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-DIAGNÓSTICO No exame ortopédico é possível avaliar os estabilizadores passivos do aspecto medial através de teste de abdução do ombro (feito sobre sedação) e realiza-se a mensuração do ângulo que se formou entre a escapula e o úmero (goniômetro). -Cães saudáveis: 32,6 graus (+ ou – 2); -Cães diagnosticados: 53,7 graus (+ ou – 4,7). OBS: caso o valor seja de 30 a 50 e em gatos (não tem valores predefinidos), deve-se comparar com o membro contra lateral. Em alguns animais, durante esse teste, é possível ouvir ou sentir estalos na articulação por conta da subluxação. Para determinar a direção de outros tipos de instabilidades poderíamos fazer os seguintes testes: -Palpar o bíceps durante a extensão; -Teste de gaveta no ombro: no sentido craniocaudal e mediolateral. De exames de imagem podemos fazer: -Radiografia: aumento do espaço articular, esclerose (doença articular). O mais comum é não ter alterações nenhuma, pois o problema está nos ligamentos e/ou musculatura; -Ressonância magnética: conseguimos ter mais detalhes, pois é mais sensível para tecidos moles; -Artroscopia (padrão ouro): consegue ver todos os mecanismos (passivos e ativos). Nesse caso é possível realizar a avaliação dinâmica também. -TRATAMENTO Clínico Inicialmente faz-se o tratamento clínico (caso não seja grau 2 ou 3). Medial: -AINEs (pouco responsivo) associado a analgésicos; -Sistema de estabilização do ombro de 3 a 4 meses (coletinho que impede os movimentos de abdução); -Reabilitação física (para ganhar massa muscular e ajudar na estabilização ativa do ombro); -Controle de peso: pois muito animais são de raças pequenas e chegam para gente com sobreposse, o que é um fator que sobrecarrega a articulação. OBS: o objetivo dessa terapia é promover fibrose periarticular e fortalecimento dos outros mecanismos que estão funcionado. Lateral: -Tudo que foi indicado anteriormente; -Repouso de 4 a 6 semanas; -Esteroide intra-articular para desinflamação. Cirúrgico A cirurgia é indicada em casos graves (subluxação severa) e nos casos em que o tratamento clínico não funcionou. Na cirurgia é feito a estabilização extracapsular mimetizando o ligamento, seja ele medial (reconstrução em V) ou lateral (faixa). OBS: O intuito da cirurgia é induzir a fibrose periarticular e estabilizar esse mecanismo. É obrigatório realizar fisioterapia dos pacientes que realizaram a cirurgia. Atualmente é possível realizar a cirurgia por artroscopia ou arco cirúrgico (raio-x em tempo real). 2. OSTEOCONDROSE/ OSTEOCONDRITE DISSECANTE DO OMBRO É a segunda afecção que mais acomete o membro torácico. Essa doença acomete a cartilagem articular, que está relacionada a distúrbios que ocorre na ossificação endocondral (osso logos que apresentam linhas de crescimento). Esse problema resulta na fragmentação da superfície articular ou até pode ocorrer soltura de um flap cartilaginoso. Os cães mais acometidos por essa afecção são os de crescimento rápido (Rottweiler, Dog alemão, Pastor alemão, etc.), ou seja, de médio a grande porte. Normalmente a idade que se faz o diagnostico dessa doença é de 4 a 8 meses de vida (período que o paciente está crescendo). OBS: essa doença é pouco relatada em cães de pequeno porte e raramente acomete felinos. FISIOPATOGENIA É caracterizada como uma doença de etiologia multifatorial (genética, dietas hipercalóricas, suplementação). Animais que apresentam desenvolvimento rápido → seja por uma falha de ossificação subcondral (responsável por irrigar a superfície articular composta por cartilagem hialina) ou interrupção de suprimento sanguíneo para a cartilagem epifisária → o osso subcondral fica alterado → se tornando avascular e com distúrbio no seu crescimento e na sua ossificação → torna-se incompetente para função que ele é responsável por fazer → passa a não aguentar mais o peso do animal → resulta em áreas que pode se tornar lacerada nessa superfície articular o osso subcondral pode se tornar achatado e começar a desaparecer (área de radioluscência). -Osteocondrose: é quando o animal apresenta uma degeneração do osso condral e uma lesão na cartilagem (área fica presa); -Osteocondrite dissecante: é quando ocorre o descolamento de um flape cartilaginoso dentro da articulação, que posteriormente torna-se calcificado (vira uma pedrinha). Dentro da fisiopatogenia temos duas possibilidades para essa lesão articular: -Animal diagnosticado que realizou ou tratamento (medicamentoso e repouso): alguns animais terão cicatrização dessa lesão espontaneamente; -Animal continuou com estresse sobre a área (não diagnosticou e não tratou): o animal terá microfissuras (fraturas) e soltura desse flap dentro da articulação (pode se tornar mineralizados). DIAGNÓSTICO O paciente chega para gente com a seguinte queixa: -Animal claudica do MT mais de 1 mês. Após repouso melhora e piora após exercício; 685 dos cães apresentaram essa doença de forma bilateral (sempre que diagnosticar um lado pedir avaliação radiográfica do outro). Principais achados dos exames ortopédicos serão: -Dor à flexão e extensão; -Inchaço raramente palpável – Sinovite (forma bem aguda). -RADIOGRAFIA Vai ajudar dependendo do caso. Pode apresentar alterações bem discretas. OBS: a cartilagem não aprece no raio x. -TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É possível visualizar a irregularidade na cabeça do úmero, área de lesão do osso subcondral, presença de osteófito.
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