemia promielocítica aguda, hemograma VII. c. Caso 1, Leucemia mieloide crônica, hemograma I. Caso 2 Leucemia Linfocítica crônica, hemograma II. Caso III, Leucemia linfocitica crônica, hemograma V. d. Caso 1, Linfoma, hemograma VI. Caso 2 Leucemia Linfocítica crônica, hemograma I. Caso III, leucemia aguda, hemograma IV. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 16 8. Dois pacientes do sexo masculino, um de 28 anos e outro de 79 anos, apresentam-se com petéquias, gengivorragia e equimoses há três dias, sem outras queixas associadas. Considerando os hemogramas da tabela I e sua interpretação; os pacientes que mais se beneficiaram de corticoide isolado em alta dose são: a. Pacientes com hemogramas II e III. b. Pacientes com hemogramas III e V. c. Pacientes com hemogramas IV e VII. d. Pacientes com hemogramas I e VI. 9. Para responder esta questão considere a tabela de exames de coagulação (tabela II). Nas opções estão representados casos clínicos e seus possíveis exames, qual das alternativas está mais adequada em relação a correlação do caso clínico com o exame apontado: a. Paciente portador de hemofilia A, apresentando exames da coluna IV. Paciente em uso de cumarínico apresentado exames da coluna I. Paciente com história de epistaxes frequentes e metrorragia, exames da coluna III. b. Paciente portador de hemofilia A, apresentando exames da coluna I. Paciente em uso de cumarínico apresentado exames da coluna IV. Paciente com história de epistaxes frequentes e metrorragia, exames da coluna II. c. Paciente portador de hemofilia A, apresentando exames da coluna IV. Paciente em uso de cumarínico apresentado exames da coluna II. Paciente com história de epistaxes frequentes e metrorragia, exames da coluna V. d. Paciente portador de hemofilia A, apresentando exames da coluna II. Paciente em uso de cumarínico apresentado exames da coluna V. Paciente com história de epistaxes frequentes e metrorragia, exames da coluna I. 10. Dois pacientes portadores de leucemia apresentam exames genéticos, eles têm, respectivamente, Leucemia mieloide crônica (LMC) e Leucemia promielocítica (LPA). Qual dos abaixo melhor representa os achados genéticos esperados e o tratamento mais adequado: a. LMC: t(9;22), LPA: t(15;17), LMC: inibidor de tirosinoquinase, LPA: ATRA + quimioterapia. b. LMC: t(9;21), LPA: PML-RARa, LMC: inibidor de tirosinoquinase, LPA: ATRA isoladamente e suporte para CIVD. c. LMC: t(15;17), LPA: t(9:22), LMC: ATRA + quimioterapia, LPA: inibidor de tirosinoquinase. d. LMC: t(9;22), LPA: t(15;17), LMC: inibidor de tirosinoquinase, LPA: ATRA + quimioterapia + suporte transfusional para CIVD. 11. Paciente vem ao promove com hemograma mostrando plaquetopenia de 10,000 (referência de 150,000 a 450,000), sem outras alterações no exame. Nenhuma manifestação hemorrágica pregressa ou atual. Trouxe dois exames anteriores com plaquetas de 34,000 e 46,000. A conduta mais correta é: a. Não se pode descartar PTI, mas como nunca esteve sintomática, deve ser solicitado hemograma no citrato e depois prosseguir a investigação. b. Provável PTI, deve ser coletado sorologias de hepatite C, B, HIV, provas reumatológicas, vitamina B 12 e ácido fólico. c. Provável PTI, devemos iniciar prova terapêutica com corticoide oral, já que não apresenta sangramentos. d. A principal suspeita é troca de exames, deve ser solicitado novo hemograma. 12. Assinale a opção que contém apenas leucócitosgranulociticos polimorfonucleares: a. Basófilo, linfócito, macrófago e mastócito. b. Linfócito B, linfócito T, segmentados e eosinófilos. c. Eosinófilos, basófilos e neutrófilos. d. Linfócitos, monócitos e neutrófilos. 13. Sobre a leucemia mieloide aguda marque a incorreta: a. Leucemia aguda mais comum no adulto. b. Seu tratamento, pode necessitar de transplante halogênico de medula. c. Sua principal apresentação laboratorial é a pancitopenia. d. Infiltração de sistema nervoso central e testículos são mais comuns nesse tipo de leucemia. 