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PREPARAÇÕES PARENTERAIS Definição: São estéreis apirogênicas, destinadas a administração parenteral. Os medicamentos inseridos por via parenteral têm ação mais rápida do que os de via oral, que ainda podem ser metabolizados antes de realizar sua ação. Via parenteral É aquela em que os medicamentos são inseridos no organismo fora do TGI. Para administração: 90º-Intramuscular 45º - subcutâneo 25º - endovenoso 10 à 15 – intradérmica. Tipos de Parenterais: o Intramuscular é a que atinge mais profundamente, chegando ao musculo, que é um tecido bastante vascularizado. Por isso fornece absorção e ação mais rápida. É indicada quando a substância é irritante por outra ou de difícil absorção ou uma quantidade maior de medicamento, por ser um tecido mais volumoso. No glúteo ou lateral da coxa (até 5 ml) e o deltoide (3 ml). o Via subcutânea (tecido adiposo): é menos vascularizado, usada para medicamentos proteicos que poderiam ser digeridos pela TGI. o Via endovenosa: É a via em que o medicamento é administrado direto na via sanguínea, seja por dose única ou por gotejamento, é a via mais rápida e de melhor biodisponibilidade. Porém, quando ocorre uma reação adversa é mais difícil de reverter. o Via intradérmica: Apresenta a menor absorção sistêmica, é indicada para ação local ou para testes alérgicos. Ordem de absorção: EV > IM> SC> ID (Todas são mais rápidas que a oral). VANTAGENS DESVANTAGENS Ação rápida (essencial para emergências). Custo elevado, principalmente pela produção e administração necessitarem de técnicas e cuidados específicos. Tratamento de pessoas inconscientes ou com dificuldade de deglutição. Problemas com doses, como reações adversas, toxicidade e reações alérgicas são mais difíceis de reverter, pela rápida absorção. Evita a ação de enzimas digestivas e diferenças de pH. Administração pode causar dor e lesão do tecido em casos de aplicação incorreta ou irritação pela própria droga. Doses menores do fármaco. Tipos oficiais de injetáveis (USP): podem conter tampões conservantes e outros adjuvantes. o Injeção: Preparações líquidas constituídas por soluções do fármaco (Ex.: insulina); o Pó para injeção: com a adição de um solvente indicado formam soluções para injeções (ex: cefuroxima); o Emulsão injetável: Preparações líquida que tem um fármaco dissolvido ou disperso em um sistema emulsionado adequado; o Pó para suspensão injetável: pós que, com adição de vários veículos adequados, geram suspensões. Ex: imipenem e cilastatina; o Suspensão injetável: preparação líquida de sólidos suspensos em um líq. apropriado ex: suspensão de acetato de metilpredinisolona; Solvente e Veículos: o Água para injeção: purificada por osmose reversa ou destilada, livre de pirogênicos, armazenadas até 24h em recipientes estéreis e pirogênicos e sólidos totais, usada para produção de estéreis que serão esterilizados; o Água estéril para injeção: foi esterilizada e acondicionada em recipiente de dose única de até 1l, usada como solvente para fármacos esterilizados e acondicionados; o Água bacteriostática: estéril com adição de conservantes, acondicionados em frascos ou seringas e rotulada, é usada como veículo estéril para prep. de pequenos volumes de até 5 ml; o Sol. de NaCl e Solução de Ringer e de Ringer Lactato: são soluções fisiológicas (soro); o Outros: óleos vegetais fixos; glicerina: utilizada com água e álcool por ser muito irritante; PEG; propileno glicol: usado no preparo de antibióticos e pode ser associado a outros solventes; etanol (usado em fármacos pouco solúveis em água e óleo e no caso do fármaco ser hidrolisado em meio aquoso), etc. Em concentração e especificações apropriadas para injetáveis. Particularidades dos injetáveis Necessitam de rigor maior durante a formulação e administração, necessitando seguir as seguinter particularidades: o Grau de pureza para solventes e veículos; o Adjuvantes (tampões, estabilizantes e conservantes) devem atender as recomendações específicas; o Atender a padrões de esterilidade, isotonicidade, apirogenicidade e pH adequado; o Soluções devem atender as exigências da farmacopeia sobre material particulado; o Observar controle microbiológico do ambiente, treinamento e paramentação de pessoal; o Acondicionamento: recipientes hermeticamente fechado e de alta qualidade; o Cada recipiente deve ser preenchido com volume ligeiramente superior ao indicado no rótulo, para facilitar a retirada para administração do volume indicado; o A escolha de embalagens múltiplas doses ou dose única depende da natureza da formulação. O volume permitido para frascos múltiplas doses é restrito; o Rótulos e bulas seguem a regulamentação específicas; o Os pós utilizados para preparações de soluções ou suspensões são estéreis e geralmente liofilizados; Pirogênios – conceitos o Pirogênios são produtos metabólitos orgânicos originados de bactérias gram-negativas (endotoxinas