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proteínas plasmáticas

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Proteínas totais
Proteínas Plasmáticas
Ana Fragas, Ana Silvia, Matheus França
HIPERPROTEINEMIA
Desidratação. A desidratação causa o aumento
(relativo) de todas as frações protéicas na mesma
proporção. Pode ser promovida pela inadequada
ingestão de líquidos ou perda excessiva de água
(vômito, diarréia intensa, enfermidade de Addison
ou acidose diabética).
Enfermidades monoclonais. Mieloma múlti-
plo, macroglobulinemia de Waldenström e doença
da cadeia pesada. Estas condições promovem a
elevação de imunoglobulinas, causando o aumento
nos níveis das proteínas totais séricas. (v.
adiante).
Enfermidades policlonais crônicas. Cirrose
hepática, hepatite ativa crônica, sarcoidose, lupus
eritematoso sistêmico e infecção bacteriana
crônica.
HIPOPROTEINEMIA
Aumento do volume plasmático. Hemodiluição por intoxicação hídrica, também como na
cirrose quando a ascite está presente.
Perda renal proteínas. Síndrome nefrótica e
glomerulonefrite crônica.
Perda de proteínas pela pele. Queimaduras
severas.
Gota. Aumento da uricemia
Determinação de proteínas totais
Paciente. Não deve ingerir dieta rica em gorduras durante 8 horas antes do teste. Suspender as
medicações que interferem nos níveis das proteínas séricas.
Amostra. Soro sem hemólise e não lipêmico. A
amostra pode ser refrigerada por até uma semana.
o método de Kjeldahl é o método de referência porém não é usado rotineiramente devido sua complexidade
Mais utilizados: Refractometria e Biureto
· VALOR DE REFERÊNCIA: Adultos ambulatoriais 6 a 7,8 g/dL
· Proteínas totais: de 6,4 a 8,1 g/dL. 
· Albumina: de 4,0 a 5,3 g/dL.
· Globulinas: de 1,0 a 3,0 g/dL. 
· Relação albumina/globulinas: de 2,0 a 5,0.
Variações nestes intervalos podem sugerir situações de hipo‐proteinemia, como nos casos de perda proteica ou redução de síntese de albumina, ou excesso de produção de globulinas, como em algumas doenças crônicas do fígado ou em processos infecciosos crônicos.
Proteínas totais na urina
Proteinúria anormal benigna: 
 Proteinúria funcional, secundária à doenças
febris, após exercícios vigorosos, insuficiência
cardíaca congestiva e hipertensão essencial.
Proteinúria idiopática, relativamente comum
em crianças assintomáticas e adultos jovens
sadios.
 Proteinúria ortostática ou postural, ocorre
quando a pessoa fica em pé por muito tempo e
desaparece quando ela se deita por algumas h o-
ras. Ocasionada, provavelmente, pela grande
pressão sobre a veia renal quando o indivíduo
fica em posição vertical.
Determinação de proteínas na urina
Métodos: Turbidimetria, Biureto, corantes, indicador de PH
· VALORES DE REFERÊNCIA
· Adultos 40 a 100 mg/d
· Mulheres grávidas Até 150 mg/d
· Após exercícios (adultos) Até 300 mg/d
Proteínurias marcadoras de disfunção renal
Proteínas com massa molecular de
3 100.000 Dáltons. Aparecem na urina somente
quando houver um avançado comprometimento da
membrana, envolvendo a perda da função de permeabilidade glomerular, a proteinúria é não-seletiva. Uma proteína típica deste grupo é a IgG.
Proteínas com massa molecular entre
50.000 e 80.000 Dáltons. O aumento da secreção urinária destas proteínas em razão da baixa
filtragem de íons, representa um possível defeito
reversível no glomérulo, sendo uma proteinúria
glomérulo seletiva. Proteínas típicas deste grupo
são a albumina e a transferrina.
Proteínas com massa molecular <50.000 Dáltons.
Estas proteínas de baixa massa molecular estão normalmente presentes na urina nos casos de um defeito renal intersticial. Assim, a função de reabsorção fica diminuída resultando numa proteinúria tubular. As proteínas marcadoras deste grupo são: a1 -microglobulina, b2 -microglobulina e proteína ligadora de retinol.