14. Os exames complementares são de fundamental importância para realizar diagnósticos diferenciais em hematologia. São exemplos de doenças que necessitam exame confirmatório o Mieloma Múltiplo, as Leucemias Agudas, a Anemia Aplásica e o Linfoma de Hodgkin. Marque a opção que compreende a associação correta entre a doença e o exame diagnóstico: a. Mieloma Múltiplo- mielograma com mais de 10% de plasmócitos clonais; Leucemias agudas- Mielograma com mais de 20% de células blásticas; Anemia Aplásica- mielograma com lipossubstituição e hipocelularidade. b. Linfoma de Hodgkin clássico – Biópsia de linfonodo com célula de Reed Sternberg e imuno-histoquímica com CD15+, CD20+ e CD30+. Mieloma Múltiplo- Biópsia de medula com mais de 10% de plasmócitos e imuno-histoquímica demonstrando policlonalidade. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 17 c. Leucemias agudas – Mielograma com mais de 20% de células blásticas. Linfoma de Hodgkin- PAFF com demonstração de células de Reed Sternberg. d. Anemia Aplásica – Biópsia de medula óssea com lipossubstituição e hipocelularidade. Mieloma Múltiplo: mielograma com mais de 10% de plasmócitos e imunofenotipagem demonstrando clonalidade. 15. Em investigação de leucemia aguda o cariótipo do paciente veio com o seguinte resultado: t(15;17), mutação do PML-RARa. Qual dos pacientes abaixo melhor se encaixa no quadro clínico mais característico dessa leucemia: a. Paciente com cansaço e fraqueza há dois meses. Ao exame observam-se petéquias em MMII. b. Paciente com cansaço e fraqueza há quinze dias, deu entrada no PS com febre, evoluindo para choque séptico e óbito. c. Paciente com história de cansaço e fraqueza há seis dias. Na admissão, apresentava múltiplas equimoses, petéquias e hemoartrose em joelho direito. d. Paciente com cansaço e fraqueza há duas semanas. Exame físico com petéquias difusas, gengivorragia e epistaxe. Admitido devido à neutropenia febril. 16. A Inibição das vias celulares consegue excelente resposta nas leucemias crônicas. Diversas drogas com esse mecanismo de ação já estão disponíveis no mercado, assim, doenças como a Leucemia Linfocítica Crônica e a Leucemia Mieloide Crônica; são exemplos do uso com sucesso dessas medicações. A via inibida e a droga utilizada, estão corretas em quais das opções abaixo: a. LMC: Imatinibe – inibidor de tirosinoquinase. LLC: Ibrutinibe – inibidor da tirosinoquinase de Bruton. b. LMC: Nilotinibe- Inibidor da Tirosinoquinase de Bruton. LLC: Rituximabe- Inibidor da via de proliferação CD20+. c. LLC: Ibrutinibe- inibidor da Tirosinoquinase de Bruton. LMC: Dasatinibe- inibidor da via JAK2. d. LMC: Imatinibe- inibidor da tirosinoquinase de Bruton. LLC: Ibrutinibe- inibidor da tirosinoquinase BCR-ABL induzida. 17. Quatro pacientes apresentavam leucocitose e as seguintes histórias resumidas. Considere para a resposta todos os detalhes do caso e opção mais provável: Caso 1 – Clementina, 78 anos, assintomática, buscou atendimento por leucocitose de 68.000 (5.000-10.000) com linfocitose (1.000-4.000). Sem outras alterações no hemograma. Caso 2 – Olívio, 48 anos, buscou atendimento por leucocitose e queixa de plenitude pós prandial há 4 meses. Observa- se hemograma com desvio a esquerda e escalonado até promielócitos. Caso 3 – Tabata, 32 anos, buscou atendimento, odinofagia, halitose, adenomegalia cervical dolorosa e febre há 5 dias. Oroscopia com placas pultáceas em ambas as amígdalas. Hemograma com leucocitose e desvio a esquerda escalonado até mielócitos. Caso 4 – Cristiano, 51 anos, buscou atendimento por queixa de febre, epistaxe, gengivorragia e fraqueza há 10 dias. Evoluiu com sangramento em parênquima cerebral necessitando de intubação orotraqueal. Hemograma com leucocitose e desvio degenerativo com parada de maturação em