bacterianas), provenientes da parede celular das bactérias são produtos Lipopolissacarídeos termorresistentes e hidrossolúveis, podem permanecer na água mesmo após esterilização por auto clave ou por filtração; o Pirogênios são endotoxinas bacterianas, produtos metabólicos lipossacarídicos, provavelmente provenientes da parede celular de bactérias. Como são termoestáveis e hidrossolúveis podem permanecer na água mesmo após esterilização por autoclave ou por filtração; o Pirogênios são toxinas bacterianas de constituição lipopolissacarídica; o Quando são administrados em conjunto com o medicamento podem causar febre e hipotensão em pacientes em que forem administrados, principalmente por via endovenosa; o Dois tipos de acordo com a função de origem: Exógeno: quando se origina fora do organismo e corresponde a essas frações bacterianas, como lipídeo a e os lipopolissacarídeos; Endógeno: quando sintetizados por células dos organismos em resposta a presença dos pirogênios exógenos, é capaz de induzir a liberação de prostaglandinas e citocinas; o Podem ser provenientes, do veículo (água), vidraria, ambiente, etc. o Podem ser adsorvidos por carvão e destruídos por agentes oxidantes, como o peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio; Obtenção de produtos apirogênicos Manter rigor durante todo o processo produtivo, em relação a: o condições adequadas de higiene, relativamente a operadores e ao ambiente; o matérias-primas com baixas cargas microbianas; o processos validados; o pessoal qualificado e treinado; Observar todos os conceitos de Boas Práticas de Fabricação, de modo que o produto seja apirogênico no primeiro processo e minimize preocupações quanto a reprocesso (reutilização) ou tratamento adicionais para se obter o produto adequado; Monitoramento de pirogênios Os injetáveis não são livres de pirogênios, mas apresentam limites especificados em UE USP (Unidade de Endotoxina Bacteriana Limite) ou UFC (Unidade Formadora de Colônia), tendo uma carga aceitável. o Todas as monitorações de processo, assim como testes de matérias-primas, com particular atenção às de origem natural e do produto terminado, devem empregar técnicas analíticas validadas, como metodologia clássica em coelhos ou metodologia in vitro como descrito na literatura. Técnicas despirogenizantes/esterilizante o Destruição pelo calor: temperaturas superiores a 200ºC, fazendo com que boa parte sejam eliminados. o Uso de adsorventes: como carvão, argila. Usados na água recém destilada. o Agentes oxidantes (solução sulfocrômica, K2O2, KMnO4): usados na limpeza dos materiais. o Radiação não ionizante (UV curto): esterilização das salas de manipulação e almoxarifado. o Filtros esterilizantes (Millipore): para soluções sensíveis ao calor. Princípios gerais de Manipulação de formas farmacêuticas estéreis o Exigências mínimas: Projeto arquitetônico: sala sinalizadascom placas, ambiente propício para aparamentação dos operadores e sala de manipulação; Manipulação em câmera de fluxo laminar: protegendo o operador e o produto a ser manipulado; Responsabilidades do farmacêutico: o Garantir a obtenção de uma forma farmacêutica estéril e segura. Para isso, deve procurar seguir normatizações de instituições reconhecidas nacional ou internacionalmente (USP e ANVISA). o Classificação de uma área limpa que determina pelos limites de contaminação microbiana, como no quadro abaixo; De luvas – testes microbianos; Acondicionamento, Rotulagem e Armazenamento de injetáveis o As embalagens não devem interagir física ou quimicamente com a preparação. o Observar tipo de vidro aceitável; o As injeções são acondicionadas em recipientes de dose única ou múltipla; o Para rotulagem observar a RDC nº 71, de 22 de dezembro de 2009 – Anvisa; o Armazenamento: conforme a natureza da preparação; Nutrição Parenteral o Consiste na infusão de nutrientes básicos suficientes para permitir o crescimento e a síntese de tecidos vivos; o É caracterizada pela alimentação IV de longa duração, com soluções proteicas e alta concentração de glicose, eletrólitos, vitaminas e, em alguns casos, insulina; o Consiste na infusão de nutrientes básicos suficientes para permitir o crescimento e a síntese de tecidos vivos; o É caracterizada pela alimentação oral, por tubo nasogástrico, gastrostomia ou jejunostomia com vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas, lipídeos e conteúdo calórico, dependendo da necessidade. o Deve ser escolhida sempre que possível, em detrimento da via parenteral por ter eficácia equivalente, menos dispendiosa e apresentar menores complicações. o Objetivo; evitar a má nutrição do paciente; o Pode ser de longo a curto prazo; o Farmacêutico responsável pela manipulação por: Ter habilidade de avaliar as características físico-químicas e interações, assegurando a estabilidade química e efetividade do produto elaborado.
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