Proteinúrias pre e pós renais
A proteinúria pré-renal é causada por uma permeabilidade excessiva de proteínas de baixa massa molecular. Este filtrado contém altos teores de proteínas na primeira urina. Isto se deve a uma
interrupção da reabsorção tubular por sobrecarga no sistema. As proteínas típicas de uma proteinúria pré -renal são: a mioglobina, imunoglobulinas de cadeias leves kappa e lambda (gamopatias monoclonais) e proteínas de Bence Jones.
A proteinúria pós-renal ocorre pela adição de
proteínas à urina na bexiga ou nos ureteres e as-
semelha-se a uma doença renal. As proteínas adi-
cionadas na urina são linfáticas ou plasmáticas.
Entram na urina pela bexiga por exsudação ou
transudação do epitélio do ureter. Isto acontece
pela alta densidade das proteínas envolvidas que
não conseguem atravessar a membrana do glomé-
rulo. Sua passagem para a urina se deve a uma
sobrecarga plasmática pós-renal. A a2 -macroglo-
bulina é um excelente marcador protéico da pro -
teinúria pós-renal.
Como proteinúria não-renais têm-se: anemia
grave, ascite, cardiopatia, distúrbios convulsivos,
endocardite bacteriana subaguda, febre, hepatopa-
tia, hipertireoidismo, idade avançada, infecção
aguda, ingestão ou superexposição a certas sub-
stâncias (ácido sulfossalicílico, arsênico, chumbo,
Eletroforese de proteínas
Um procedimento que permite uma avaliação mais detalhada do conteúdo proteico do soro é a eletroforese de proteínas. Este teste consiste na medida das proteínas totais do soro e no seu fracionamento pela aplicação de uma corrente elétrica. 
As principais indicações para a realização de eletroforese de proteínas séricas incluem a avaliação simultânea dos níveis de albumina e globulinas em pacientes com síndrome nefrótica, cirrose hepática ou doenças inflamatórias crônicas; a avaliação de gamopatias policlonais ou monoclonais; e a avaliação de imunodeficiências congênitas ou adquiridas. Caracteristicamente, são detectadas 5 bandas identificadas como: 	Comment by Matheus França: o foco é pedir para visualização de banda gama
· albumina
· alfa‐1‐globulinas
· alfa‐2‐globulinas
· betaglobulinas
· gamaglobulinas. 
A avaliação do perfil proteico obtido pela eletroforese permite caracterizar as disproteinemias como:
■ Hipoalbuminemias encontradas na síndrome nefrótica, na cirrose hepática, na desnutrição, na enteropatia com perda protéica e nos processos inflamatórios crônicos.
■ Hipogamaglobulinemias primária ou secundária à síndrome nefrótica e a mieloma múltiplo.
■ Hipergamaglobulinemias monoclonais ou policlonais. As monoclonais são encontradas no mieloma múltiplo, na macroglobulinemia de Waldenström e em algumas outras doenças linfoproliferativas malignas. As policlonais são observadas sobretudo na cirrose hepática, nas infecções subagudas e crônicas, nas doenças autoimunes e em algumas doenças linfoproliferativas. 
Os valores de referência são expressos por valores absolutos, em g/dL e em percentual das proteínas totais:
■ Proteínas totais: de 6,4 a 8,1 g/dL. 
■ Albumina: de 4,0 a 5,3 g/dL (56,4 a 71,6%). 
■ Alfa‐1‐globulinas: de 0,1 a 0,3 g/dL (1,9 a 4,5%). 
■ Alfa‐2‐globulinas: de 0,5 a 1,1 g/dL (7,3 a 15%). 
■ Betaglobulinas: de 0,4 a 0,9 g/dL (6,2 a 11,5%). 
■ Gamaglobulinas: de 0,5 a 1,4 g/dL (7,8 a 18,2%).
REFERENCIA: E-book do ANDRIOLO - Capítulos 3 da seção 1
Albumina: causas e consequências de sua redução, tipos de edema 
Compreende em média 60% das proteínas plasmáticas, é sintetizada no fígado, sujeita a regulação por retroalimentação pelo teor de albumina circulante, tem meia vida de 15-19 dias. 
-tem como função: 
Contribui com 75-80% do efeito osmótico do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra e extracelulares. Em certas enfermidades, os teores de albumina anormalmente baixos, movem a água do leito vascular para os tecidos (edema).
Transporte e armazenamento de vários compostos muito dos quais pouco solúveis em água. Por exemplo, a albumina liga (e solubiliza) vários compostos não-polares como a bilirrubina não-conjugada transportando-a até o fígado; ácidos graxos de cadeia longa que se ligam fortemente à albumina, sendo assim transportados do fígado para os tecidos periféricos. A concentração plasmática de diversas substâncias, tais como cálcio, alguns hormônios (tiroxina, triiodotironina, cortisol, aldosterona)e triptofano, são reguladas, de certo modo, pela sua ligação à albumina.