promielócitos, anemia e plaquetopenia. Marque a opção que representa a melhor opção terapêutica para cada caso: a. Caso 1: Sem tratamento. Caso 2: Imatinibe. Caso 3: Antibiótico. Caso 4: ATRA + Quimioterapia. b. Caso 1: Ibrutinibe. Caso 2: Imatinibe. Caso 3: Antibiótico. Caso 4: ATRA + Quimioterapia. c. Caso 1: Sem tratamento. Caso 2: Ibrutinibe. Caso 3: Antibiótico. Caso 4: ATRA. d. Caso 1: Rituximabe + quimioterapia. Caso 2: Inibidor de tirosinoquinase. Caso 3: Antibiótico. Caso 4: ATRA. 18. Quatro pacientes apresentavam leucocitose e as seguintes histórias resumidas. Considere para a resposta todos os detalhes do caso e a opção mais provável: Caso 1 – Clementina, 78 anos, assintomática, buscou atendimento por leucocitose de 68.000 (5.000-10.000) com linfocitose (1.000-4.000). Sem outras alterações no hemograma. Caso 2 – Olívio, 48 anos, buscou atendimento por leucocitose e queixa de plenitude pós prandial há 4 meses. Observa- se hemograma com desvio a esquerda e escalonado até promielócitos. Caso 3 – Tabata, 32 anos, buscou atendimento, odinofagia, halitose, adenomegalia cervical dolorosa e febre há 5 dias. Oroscopia com placas pultáceas em ambas as amígdalas. Hemograma com leucocitose e desvio a esquerda escalonado até mielócitos. Caso 4 – Cristiano, 51 anos, buscou atendimento por queixa de febre, epistaxe, gengivorragia e fraqueza há 10 dias. Evoluiu com sangramento em parênquima cerebral necessitando de intubação orotraqueal. Hemograma com leucocitose e desvio degenerativo com parada de maturação em promielócitos, anemia e plaquetopenia. Marque a opção que, respectivamente, melhor contempla a confirmação do diagnóstico dos casos: a. Caso 1: Imunofenotipagem de sangue periférico (SP) com CD5+. Caso 2: Mielograma com imunofenotipagem. Caso 3: Fosfatase alcalina leucocitária alta. Caso 4: Pesquisa de BCR-ABL por PCR em sangue medular (SM) ou SP. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 18 b. Caso 1: Imunofenotipagem de SM com CD5+. Caso 2: Mielograma com imunofenotipagem e pesquisa de PML-RARa. Caso 3: Fosfatase alcalina leucocitária baixa. Caso 4: Cariótipo com confirmação da translocação (15;17). c. Caso 1: Imunofenotipagem de sangue periférico (SP) com CD5+. Caso 2: Confirmação da translocação (9;22) em SM ou SP. Caso 3: Nenhum outro exame é necessário. Caso 4: Confirmação da t(15;17). d. Caso 1: Confirmação do cromossomo Philadelfia em SM ou SP. Caso 2: Confirmação da translocação (15;17) em SM ou SP. Caso 3: Nenhum outro exame. Caso 4: Confirmação do PML-RARa. 19. Paciente de 3 anos comparece ao promove febre, cansaço, apatia e múltiplas petéquias iniciadas há duas semanas. Não apresenta adenomegalias ao exame, mas queixa-se de dor óssea. No hemograma apresenta pancitopenia. Considerando os dados epidemiológicos, a hipótese clínica mais provável para este paciente é: a. Leucemia Linfoblástica Aguda. b. Leucemia Mieloide Aguda. c. Leucemia Linfocítica Crônica. d. Leucemia Mieloide Crônica. 20. Paciente de 26 anos, feminina, vem para o promove com história plaquetas de 32,000, (VR: 150,000 a 450,000) em exame de hemograma admissional, sem nenhum sintoma e nem história previa de qualquer sangramento, além de prova do laço negativa. Trouxe dois hemogramas anteriores com plaquetas de 36,000 e 46,000 há quatro e seis meses atrás. Marque a conduta/hipótese mais correta: a. Para esta paciente a principal suspeita é troca de exames, deve ser solicitado um terceiro hemograma. b. Não se pode descartar PTI, mas como nunca esteve sintomática, deve ser solicitado hemograma no citrato e depois prosseguira investigação. c. Provável PTI, deve ser coletado sorologias de hepatite C, B, HIV, provas reumatológicas, vitamina B 12 e ácido fólico. d. Provável PTI, devemos iniciar prova terapêutica com corticoide oral, já que não apresenta sangramentos. 