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Afecções Ortopédicas Parte 1

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afecções ortopédicas 
membros torácicos 
As claudicações dos membros torácicos são fáceis 
de detectar, porém é difícil de detectar a causa. 
Principais sinais de animais que claudicam do MT: 
-Levantar a cabeça; 
-Passo reduzido (deixa o membro afetado menos 
tempo sobre o solo). 
Com as técnicas de imagem diagnósticas 
avançadas que temos atualmente, obtivemos uma 
grande melhora na nossa capacidade diagnóstica 
e fez com que algumas afecções surgissem. 
Além disso, não podemos deixar o exame 
ortopédico de lado, pois ele é extremamente 
importante. 
 
OMBRO 
REVISÃO ANATÔMICA 
A articulação do ombro é a escapulo-umeral. 
Na teoria a articulação do ombro seria capaz de 
se movimentar em qualquer direção, porém com a 
musculatura e os ligamentos o ombro é capaz de 
fazer apenas: 
-Flexão; 
-Extensão. 
OBS: tem capacidade de se movimentar 
discretamente para todas as direções, mesmo 
com músculos e ligamentos. 
Quando se tem a característica da cabeça do 
úmero ser grande e uma cavidade glenoide 
pequena, faz-se necessário vários mecanismos 
estabilizadores (ativos e passivos) para manter 
essa cabeça na fossa glenoidal. 
Mecanismos passivos: não precisa fazer força 
(simples fato de estar lá, ele auxilia na 
estabilização): 
-Ligamento glenoumeral lateral (faixa) e medial 
(V); 
-Congruência articular (encaixe da cabeça do 
úmero com a fossa glenoidal); 
-Adesão/coesão. 
 
Mecanismos ativos: precisam fazer alguma 
atividade para ajudar na estabilização. 
-Músculos do manguito rotador: supraespinhal (a), 
infraespinhal (b), subescapular (c), redondo menor 
(d) e bíceps braquial (e). 
 
OBS: a articulação do ombro apresenta a parte 
óssea tão instável que são necessárias várias 
estruturas trabalhando para ter o ombro no lugar. 
 
1. INSTABILIDADES DO OMBRO 
É a causa mais comum de claudicação do ombro 
em cães. 
OBS: a mais comum é a instabilidade medial do 
ombro. 
Essa doença acomete duas populações distintas: 
-Cães de pequeno porte: raças predispostas como, 
raças toys, Shih-tizu, Yorkshire. Essas raças 
apresentam uma frouxidão de tecidos moles 
(alteração congênita), junto com isso eles podem 
ter anormalidades da cabeça umeral e todos os 
mecanismos passivos alterados; 
OBS: esses animais nascem com essa doença, mas 
não necessariamente eles irão demostrar os sinais 
clínicos quando eles são jovens. Normalmente ele 
começa a apresentar os sinais clínicos quando é 
adulto (sobrecarga dos mecanismos que estão 
íntegros). 
-Cães de grande porte: são mais acometidos por 
conta de uso excessivo dessa articulação (animais 
que fazem muito exercício físico). 
OBS: no Brasil é mais comum ter os animais de 
pequeno porte, pois não é muito comum cães 
esportistas aqui. 
 
-MECANISMOS 
Qualquer lesão de algum dos componentes dos 
mecanismos passivos ou ativos, podem levar a 
instabilidade do ombro. 
Nessa afecção a cabeça do úmero acaba tendo 
um movimento maior que o normal (translação 
anormal da cabeça do úmero). Isso ocorre por 
incompetência dos mecanismos estabilizadores 
(passivos ou ativos), resultando em subluxação 
(perda parcial da relação entre as estruturas 
ósseas) podendo ser para os seguintes sentidos: 
-Cranial; 
-Caudal; 
-Medial (mais comum); 
-Lateral; 
-Multidirecional. 
OBS: a instabilidade medial do ombro é a que a 
gente consegue diagnosticar com mais facilidade 
(diagnostico clinico em alguns casos). No caso dos 
outros tipos será necessário exame de artroscopia 
ou ressonância magnética. 
 
-FISIOPATOGENIA 
A etiologia dessa doença é desconhecida. A 
fisiopatogenia conhecida na veterinária é 
extrapolada da medicina humana. 
Entre as teorias das causas temos: 
-Perda da compressão da concavidade: é a perda 
do encaixe perfeito entre a cabeça do úmero e a 
fossa glenoidal. O que pode causar isso: pacientes 
com a glenoide pequena e plana, laceração ou 
avulsão do labrum ou desgaste da glenoide; 
-Interrupção do equilíbrio glenoumeral: podendo 
ser causada por desequilíbrio muscular dinâmico 
(mecanismos ativos hipotrofiados por falta de 
atividade física ou por doenças de bases), 
angulação anormal da glenoide e rompimento das 
restrições capsuloligamentares (mecanismos 
passivos – muito comum). 
 
-PONTOS-CHAVE NO DIAGNÓSTICO 
Pacientes apresentaram no exame ortopédico: 
-Claudicação crônica, normalmente sutil e 
intermitente (o animal claudica há muitos meses, 
parece que piora em alguns momentos): mais 
comum de chegar para a gente; 
-Passos discretamente reduzido (claudicação 
significativa); 
-Atrofia e dor `a manipulação da articulação; 
- Apresentam baixa responsividade aos AINEs. 
OBS: em alguns casos o paciente pode chegar em 
quadros mais graves (grau de claudicação mais 
severos).

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