Hiperalbuminemia 
É encontrada raramente como nos casos de carcinomatose metastática, desidratação aguda, diarréia, esclerodermia, esteatorréia, estresse, febre reumática, gravidez, intoxicação hídrica, lúpus eritematoso sistêmico, meningite, miastenia, mieloma múltiplo, nefrose, neoplasias, osteomielite, pneumonia, poliartrite nodosa, sarcoidose, traumatismo, tuberculose, úlcera péptica, uremia, vômito e hemoconcentração.
Hipoalbuminemia 
Redução da síntese: enfermidades hepáticas severas (hepatite e cirrose), desnutrição ou diminuição da ingestão de proteínas, síndrome de má absorção, redução da absorção de aminoácidos
Aumento do catabolismo proteico: resultado de lesões, infecções ou malignidades 
Perda de proteínas: 
Na urina: síndrome nefrótica, glomerulonefrite, diabetes ou lúpus, geralmente associado a edema 
Nas fezes: enterologia perdedora de proteínas aumentada por neoplasia ou inflamação 
Na pele: queimaduras 
Distribuição alterada: analbuminemia, uma rara doença caracterizada pela ausência congênita de albumina, e bisalbuminemia, detectada na eletroforese pelo aparecimento de duas bandas ou uma banda mais larga no lugar da banda normal de albumina. Nenhum sintoma clínico está associado a bisalbuminemia.
 O termo “microalbuminemia” é empregado para descrever aumentos na excreção de albumina sem evidências ou enfermidade renal.
CONSEQÜÊNCIAS DA HIPOALBUMINEMIA
A hipoalbuminemia afeta a distribuição líquida do corpo e as concentrações plasmáticas de substâncias transportadas ligadas à albumina.
- Distribuição dos líquidos corporais. A albumina é o mais importante contribuinte da pressão oncótica do plasma e sua redução resulta em edema.
- Função transportadora. Os níveis de constituintes normalmente transportados pela albumina estão diminuidos. Por exemplo, calcemia, drogas e bilirrubina transportada por proteínas. A ligação da bilirrubina à albumina impede que a bilirrubina “livre” atravesse a barreira sangue/cérebro e, portanto, a sua deposição nos tecidos cerebrais (kernictericus na icterícia neonatal).
Tipos de edema 
Edema intracelular: 3 condições principais causam isso: hiponatremia, depressão dos sistemas metabólicos e falta de nutrição adequada. Na hiponatremia, os níveis de sódio reduzidos no sangue, em comparação ao LIC, permitem que a água se difunda às células na tentativa de normalizar a natremia, porém, isso faz com que fiquem edemaciadas. Quando se tem isquemia, faltam nutrientes e O2 para gerar ATP e manter a bomba de sódio potássio funcionante. Em consequência disso, se acumula Na+ intracelular, que, por ser osmoticamente ativo, atrai água e gera edema. Na perna isquêmica isso acontece. Na inflamação, há aumento da permeabilidade da membrana e aumento do influxo de Na+.
Edema extracelular: Os mecanismos são aumento da permeabilidade capilar, aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, obstrução de vasos e retenção de sódio. As principais patologias que cursam com edema são resposta inflamatória, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), varizes, síndrome nefrótica, síndrome nefrítica, pielonefrite, cirrose hepática, hepatite crônica, desnutrição proteica, câncer, obesidade, gravidez, filaríose linfática, toxemia gravídica, hipotireoidismo, medicamentos (AINE, AIH, antagonistas do cálcio) e edema alérgico.
Proteínas plasmáticas especificas
Alfa‐1‐antitripsina 
Uma das principais finalidades da medida de alfa‐1‐antitripsina é o diagnóstico da deficiência congênita desta proteína. 
· hepatite crônica ativa 
· cirrose
· doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
A concentração sérica encontra‐se elevada durante a gravidez e em mulheres que usam anovulatórios orais. O intervalo de referência é de 83 a 199 mg/dL.
Alfa‐1‐glicoproteína ácida 
Também é uma proteína de fase aguda positiva, ou seja, a concentração sérica eleva‐se em resposta a qualquer processo traumático, inflamatório, infeccioso ou neoplásico. É de síntese hepática e está diminuída nas hepatopatias graves e nas doenças intestinais perdedoras de proteínas. 