21. Paciente de 38 comparece ao PROMOVE devido a alteração laboratorial, está assintomática. Apresentava o seguinte hemograma: Hb: 10,1 (12,5-16,5), HTC: 31,8% (39-45%), VCM: 74 (80-100), HCM: 24 (28-31), RDW: 20% (12-15%), leucócitos totais: 19560 (5000- 10000) com o seguinte diferencial (2/26/0/0/0/0/7/36/20/9), valores de referência (0-3%// 1-5%//0%//0%// 0%// 0%// 2-10%/ 40-70%// 20-40%// 2-10%), plaquetas: 396,000 (150,000 a 450,000), Reticulócitos de 0.9%. A interpretação do hemograma e da série branca, além da conduta mais correta estão comtempladas em qual alternativa? a. Anemia, leucocitose com desvio a esquerda não escalonado ou degenerativo, prosseguir investigação para leucemia aguda. b. Anemia, leucocitose com neutropenia, internação imediata para tratamento de neutropenia febril. c. Anemia, leucocitose sem desvio, prosseguir investigação para tuberculose ou doenças fúngicas. d. Anemia, leucocitose com eosinofilia, prosseguir investigação com parasitológico de fezes e tratamento para parasitoses intestinais. 22. Paciente masculino de 42 anos, queixando-se de fadiga e cansaço há seis meses associado a dor abdominal em hipocôndrio esquerdo, refere ter utilizado antibioticoterapia na última semana por quatorze dias sem melhora dos sintomas. Alega febre esporádica. Hb: 9,1 (12,5-16,5), HTC: 27,8% (39- 45%), VCM: 84 (80-100), HCM: 29 (28-31), RDW: 13% (12-15%), leucócitos totais: 345,560 (5000- 10000) com o seguinte diferencial (8/1/0/4/6/6/16/56/2/1), valores de referência (0-3%// 1- 5%//0%//0%// 0%// 0%// 2-10%/ 40-70%// 20-40%// 2-10%), plaquetas: 796,000 (150,000 a 450,000), Reticulócitos de 0.9%. O conjunto de exames capazes de aumentar a suspeição clínica e realizar o diagnóstico estão representados abaixo: a. Fosfatase alcalina leucocitária alta, mielograma com hipercelularidade e ABL-BCR positivo. b. Fosfatase alcalina leucocitária baixa, mielograma com hipocelularidade e cromossomo Philadelphia positivo. c. Fosfatase alcalina leucocitária baixa, mielograma com hipercelularidade e BCR-ABL positivo. d. Fosfatase alcalina leucocitária alta, mielograma com hipercelularidade e parada de maturação e BCR-ABL-190 positivo. Analise os três cenários clínicos abaixo para responder as questões 23, 24 e 25. Cenário 1: Paciente de 25 anos, com história de fraqueza e cansaço há oito dias, mal-estar geral, petéquias e febre. Hemograma da admissão: Hb: 6,1 (12,5-16,5), HTC: 18,9% (39- 45%), VCM: 84 (80-100), HCM: 29 (28-31), RDW: 13% (12-15%), leucócitos totais: 560 (5000- 10000) com o seguinte diferencial (8/1/0/0/0/0/0/56/2/1), valores de referência (0-3%// 1- 5%//0%//0%//0%// 0%// 2-10%/ 40-70%// 20-40%// 2-10%), plaquetas: 6000 (150,000 a 450,000), Reticulócitos de 0.9%. Cenário 2: Paciente de 68 anos, com história de dor abdominal há um mês e tomografia demonstrando múltiplas linfonodomegalias abdominais e espessamento da parede do colón a esquerda. Refere sudorese noturna importante, perda de 13 kg e febre diária. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 19 Cenário 3: paciente de 72 anos, veio em consulta devido a história de disfunção renal iniciado há três meses e anemia. Já passou em consulta com o nefrologista que orientou necessidade de consulta com o hematologista. Há um mês iniciou confusão mental de caráter progressivo e rebaixamento do nível de consciência. 23. Marque a incorreta: a. No cenário 1 o paciente se beneficiaria de coagulograma de urgência e suporte transfusional. b. No cenário 2 o paciente precisa de biópsia da adenomegalia para confirmar o diagnóstico e estadiamento com PET- CT. c. No cenário 3 a provável complicação é um delirium infeccioso ou uma lesão metastática em sistema nervoso central. d. No cenário 2 é fundamental a solicitação de sorologia para HIV, hepatite B e hepatite C. 24. Sobre exames diagnósticos confirmatórios, análise as assertivas abaixo: I. Cenário 1 – Necessita de mielograma, imunofenotipagem e cariótipo. II. Cenário 2 – Biopsia de linfonodo abdominal com imuno-histoquímica. III. Cenário 3 – Mielograma com plasmócito acima de 10% confirma o diagnóstico. Marque a opção correta: a. Estão corretas as assertivas I e III. b. Todas as assertivas estão corretas. c. Estão corretas as assertivas I e II. d. Estão corretas as assertivas II e III. 25. Qual dos cenários poderiam, na maioria das vezes, se beneficiar de corticoide em seu tratamento? a. Cenário 1. b. Cenário 2. c. Cenário 3. d. Cenários 2 e 3. Nefrologia 1. Com relação às gasometrias arteriais abaixo: (1) pH: 7,23; pCO2 61mmHg; HCO3 31mEq/L. (2) pH: 7,53; pCO2 22mmHg; HCO3 16mEq/L. (3) pH: 7,12; pCO2 26mmHg; HCO3 12mEq/L. Assinale o diagnóstico correto, respectivamente: a. Acidose metabólica; alcalose metabólica; acidose respiratória. b. Acidose respiratória; alcalose metabólica; acidose respiratória. c. Acidose respiratória; alcalose metabólica; alcalose metabólica. d. Acidose respiratória; alcalose metabólica; acidose metabólica. e. Acidose respiratória; alcalose metabólica; acidose metabólica. 2. São medidas efetivas na prevenção da nefrolitíase em paciente com hipercalciúria, exceto: a. Aumento na oferta de citrato. b. Restrição de cálcio na dieta. c. Dieta hipossódica. d. Uso de diurético tiazídico. e. Manutenção do peso dentro da normalidade e atividade física regular. 3. Assinale a alternativa em que a bacteriúria assintomática deve ser tratada com antibioticoterapia: a. Paciente portador de doença renal crônica. b. Gestantes. c. Pacientes em uso de sonda vesical. d. Diabético. e. Idoso. Com base no caso clínico abaixo, responda às questões 4 e 5: Sr. Ricardo, 43 anos, chega ao pronto socorro com queixa de dor em transição toracolombar direita, com início há 60 minutos, intensa, tipo cólica, com irradiação para flanco direito. Como antecedentes, apresenta cirurgia bariátrica há 2 anos, com ressecção intestinal e hipertensão arterial sistêmica, em uso de hidroclorotiazida 25 mg. Ao exame físico encontrava-se gemente, PA: 140x90 mmHg, T: 36,3°C, Abdome: dor à palpação em ponto ureteral superior direito. Seus resultados de exame, dentre outros, apresentavam: creatinina sérica: 0,8 mg/dl, Urina I: proteínas: ausentes, hemoglobina: +, hemácias; 67.000 Malu Giovanetti - TXXVII pág. 20 células/ml (VR: até 10.000 células/ml), leucócitos: 23.000 células/ml (VR: até 10.000 células/ml).Rx Simples do Abdome Total: sem alterações. 4. Com relação à investigação etiológica e diagnóstica, assinale a alternativa correta: a. A ultrassonografia é o exame de escolha para confirmar a possibilidade de litíase ureteral. b. O quadro clínico e a presença de leucocitúria sugerem o diagnóstico de pielonefrite aguda. c. Devido antecedente de ressecção intestinal, a hiperoxalúria é provável achado na investigação etiológica. d. O RX simples do abdome total dentro da normalidade afasta a possibilidade de litíase ureteral. 5. Com relação ao caso acima, baseando-se nas medidas preventivas e no tratamento no pronto atendimento, assinale a alternativa correta: a. A troca de hidroclorotiazida por furosemida seria estratégia preventiva em caso de hipercalciúria idiopática. b. Como medida preventiva, estaria indicada restrição de cálcio e sódio na dieta. c. Uso de citrato de potássio oral é efetiva estratégia preventiva em caso de hipercalciúria idiopática e hipocitratúria em achados de investigação etiológica. d. A acidificação da urina é medida preventiva a ser adotada no caso de hiperuricosúria em exame de investigação etiológica. Com base no caso clínico abaixo, responda às questões 6 e 7: Sra. Maria José, 56 anos, chega ao pronto atendimento com queixa de tosse produtiva,com início há 4 dias, apresentando secreção amarelada, espessa, em grande quantidade, acompanhada de cansaço ao repouso nas últimas 12 horas. Como antecedente, refere ser portadora de bronquite crônica. Ao