O intervalo de referência é de 47 a 125 mg/dL.
Apolipoproteínas 
As apolipoproteínas A ‐1 (Apo A ‐1) e B‐100 (Apo B‐100) são as proteínas mais relevantes presentes nas frações HDL‐colesterol e LDL‐colesterol, respectivamente. 
A Apo A ‐1 ativa a lecitina‐acil‐colesterol‐transferase, uma enzima circulante que age sobre o HDL‐colesterol, esterificando o colesterol por ele transportado. 
A Apo B‐100 tem importante ação regulatória na síntese e na eliminação do colesterol. 
A relação Apo A ‐1/Apo B‐100 é um índice que se correlaciona com a severidade e a extensão da lesão coronariana, tendo melhor poder informativo que os valores isolados. O fato de estas proteínas estarem estreitamente ligadas aos complexos lipídicos, não sendo facilmente solubilizadas, é uma dificuldade técnica considerável, com repercussões na padronização dos ensaios. 
Os intervalos de referência dos níveis séricos são:
■ Apoproteína A ‐1 
· sexo masculino: de 110 a 205 mg/dL; 
· sexo feminino: de 125 a 215 mg/dL.
■ Apoproteína B‐100 
· sexo masculino: de 55 a 140 mg/dL; 
· sexo feminino: de 55 a 125 mg/dL.
Ceruloplasmina 
A medida de ceruloplasmina sérica é útil para auxiliar no diagnóstico da doença de Wilson e no acompanhamento de algumas neoplasias hematológicas. Na doença de Wilson, que é de herança autossômica recessiva, encontram‐se valores extremamente baixos, inferiores a 2 mg/dL.
 Como consequência dos baixos níveis de ceruloplasmina, há deposição anormal de cobre no fígado, no cérebro e em túbulos renais, entre outros.
A ceruloplasmina pode estar diminuída também em gastroenteropatias com perda proteica, na síndrome nefrótica e em hepatopatias graves.
 O intervalo de referência é de 25 a 63 mg/dL.
Haptoglobina 
A haptoglobina é a proteína plasmática responsável pelo transporte da hemoglobina liberada pela destruição periférica das hemácias, levando‐a para o sistema monocítico‐fagocitário, onde é retirada de circulação. A concentração sérica de haptoglobina é um indicador sensível de episódios de hemólise intravascular. Concentrações reduzidas são vistas nas anemias megaloblásticas que cursam com um componente hemolítico importante, nos casos de formação de grandes hematomas, hemorragia tecidual e nas hepatopatias. Ausência congênita é rara. Frequentemente, está elevada em processos inflamatórios, de destruição tecidual e em neoplasias. Caracteristicamente, atinge níveis muito elevados em tumores renais. Os intervalos de referência são: de 20 a 160 mg/dL para crianças e de 30 a 200 mg/dL para indivíduos acima de 20 anos
Componentes C3 e C4 do complemento 
A quantificação dos componentes C3 e C4 do complemento é utilizada para a avaliação de indivíduos com suspeita de deficiência congênita de algum desses fatores ou de pacientes portadores de doenças causadas por imunocomplexos, nas quais ocorre consumo de complemento; entre elas lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrites e outras.
Os intervalos de referência para C3 e C4 séricos são, respectivamente, de 55 a 120 mg/dL e de 20 a 50 mg/dL. 
Imunoglobulinas 
IgA
A dosagem de IgA é útil no diagnóstico de deficiências congênitas ou adquiridas de IgA, que representam a imunodeficiência congênita mais comum. Níveis elevados de IgA podem ser encontrados em pacientes portadores de mieloma múltiplo produtor de IgA. Os intervalos de referência dependem da faixa etária.
IgE 
A IgE é uma imunoglobulina produzida principalmente nas mucosas dos tratos gastrintestinal e respiratório e nos linfonodos. Concentrações elevadas de IgE são encontradas em pacientes atópicos que apresentam fenômenos alérgicos, como rinite, asma, urticária e eczema atípico. Outras causas de aumento de IgE incluem doenças parasitárias.
IgE específica 
Algumas substâncias identificadas como alérgenos têm a habilidade de estimular, nos indivíduos atópicos, a produção de anticorpos da classe IgE específicos, resultando em eventos de hipersensibilidade imediata.Existe metodologia para a identificação in vitro da presença destes anticorpos e consequente caracterização do alérgeno responsável pela manifestação clínica alérgica. O teste, que tem sido denominado RAST (radioallergosorbent), compreende a pesquisa de anticorpos específicos contra uma variada gama de substâncias, como produtos dietéticos, pelos de animais, pó caseiro, in‐setos etc. 