exame físico, apresentava-se com leve desconforto respiratório, PA: 110x80 mmHg, frequência respiratória: 26 IRPM, T: 38,1°C. Ausculta pulmonar com estertores subcrepitantes em 1/3 médio e base do pulmão direito. Seus exames laboratoriais na admissão apresentavam: creatinina: sérica; 0,8 mg/dl, potássio sérico: 4,7 mEq/l, Urina I: sem alterações, gasometria arterial: pH: 7,49 / HCO3: 19 mEq/l / pCO2: 25 mmHg. TC de Tórax: condensação pulmonar em 1/3 médio e base do pulmão direito. Após 48 horas, paciente evoluiu com insuficiência respiratória aguda, instabilidade hemodinâmica e posterior rebaixamento do nível de consciência. Seu exame físico apresentava PA: 70x40 mmHg, Peso: 80 Kg, diurese: 20 ml nas últimas 24 horas. Seus exames laboratoriais agora mostravam: creatinina sérica: 2,3 mg/dl (TFG: 26 ml/minuto), potássio sérico: 7,9 mEq/l, lactato elevado, gasometria arterial: pH: 7,11 / HCO3: 12 mEq/l / pCO2: 27 mmHg. 6. Baseando-se na interpretação dos dados do caso acima, assinale a alternativa correta: a. Paciente encontrava-se em alcalose metabólica na admissão ao pronto socorro e evoluiu com acidose metabólica após 48 horas. b. Paciente evoluiu após 48 horas com acidose metabólica, com provável ânion gap elevado pelas prováveis etiologias. c. O uso de IECA (inibidor da enzima conversora da angiotensina) na admissão teria impacto preventivo para evitar a evolução que ocorreu nas 48 horas seguintes. d. Paciente apresentava acidose respiratória na admissão e evoluiu com acidose metabólica após 48 horas devido sepse e injúria renal. 7. Baseando-se nas condutas do caso acima, assinale a alternativa correta: a. Paciente não apresenta indicação para início de hemodiálise devido taxa de filtração glomerular encontrar-se acima de 15 ml/minuto. b. A melhor conduta seria a confecção de fístula arteriovenosa (FAV) na urgência para início da hemodiálise após o período de maturação da mesma (FAV). c. A hemodiálise está indicada e a mesma deve ser realizada através cateter duplo lúmen temporário (Shilley), com prioridade de implante em veia jugular interna direita. d. A realização de biópsia renal imediata está indicada no caso acima para elucidação etiológica. 8. Com relação à hipertensão arterial secundária, assinale a alternativa incorreta: a. Hipercalemia associada à hipertensão arterial sugerem hiperaldosteronismo primário como etiologia. b. Estenose bilateral da artéria renal é contraindicação formal para o uso de IECA (inibidor da enzima conversora da angiotensina) ou BRA (bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II). c. Assimetria renal é característica sugestiva de hipertensão renovascular. d. Hipertensão arterial com excelente resposta ao uso de IECA é critério sugestivo de hipertensão renovascular com estenose unilateral da artéria renal. 9. São critérios para doença renal crônica, exceto: a. Transplante renal. b. Atrofia renal unilateral presente à ultrassonografia. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 21 c. TFG entre 60-89ml/minuto em período superior a 3 meses. d. Presença de albuminúria em período superior a 3 meses. 10. Edivania, 64 anos, previamente hígida. Trazida ao PS devido à história de queda da própria altura com fratura de fêmur. Familiares referem confusão mental, constipação, poliúria e incontinência urinária há duas semanas. Ao exame: regular estado geral, desidratada+/4+, descorada +/4+, anictérica, acianótica e afebril. PA=118x77mmhg; FC=98bpm; SatO2= 97% em ar ambiente. Consciente, sonolenta, desorientação temporo-espacial. Sem rigidez de nuca, reflexos normais, pares cranianos normais, sem déficits motores ou sensitivos aparentemente. Exame clínico cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações. Laboratório com anemia e disfunção renal. Radiografia de fêmur demonstrando fratura e lesão lítica. Baseado na sua principal hipótese para doença de base, os sintomas clínicos podem, mais provavelmente, ser secundários a: a. Hipercalemia. b. Acidose metabólica. c. Hipercalcemia. d. Síndrome de Hiperviscosidade. 11. São complicações da necrose tubular aguda (NTA), exceto: a. Acidose metabólica. b. Uremia e azotemia. c. Hipocalemia por perda tubular aumentada de potássio. d. Hipervolemia na fase oligúrica. 12. A doença renal do mieloma é multifatorial. Marque abaixo o mecanismo que não é destaque neste acometimento: a. Lesão de túbulo proximal por cadeia leve livre. b. Nefrocalcinose e alterações renais relacionadas a hipercalcemia. c. Lesões renais agudas secundárias a múltiplas infecções (pacientes imunossuprimido). d. Infiltração plasmocitária renal. 13. Fernanda, 29 anos, nutricionista, praticante regular de atividade física, sem antecedentes patológicos, vem ao pronto socorro referindo quadro de dispneia aos pequenos esforços, progressiva, com início há 72h, acompanhado de turvação visual e edema em MMII. Ao exame físico, apresentava-se com PA 190x120mmHg, peso 70kg, presença de estertores crepitantes em 1/3 médio e base do pulmão direito e esquerdo. Volume urinário total nas primeiras 6h no hospital foi de 110mL. Seus exames laboratoriais na admissão apresentavam creatinina sérica 3,7mg/dL e urina I com os seguintes resultados: proteínas +; hemácias 129.000 (até 10.000); leucócitos 258.000/mL (até 10.000). Obs. Presença de codócitos e acantócitos na urina. Após 12h, sua creatinina sérica encontrava-se em 4,6mg/dL. Assinale a alternativa incorreta: a. Paciente preenche critérios para definição de lesão renal aguda com dano funcional e estrutural glomerular. b. Pulsoterapia com metilprednisolona e ciclofosfamida seria o tratamento de escolha no caso de diagnóstico de nefrite lúpica classe IV com perda aguda de função renal. c. Hipervolemia, hipercalemia, uremia e acidose metabólica são complicações possíveis no caso e indicariam realização de hemodiálise através do cateter de Shilley (curta permanência), sendo a Veia Subclávia Direita o local de primeira escolha para o implante do cateter. d. O uso de bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II está contraindicado no caso para controle da pressão arterial. 14. Rafael, 33 anos, passou em consulta de rotina e o médico detectou uma lesão cervical indolor, sem outras alterações ao exame físico. Realizou uma ultrassonografia que mostrou nódulo de 1,3cm de diâmetro, bordas irregulares, hipoecogênico, sem halo, com microcalcificações e apresentando ao Doppler fluxo central e periférico. TSH 1,2mUI/L (0,3-4,5), T4 livre (0,7-1,5), anti- TPO 60mUI/L (até 60), anti-tireoglobulina negativo. Refere que a mãe teve hipertireoidismo. Em relação a este caso, assinale a correta: a. Deve se tratar de um carcinoma medular de tiroide, já que a paciente jovem e do sexo masculino. b. Exclui-se carcinoma papilífero de tireoide porque a função tireoidiana normal e nódulo de pequenas proporções. c. Não espero encontrar metástases pulmonares ou cerebrais neste caso. d. O diagnóstico mais provável é carcinoma folicular de tireoide, pelas características do nódulo e faixa etária do paciente. 15. Sr. Antônio José, 65 anos, com antecedente de hipertensão arterial e diabetes mellitus, foi internado por pneumonia e está em tratamento com Ceftriaxone. Seus exames laboratoriais mostravam: Creatinina sérica: 3,2 mg/dl. São complicações esperadas relacionadas à alteração da função renal, exceto: a. Acidose metabólica. b. Hipofosfatemia. c. Hipercalemia. d. Hipervolemia. Malu Giovanetti - TXXVII pág. 22 16. Assinale a alternativa Incorreta: a. A nefropatia da IgA tem comportamento nefrítico e não há consumo de complemento. b. O consumo de complemento na nefrite lúpica classe IV ocorre com redução na fração C3 e mantendo-se normal a fração C4 no sangue. c. Início abrupto,
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