Conforme a intensidade da concentração do anticorpo em circulação, o resultado é graduado da seguinte maneira:
■ Ausência de hipersensibilidade: valores abaixo de 0,35 U/L. 
■ Classe 1: entre 0,35 e 0,70 U/L. 
■ Classe 2: entre 0,70 e 3,5 U/L. 
■ Classe 3: entre 3,5 e 17,5 U/L. 
■ Classe 4 :acima de 17,5 U/L.
IgG 
A dosagem de IgG no soro é útil para avaliar a deficiência de imunidade humoral congênita ou adquirida. Concentrações elevadas de IgG podem ser observadas em pacientes com: 
· infecções crônicas
· cirrose hepática
· portadores de mieloma múltiplo. 
Os intervalos de referência dependem da faixa etária. 
IgM 
A dosagem de IgM tem aplicação no diagnóstico da imunidade humoral e no acompanhamento terapêutico dos pacientes com macroglobulinemia de Waldenström. É parâmetro importante para o diagnóstico da síndrome de Wiskott‐Aldrich, que é caracteriza‐da por deficiência de produção da IgM e por aumento na síntese de IgA. Os intervalos de referência dependem da faixa etária. 
Proteína C‐reativa (PCR) 
A proteína C‐reativa (PCR) é uma proteína de fase aguda positiva, ou seja, a concentração sérica se eleva marcadamente logo após a ocorrência de uma agressão ao organismo. Existem duas razões principais para sua medida: como marcador de processos infecciosos ou inflamatórios agudos e como marcador de estado inflamatório crônico. 
Como marcador de processos agudos, considera‐se como limite de referência a concentração sérica de até 0,50 mg/dL. 
Na avaliação do estado inflamatório crônico, como o observado na aterosclerose, ocorre elevação discreta, mas persistente, da PCR, e este aumento guarda relação com o risco da ocorrência de episódios agudos de ruptura da placa aterosclerótica e de infarto agudo do miocárdio. Quando utilizada para esta finalidade, o valor de referência é até 0,11 mg/dL.
Transferrina (TRF) 
É a proteína transportadora de ferro no organismo. Nos tecidos, o ferro é ligado à ferritina, que o mantém em depósito. O principal uso da medida da transferrina é na avaliação do metabolismo do ferro, sendo necessária sua medida concomitantemente com o ferro e com a ferritina séricos, já que a TRF aumenta com a ferropenia, mas também se comporta como proteína de fase aguda negativa, isto é, tem sua síntese diminuída nos processos inflamatórios. 
Reduz‐se também na síndrome nefrótica, por perda, e na desnutrição, por redução de síntese. Com a determinação do ferro sérico e da TRF, pode‐se calcular o seu grau de saturação. 
Nas ferropenias, há aumento da fração não saturada. 
Em condições normais, 35 a 45% dos sítios de ligação de ferro da TRF estão saturados; na ferropenia, há ainda aumento dos sítios livres, não saturados. Na hemocromatose, doença genética, ocorre um aumento na absorção de ferro e na saturação da TRF, que frequentemente está acima de 55%. A determinação da capacidade total de ligação do ferro no soro, equivalente à quantidade de sítios ligadores de ferro na TRF, pode ser feita pela adição de ferro à amostra, separação do ferro não ligado à TRF, o que constitui procedimento laboratorial simples, e determinação do ferro ligado à TRF após a separação. Como alternativa, é possível fazer a medida direta da TRF e do ferro sérico e calcular o grau de saturação dos sítios ligadores de ferro. O intervalo de referência de TRF no soro é entre 200 e 400 mg/dL. 
Proteínas totais em líquidos de derrame 
As proteínas totais também podem ser medidas em líquidos de derrame, como ascítico, pericárdico, pleural e sinovial, como auxiliar no diagnóstico diferencial entre transudatos e exsudatos. Nos transudatos, em geral, associados a: 
· insuficiência cardíaca congestiva
· síndrome nefrótica 
· insuficiência hepática
a concentração de proteínas é inferior a 3 g/dL; 
já nos exsudatos, relacionados a:
· processos infecciosos
· neoplásicos
o teor proteico é superior a 3 g/dL.

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